I Mulherio das Letras

Partindo do pressuposto de que as artes e a ciência são ambas um bem colectivo, o I Mulherio das Letras – Portugal acontecerá nos dias 7, 8, 9 e 10 de Março de 2019. O evento tenciona propor uma abordagem da literatura de autoria feminina que possa estabelecer um diálogo entre a academia e a sociedade civil, entre as escritoras e as leitoras. O evento visa alargar as fronteiras da literatura e da arte, bem como perceber dinâmicas identitárias. Neste sentido, abrirá espaço para ouvir e debater a produção literária e académica de escritoras, artistas, investigadoras, jornalistas, etc.

Com actividades descentralizadas, parte do evento terá lugar na NOVA FCSH da Universidade Nova de Lisboa e parte no Palácio Baldaya, com contextual apresentação de duas colectâneas de poesia e prosa de autoria feminina.

Fruto da colaboração entre o CHAM - Centro de Humanidades e o Palácio de Baldaya, o evento enquadra-se no âmbito da linha de Investigação «História das Mulheres e do Género».

O I Mulherio das Letras – Portugal tem como inspiração o I Encontro Nacional do Mulherio das Letras, que ocorreu de 12 a 15 de Outubro de 2017, em João Pessoa, no Nordeste do Brasil.

Compreendemos que os movimentos de mulheres são um componente crucial para qualquer projecto de transformação radical da sociedade. Este evento é, portanto, pensado como uma política de irmandade, como um lugar de retomada de vozes silenciadas e uma ferramenta de discussão e difusão da produção artístico-cultural de autoria feminina.

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Considering we conceive art and science as common good, the first Mulherio das Letras de Portugal will take place on the 7,8,9 and 10 of March, 2019. The event aims to suggest an approach to feminine literature that can establish a dialogue between the academy and the civil society, between the writers and their readers. The event aims to broaden the borders of art and literature, as well as to understand dynamics of identity. In this regard, there will be space to open and debate the literary and academic production of writers, artists, researchers, journalists.

Being an initiative of the thematic line “History of Women and Gender”, of CHAM - Centre for the Humanities, the event will take place between the NOVA FCSH of the New University of Lisbon and Palácio Baldaya. The first Mulherio das Letras de Portugal is inspired on the first Brazilian national meeting Mulherio das Letras, that took place in João Pessoa (northwest of Brazil) between the 12th and 15th of October, 2017.

We think women’s movements are a crucial part of any project of radical transformation of society. This event is, therefore, conceived as a politic of sisterhood, as a place of recovery of silenced voices and, finally, as a tool of diffusion and discussion of the feminine artistic and cultural production.

Coordenadora Geral: Elizabeth Olegario
Comissão organizadora - CHAM: Elizabeth Olegario e Noemi Alfieri. Comissão Organizadora - Baldaya: Adriana Mayrink.
Organização da exposição: João Luís Lisboa.

Apoios: FCSH, CHAM, FCT, Palácio Baldaya, Associação dos Escritores Portugueses, In- Finita Lisboa.

03.02.2019 | by martalanca | CHAM, literatura, mulheres

"Love, gender, body and sexuality in the Arab-Islamic world and in the Sahara" por Corinne Fortier

[CAPSAHARA Lecture Series ] CNRS, Laboratoire d’Anthropologie Sociale (CNRS-EHESS-Collège de France, Université PSL)
4 February 2019, 4pm > 6pm Room Multiusos 2, ID Building, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - NOVA FCSH
Until recently, scholarship on Arab-islamic countries had largely neglected love and sexuality as topics of inquiry. For a long time, the study of kinship systems and Islamic law overshadowed interest in personal sentiment and sexuality. Moments of closeness between men and women have always been possible, perhaps even more so today, thanks to the spread of mixed-gender social spaces (universities, mixed-gender coffee-shops, etc.) and new communication technologies (the Internet, cell phones, etc.). These discrete dynamics shaping the experience of love deserve attention. Love can be thought of as a sentiment that young people can cultivate before marriage, during marriage or as a feeling typical of extramarital relationships as it is the case in Mauritania. Among saharian Moors the sphere of seduction and passion, very often poetized, coexists in parallel with the marital sphere governed by Muslim jurisprudence (fiqh). Courtship in many societies has commonly been a male prerogative, with women generally supposed to manifest their desires only indirectly. The fact that men are considered the subjects of desire and women its object is a major cross-cultural element which ensures men’s appropriation of women’s bodies and structures relations between people of the opposite sex.
Bionote
Corinne Fortier is a cultural anthropologist and a researcher at the French National Center of Scientific Research (CNRS). She is also a member of the Social Anthropology Lab (LAS) (CNRS-EHESS-Collège de France-Universités PSL, Paris). Bronze Medal 2005 of the French National Center of Scientific Research (CNRS). She conducted research in Mauritania and in Egypt as well as on Islamic scriptural sources related to gender, body, love, and family law.
http://las.ehess.fr/index.php?1916,
https://cnrs-gif.academia.edu/CorinneFortier
Organisation
Francisco Freire (CAPSAHARA PI)
AZIMUT - Studies in Arab and Islamic Contexts
CRIA-Centro em Rede de Investigação em Antropologia

  

 

01.02.2019 | by martalanca | Arab-Islamic, body, gender, love, sexuality

AS CRIANÇAS, UM TEATRO E UMA CIDADE

O LU.CA – Teatro Luís de Camões é o primeiro espaço em Portugal exclusivamente dedicado às artes performativas para a infância e para a adolescência. Esta responsabilidade motivou-nos a propor uma reflexão conjunta com outros programadores de instituições com características semelhantes, artistas com circulação internacional, educadores, académicos e com as próprias crianças.

Queremos ouvir e pensar em conjunto sobre como é criar, construir e programar para e com as crianças e adolescentes; que opções culturais existem para esta faixa da população e que implicações têm nas cidades. Como são pensados e que lugares de escuta são dados a cada criança; que formas de fazer educação são mais amigas de uma educação integral e partilhada entre escolas, comunidades familiares (ou outras) e instituições culturais; o que tem trazido aos artistas o trabalho para estes públicos e, finalmente, mas da máxima importância, o que pensam as crianças e adolescentes de tudo isto? Que contributos podem dar para construir um espaço que lhes é dedicado?

