SÓFOTO | EDIÇÃO ESPECIAL

  QUARTA 25 AGOSTO 2010 | 19H
 
 

O CCFM tem o prazer em convidar todos os que gostam de ver, viajar ou trabalhar com fotografia  (amadores, profissionais, amantes, jovens,…)
para um encontro com dois fotógrafos,  onde cada um vai falar e mostrar em tela gigante  a sua arte

Douglas Nicolson (Escócia)
Elyxandro Cegarra (Venezuela)

Quarta 25 Agosto | 19H | ENTRADA LIVRE

 

25.08.2010 | par martalanca

no Elinga Teatro, Luanda

Quinta, Thursday 25.08.10 - entrada livre 

CHOKOLATE QUENTE

Afrologic Brothers (http://www.myspace.com/tukathesoulbreakxtra , http://www.myspace.com/cocafaray)

JAZZ, HIP HOP, SOULFULL HOUSE, SOULFUNK, NU-JAZZ, BROKEN BEAT, AFROBEAT & DERIVADOS

 

Sexta-feira, Friday 26.08.10 - 22h30 – 1.000 AKZ

SATELLITE 

Djing:

DJ Leandro Silva (http://www.myspace.com/leandrosilvadj)

DJ Luis Bom Som

ELECTRONIC, DEEP HOUSE, MINIMAL, PROGRESSIVE

 

Sábado, Saturday 27.08.10 - 22h30 – 1.000 AKZ

WAVEFORM

 Djing:

DJ Litó

DJ Furreta

HOUSE MUSIC, HIPHOP, CHART

25.08.2010 | par martalanca | dj, música

Encontros com África II – Moçambique

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – Vila Real, Portugal /  3-4 de Novembro

O colóquio Encontros com África II – Moçambique terá lugar na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real, nos dias 3 e 4 de Novembro de 2010, iniciativa enquadrada no âmbito do projecto Espaços e Paisagens Culturais na Ficção Africana de Língua Portuguesa do Centro de Estudos em Letras da UTAD.
Este colóquio pretende ser um momento de discussão sobre manifestações culturais, diversidade cultural, identidade, memória e sobre os diálogos que têm sido promovidos entre a cultura e os horizontes políticos e sociais moçambicanos para responder aos desafios da contemporaneidade.
A memória das antigas sociedades africanas apoiava-se na transmissão continuada de histórias, conhecimentos, princípios e valores que preservavam, entre outros, o sentido agregador da comunidade, família e vínculo à terra. A comunidade reverencia os seus ancestrais, conservando os valores de convivência que estão na memória como uma “forma de ser”, “ de pertencer”e “de participar” que é a marca identitária de uma nação.
Com a modernidade, além do contributo inestimável das artes plásticas e cénicas, a escrita, força motriz e auxiliar da cultura, apoia-se nas tradições e, conjugando o real e o imaginário, apropria-se dos recursos da oralidade para forjar uma literatura que se quer, ao mesmo tempo, expressão criativa e portadora da bandeira identitária da nação moçambicana na sua diversidade, complexidade e integralidade, pelo retrato ficcional de seus vários espaços e paisagens físicos, humanos e espirituais.
Neste momento, a nossa lista de convidados inclui o Senhor Embaixador de Moçambique em Portugal, Dr. Miguel Mkaima, a Prof. Dra. Ana Mafalda Leite, o Prof. Dr. Nataniel Ngomane, a Prof. Dra. Agnes Levecot, e os escritores moçambicanos Ungulani Ba Ka Khosa e Sulemane Cassamo.
As propostas de comunicação (título e resumo até ao máximo de 200 palavras, acompanhadas de um curto CV) deverão ser enviadas para cultura@utad.pt até 15 de Setembro de 2010.

A organização
Fernando Moreira
Orquídea Ribeiro

25.08.2010 | par martalanca

brevemente... mindelact 2010

 

 

 

fotografia: Abrãao Vicente
modelo: Thaiz Luksis

 

 

 

 

 

24.08.2010 | par samirapereira

praia maria: sketches for “freedom fighters collection” @ igallery

 A não perder na igallery, na cidade da Praia, os últimos dias  a exposição de esboços/ experiências  do que virá a ser uma exposição em grandes dimensões: sketches for “freedom fighters collection” são um conjunto de 15 peças feitas à base de serigrafia e acrílico da autoria de Abraão Vicente. 

