A Trienal de Luanda inaugurou, na segunda-feira, 22, a sua penúltima exposição de artes visuais, intitulada África/Mundo”. Patente até ao próximo dia 4 de Dezembro, a mostra visa, segundo os organizadores, propor uma reflexão sobre a trajectória da estética artística e filosófica africana, na sua relação com o mundo. Os espaços do edifício Platinium, Globo e da União Nacional dos Artistas Plásticos acolhem a mostra, composta por 50 obras de arte, sendo 50 por cento de trabalhos novos e 10 das exposições realizadas anteriormente, nomeadamente Fotografia/ Africa, Arquitectura/Angola/Mundo, Fotografia/Angola e 3 Pontes/Salvador/ Bahia.
Pintura, desenho, arquitectura, instalação, vídeo e fotografia são as proposta artísticas apresentadas por criadores de Angola, África do Sul, Egipto, Quénia, Camarões, Itália, Estados Unidos da América, Alemanha, Tunísia, Portugal, Rwanda, França, Etiópia, Namíbia, Congo, Espanha, Cabo Verde, Marrocos, Burkina Faso, Gana,Costa do Marfim, Mali e Argélia.
Abordando diferentes perspectivas, a mostra tem suscitado o interesse de vários artistas e amantes da arte. O artista angolano Francisco Van-Dúnem (Van) foi um dos que presenciou a abertura. O pintor é de opinião que a exposição apresenta trabalhos de grande qualidade. “É uma exposição muito interessante porque podemos observar diferentes estratégias, estilos, técnicas e sobretudo porque as obras são originárias de varias partes do mundo e tem muita qualidade” O pintor incentiva, por este motivo, os artistas e público em geral a visitarem a mostra.
“Pode ser visitada por toda a gente apesar do grande público gostar do figurativo, realismo e aqui tem obras super-realistas ou hiper-realistas. Portanto, são obras de arte contemporânea com conceitos muito arrojados”.
Flávio Neto, Mutamba, Novo Jornal