Catarina Sobral (ilustradora/PT), Cristina Costa (professora Escola Básica Homero Serpa/PT), Fabrice Melquiot (diretor do Théatre Am Stram Gram/SW), Gabriela Trevisan (professora Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti/PT), Gino Coomans (BRONKS Theater for a Young Audience/BE); Helena Singer (socióloga/BR), Jorge Ramos do Ó (professor Instituto da Educação UL/PT), Manuel Sarmento (professor e investigador Instituto da Educação UM/PT), Pedro Penim (ator e encenador/PT), Virgílio Varela (facilitador nas áreas da Capacitação, Participação e Criatividade/PT).

PROGRAMA:

5.ª feira, 24 janeiro 2019

14h00 -14h30

ABERTURA

Susana Menezes (diretora artística do LU.CA – Teatro Luís de Camões) e Liliana Coutinho (curadora e investigadora IHC)

14h30 – 16h00

TEATROS PARA INFÂNCIA E PÚBLICO JOVEM

Oradores:

Fabrice Melquiot – Théâtre Am Stram Gram, Teatro para a Infância e para a Juventude, Genebra/Suíça

Gino Coomans, Bronks – Teatro para o Público Jovem, Bruxelas/ Bélgica

Susana Menezes – moderação

16h30 -17h00

O QUE DIZEM AS CRIANÇAS

Coordenado por Virgílio Varela.

Com alunos do 4.º ano da Escola Básica Homero Serpa de Lisboa e a colaboração da professora Cristina Costa.

17h00 – 18h00

CRIAR PARA CRIANÇAS

Oradores:

Catarina Sobral, ilustradora e autora de livros infantis, Portugal

Pedro Penim, ator e encenador, Portugal

Susana Menezes – moderação

6.ª feira, 25 janeiro 2019

10h00 – 13h00, Casa da América Latina

ESCUTA E PARTILHA

Virgílio Varela – moderação

Sessão prática de debate e diálogo participativo, através da metodologia World Café

14h30 – 16h30

A CIDADE, UM TEATRO E A EDUCAÇÃO

Oradores:

Manuel Sarmento – professor e investigador, Portugal

Helena Singer – socióloga, Brasil

Jorge Ramos do Ó – professor, Portugal

Liliana Coutinho – moderação

17h00 – 18h00

RELATO E CONCLUSÕES

Oradora:

Grabriela Trevisan, investigadora e professora, Portugal

ENCERRAMENTO

Susana Menezes e Liliana Coutinho

Download do programa completo da conferência As crianças, um teatro e uma cidade

INFORMAÇÕES ARTÍSTICAS

CURADORIA LILIANA COUTINHO E SUSANA MENEZES 

25.01.2019 | by martalanca | infância, teatro

Op-Film: Uma Arqueologia da Ótica

no HANGAR de 23 de Janeiro | 18h até 20 de Abril | Quarta-feira a Sábado, 15:00 – 19:00 (ou por marcação através do geral@hangar.com.pt) I Entrada Livre I Op-Film: An Archaeology of Optics é uma exposição colaborativa dos artistas e cineastas Filipa César e Louis Henderson.

A exposição é composta por um filme e uma instalação baseados num processo de investigação em curso que explora de que forma as tecnologias óticas de design militar e colonial – das lentes de Fresnel aos sistemas globais de navegação por satélite – informam e são informadas pelos modelos de conhecimento ocidentais. Através de uma abordagem crítica às ideologias por trás do desenvolvimento destes instrumentos de orientação e vigilância, os artistas consideram que os gestos imperiais de descoberta, revelação e posse estão embutidos em associações entre o ver e entender, a projeção de luz e iluminação.

O filme Sunstone (2017) acompanha as lentes de Fresnel desde o local de produção até à sua exposição num museu de faróis e dispositivos de navegação. Simultaneamente, examina os diversos contextos sociais nos quais a ótica está implicada, contrastando o sistema de comércio triangular que se seguiu às primeiras chegadas europeias ao ‘Novo Mundo’ com o potencial político visto na Op art na Cuba pós-revolucionária. Incorporando imagens de celuloide de 16mm, capturas digitais de ambientes de trabalho e CGI 3D, o filme mapeia igualmente uma trajetória tecnológica: dos métodos históricos de navegação ótica aos novos algoritmos de localização, da projeção singular às visões satélites de múltiplas perspetivas. Registando estes avanços técnicos progressivamente através dos materiais e meios de produção dos seus filmes, os artistas desenvolvem o que eles descrevem como “um cinema de afeto, um cinema de experiência – um Op-Film”.

Juntamente com este trabalho, a instalação Refracted Spaces (2017) reúne materiais documentais importantes que sustentam suas pesquisas até o momento, incluindo imagens arquivísticas, mapas oceânicos, plantas de faróis, luzes e fragmentos de lentes de Fresnel. Após a Bienal de Contour em Março de 2017, a instalação viajou para a Gasworks (Londres), para a Temporary Gallery (Colónia) e Khiasma (Paris). A exposição é pensada como uma plataforma de investigação contínua pelos dois artistas e cria, em cada contexto, eventos públicos, projeções e conversas que estendem a exposição.

Filipa César é uma artista e cineasta interessada nos aspetos ficcionais do documentário, nas fronteiras porosas entre o cinema e sua receção, e nas políticas e poéticas inerentes à imagem em movimento. O seu trabalho toma os media para expandir ou expor contra narrativas de resistência ao historicismo. Desde 2011, César tem estudado as origens do cinema na Guiné-Bissau como parte do Movimento de Libertação Africano. Uma seleção de exposições e projeções foram realizadas em: 29th São Paulo Biennial, 2010; Manifesta 8, Cartagena, 2010; Haus der Kulturen der Welt, Berlin, 2011–15; Jeu de Paume, Paris, 2012; Kunstwerke, Berlin, 2013; SAAVY Contemporary, Berlin 2014–15; Futura, Prague 2015; Tensta konsthall, Spånga, 2015; Mumok, Vienna, 2016, Contour 8 Biennial; Mechelen and Gasworks, London; MoMA, New York, 2017.