 

 

 

 

24.08.2010 | par samirapereira

Afrique: la bande-son des indépendances

Par La rédaction de Mediapart

En Afrique, l’histoire s’écrit aussi en musique. Cette série, proposée par notre abonné Tristan Guilloux, revisite le répertoire à l’heure du cinquantenaire des indépendances des Etats africains.

voir ici

24.08.2010 | par martalanca | indépendance, musique

Conjunto Ngonguenha - Nós os do Conjunto

Então assim foi, o disco saíu MESMO. Depois de sucessivos adiamentos, atrasos com a fábrica e repetidos pedidos de desculpa por parte do MCK (editor e distribuidor pelo seu selo MASTA KAPA) aos religiosos seguidores do seu programa na Rádio Despertar que reclamavam pelo que lhes era devido, aqui está ele.

Todo o pacote é interessante, começando logo pelo impacto visual da capa em formato de caderno dos anos 80 que trazia o hino nacional na contra-capa. Mas o adágio diz que não se julga o livro pela capa, e assim sendo, não vamos também julgar o disco.

Eu sou suspeito para falar de Conjunto Ngonguenha, pois até bem pouco tempo antes deste disco sair, eu fiz parte do grupo. Sempre gostei da música que esses 3 mongos fazem, sempre fui panco da criatividade musical do Conductor, da franqueza e ligeireza com que o Leonardo flui pelos instrumentais auto-produzidos e pela profundidade lírica gargantuesca do Keita que impinge respeito até aos mais renitentes que só sabem falar do “flow”. Este é o segundo disco de originais depois do “Ngonguenhação” em 2004 com o selo da Matarroa, entretanto e infelizmente extinta. Se no primeiro disco se encontrava a sátira social e política elevada ao estatuto de “mongoloidice”, este segundo vem exactamente na mesma tónica mas com a vantagem de carregar em cada um dos intervenientes mais 5 anos de experiências no universo musical: o conductor está a produzir MUIIITTOO melhor, o Keita continua a rimar com aquela urgência como se o mundo fosse acabar amanhã, tendo, ainda por cima, melhorado substancialmente a sua largada e o Leonardo agora canta tipo quer lançar um disco de Soul.

A masterização/equalização deste disco são outros dois pontos em que se nota uma preocupação muito maior com a qualidade sonora, pois se no “Ngonguenhação” estava tudo sujo e fajuto de gravações dúbias, neste a coisa está cristalina, prata polida até virar espelho, graças à mestria do Eliei. Se houver um ponto negativo quando se compara “Ngonguenhação” com “Nós os do Conjunto”, ele residirá certamente na perda de inocência e espontaneidade do primeiro, para um conceito melindrosamente estudado para causar um efeito previsto no consumidor do segundo.

Mas isso, claro, é subjectivo como o é tudo o que releve duma opinião pessoal. Contrariamente ao que se propala (e mais uma vez na minha modesta opinião), acho que este álbum rouba muitas das ideias funcionais do primeiro dando impressão de haver vários temas que são sequelas.

Senão vejamos:

- Programa de rádio vs TV Ngonguenha: para já é inegável que os conceitos são os mesmos, e por acréscimo, o método da intro também o é. No primeiro usou-se o indicativo mais antigo da rádio angolana que precede o noticiário e, neste, usou-se o original de uma música infantil do Mamborró que, apesar de não ser a mais famosa dele, continua sendo uma música do Mamborró! - Dia de Aulas vs Fugueiro: apesar de aqui ser mais ou menos assumida a parte 2, pois chega mesmo a haver um sample do tema do primeiro álbum, inclusivé, este tema escapou intitular-se “Fugueiro: A Prequela”.

- Kibidi vs FTU-Nzamba 2: apesar de o Kibidi não se desenrolar dentro de um kandongueiro, o formato de story-telling é mais que familiarizado com o FTU, cada MC intervindo alguns segundos sequencialmente para avançar um pouco no seu relato. - Sorriso Angolano vs É Dreda Ser Angolano: Sorrir na miséria vs sorrir na miséria. Mesmo mambo! - Kem Manda Mais Fuma vs Ecos e Factos: Janela Aberta vs Ecos e Factos, dois programas da Televisão Pública de onde se podem tirar litros de inspiração para encher o rio seco.

- Vou te Queixar vs Nós e Vocês: ambas relatam o choque de gerações e delatam comportamentos obtusos (às vezes roçando o criminoso) da parte de alguns dos nossos conterrâneos.

