Ambiguidades e ambivalência sobre a memória colonial: o caso de Dundo, Memória Colonial

FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA 

CENTRO DE ESTUDOS COMPARATISTAS 

GRUPO MORPHE

17 abril 2024 17:00 - 19:30 

Data: 17 de Abril de 2024 | 17h00-19h30

Local: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa | Anfiteatro IV

Organização: Inocência Mata (CEComp/FLUL) e Márcio Aurélio Vecchia (USP)

Memória Colonial, Um filme de Diana Andringa

Projeção seguida de debate

 

Dundo, Memória Colonial (2009), de Diana Andringa, aborda o regresso de sua realizadora ao Dundo, Angola, sua terra natal, após cinco décadas. Nascida em 1947 e filha de um engenheiro da DIAMANG, ela deixa o Dundo aos 11 anos. No documentário, de 60 minutos, Andringa revisita lugares que foram importantes na sua infância, bem como conversa com antigos funcionários daquela empresa, os quais deixam relatos de como era viver sob o colonialismo. O que nos diz essa memória colonial?

Esta actividade realiza-se no âmbito do projeto FCT A LITERATURA COLONIAL PORTUGUESA: ALÉM DA MEMÓRIA DO IMPÉRIO (2022.06543.PTDC), do Grupo MORPHE/CEComp.

Apresentação de Márcio Aurélio Recchia (USP)

Comentários e moderação de Ana Bela Morais (LOCUS/CEComp)

31.03.2024 | by martalanca | debate, Dundo, filme, FLUL, memória colonial

" A Flor do Buriti", de João Salaviza, Renée Nader Messora | 19 Março, 21h30, Cinemateca

A sessão de A FLOR DO BURITI será antecedida de um cocktail na esplanada da Cinemateca - 39 degraus, a partir das 19h30. 

05.03.2024 | by Nélida Brito | cinema, filme, João Salaviza, Renée Nader Messora

Resonance Spiral na Berlinale

Centrifugal movement was an expression once used to describe the tactical, situated beginnings of an anti-colonial armed struggle. In a flow of gestures and recurrences, a building is collectively imagined and constructed by the traditional community of the militant Guinea-Bissauan filmmaker Sana na N’Hada. Future is rejected to make space for what waits ahead. Intertwining local dreams and cine-kin’s visions, Resonance Spiral traverses moments at the newly erected community space in Malafo. Old plans for a videotheque are revisited for the mediateca. The women of the Satna Fai association listen to forgotten voices and rest from millennia of abuse. An informal sewing workshop, an experimental garden, a bibliotera and a pre-school are set up in the space. Adolescents voice a circle and sound self-built instruments. At the well, a discussion is staged about mud medicine. Ciné-kins undermine their own agencies and distrust neo-liberal slogans. With solidary hearts and a desire to flip verticalities into horizon lines, the collective slides through mud. Onshore. Abotcha. Na tchon. Humus, humans, humbled, humiliated by humanity.

74. Berlinale - Forum
mon, 19.02.2024 - 12:30 Safi Faye Saal (World Premiere) - Q&A 

tue, 20.02.2024 - after 21:30 GET-TOGETHER - KUMPELNEST 3000 - Lützowstraße 23, 10785 Berlin

21.02.2024 - 13:00 Kino Arsenal 1 - Q&Athu, 22.02.2024 - 21:00 Kino Betonhalle@silent green - Q&Afri, 23.02.2024 - 13:00 Kino Arsenal 2 (Press Screening) - Q&Asat, 24.02.2024 - 18:45 Kino Arsenal 1  - Q&A
***
MoMA Doc Fortnight

tue, 27.02.2024 - 19:00 - MoMA, Floor T2/T1, Theater 2 - Q&A (International Premiere) -The Roy and Niuta Titus Theater 2fri, 01.03.2024 - 16:30  - MoMA, Floor T2/T1, Theater 2 -The Roy and Niuta Titus Theater 2
***
Cinema du Reél
thu, 28.03.2024 - 19:00, Forum des images - Salle 300 (French Premiere)sat, 30.03.2024 - 14:30, Centre Pompidou - Cinéma 1 - Q&A

RESONANCE SPIRAL assembled by Filipa César & Marinho de Pina

92’, 2K, colour, stereo, 2024

Portugal/ Guinea-Bissau/ Germany

languages Spoken: Guinea-Bissau Creole, Cape Verdean Creole, French and Portuguese DCP

with Bedan na Onça, Bidan Quelenque, Cristina Mendes, Mû Mbana, N’sai Ndiba, N’sai na Tchuto, João Polido Gomes, Pereira na Onça, Pedro na Onça, Pedro Maia, Sancho Silva, Sana na N’Hada, Satna Fai, Sónia Vaz Borges, Vanessa Fernandes & community of Malafo logline The Mediateca Onshore in Malafo, a village in Guinea-Bissau, is an archive and a hub for agropoetic practices. As Amílcar Cabral talks feminism on tape, ciné-kins speak from the mangroves about the contradictions of their practice.