Louis Henderson é um artista e cineasta cujas obras investigam conexões entre colonialismo, tecnologia, capitalismo e história. A sua pesquisa procura formular um método arqueológico dentro da prática cinematográfica, refletindo sobre o materialismo animista. Henderson mostrou o seu trabalho em espaços tais como: Rotterdam International Film Festival, Doc Lisboa, CPH:DOX, New York Film Festival, The Contour Biennial, The Kiev Biennial, The Centre Pompidou, SAVVY Contemporary, The Gene Siskell Film Centre e Tate Britain. Em 2015, recebeu o Prémio Barbara Aronofsky Latham como Artista Vídeo Emergente no 53º Ann Arbor Film Festival, EUA, e o Prémio European Short Film – Festival Internacional de Cinema New Horizons, Wroclaw, Polónia. O seu trabalho é distribuído pela LUX (UK) e pelo Video Data Bank (EUA).

22.01.2019 | by martalanca | filipa césar, filme, HANGAR, Louis Henderson

Ciclo de Debates | NARRATIVAS AFRO-EUROPEIAS

O Ciclo de Debates “Narrativas Afro-Europeias” (de janeiro a junho 2019 na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - NOVA FCSH) abordará a ligação das culturas europeias e africanas na Europa de hoje, enraizada não apenas na história e na memória coletivas, mas também na origem e experiências atuais de muitos cidadãos europeus. Valorizando o debate público e a cidadania como vocações fundamentais do conhecimento, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa promoverá o diálogo com um conjunto alargado de interlocutores acerca da interculturalidade afro-europeia, a partir da realidade portuguesa. Em foco, estarão temáticas como: o acesso à educação pelas gerações afrodescendentes; a importância das artes na produção de um imaginário pós-colonial; as narrativas como mediação entre diferentes vozes, raízes e experiências; o reconhecimento da diversidade e o combate à discriminação; a língua portuguesa como língua comum a várias culturas e nações; a cidadania europeia e a interculturalidade como política.
1ª EDIÇÃO | 30 Janeiro 2019 | 16 horas / NOVA FCSH | Torre B, Auditório 1
“AFRODESCENDÊNCIA E SISTEMA EDUCATIVO”

Haverá periferias no sistema educativo português? O Sistema Educativo é a base fundamental da coesão social nas sociedades democráticas, promovendo a igualdade de oportunidades e, ao mesmo tempo, o respeito pelas diferenças. Está o sistema educativo em Portugal preparado para responder aos desafios sociais e culturais de uma sociedade cada vez mais diversa? De que modo tem o sistema educativo português respondido às exigências de uma condição pós-colonial? Quais os obstáculos no acesso à universidade para os estudantes afrodescentes? Haverá periferias e discriminação no sistema educativo e na vida escolar?

PROGRAMA:
Abertura Francisco Caramelo (Diretor da NOVA, FCSH)
Susana Trovão (Subdiretora para a Investigação da NOVA)
Painel
Beatriz Gomes Dias (Presidente da DJASS - Associação Afrodescendentes)
Cristina Roldão  (Investigadora do CIES - IUL)
David Justino  (Ministro da Educação do XV Governo Constitucional, Professor da FCSH, investigador do
CICS.NOVA)
Fernanda Rollo (Secretária Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, do XXI Governo Constitucional 2015-18; Professora da FCSH, investigadora do HIC)
Sónia Magalhães  (Diretora do PRSD – Provedores de Respostas Sociais Para o Desenvolvimento)
Convidados (Debate): Ariana Furtado (Professora, 1º ciclo); Elisa Valério (Professora de PLNM, 2º ciclo e Secundário); Luís Vitorino (Presidente da Associações de Estudantes Angolanos de Lisboa); Smith Mendes (Núcleo de Estudantes Africanos e Lusófonos - AE FCSH); Tiago Fortes (Núcleo de Estudantes Africanos - AE FCT-UNL); Alberto Junior (Presidente da Associação de Estudantes da Guiné Bissau no Porto (AGBP).
Moderação: Alexandra Prado Coelho (Jornalista)
Contacto
Projeto African-European Narratives, ICNOVA - Instituto de Comunicação, NOVA FCSH, FCSH - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Av. de Berna, 26 C, 1069-061 Lisboa info@africaneuropeanarratives.pt WWW.AFRICANEUROPEANARRATIVES.EU
Narrativas Afro-Europeias é um projeto do Programa “Europa Para os Cidadãos” que se associa também à proclamação pelas Nações Unidas da Década Internacional da Afrodescendência (2014-2025).

21.01.2019 | by martalanca | afro-descendentes, NARRATIVAS AFRO-EUROPEIAS

Alda e Maria: por aqui tudo bem, de Pocas Pascoal

Sessão do ciclo Ciências Sociais e Audiovisual: consequências da Guerra 24 de Janeiro, 18h Auditório Sedas Nunes (ICS-ULisboa) I Entrada Livre

A projecção da longa de ficção realizada por Pocas Pascoal, Alda e Maria: por aqui tudo bem é o mote para debater o cruzamento entre consequências da guerra civil de Angola (1976-2002), género e migração. Situado na década de 1980, o filme narra a história de duas irmãs adolescentes que rumam até Lisboa, na esperança de um futuro mais promissor.

A projecção é seguida de debate, entre a realizadora de origem Angolana e Marzia Grassi, investigadora em estudos africanos, género, migração. 

Alda e Maria: por aqui tudo bem foi produzido em 2011, Portugal, 94 min. Teve distribuição comercial em Portugal, circulou em vários festivais (Brasil, Alemanha, Burkina Faso, Suíça, França, Emirados Árabes Unidos), tendo sido premiado tanto no IndieLisboa em 2012, como a Melhor Longa Metragem Portuguesa de Ficção, como no Festival FIC Luanda em 2011 como a melhor Longa Metragem Angolana. Mais detalhes sobre o filme aqui.

Pocas Pascoal nasceu em Luanda em 1963, tendo migrado para Portugal (Lisboa) em 1983 e mais tarde França (Paris), onde estudou cinema. Memórias de Infância (2000), Há sempre alguém que te ama (2003), Amanhã será diferente (2009) são outros filmes que realizou. 

O ciclo Ciências Sociais e Audiovisual explora o valor analítico e metodológico das imagens em movimento para o trabalho desenvolvido por cientistas sociais. Mais informações sobre o ciclo aqui. Organização: Inês Ponte, Mariana Liz, Pedro Figueiredo Neto, Paulo Granjo; ICS-ULisboa: Rua Prof. Anibal Bettencourt 9, Lisboa. Metro: ENTRECAMPOS.