- Ninguém nos Sungura vs Kanguei no maiki: se não se pode comparar pela ausência TOTAL de tema no segundo, compara-se perfeitamente por serem os dois os sonoros mais inesperados num álbum de hip hop, pois aventuram-se por ritmos que descambam um pouco para “música do futuro”, uma vez que nos é impossível de a rotular redondamente.

Apesar dessas comparações serem possíveis segundo a (in)disponibilidade de quem ouve de as fazer, em termos de execução TODAS SEM EXCEPÇÃO estão melhores neste disco, denotando a evolução profissional dos envolvidos.

O disco esgotou em tempo recorde de 5 horas!!! O pessoal que chegou ao Elinga depois das 14h, alguns vindos de bem longe, deparou-se com uma situação extremamente incómoda: “Já não há discos broda!!!”. Foram só mil cópias, mas o “Ngonguenhação” levou um ano e meio a vender essa mesma cifra. Falando de expansão hã?

Está de parabéns o Conjunto. Muitos sucessos daqui para frente é o que vos deseja este camarada! Apesar de já não figurar no plantel, estou na linha da frente a aplaudir, pois vocês continuam a ser (nas palavras de um grande poeta) “como água no deserto”.

 

Ikonoclasta

do blog do autor Música, alimento pr’alma

24.08.2010 | par martalanca | conjunto conguenha, hip hop angolano

29th Bienal de São Paulo

“Há sempre um copo de mar para o homem navegar” [There is always a cup of sea to sail in]

Preview
Sept 21, 2010
Regular calendar  Sept 25 – Dec 12 2010

We are pleased to invite you to the preview of the 29th edition of the Bienal de São Paulo on September 21, 2010.

The exhibition titled “There is always a cup of sea to sail in” is a tribute to the role of art in our times both in Brazil and abroad. Presenting the work of 161 artists from several countries, this 29th edition of the Bienal will be a celebration of art making itself, while asserting art’s own responsibility towards a critically reflection of the world.

In the occasion of your visit to the 29th Bienal, you will be able to attend a vivid program of parallel exhibitions and events through more than 30 art museums and institutions across São Paulo, besides seeing a broad range of shows at commercial art galleries and enjoying São Paulo’s lively atmosphere within the intense cultural calendar during this period.

If you are planning to visit the 29th Bienal, please send us your full contact information, dates and address of where you will stay in Brazil to 29bienal@fbsp.org.br. We will be delighted to send you a welcome kit, including the preview invitation, to make your visit more pleasant.

Looking forward to your visit,
Heitor Martins
 President

Fundação Bienal de São Paulo

Chief curators: Moacir dos Anjos and Agnaldo Farias (Brasil)

Invited curators: Chus Martinez (Spain), Fernando Alvim (Angola), Rina Carvajal

(Venezuela/USA), Sarat Maharaj (South Africa/England), Yuko Hasegawa (Japan)

Participating Artists:

Adrian Piper |Aernout Mik |Ai Weiwei |Albano Afonso |Alberto Greco |Alessandra Sanguinetti |Alfredo Jaar |Alice Miceli |Allan Sekula |Allora & Calzadilla |Amar Kanwar |Amélia Toledo |Ana Gallardo |Andrea Büttner |Andrea Geyer |Andrew Esiebo |Anna Maria Maiolino |Anri Sala |Antonieta Sosa |Antonio Dias |Antonio Manuel |Apichatpong Weerasethakul |Archigram Group |Artur Barrio |Artur Zmijewski |CADA |Cao Fei |Carlos Bunga |Carlos Garaicoa |Carlos Teixeira |Carlos Vergara |Carlos Zilio |Chantal Akerman |Chen Chieh-jen |Chim Pom |Cildo Meireles |Cinthia Marcelle |Claudia Joskowicz| Claudio Perna |Daniel Senise |David Claerbout |David Cury |David Goldblatt |David Lamelas |David Maljkovic |Deimantas Narkevicius|Dora Garcia |Douglas Gordon |Eduardo Coimbra |Eduardo Navarro |Efrain Almeida |Emily Jacir |Enrique Jezik |Ernesto Neto |Fernando Lindote |Filipa César |Fiona Tan |Flávio de Carvalho |Francis Alÿs |Gabriel Acevedo Velarde |Gil Vicente |Graziela Kunsch |Gustav Metzger |Guy de Cointet |Guy Veloso |Harun Farocki |Hélio Oiticica |Henrique Oliveira |High Red Center |Ilya & Emilia Kabakov |Isa Genzken |Jacobo Borges |James Coleman |Jean Luc Godard |Jeremy Deller |Jimmie Durham |Joachim Koester |Jonas Mekas |Jonathas de Andrade |Antonio Vega Macotela |José Leonilson |José Spaniol |Joseph Kosuth |Juliana Stein |Julie Ault and Martin Beck |Karina Skvirsky Aguilera |Kboco e Roberto Loeb |Kendell Geers |Kiluanji Kia Henda |Kimathi Donkor |Kutlug Ataman |Livio Tragtenberg |Luiz Zerbini |Lygia Pape |Manfred Pernice |Manon de Boer |Marcelo Silveira |Marcius Galan |Maria Lusitano Santos |Maria Thereza Alves |Marilá Dardot and Fábio Morais |Mário Garcia Torres |Marlene Dumas |Marta Minujin |Mateo López |Matheus Rocha Pitta |Miguel Angel Rojas| Miguel Rio Branco |Milton Machado| Mira Schendel |Monir Shahroudy Farmanfarmaian |Moshekwa Langa |Nástio Mosquito e Bofa da Cara |Nan Goldin |Nancy Spero |Nelson Leirner |Nnenna Okore |NS Harsha |Nuno Ramos | Oscar Bony |Oswaldo Goeldi |Otobong Nkanga |Otolith Group |Palle Nielsen |Paulo Bruscky |Pedro Barateiro |Pedro Costa |Pixação SP |Qiu Anxiong |Raqs Media Colective |Rex Time |Roberto Jacoby |Rochelle Costi |Rodrigo Andrade |Ronald Duarte |Rosangela Rennó |Runa Islam |Samuel Beckett |Sandra Gamarra |Sara Ramo |Simon Fujiwara |Sophie Ristelhueber |Steve McQueen |Sue Tompkins |Superstudio |Susan Philipsz |Tamar Guimarães |Tatiana Blass |Tatiana Trouvé |Tobias Putrih |Tucuman Arde |UNStudio |Wendelien van Oldenborgh |Wilfredo Prieto |Yael Bartana |Yoel Vazquez |Yonamine |Yto Barrada |Zanele Muholi |Zarina Bhimji.

 

Fundação Bienal de São Paulo

 

Parque do Ibirapuera · Portão 3
Pavilhão Ciccillo Matarazzo · 3º andar

23.08.2010 | par martalanca | Bienal de S.Paulo

preto e branco - Fausto

Fausto Bordalo DiasFausto Bordalo DiasEm 1989 Fausto brinda-nos com “A Preto e Branco”, onde dá música à poesia vinda de alguns PALOP, em especial Angola.

Aí entre Ernesto Lara Filho, Mário António e António Jacinto… estava também a jóia de Viriato da Cruz: “Namoro”.

Conseguido com muita dificuldade, finalmente aqui está este tema para a escuta do pessoal…

daqui da MPA, provando como um mesmo poema pode ter tantas faces consoante a música e a voz. Para dar mais calor à saudade dos saraus nos quintais… “Namoro”.

 

Tirado do FB do Música Popular Angolana

23.08.2010 | par martalanca | Fausto, música popular

Tourism and Seductions of Difference | Lisbon, Portugal | 9-12 September 2010

Who, or what are tourists seduced by? What constitutes their arousal? How do tourists learn what to be seduced by? How is the tourist experience and the temptation to travel framed? What can these attractions tell us about the moral order of tourism and modern culture? How are forms of local, ethnic, gender and national self being shaped and maintained in the contact zones of tourism? How are tourist attractions assembled to entice tourists? How is seduction in tourism being politically framed? What are the threats and consequences of seducing tourists? What happens when tourists seduce? How can seduction work as a means for resistance? What happens when seduction is rejected?