17.02.2024 | by martalanca | Abotcha, filipa césar, filme, Malafo, Marinho Pina

"Clandestina", baseado no livro de Margarida Tengarrinha e realizado por Maria Mire, estreia dia 7 de março nos cinemas

Uma obra que parte do livro “Memórias de uma Falsificadora - A Luta na Clandestinidade pela Liberdade em Portugal” 

O filme “Clandestina” realizado por Maria Mire e produzido pela Terratreme, estreia nas salas de cinema portuguesas a 7 de março. Esta longa-metragem parte da obra “Memórias de uma Falsificadora - A Luta na Clandestinidade pela Liberdade em Portugal” de Margarida Tengarrinha (1928-2023), artista, escritora, professora que antes do 25 de Abril viveu clandestinamente em Portugal e que se tornou falsificadora de documentos por motivos de militância política. Margarida Tengarrinha nasceu em Portimão em 1928 e faleceu no último mês de outubro, na mesma cidade.

“O interesse na realização deste filme prende-se assim tanto com a urgência de tirar da sombra a ação das mulheres que de modo revolucionário combateram neste período negro da história contemporânea portuguesa, assim como o de pensar na dimensão política presente nos pequenos gestos da vida quotidiana.”, afirma Maria Mire, que em 2020 realizou a curta-metragem “Parto Sem Dor”, uma homenagem à médica obstetra Cesina Bermudes (1908-2001), pioneira da introdução do parto sem dor em Portugal e resistente anti-fascista, que ajudou no parto muitas mulheres na clandestinidade.

Esta será a estreia comercial de “Clandestina”, que integrou a secção Competição Portuguesa na última edição do DocLisboa.

No dia 22 de fevereiro, às 11h, no ICA, em Lisboa, vai realizar-se um visionamento deste filme para a imprensa.

 

Teaser aqui: https://youtu.be/9no9asXJytw

Para mais informações e marcações de entrevistas, por favor contactar:

Rita Bonifácio | 918453750 | press.terratreme@gmail.com

 

“CLANDESTINA” 

VISIONAMENTO DE IMPRENSA  

22 de fevereiro, 11h: ICA, Lisboa

 

SINOPSE

Para pensar as atuais práticas de dissidência política, mergulhamos no passado e acompanhamos a vivência de uma jovem artista. Convidada a entrar na clandestinidade em Portugal na segunda metade do século XX, Margarida Tengarrinha, desempenhou um importante papel na resistência antifascista, tornando-se falsificadora por militância política. Através do anacronismo temporal, CLANDESTINA é como uma missiva a um tempo porvir, uma premonição da possibilidade trágica da História se estar a repetir. 

 

FICHA TÉCNICA 

Com Kim Ostrowskij, Rafael Costa, Salomé Saltão, Joana Levi e Ciço Silveira, Dayana Lucas, petra.preta

 

REALIZAÇÃO Maria Mire

ASS. REALIZAÇÃO E DIREÇÃO FOTOGRAFIA Miguel Tavares

1º ASS. IMAGEM Margarida Albino

2º ASS. IMAGEM Giulia Angrisani

DIREÇÃO SOM Ricardo Guerreiro

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO Madalena Fragoso

DIREÇÃO ARTE Maria Mire

ASS. DIREÇÃO ARTE Ana Vala

MONTAGEM Luisa Homem

DESIGN SOM E MÚSICA Ricardo Guerreiro

EFEITOS VISUAIS E CORREÇÃO COR Ana Vala

PÓS-PRODUÇÃO IMAGEM Gonçalo Ferreira, Irmã Lúcia

DESIGN Dayana Lucas

PRODUTORES Luisa Homem, João Matos, Leonor Noivo, Pedro Pinho, Susana Nobre e Tiago Hespanha

 