16.01.2019 | by martalanca | angola, cinema, Pocas Pascoal

IV Simposium Internacional EDiSo 2019 – “Vozes, silêncios e silenciamentos nos estudos do discurso”

Convidamos investigadores, doutorados, doutorandos, mestres, e outros profissionais e activistas,  a propor uma comunicação (máx 20 mins de apresentação) para dois painéis que estamos a organizar entre junho e julho de 2019.

A) Um primeiro painel sob o título”(Des)Encontros linguísticos: que invisibilidades e silenciamentos entre as populações negras na Europa?”

Este painel pretende estimular a discussão e reflexão sobre o papel dos investigadores em termos de trabalho conceptual e metodológico sobre diversidade linguística na Europa, com foco particular nas populações negras.

Aceitam-se propostas de comunicação  em português, inglês, cabo-verdiano, espanhol e galego, até ao final de janeiro de 2019, a submeter aqui e para Raquel_Matias@iscte-iul.pt

Este painel surge integrado no IV Simposium Internacional EDiSo 2019 – “Vozes, silêncios e silenciamentos nos estudos do discurso” que terá lugar em Vigo entre 5 e 7 junho 2019.

+ info sobre o Simpósio, e todos os 18 painéis previstos (o nosso é o painel n.º9, página 8):

https://www.edisoportal.org/attachments/article/1362/EDiSo_2019_Resumen_Sesiones.pdf

E aqui

B) Um segundo painel  sob o título “Decolonising knowledge: African and European linguistic (dis)encounters”

Este painel pretende estimular a discussão e reflexão sobre o trabalho histórico e atual de diversas disciplinas sobre diversidade linguística na Europa, com foco particular nas populações negras.

Aceitam-se propostas de comunicação em inglês ou português até 28 de fevereiro 2019, a submeter aqui.

Este é um painel integrado na 7ª Conferência Bianual da Rede Afroeuropeans: “In/Visibilidades Negras Contestadas”, que irá decorrer em Lisboa (ISCTE - IUL) entre 4 e 6 julho de 2019.

+info: onde poderão ainda consultar a informação sobre todos os 34 painéis que vão ter lugar neste conferência.

O nosso painel surge integrado na linha temática da conferência: “Decolonising Knowledge on Black Europe, African Diaspora and Africa.” 

 

 

Ana Raquel Matias Professora Auxiliar Convidada/Invited Assistant Professor, Investigadora de pós-doutoramento/Postdoctoral research fellow at CIES-ISCTE-IUL (em português) 

16.01.2019 | by martalanca | simpósio

Colonial and postcolonial landscapes

The infrastructure of the colonial territories obeyed the logic of economic exploitation, territorial domain and commercial dynamics among others that left deep marks in the constructed landscape. The rationales applied to the decisions behind the construction of infrastructures varied according to the historical period, the political model of colonial administration and the international conjuncture.​

This congress seeks to bring to the knowledge of the scientific community the dynamics of occupation of colonial territory, especially those involving agents related to architecture and urbanism and its repercussions in the same territories as independent countries.

It is hoped to address issues such as how colonial infrastructure has conditioned the current development models of the new countries or what options taken by colonial administrations have been abandoned or otherwise strengthened after independence.​

The congress is part of the ongoing research project entitled “Coast to Coast - Late Portuguese Infrastructural Development in Continental Africa (Angola and Mozambique): Critical and Historical Analysis and Postcolonial Assessment” funded by ‘Fundação para a Ciência e Tecnologia’ (FCT - Foundation for Science and Technology), which has as partner the Calouste Gulbenkian Foundation (FCG).​

The aim of this congress is to extend the debate on the repercussions of the decisions taken by the colonial states in the area of ​​territorial infrastructures - in particular through the disciplines of architecture and urbanism - in post-independence development models and the formation of new countries with colonial past.

see programme 

11.01.2019 | by martalanca | Africa, arquitectura, colononial, pós colonial, seminário

SEMINÁRIO: descolonizar os museus: isto na prática…?

Descolonizar os museus: isto na prática…?

As políticas do Tropenmuseum (Amsterdão) e uma reflexão sobre o caso português
com Wayne Modest e especialistas portugueses
22 Mar, Sexta, 10h-13h e 14h30-16h30

organização: Acesso Cultura 
Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (Auditório A. Sedas Nunes) 

TropenmuseumTropenmuseumA proposta da criação do Museu das Descobertas pela Câmara Municipal de Lisboa trouxe também a Portugal o debate sobre a descolonização dos museus, que tem estado na ordem do dia em vários países do mundo, muito especialmente em países que no passado tiveram colónias e/ou com uma forte ligação à escravatura. O debate em Portugal foi aceso, o que pode ser considerado um bom sinal. Raramente os museus e o seu papel na sociedade são discutidos publicamente e de forma tão intensa. Entretanto, em Novembro 2018, com o relatório Sarr-Savoy encomendado o Presidente francês Emmanuel Macron, a questão da restituição de objectos, ilegalmente retirados dos seus territórios de origem durante o período colonial, trouxe mais pressão sobre os museus em relação às suas práticas.

A Acesso Cultura gostaria de dar seguimento à reflexão que se iniciou no ano passado. Para isso, convidámos Wayne Modest, sub-director do Tropenmuseum, uma referência, neste momento, no que diz respeito às práticas de descolonização. Entre outras coisas, queremos saber:

  • O que significa descolonizar um museu?
  • Qual o contexto e as razões porque o Tropenmuseum decidiu adoptar uma estratégia de descolonização?
  • Como foi construída esta estratégia? Quem esteve envolvido?
  • Como é que começou a ser posta em prática?
  • Quais os resultados até agora?
  • Quais as reacções da equipa do museu, dos profissionais em geral, dos visitantes do museu e da sociedade em geral?
  • Quais os pontos fortes e fracos desta prática até agora? O que é que o museu tem aprendido?

À apresentação de Wayne Modest seguir-se-á um debate com especialistas portugueses de várias áreas relacionadas com esta temática:

  • António Pinto Ribeiro (a confirmar)
  • Catarina Simão
  • Isabel Raposo Magalhães
  • Joacine Katar Moreira
  • Judite Primo
  • Luís Raposo
  • Mamadou Ba
  • Paulo Costa

Haverá tradução simultânea português – inglês.