As tourism research spreads into the social sciences, this Conference will tackle one of the central ontological and phenomenological premises of tourism, the fascination with the idea of ‘Others’. Anthropologists have studied how separations between ‘Self’ and ‘Other’ become part of various public and personal aesthetics of everyday life. They have studied how the idea of differences between people, temporalities and places enable social actors to constitute and maintain selfhood within a wider cosmological scheme of social life. In the field of tourism practice, one of the most basic premises consists in temporarily overcoming difference, be it through the journey to a ‘different’ place, the eating of ‘different’ food, the contact with ‘different’ people. Whatever their ontological underpinning, Self and Other are almost ceremonially brought into contact. Self is deliberately immersed in the realm of an Other. Moreover, in the post-touristic context ‘back home’, the visited Other seems to perpetuate a presence, a sympathetic quality. It has penetrated the touristic body, is invoked in travel stories and embodied in photographs and souvenir objects. While rhetorically and socially separated, ‘Self’ and ‘Other’ hence appear here in fact mutually constitutive, exerting seductive powers upon each other, ‘bewitching’ and ‘colonising’ each other, invoking each other and making each other a fetish of their own existence. The touristic immersion in the Other seems part of an ontological work which enables the maintenance of Selfhood.

This Conference will explore the seductive powers underlying this immersion of Self in the Other and the forms of social life and exchange its shapes at different scales of social life. It will bring together around 200 academics from more than 30 countries presenting 150 papers during four days. The Conference is likely to be the largest anthropological event ever focusing on tourism. Download a draft programme (V2.85 updated 11 August 2010). It also includes a film festival, various study tours, an ‘intergenerational’ networking event and a book fair. The philosophy of this event and of the network of researchers who have been organising it is to be open and accessible. For that reason, the registration fees were fixed at a strict cover-cost basis and include all lunches, coffee breaks and a dinner.

Organisers

Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA)
Tourism Contact Culture Research Network (TOCOCU)
Centre for Tourism and Cultural Change (CTCC)


  

 

contact details to tourismcontactculture@gmail.com
more informations here

 

 

23.08.2010 | par martalanca

uma voz que não morre - rdc

Escrever sobre Ruy Duarte no passado custa-me por ele não poder responder. A expressão das suas considerações - de forma elegante ou, por vezes, irascível (coisa que comigo só aconteceu uma vez e, mesmo assim, foi uma cólera tão bem fundamentada e contextualizada que só pude dar-lhe razão apesar da minha teimosia) - acrescentava sempre. A sua voz ainda está muito presente, viva e intensa - com atribuições sábias para tudo, da paisagem ao livro, passando pela fofoca – cheia de adjectivos precisos e originais, uma voz com o tanto que partilhou connosco nos últimos anos. Por isso me custa muito a ideia de ele já cá não andar, com o seu ar dandy e a eloquência que sabemos. Ruy Duarte de Carvalho, cultivador de um ríspido isolamento, no seu caso necessário para pensar e criar, enredar a fábula com uma pesquisa apurada, ruminar no silêncio e na luz que vai esmorecendo na parede e no mar as suas conspirações privadas, esse Ruy isolado gostava porém de conversar interminavelmente e se rodear de juventude que, como ele, vive a inquietação e insatisfação perpétuas de querer saber, sem se fechar em fundamentalismos, que ousa ideias, produz conhecimento e ironiza com os factos da História.

Conheci-o na rua António Barroso, Maianga, numa Luanda que vivia a excitação da paz, em 2005. O Filipe Calvão e eu, amigos do seu filho Luhuna, fomos lá buscá-lo para o levar a almoçar à ilha, a mesma dos pescadores caluandas que Ruy conhecia a fundo. A partir daí estabeleceu-se aquela cumplicidade indizível: um reconhecimento. As ligações e paixões por Angola vão-se repetindo em ciclos com novas curiosidades que aí nos trazem, e novos dados nos revelam, nos dão trabalho e tanto que pensar. Ele sentiu isso em nós, jovens curiosos, pesquisadores de dinâmicas angolanas, desejosos de compreender as equações dos tempos, poderes, figuras, culturas, dificuldades e desafios do país, pessoas que realmente querem conhecer e viver Angola. Confiou e entregou-se, concedendo o privilégio de nos passar tanto do seu conhecimento e companhia inspiradores.

A partir daí seguiram-se visitas ao fim da tarde na casa da Maianga e sempre longas conversas que me deixavam num estado de exaltação mental e espiritual, continuadas pelas leituras dos seus livros. Quando vendeu a casa e se mudou para a Namíbia, nas passagens esporádicas por Luanda, ficava hospedado no castiço hotel Globo, Mutamba, próprio para o imaginário de um escritor desprendido do mundo material, apesar de tão ligado à matéria do mundo. Ali ficava a fumar e a pensar, a sentir as vibrações da cidade. Pressentia o que implicam as transformações desta nova Luanda, nem sempre familiar e afável para ele, mas empenhado em perceber os seus comos e porquês.