Maria Mire

Maria Mire (Maputo, 1979) vive e trabalha em Lisboa. O trabalho artístico e de investigação que desenvolve é sobretudo centrado nas questões da percepção da imagem em movimento. Doutorada em Arte e Design pela FBAUP em 2016, com a tese “Fantasmagorias: a imagem em movimento no campo das Artes Plásticas”. É pro- fessora e co-responsável do Departamento de Cinema/ Imagem em Movimento do Ar.Co., em Lisboa. Colabora igualmente no PhD em Arte dos Media e Comunicação da ULHT, assim como no Mestrado de Artes do Som e da Imagem da ESAD.CR. Integrou diversos projetos artísticos colaborativos, dos quais se destacam o Coletivo Embankment, Plataforma Ma ou Patê Filmes. Tem desenvolvido diversos projetos colaborativos de crítica e especulação artística com Aida Castro. Realizou o filme “Parto sem dor”, uma conversa imaginada com Cesina Bermudes, que integrou a seleção oficial do INDIELISBOA 2020, e do Festival Caminhos do Cinema Português, Seleção Outros Olhares 2020, assim como a edição do PORTO FEMME – International Film Festival, onde recebeu o Prémio de Melhor Documentário da Competição Nacional.

09.02.2024 | by Nélida Brito | cinema, clandestinidade, filme, política, Portugal

Exibição de "Ngwenya, o crocodilo"

O CEsA - Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) e o ISEG - Lisbon School of Economics and Management (ISEG/ULisboa), em parceria com a investigadora Jessica Falconi (CEsA/CSG/ISEG/ULisboa) e os realizadores Isabel Noronha e Camilo de Sousa, têm o prazer de convidá-la para a sessão de maio do Ciclo “Cinema e Descolonização: Moçambique em foco”.
No dia 6 de maio (pelas 10h, no ISEG) teremos a exibição do documentário “Ngwenya, o crocodilo” (Isabel Noronha, 2007, Documentário, 90 min, português), seguida de um debate com o produtor Camilo de Sousa e os investigadores Ana Mafalda Leite (CEsA) e João Pina-Cabral (ICS). Inscrições aqui.

03.05.2023 | by mariadias | cesa, filme, iseg, Ngwenya, o crocodilo

"Daniel e Daniela", de Sofia Pinto Coelho

Quarta-feira, 14 de setembro, às 21h30, na Cinemateca Portuguesa

Após assinar “Carta ao meu Avô” e “Despojos de Guerra”, Sofia Pinto Coelho estreia-se no cinema com uma aventura por Cabo Verde, São Tomé e Guiné-Bissau com dois protagonistas improváveis: Daniel, de 83 anos, e Daniela, de 12.

A história de um pai que leva a filha numa viagem às suas origens e que se torna num diálogo sobre racismo, herança colonial, memórias familiares e aspirações individuais que percorre mais de cem anos de História. 

Entre risos, canções e livros, tudo o que irão encontrar pelo caminho é pretexto para aquele que é um dos maiores colecionadores em Portugal de livros sobre a África lusófona deixar conhecimento e pensamento crítico à sua filha, preparando-a para o futuro com o coração cheio de esperança e liberdade.

Documentário  82 min  2022

Guião / Script
Sofia Pinto Coelho
Vozes / Cast
Sofia Pinto Coelho
Actores / Cast
Daniel Nunes, Daniela Nunes
Argumento e Diálogos / Dialogues and Screenplay
Sofia Pinto Coelho
Fotografia / Photography
Pedro Castanheira
Música / Music
N/A
Montagem / Editing
Sofia Pinto Coelho
Produtor (pessoa singular) / Producer
Pandora da Cunha Telles e Pablo Iraola
Coprodução / Coproduction
SIC

 

05.09.2022 | by Alícia Gaspar | cabo verde, cinemateca portuguesa, daniel e daniela, filme, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe

Elas também estiveram lá

um filme realizado por Joana Craveiro
uma produção Teatro do Vestido

Um documentário poético sobre a invisibilidade das mulheres em acontecimentos históricos, como a ditadura portuguesa de 1926-1974, ou o processo revolucionário de 1974-75. Combinando histórias de vida, fotografias e documentos originais, o filme reencena essas vidas invisíveis e culmina com uma cena filmada numa pequena sala de cinema, que se acredita ter sido usada pelos censores durante a ditadura portuguesa.