Ficha de inscrição
PREÇÁRIO
Normal: €15
Associados da Acesso Cultura: €10
Estudantes do Instituto de Ciências Sociais: €10

 

10.01.2019 | by martalanca | Descolonizar os museus, Tropenmuseum

"Sexual and Reproductive Rights: conflicting narratives and the future of Gender in Africa"

ECAS 2019, Panel Anth23 The panel is convened by Ricardo Falcão and Clara Carvalho.
“In Africa public discourses, by authority figures like politicians and religious leaders, concerning gender often refer to moral identities rooted in sociocultural beliefs and religion. At the same time, human rights concerning sexuality and reproduction, are sometimes frowned upon as tokens of westernisation. These regimes of representation and public performances invoking social norms and african identities, are political tools. And even if gender cannot be adopted uncritically in african contexts, without the risk of misrepresenting important social dynamics, such as seniority (Oyewumi), efforts to downplay its importance as a descriptive tool do more for conservative, nativist agendas, and power dynamics associated with violence and inequality, than for human rights, a language that is not the language most people use to describe their problems.However, activisms for sexual citizenship and gender often work precisely on discursive levels (but not only) to convey new languages to people in order for rights to be claimed. By creating new spaces for debate activisms help deconstruct normativity as the only narrative and generate new forms of social commentary oriented towards better informed decisions for individuals, even if in their lives structural constraints remain a reality. Technology also helps boost this approach by expanding outreach, registering, giving more visibility.In this panel we welcome scholars to rethink gender as an analytical tool from a decolonial, decentered, pluralist, critical perspective by taking into account current activisms in gender in areas such as GBV, sexual violence, FGM/C, education, alongside discourses opposing social change and invoking social norms.

more info

image taken from here 

07.01.2019 | by martalanca | Africa, gender

Posso saltar do meio da escuridão e morder

foto de Sofia Berberanfoto de Sofia BerberanO Teatro GRIOT, que este ano completa 10 anos, a convite do Teatro dos Aloés apresenta o espectáculo Posso saltar do meio da escuridão e morder, com encenação de Rogério de Carvalho, nos Recreios da Amadora, entre 25 e 27 de Janeiro. O espectáculo estreou em Cabo-Verde a 4 de Novembro de 2018, integrando a programação do Festival Mindelact, e em Dezembro esteve em cena no Teatro do Bairro, em Lisboa. 

Posso saltar do meio da escuridão e morder

O que vive abaixo da superfície da sujeição? A ausência de liberdade pode fazer morrer uma alma? A insubmissão surge como a única possibilidade de sobrevivência para uma mulher, que se descobre mulher e negra no contexto dos lugares estanques da escravatura. O percurso do espectáculo é afinal uma provação como via para a consciência. Entre o imaginário, o simbólico e o real, Daniel, Gio e Zia avançam em direcção à lucidez - na 1ª pessoa, na 3ª pessoa, por vezes em ambas - à própria palavra que gera uma voz e um corpo mineral, vegetal, animal. Rogério de Carvalho, encenadorA Coisa impossível - traumática provém do Espaço Interior. Inicialmente tudo o que vemos é o Vazio - o Céu escuro, infinito, o abismo sinistramente silencioso do Universo, com estrelas cintilantes dispersas, que são menos objectos materiais do que pontos abstractos; depois, de súbito, ouvimos um som por detrás de nós, do nosso fundo mais íntimo, a que vem juntar-se o objecto visual, a origem desse som - a gigantesca versão dos barcos que transportam escravizados. O objecto - Coisa é assim transmitido como parte de nós mesmos que expelimos para a realidade… Também buscamos. Esta intrusão da Coisa parece trazer o alívio, suprimindo o horror de contemplar o vazio infinito do Universo.É a materialização das fantasias traumáticas mais íntimas; isso explica o enigma das estranhas lacunas da sua memória. O que ela escreve é a imagem fantasmática que tem dele. Faz parte do Espaço Interior (de si para si). Não são  invenção sua os factos e os sentimentos que narra? Existiram? É a Coisa? Não se trata de um Vazio? Não vemos as acções, apenas ouvimos. O processo da Escravatura/Coisa, o desenvolvimento da sua História é a sua concretização? No final regressa ao lugar de partida assumindo a consciência do que é ser negra. A posição trágica é que ela adquire consciência de toda a identidade substancial, de que não é nada em si mesma, dado que só se julga existir sonhando com o Outro. A imensidão está nela quer na voz quer na fala. 

Encenação Rogério de Carvalho Texto selecção e montagem colectiva Actores Daniel Martinho, Gio Lourenço, Zia Soares

Design de som Chullage

Design de luz Jorge Ribeiro

Voz e elocução Luís Madureira

Apoio ao movimento Cláudia Bonina

Espaço cénico e figurinos Teatro GRIOT Fotografia Sofia Berberan Produção Teatro GRIOT Duração aprox. 1h30  M/14

Recreios da Amadora - Avenida Santos Mattos, 2, 2700-748 Amadora25 a 27 de Janeirosex e sáb, 21h30; dom, 16hRESERVAS: 916648204 | teatrodosaloes@sapo.pt Bilhetes:10€, normal3€ a 5€, c/desconto

07.01.2019 | by martalanca | Posso saltar do meio da escuridão e morder, teatro griot

Call: "As Veias Abertas do Pós-Colonial: Afro-Descendências e Racismos"