Tivemos novos encontros em Lisboa até que, na conferência da Gulbenkian, onde apresentou a proposta neo-animista, decidimos pôr mãos à tentativa de criar um movimento, que fizesse convergir várias procuras, de académicos, artistas e viajantes, cada um com os seus contributos para uma linha (do) comum. Mas isso são outros quinhentos, que serão falados a seu tempo.

kalahari, SA 2009kalahari, SA 2009

 

Entretanto o Ruy pediu-me para o ajudar a organizar as suas actividades, livros, filmes, viagens e projectos. Mantivemos acesa comunicação, cuidando-nos. Fui viver para Moçambique em 2009 para preparar, com o Pedro Pimenta, o ciclo “E agora… vamos fazer mais como?” de filmes e debates no Festival Dockanema. Foi o reencontro do Ruy com o mundo do cinema e festivais, além do regresso à cidade de Maputo onde trabalhara, 40 anos antes, na fábrica da cerveja Laurentina. E por ali andava radiante a bater muito papo, fumar cigarros, relembrar os tempos em que palmilhou Angola para filmar e mostrar quem são afinal os angolanos, na sua tão rica diversidade. Dali partimos, o Ruy e quatro jovens marinheiros, na nossa grande viagem pela África do Sul, um país com tantas questões em articulação com a sua obra (leia-se A Terceira Metade). Já viajara com o antropólogo Filipe Calvão (o amigo que nos apresentou) pelos Estados Unidos e Namíbia, e agora preparávamos novas incursões: depois da sua recente estadia na ilha de Santa Helena, a ‘comitiva’ iria à Argentina e a pontos do globo que configuram cartografias de antigos impérios, deslocações, reincidências e utopias. Novas transumâncias o obcecavam.

É claro que nos restam os livros e essa obra magnânime que, plena de perguntas, tanto deixa por descodificar – de uma originalidade e talento que tornam claro que Ruy Duarte de Carvalho é um dos melhores escritores de língua portuguesa e, portanto, permanecerá firme no cânone da literatura angolana e lusófona. É uma obra que aponta caminhos, retira da invisibilidade povos, modos de vida, comunidades, autores, pessoas que se cruzaram com ele algures num percurso exploratório, e até palavras e expressões - erudição e coloquialidade juntas numa expressividade única! Uma obra que impele para determinadas direcções, os tais caminhos que só podiam ser aqueles, como o nosso destino também só poderia ter sido o que nós fizemos dele.

Mas, que raio, sempre que abro um livro seu ouço aquela voz assertiva e questionadora ao mesmo tempo, a mostrar-nos evidências e subtilezas, a fazer ver as imbecilidades do mundo e de como a ambição dos homens, suas aventuras, saques e explorações loucas, acabaram por suscitar tão crueis destinos mas também interessantes desafios à humanidade, e à compreensão da mesma.

E os poemas que a natureza escreve por si, ainda lá estão à espera que o Ruy os descubra para nos revelá-los.

Acredito que esteja já nesse encontro com os mais-velhos a falar disso tudo e muito mais. Fazer mais como?

20.08.2010 | par martalanca | Ruy Duarte de Carvalho

Estação das Chuvas

O segundo romance de José Eduardo Agualusa ganha edição definitiva pela Língua Geral, no Brasil. 

 

Sobre o livro
Luanda, 1992, recomeço da guerra civil angolana. Historiadora e poeta, Lídia do Carmo Ferreira desaparece misteriosamente. É mais um fato que atesta o presságio de Vavó Fina (“A vida vai-te comer”) sobre o destino de Lídia. Em busca de esclarecimentos, um jornalista investiga o passado dessa poeta e, assim, chega ao registro da história moderna de Angola.
Neste livro de José Eduardo Agualusa, os limites entre ficção e história são dissolvidos por meio de uma técnica sofisticada, de hábil enxadrista do gênero romanesco, em que se agrupam citações de periódicos, depoimentos, entrevistas, de modo a confundir os leitores quanto à autoria dos diversos textos: ficção ou realidade?
Estação das chuvas é um dos romances mais aclamados de José Eduardo Agualusa, escritor que recebeu, em 2007, o Prêmio de Ficção Estrangeira do jornal britânico The Independent e que vai se afirmando como um dos principais nomes da literatura do continente africano.

 

(a sair em breve!)