Estreado em sala no âmbito do Festival Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival, em Novembro de 2021, foi galardoado com Prémio Especial do Júri pela imensa criatividade, mistura de formatos, do teatro à reportagem, filme de arquivo e linha pedagógica e uma rara erudição de Cinema, a fazer evocar as Histoires du Cinéma de Godard, bem como a explícita citação de filmes portugueses. Mostra trabalho, ideias de cinema, inteligência e humor.”
Elas também estiveram lá, originalmente um espectáculo de teatro estreado em 2018, foi nomeado pela SPA para melhor Texto Português Representado, em 2019.

Conceção, texto e realização: Joana Craveiro

Apoio ao argumento: Bonneville

Câmera: José Torrado

Montagem: José Torrado, Joana Craveiro

Direção de fotografia: José Torrado, João Cachulo

Iluminação: João Cachulo

Direção de som: Rui Dâmaso

Voz-off em estúdio: Sérgio Milhano

Assistência de realização e anotação: Estêvão Antunes

Música original e ambiente sonoro: Francisco Madureira

Direção de arte Teatro do Vestido

Guarda-roupa: Ainhoa Vidal

Apoio criativo em várias frentes: Tânia Guerreiro

Direção de Produção: Alaíde Costa

Assistência de produção: João Ferreira

Gestão Financeira: Leocádia Silva

Com: Ainhoa Vidal, Inês Monteiro, Inês RosaDO, Joana Craveiro, Joana Margarida Lis, Júlia Guerra, Tânia Guerreiro, Vera Bibi

Figuração: Sónia Guerra, Tatiana Damaya

Sónia Guerra e Tatiana Damaya participam neste projeto n contexto de estágio curricular, ao abrigo do protocolo entre o Teatro do Vestido e ESAD.CR

Apoio: Câmera Municipal de Lisboa – Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico

Co-produção: Teatro do Vestido e EGEAC

 22 Abril 2022 | 22h00 | DesobeDoc 2022
Cinema Trindade - Rua do Almada 412, Porto

veja o tailer

+ informações

20.04.2022 | by arimildesoares | elas também estiveram lá, filme, invisibilidade das mulheres, Joana Craveiro, porto, teatro vestido

Alcindo - Novas datas

Sinopse

A 10 de Junho de 1995, para celebrar o Dia da Raça e a vitória na Taça de Portugal do Sporting, um grupo de etno-nacionalistas portugueses sai às ruas do Bairro Alto, em Lisboa, para espancar pessoas negras. O resultado oficial foram 11 vítimas, uma delas mortal.

Com o apoio de: Maus da Fita I SOS Racismo

Todas as exibições serão seguidas de debate - e até concertos/performances - connosco ou com outros intervenientes.

Mais informações aqui.

07.03.2022 | by Alícia Gaspar | alcindo, debate, documentário, filme, maus da fita, negritude, racismo, SOS Racismo

'Pele Escura': "um problema que estamos com ele"

Uma cena de 'Pele Escura', de Graça Castanheira ©Maria AbranchesUma cena de 'Pele Escura', de Graça Castanheira ©Maria Abranches

Esta narrativa coloca um problema principal: o de saber como é que um grupo com origens africanas – que vive na periferia de uma cidade, sofre o estigma da discriminação racial e social e ao qual se pretende dar voz – se relaciona com o centro, sobretudo com as suas instituições culturais.O breve documentário de Graça Castanheira conta a história da visita de um pequeno grupo de pele escura que mora na Trafaria, ao Centro Cultural de Belém. Ironicamente e como se se tratasse de um espelho, a visita tinha por fim fazer com que o grupo assistisse ao próprio documentário acerca dessa mesma visita. Esta narrativa coloca um problema principal: o de saber como é que um grupo com origens africanas – que vive na periferia de uma cidade, sofre o estigma da discriminação racial e social e ao qual se pretende dar voz – se relaciona com o centro, sobretudo com as suas instituições culturais. 

Trata-se de uma relação ou de um conjunto de relações que se encaixam, em parte, numa ideia bastante essencializada do contacto de culturas. Resta saber qual a margem que o próprio documentário cria para conceber relações que escapem ao previsível, sobretudo, a representações geradoras de tantos estereótipos. (…)

Diogo Ramada Curto sobre o filme Pele Escura, de Graça Castanheira. Continue a ler a crónica no jornal Contacto.

