Exposição "Rastos", de Lino Damião
No dia 31 de Maio (3ª feira), às 18H30 no CAMÕES/CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS (Av. de Portugal nº 50), será inaugurada a exposição individual de pintura RASTOS do artista angolano Lino Damião, que ficará patente ao público até dia 14 de Junho próximo.
A exposição individual de Lino Damião é uma homenagem ao grande Mestre das artes plásticas de Angola, Viteix, nome artístico de Vitor Manuel Teixeira, reconhecido como um dos maiores artistas angolanos no pós-independência, que influenciou e continua a inspirar gerações de artistas. Ocorre no 23º aniversário da morte de Viteix e será a primeira de uma trilogia de Lino Damião, inspirada na última exposição individual de Viteix, intitulada “Restos, Rastos e Rostos”, apresentada em Setembro de 1992, na qual colaborou e que ficou para sempre gravada na sua memória, acalentando-lhe o sonho de um dia poder prestar uma homenagem ao Mestre. “(…) uma humilde e singela homenagem por tudo aquilo que me ensinou. A ele e a todos os mais velhos com quem tive o prazer de partilhar momentos no seu atelier e que fazem parte de muitas e boas memórias: Álvaro Macieira, David Mestre, Diniz do Amaral (Biló), Jerónimo Belo (tio Gegê), Lopito Feijóo, Luandino Vieira, Manuel Dionísio, Osvaldo Gonçalves, Tirso do Amaral. A ti, Kandandu Mestre, que saudosas marcas nos deixaste. A ti e a todos os mais velhos um muito obrigado (…).
A exposição é uma viagem pelo percurso pessoal e artístico de Lino Damião, cruzando passado, presente e futuro, revelando a influência de Viteix, quer no recurso à figuração mitológica, quer na exploração de cores, formas e símbolos, numa busca incessante de novos sentidos e significados. Lino Damião gosta de citar um velho ditado que aprendeu e confirmou com a experiência de vida: “tão importante quanto saber o que fazemos, é fazer o que sabemos”.
Citando Jerónimo Belo, “Lino Damião, à custa de intenso labor e modéstia, ganhou traço e aprendeu a brincar com as cores. Conhece os movimentos artísticos do seu tempo, mas não se filiou em nenhum, colheu de cada um o que necessitava para as suas telas e instalações (…)”. “ (…) A exposição de Lino Damião será certamente um espaço de afectos, sedimentos de memória e de fidelidade ao seu Mestre: o inesquecível Viteix (…).