20.08.2010 | par martalanca | Agualusa, literatura angolana

CALL FOR PAPERS Pen-insularities: writing east and west in Portuguese

AN INTERNATIONAL COLLOQUIUM

University of Bristol, 15-16 April 2011

 

It is a unique feature of the lusophone world that no Portuguese-speaking country borders on another. The lusophone world is therefore a pattern of islands divided from each other by oceans - whether maritime, territorial, or linguistic ones. Nowhere is this more the case than in the territories, countries, and regions of the Indian Ocean and South China Sea, where the Portuguese left their language and culture, an area bounded by Mozambique in the West and Macau in the East, and taking in Goa, Sri Lanka, Malacca, and East Timor, - islands, peninsulas, old trading emporia, local communities whose identities have somehow been shaped by Portuguese. Within the broad field of postcolonial studies, and within what might be termed the discrete discipline of lusophone postcolonialism, the colloquium will look at the history, literature and culture of these former territories of Portugal in order to determine to what extent their association with Portuguese feeds into any notion of postcolonial identity, and to draw, where appropriate, comparisons and contrasts with other parts of the world, notably the lusophone Atlantic.

 

We welcome proposals for papers in English or in Portuguese or panels incorporating any of the following topics and themes:

 

* Literature from Goa, Macau and East Timor in Portuguese or other languages.

* The History and Literature of Mozambique in the context of the country’s links with societies and cultures across the Indian Ocean.

* Literature or other cultural manifestations from Malacca, Sri Lanka, or other parts of South East Asia, which speak of an association with Portuguese.

* The social and cultural histories of the Portuguese in the Indian Ocean and South China Sea.

* Creolization, creole languages, creole cultures.

* Portuguese Orientalism.

* Comparative literary or historical themes relating to the above.

 

Please send a title and short abstract to either D.R.Brookshaw@bris.ac.uk, or Gustavo.Infante@bris.ac.uk by 20 September 2010.

 

 

COLÓQUIO INTERNACIONAL

Pena-Insularidade: escrever o Oriente e o Ocidente em Português

Universidade de Bristol, 15 e 16 de Abril 2011

 

 

Uma das características distintivas do mundo lusófono é o facto de nenhum dos seus países fazer directamente fronteira com outro. Deste modo, podemos considerar que o mundo lusófono é um conjunto de ilhas com oceanos de permeio, sejam eles feitos de mar, de terra ou de língua. Em mais nenhum lado acontece tal fenómeno, com territórios, países, regiões, espalhados pelo Oceano Índico e pelo Mar da China, locais onde os portugueses deixaram a sua língua e cultura. Vestígios de vária ordem espalhados num elo que se estende de Moçambique, a Oeste, a Macau, a Oriente, incluindo Goa, Sri Lanka, Malaca, e Timor-Leste - ilhas, penínsulas, antigos entrepostos comerciais, comunidades cujas identidades foram de algum modo moldadas pelos portugueses. No âmbito do extenso campo dos Estudos Pós-Coloniais, e mais concretamente no que concerne o Pós-Colonialismo Lusófono, este colóquio irá debruçar-se sobre a História, a Literatura e a Cultura desses antigos territórios portugueses, de modo não só a determinar até que ponto a associação desses com a Língua Portuguesa vai beber a qualquer noção de identidade pós-colonial, mas também de modo a comparar e contrastar com outras partes do mundo, nomeadamente com a lusofonia de vertente atlântica.

 

Aceitam-se propostas de comunicação em inglês ou português, ou painéis que debatam qualquer um dos seguintes tópicos ou temas:

 

* Literatura de Goa, Macau e Timor-Leste em português ou em outra língua.

* História e Literatura de Moçambique no contexto das suas ligações com outras sociedades e culturas do Oceano Índico.

* Literatura ou qualquer outra manifestação cultural de Malaca, Sri Lanka, ou outro território do Sudoeste Asiático, que esteja associado com a Língua Portuguesa.

* Histórias sociais e culturais dos portugueses no Oceano Índico e no Mar da China.

* Crioulização, línguas crioulas, culturas crioulas.

* Orientalismo Português.

* Temas de História ou Literatura Comparadas relacionados com qualquer dos temas acima mencionados.

 

Pedimos-lhe que nos envie o título da sua comunicação e um pequeno abstract para D.R.Brookshaw@bris.ac.uk ou para Gustavo.Infante@bris.ac.uk até 20 de Setembro de 2010.