07.07.2021 | by martalanca | centro, filme, Graça Castanheira, lisboa, Paulo Pascoal, periferia, racismo

Fantasmas do Império | 3 Junho nos Cinemas

SESSÕES

Estreia a 3 de junho
Cinema City Alvalade (Lisboa)
Cinema City Alegro Setúbal
Cinema NOS Alma Shopping (Coimbra)

10 de junho – hora a confirmar 
Tavira

23 de junho – 19h00 
Teatro Sá da Bandeira (Santarém) – em parceria com o Cineclube de Santarém

Debates no Cinema City Alvalade no final da sessão das 19h

3 Junho – Ariel de Bigault (realizadora)
4 Junho – Fernando Matos Silva (realizador, montador e produtor; personagem principal de Fantasmas do Império)
7 Junho – António Pinto Ribeiro (Investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e no projeto Memoirs Filhos do Império)
8 Junho – Margarida Cardoso (cineasta; personagem principal de Fantasmas do Império)
9 Junho – Ariel de Bigault (realizadora)

28.05.2021 | by Alícia Gaspar | cinema, colonialismo, estreia, Fantasmas do Império, filme

Op-Film: Uma Arqueologia da Ótica

no HANGAR de 23 de Janeiro | 18h até 20 de Abril | Quarta-feira a Sábado, 15:00 – 19:00 (ou por marcação através do geral@hangar.com.pt) I Entrada Livre I Op-Film: An Archaeology of Optics é uma exposição colaborativa dos artistas e cineastas Filipa César e Louis Henderson.

A exposição é composta por um filme e uma instalação baseados num processo de investigação em curso que explora de que forma as tecnologias óticas de design militar e colonial – das lentes de Fresnel aos sistemas globais de navegação por satélite – informam e são informadas pelos modelos de conhecimento ocidentais. Através de uma abordagem crítica às ideologias por trás do desenvolvimento destes instrumentos de orientação e vigilância, os artistas consideram que os gestos imperiais de descoberta, revelação e posse estão embutidos em associações entre o ver e entender, a projeção de luz e iluminação.

O filme Sunstone (2017) acompanha as lentes de Fresnel desde o local de produção até à sua exposição num museu de faróis e dispositivos de navegação. Simultaneamente, examina os diversos contextos sociais nos quais a ótica está implicada, contrastando o sistema de comércio triangular que se seguiu às primeiras chegadas europeias ao ‘Novo Mundo’ com o potencial político visto na Op art na Cuba pós-revolucionária. Incorporando imagens de celuloide de 16mm, capturas digitais de ambientes de trabalho e CGI 3D, o filme mapeia igualmente uma trajetória tecnológica: dos métodos históricos de navegação ótica aos novos algoritmos de localização, da projeção singular às visões satélites de múltiplas perspetivas. Registando estes avanços técnicos progressivamente através dos materiais e meios de produção dos seus filmes, os artistas desenvolvem o que eles descrevem como “um cinema de afeto, um cinema de experiência – um Op-Film”.

Juntamente com este trabalho, a instalação Refracted Spaces (2017) reúne materiais documentais importantes que sustentam suas pesquisas até o momento, incluindo imagens arquivísticas, mapas oceânicos, plantas de faróis, luzes e fragmentos de lentes de Fresnel. Após a Bienal de Contour em Março de 2017, a instalação viajou para a Gasworks (Londres), para a Temporary Gallery (Colónia) e Khiasma (Paris). A exposição é pensada como uma plataforma de investigação contínua pelos dois artistas e cria, em cada contexto, eventos públicos, projeções e conversas que estendem a exposição.

Filipa César é uma artista e cineasta interessada nos aspetos ficcionais do documentário, nas fronteiras porosas entre o cinema e sua receção, e nas políticas e poéticas inerentes à imagem em movimento. O seu trabalho toma os media para expandir ou expor contra narrativas de resistência ao historicismo. Desde 2011, César tem estudado as origens do cinema na Guiné-Bissau como parte do Movimento de Libertação Africano. Uma seleção de exposições e projeções foram realizadas em: 29th São Paulo Biennial, 2010; Manifesta 8, Cartagena, 2010; Haus der Kulturen der Welt, Berlin, 2011–15; Jeu de Paume, Paris, 2012; Kunstwerke, Berlin, 2013; SAAVY Contemporary, Berlin 2014–15; Futura, Prague 2015; Tensta konsthall, Spånga, 2015; Mumok, Vienna, 2016, Contour 8 Biennial; Mechelen and Gasworks, London; MoMA, New York, 2017.