Edson Chagas. Found Not Taken, Luanda. 2013. Zeitz Museum of Contemporary Art Africa. Courtesy the artist; APALAZZOGALLERY, Brescia; and Stevenson, Cape Town and Johannesburg Edson Chagas. Found Not Taken, Luanda. 2013. Zeitz Museum of Contemporary Art Africa. Courtesy the artist; APALAZZOGALLERY, Brescia; and Stevenson, Cape Town and Johannesburg Convite à participação com um artigo para o número 34 da revista Portuguese Literary & Cultural Studies (PLCS), UMass Dartmouth, subordinado ao tema da Afro-descendência, com o título As Veias Abertas do Pós-Colonial: Afro-Descendências e Racismos e organizado por Inocência Mata (Faculdade de Letras da ULisboa) e Iolanda Évora (CEsA/ISEG da Ulisboa).
A discussão sobre a Afro-descendência em Portugal tem tido desdobramentos muito produtivos nos últimos tempos, também devido à intensa interlocução com académicos e activistas de todo o mundo, com especial ênfase, no caso, com europeus e americanos (América do Norte e do Sul). É neste contexto que temos vindo a abordar esta questão, também através do projecto AFRO-PORT – Afro descendência em Portugal: sociabilidades, representações e dinâmicas sociopolíticas e culturais. Um estudo na Área Metropolitana de Lisboa (FCT, PTDC/SOC-ANT/30651/2017), em que se pretende um debate alargado sobre temas como a afro-descendência enquanto categoria associada à história colonial, os processos de (auto)identificação e de afirmação colectiva, assim como as principais dinâmicas do activismo, da participação cultural e de conquista de direitos.
Esta é a razão pela qual entendemos que a edição do número da revista PLCS, seria uma oportunidade para se discutirem algumas questões relacionadas com o tema da Afro-descendência, tal como propomos na Apresentação do CFP, já disponível no site da revista (vide links em português e em inglês).

 

 


 

04.01.2019 | by martalanca | afrodescendentes, debate, pós-colonialist

Epistemologias do Sul V

24 de junho a 2 de julho de 2019, Curia (Portugal)

UM ESPAÇO PARA CONHECER, EXPERIMENTAR, DISCUTIR E AMPLIAR AS EPISTEMOLOGIAS DO SUL

As Epistemologias do Sul são uma proposta epistemológica e política que denuncia a hegemonia do projeto moderno de matriz eurocêntrica e que aposta no alargamento das possibilidades de justiça social e justiça cognitiva, reconhecendo a impossibilidade de uma sem a outra. O Sul, neste contexto, não é um lugar geográfico, mas é, por um lado, uma metáfora do sofrimento injusto promovido pela opressão do colonialismo, do capitalismo e do heteropatriarcado e, por outro, um espaço plural de criatividade epistemológica intimamente ligada aos conhecimentos forjados nas resistências e nas lutas. O Sul assim pensado é heterogéneo e inclui espaços diversos, experiências variadas e uma infinidade saberes. As Epistemologias do Sul reconhecem essas diferenças e valorizam-nas, incentivando diálogos Sul-Sul, assim como diálogos Sul-Norte.

É urgente conhecer, valorizar e articular propostas epistemológicas, pedagógicas e metodológicas que promovam a luta contra o epistemicídio, isto é, a destruição de conhecimentos não validados ou feitos inexistentes pelos critérios do cânone científico moderno.

A Escola de Verão pretende contribuir para esse projeto. Funciona como lugar de encontro para a expansão da imaginação política e epistemológica, que não se basta na denúncia do pensamento hegemónico capitalista, colonialista e heteropatriarcal, procurando construir e pensar alternativas diversas, e em diferentes escalas, que através da tradução intercultural contribuam para a reinvenção das narrativas sobre o que vem a seguir. Articulando arte, ciência e os saberes das resistências e das lutas, o trabalho será coletivo e juntará investigadorxs do grupo das Epistemologias do Sul, poetas e músicxs, além de quarenta participantes provenientes de vários lugares do mundo e portadorxs de diferentes saberes.

À semelhança do que aconteceu nas edições anteriores, espera-se um grupo heterogéneo em termos de origem, idade, experiência de trabalho e de luta. Esta escola de verão será um espaço de troca e coaprendizagens para imaginar desenhar utopias a partir de experiências e saberes concretos.

São quatro as premissas em que assentam as Epistemologias do Sul:

1. a compreensão do mundo excede em muito a compreensão ocidental do mundo;

2. não faltam alternativas no mundo, o que falta é um pensamento alternativo de alternativas: muita da diversidade do mundo é desperdiçada, porque as teorias e conceitos desenvolvidos no Norte global e usados em todo o mundo académico não identificam grande parte dessa diversidade;

3. a diversidade do mundo é infinita e nenhuma teoria geral a pode captar;

4. a alternativa a uma teoria geral é construída em quatro passos: sociologia das ausências, sociologia das emergências, ecologia de saberes, tradução intercultural. 

 

A Escola de Verão é autofinanciada e não gera lucro. O valor da inscrição é usado para assegurar a cada participante alojamento em quarto partilhado no hotel das termas da Curia; pequenos-almoços, lanches, almoços e jantares durante todo o curso; materiais de leitura e outros materiais usados nas oficinas; transporte ida e volta Coimbra-Curia.  O dinheiro das inscrições permite, ainda, financiar 4 bolsas para participantes sem condição económica para comportar o preço da inscrição, um mecanismo de ação afirmativa; bem como o alojamento e os honorários dos/as coordenadores/as de oficinas convidadas/os. Cobre, ainda as despesas de alojamento e alimentação das/os organizadoras/os da escola e dos/as formadores/as do CES, que não recebem qualquer honorário.

A Curia, perto de Coimbra, com o parque natural como paisagem, é um cenário que permite nove dias simultaneamente intensos e tranquilos de aprendizagens e enriquecimentos mútuos. As termas tiveram o seu período áureo entre as décadas de 1920 e 1950, após esse período o turismo termal foi decaindo levando ao encerramento de serviços e à progressiva decadência de muitas das instalações existentes. A presença anual da Escola de Verão na Curia é também uma forma de contribuir para uma economia local frágil de que dependem muitas/os trabalhadores/as. O hotel onde a Escola de Verão ficará instalada acolhe muitos estudantes de hotelaria em formação e garante tranquilidade e preços que seriam impraticáveis num contexto urbano.   

 

 

 

03.01.2019 | by martalanca | Epistemologias do Sul

Lançamento Archiconto - Mattia Denisse, quinta 20 Dez, 19H

Vladimir Propp é o autor da Morfologia do conto. Estudou em pormenor centenas deles. Como qualquer descascador de nada cativado pelo seu ofício, Propp era obstinado. Depois de muito procurar encontrou finalmente a prova da existência do archi-conto, a mãe de todos os contos, o grau zero da narrativa, o big-bang.

Em 1960 os escritos de Propp foram reconhecidos por uma nova geração de pesquisadores e logo a seguir declarados obsoletos, alinhando com o destino trágico-cómico de todas as teorias. Para Mattia Denisse, descascador de nada intempestivo e por isso imune às peripécias da moda, o essencial não está na verdade da teoria mas na sua beleza. Apoderando-se da lista das funções evidenciadas por Propp na sua morfologia do conto, Mattia Denisse devolve os arquétipos desencarnados ao poder da imaginação.