Louis Henderson é um artista e cineasta cujas obras investigam conexões entre colonialismo, tecnologia, capitalismo e história. A sua pesquisa procura formular um método arqueológico dentro da prática cinematográfica, refletindo sobre o materialismo animista. Henderson mostrou o seu trabalho em espaços tais como: Rotterdam International Film Festival, Doc Lisboa, CPH:DOX, New York Film Festival, The Contour Biennial, The Kiev Biennial, The Centre Pompidou, SAVVY Contemporary, The Gene Siskell Film Centre e Tate Britain. Em 2015, recebeu o Prémio Barbara Aronofsky Latham como Artista Vídeo Emergente no 53º Ann Arbor Film Festival, EUA, e o Prémio European Short Film – Festival Internacional de Cinema New Horizons, Wroclaw, Polónia. O seu trabalho é distribuído pela LUX (UK) e pelo Video Data Bank (EUA).

22.01.2019 | by martalanca | filipa césar, filme, HANGAR, Louis Henderson

Dois Filmes Duas Viagens nos cinemas a 17 de Maio

Dia 17 de Maio, estreiam dois novos filmes nas salas de cinema em Lisboa, Porto e Viseu:

Cartas de Angola”, da realizadora Dulce Fernandes, transporta-nos para um passado esquecido e para um reencontro da memória de Angola através dos cubanos que aí combateram. O documentário já participou em Festivais portugueses, onde recebeu prémio Documentário no Festival de Cinema Digital de Odemira 2011. Participou igualmente em dois Festivais de Cinema na Republica Checa, em França, Qatar, México e Canadá.


Kola San Jon é Festa di Kau Berdi”, do realizador Rui Simões, leva-nos a Cabo-Verde, o arquipélago de origem dos habitantes da Cova da Moura, numa travessia de regresso à sua terra-mãe. Já participou em Festivais de Cinema portugueses e Festivais de Cinema na Republica Checa.

Estes dois filmes serão lançados em DVD nas lojas FNAC de todo o país imediatamente a seguir a saírem das salas. Não perca!


11.05.2012 | by joanapereira | angola, cinema, estreia, festival, filme

Nada Fazi no FESTin

Dom 13 Maio | 11h30 | Sala 3 | Cinema São Jorge

Nada Fazi será apresentado no Festival FESTin - Festival Itinerante de Cinema da Língua Portuguesa, no próximo Domingo, dia 13 de Maio, às 11:30, no Cinema São Jorge, em Lisboa, na categoria “Inclusão Social pelo Cinema”.

Recorde-se que a curta-metragem de Filipa Reis e João Miller Guerra venceu o prémio de Melhor Filme Português no Fantasporto e esteve presente em Kiev no Festival Molodist. O filme foi realizado no âmbito do projecto de sensibilização artística e formação em cinema KÊ LI KÊ LÁ, financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Fundaç\ao EDP.

Sinopse: Três investigadores iniciam a tese “ 10 Anos de Reinserção Social no Bairro Casal da Boba”. A câmara de filmar usada na pesquisa é roubada e ao deambular de mão em mão regista um crime.Nada Fazi É inevitável em crioulo) é um olhar partilhado de fragmentos do dia-a-dia de um bairro. Uma visão externa que se transforma numa viagem íntima pelas vivências de um grupo de jovens.

11.05.2012 | by joanapereira | cinema, curtas-metragens, festival, filme

O regresso das noites cabo-verdianas

o coração de Lisboa, no velho bairro de  S. Bento, onde a comunidade caboverdiana desde há muito escreve boa parte da saga da diáspora além-ilhas, a cidade e as suas gentes marcam encontro com a cultura e a identidade do arquipélago de B.Léza, Eugénio Tavares, Jorge Barbosa e tantos outros ícones da história de um país  no centro da geografia e dos afectos do universo da lusofonia.

19:00 - Projeção do filme “Batuque, a Alma de um Povo”, de Julio Silvão Tavares

20:30 - Jantar Tradicional Caboverdiano
Entrada: Mandioca frita 
Prato principal: Cachupa 
Sobremesa: Bolo de Côco
Sujeito a inscrição prévia por e-mail ou telefone.

22:00 - Poesia e música caboverdiana ao vivo

Sábado, 28 de Abril
web

26.04.2012 | by herminiobovino | B.Leza, cultura cabo-verdiana, filme

GERAÇÃO 80 apresenta o filme Mussulo Radical 2011

Esta viagem vai levar-vos para a ilha do Mussulo e dar-vos a conhecer o grande evento do MUSSULO RADICAL 2011.  

Visitem também o canal do Mussulo Radical no VIMEO e vejam alguns dos teasers.

 

06.02.2012 | by joanapires | filme, geração 80, mussulo radical 2011