ARCHICONTO foi realizado no estúdio Mike Goes West com o apoio de uma máquina offset Gestetner 211 emancipada dos seus encargos administrativos. 

Existem 38 exemplares numerados e assinados pelo autor, cada um contendo um dos 38 desenhos originais do livro. Os textos editoriais são de Arthur Dessine. O design é de Mattia Denisse e Mike Goes West, e a publicação é da Edições Tripé em parceria com o estúdio Mike Goes West. 

17.12.2018 | by martalanca | mattia denisse

Aman Iwan #03 - Les limites (in)visibles

APPEL A CONTRIBUTIONS !

La plateforme de recherche Aman Iwan lance son appel à contributions pour le prochain numéro de la revue Aman Iwan intitulé « Les limites (in)visibles » !

Pour rappel, Aman Iwan est une revue de critique sociale, politique et géographique. 
Elle s’intéresse aux problématiques liées aux rapports qui s’établissent entre des territoires et les populations qui les habitent. Elle soulève donc les enjeux rattachés à des contextes spécifiques à travers le monde en donnant une place centrale au terrain étudié.

Pour ce troisième numéro, « les limites (in)visibles » ont pour objectif de s’intéresser aux frontières, aux déplacements des corps, aux processus de gentrification, aux pratiques sensibles de l’espace, aux murs invisibles, aux savoir-faire en péril… La thématique semble vaste, prenez la liberté de vous en emparer.

Le format d’expression est libre (enquête, carnet de voyage, entretien, poésie, savoir-faire, fiction…) ainsi que le support permettant de l’expliciter (écriture, illustration, photographie, performance…). La première étape consiste à nous envoyer (en français, en anglais ou en espagnol) une intention de contribution de 500 mots maximum concernant le sujet qui vous intéresse, avant le 31 janvier 2019 à l’adresse mail suivante : collectif.amaniwan@gmail.com

La revue Aman Iwan est collaborative, par conséquent nous avons hâte d’élargir notre plateforme de recherche en vous lisant. A vos plumes, crayons, caméras, pinceaux !

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CALL FOR CONTRIBUTIONS!

Aman Iwan # 03 - (In)Visible limits

The Aman Iwan research platform is launching its call for contributions for the next issue of the Aman Iwan magazine, entitled “(In)Visible limits”!

As a reminder, Aman Iwan is a magazine of social, political and geographical criticism. The publication focuses on issues related to the relationships that are established between territories and the populations that inhabit them. It raises context-specific stakes and challenges around the world by giving a central place to field research.

This third issue, entitled “(In)Visible limits”, aims to focus on borders, movements of bodies, processes of gentrification, sensible practices of space, invisible walls, know-hows in peril… The topic seems vast, so take the liberty to seize it.

The expression format is free (research entry, travel diary, interview, poetry, know-how, fiction…) as well as the medium (writing, illustration, photography, performance…). The first step is to send us (in French, English or Spanish) an intention of contribution of 500 words maximum concerning the subject that interests you, before January 31th, 2019 to the following email address: collectif.amaniwan@gmail.com

Aman Iwan magazine is collaborative, so we look forward to expanding our research platform by reading you. To your pens, pencils, cameras, brushes!

12.12.2018 | by martalanca | Aman Iwan

PODCAST: Afrotopia e Afrofuturismo: Impressões sobre o significado de arte afrodiaspórica

(5 Dez 2018) dia 10/12/2018 na Tigre de Papel no ciclo «“Para nós, por nós”: produção cultural africana e afrodiaspórica em debate» | Debate «Afrotopia e Afrofuturismo: Impressões sobre o significado de arte afrodiaspórica», com a participação de Ana Balona de Oliveira, Alexandre Francisco Diaphra, Yaw Tembe, José Lino Neves e Vanessa Fernandes e moderação de Raquel Lima | Org. ARTAFRICA (CEC-FLUL) / BUALA / PANTALASSA / APA. 6 de Dezembro de 2018.

ouvir aqui. 


12.12.2018 | by martalanca | afrofuturismo

Lançamento de "coisas de lá/aqui já está sumindo eu" (Ana Gandum e Daniela Rodrigues) + "Lampreia Alerta" (Ermelinda Freitas)

coisas de lá / aqui já está sumindo eu III é uma publicação de Ana Gandum e Daniela Rodrigues em colaboração com o Grupo de Pesquisa Tradução & Arquitetura da UFMG, que parte de duas investigações académicas distintas, com um universo de pesquisa comum: a circulação de coisas [objectos e fotografias] no contexto transnacional de migrações portuguesas para o Brasil. Explora o conceito de catálogo como elemento compósito, documental e classificatório das coisas em análise: objectos que circularam nas malas de portugueses em trânsito entre Portugal e o Brasil entre 2015 e 2017 / souvenirs fotográficos na trama de correspondência entre os dois países até inícios da década de 1970.  Depois de uma primeira e segunda versões, lançadas no Rio de Janeiro e em Lisboa, respectivamente, em 2016 e 2017, agora no Porto, a terceira e última versão de coisas de lá / aqui já está sumindoO projecto mantém o seu carácter revisitado, uma vez que a esta foram acrescentados novos textos, sendo algumas das fichas anteriores substituídas ou alteradas. 

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Lampreia Alerta é um livro de contos da autoria de Ermelinda Freitas (n. Rio de Janeiro, 1978), com textos e desenhos baseados em notícias provenientes de várias media, mais ou menos recentes e insólitas, que envolvem animais ou falam da sua presença no espaço ocupado (também) pelos humanos. Inspirado no género fábula, Ermelinda traz-nos uma prosa diversa, concisa, leve e irónica, acompanhada de ilustrações fulgorosas.   


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O lançamento acontece no domingo, 16 de dezembro, às 15h30, na Rosa Imunda, Porto (Travessa do Ferraz, nº 13).

12.12.2018 | by martalanca | Ermelinda Freitas, livros, Rosa Imunda

VII APA Congress - Lisbon - 4-7 june 2019- Thinking anthropology and politics trough Islam

7th APA Congress. Congresso da Associação Portuguesa de Antropologia | Lisbon, 4-7 june 2019

Envio de propostas de comunicação: até 7 de Janeiro de 2019, Call for paper proposals: until January 7, 2019 

P022: Islão, etnografia e pensamento crítico / Thinking anthropology and politics trough Islam

http://apa2019.apantropologia.org/p022/

Coordenadores/ Coordinators:

Maria CARDEIRA DA SILVA, CRIA/NOVA FCSH, m.cardeira@fcsh.unl.pt
Paulo HILU PINTO, Universidade Federal Fluminense (UFF) / NEOM, philu99@gmail.com

Resumo curto 

O Islão sempre foi um tópico desafiador para a Antropologia. Recentemente e de diferentes modos, o uso e abuso constante do Islão e dos muçulmanos nas retóricas políticas e culturalistas a várias escalas e em diferentes lugares levaram a alterações significativas no que respeita os tópicos de interesse no interior do sub-campo da Antropologia do Islão e do Médio Oriente e dos contextos de maioria e/ou minoria muçulmana, e trouxeram novos desafios à disciplina. Este painel convoca contributos que, através de de etnografias em contextos ou sobre tópicos islâmicos, identifiquem e coloquem questões relevantes para a arena teórica da Antropologia contemporânea e desafiem os binarismos que habitualmente constrangem os debates e torno do Islão e dos muçulmanos.

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Islam was always a defying topic for Anthropology. In recent times, and in different ways, the pervasiveness of Islam and Muslims in politics and cultural talk at various scales and places inflected the traditional topics of interest within the sub-field of Anthropology of Islam and that of Muslim majority and minority contexts, and draw new challenges to the discipline. This panel invites papers that, through ethnographies on Islamic contexts and/or topics, identify and bring up relevant questions to the contemporary theoretical arena of Anthropology, while challenging the current binarisms that usually frame debates around Islam and Muslims.

See long abstract here.

12.12.2018 | by martalanca | APA, islão

23 anos B.leza!

B.leza Clube, em Lisboa, comemora o seu 23.º aniversário com uma festa especial na noite de 21 de Dezembrosexta-feira. Todos os artistas que já subiram ao palco do B.leza são convidados para uma super jam, ao longo de uma noite plena de convívio e dança.

Foi há 23 anos, no dia 21 de Dezembro de 1995, que o B.leza Clube (nome escolhido em homenagem ao poeta cabo-verdiano B.leza, nascido Francisco Xavier da Cruz), foi inaugurado. Na altura situado no Palácio Almada Carvalhais, o espaço tornou-se depressa a catedral da música africana em Lisboa, ou, como o Primeiro-Ministro António Costa lhe chamou, a 11ª ilha de Cabo Verde em Lisboa.

Hoje, localizado no Cais da Ribeira, num armazém com vista para o rio Tejo, o B.leza continua a ser uma casa de alma africana, onde a morna, o funaná e as coladeiras marcam os ritmos da vida. “Foram 23 anos de festa, alegria, muitos encontros e muita música”, conta Sofia Saudade e Silva, que, juntamente com a irmã, Madalena, detém o clube. “Foi a concretização de um sonho, que todos os dias cresce mais um bocadinho. E é isso que esperamos para o futuro, continuar a concretizar este projecto, que é acima de tudo uma história de amor. Aliás, não uma, mas várias. É a história de amor de duas filhas por um pai, de Portugal por África, mas fundamentalmente a história do amor que as pessoas têm para dar, da forma como a música e a dança nos podem unir.”

Uma união que marca a expectativa para a grande festa do 23.º aniversário. “Esperamos muita música, muita alegria, muitos encontros, sorrisos e abraços. As festas de aniversário são normalmente de grande alegria e partilha. É assim que esperamos que seja esta”, prometem a manas Saudade e Silva.

Ao som das músicas de Dany Silva, Ana Firmino, Calú Moreira, Gerson Marta, Miroca Paris, Maria Alice e muitos outros artistas, a próxima festa de aniversário do B.leza irá certamente trazer muitas memórias inesquecíveis. Faça parte desta história e venha festejar connosco 23 anos de vida.

23 anos B.leza!
Dia 21 de Dezembro, sexta-feira, abertura das portas às 22h30.
Entrada 10€ (inclui 5€ de consumo).

B.leza Clube
Cais da Ribeira Nova, Armazém B. (Cais do Sodré) 1200-109 Lisboa geral.bleza@gmail.com| 210106837| Quinta a sábado das 22h30 às 05h00 | Quartas das 22h00 às 02h00 | Domingo das 19h00 às 02h00 | Encerra à segunda e à terça (excepto vésperas de feriado).

Para mais informações ou entrevista com os artistas convidados – comunicacao.bleza@gmail.com    

12.12.2018 | by martalanca | B.Leza, lisboa, noite africana

"Aviário", exposição de Massalo Araújo

Love is all we have leftLove is all we have leftA exposição “Aviário” - segunda série em aguarela da trilogia artística “Aquário – Aviário – Bestiário” - inaugura a 9 de dezembro, inserida na quinta edição do evento “Mimos & Café”, bazar artístico e gastronómico. Em “Aviário”, o vencedor da menção honrosa do prémio Tokyo International Foto Awards 2018 (TIFA) pelo trabalho Black Wall (fotografia de nu artístico), apresenta uma colecção que percorre os sentimentos da conexão emocional, espiritual e sexual das relações humanas. Ao longo dos 34 quadros que compõem este trabalho, o artista explora “o amadurecimento de uma relação de longo-prazo, e a perda de liberdade que às vezes acompanha o crescimento da mesma”.

A série “Aquário – Aviário – Bestiário” foi inaugurada em 2017, tendo como tema principal a representação daquilo que cresce e morre dentro da vida de um casal.

not enough lightnot enough lightSong for LeonardSong for Leonard

A espaço-academia que recebe a exposição, contará ainda com a primeira exibição de Songs for Leonard, a interpretação em aguarela e tinta-da-china de Massalo Araújo sobre diferentes canções do cantor e compositor canadiano Leonard Cohen; e ainda algumas das pinturas da série inaugural, “Aquário”.

“Mimos & Café”, Rua Comandante Kwenha, nº 287, no Maculusso, a partir das 10 horas.

 

06.12.2018 | by martalanca | Massalo Araújo