20.08.2010 | par martalanca

Exposição da Bienal de Bamako no Franco-Moçambicano

Exposição da Bienal africana da fotografia de Bamako (Mali) 2009 pela primeira vez em Moçambique entre 18 de Agosto a 11 de Setembro 2010.

O CCFM, a Culturesfrance, o Centro de Formação Fotográfica de Bamako e o Festival Tunduro apresentam no Centro Cultural Franco-Moçambicano várias exposições que integram no programa do Festival Tunduru 2010.

Os 8 encontros fotográficos de Bamako em Maputo terão 4 exposições, 110 fotografias e 2 vídeos.

 

EXPOSIÇÃO :

BIBIANA
Seydou CAMARA, fotográfo – Bamako – Mali

FRONTEIRA E ILEGALIDADE
L’ORPAILLAGE
Aboubacar Traoré

GOSTO DOS MEUS VIZINHOS
Mario Macilau

18.08.2010 | par martalanca | encontros de fotografia de Bamako

Projecto Reunir

A Zoológico Produsons(Medina) apresenta: 

O Projecto Reunir visa homenagear aquela que em vida foi uma das figuras mais emblemáticas e incontornáveis da música Angolana.Estamos sem sombra para qualquer dúvida a  falar de Alberto Teta Lando.Um artista que influenciou gerações,ajudou a construir e desenvolver o modo de fazer,encarar e se estar  dentro da música.

Este exímio músico e compositor,nascido em 1948,em Nbanza Congo, alcançou o sucesso com apenas 15 anos de idade com a canção “Ki ngui Mbanza”,interpretada por Anita Garcia. Alberto Teta Lando não ficou por aí  e em 1969 lança o single “Um assobio meu” que veio a se tornar  um verdadeiro sucesso em todo País.Este grande músico de intervenção,produziu ainda grandes sucessos tais como “Eu vou voltar”, ”Samba de Angola”, ”Reunir” e “Esperanças idosas”, trabalhos que tornaram-no num dos artistas mais queridos e ouvidos por uma legião de seguidores.

Os seus poemas em português, kimbundo, kikongo e outros dialectos, retratam de uma forma bastante nostálgica a vida quotidiana,tendo como pano de fundo a tradição oral.Estes poemas, exprimem as dores,lamentações e acima de tudo as esperanças que envelheceram,mas sem nunca deixar para depois a alegria de viver que se manifesta na dança. 

A sua morte em Julho de 2008, trouxe um enorme vasio e tristeza no cenário musical de angola e não só.E é com a intenção de se eternizar a sua obra que a Zoológiko Produções reuniu um conjunto de artistas para a gravação de um projecto denominado “REUNIR”,onde o uso de estratos dos seus maiores sucessos seriam a pedra basilar para o referenciado projecto que conta com participações de grandes artistas do cenário rap underground de angola,tais como Brigadeiro Matafrakuxz, Flagelo Urbano, Denexl,Spike,Tião Mc,Kota Sebba,Cláudo Escobbar,Cosmopolita Cmt,Moona, Kita Mc, Khormiko  Mc, San Caleia, Arséniko, Afro Kid entre outros que com os seus versos vão cantar,interpretar e mostrar a influência  que Alberto Tata Lando  exerceu sobre  a forma de pensar e ver a música.
 

O projecto está a ser gravado,misturado e masterizado nos estúdios da Zoológiko produsons (Medina),pelo mano  Flagelo Urbano  e ainda não se sabe quando há-de ver a luz do dia,mas disponibilizou-se já alguns sons promocionais para que o pessoal tenha alguma ideia daquilo  que vem por ai.
 

1.Mono-Sintonisa (Música)
Letra:Mono
Prod:Flagelo Urbano
Pianos e Sons adicionais:Flagelo Urbano
Contém estratos da música “Tia Chica” de “Alberto Teta Lando”
 Voz  incidental“Flagelo Urbano”

 

2.Brigadeiro Matafrakuxz-Segue em frente (Angolano)
Letra:Brigadeiro Matafrakuxz
Prod:Flagelo Urbano
Pianos e Sons adicionais:Flagelo Urbano
Contém estratos da música:Angolano segue em frente de “Alberto Teta Lando”

 

3.San Caleia-Unidos pela mesma Luta
Letra:San Caleia
Prod:Flagelo Urbano
Pianos e Sons adicionais:Flagelo Urbano
Contém estratos da música:Wembo Wembo de”Alberto Teta Lando”

aqui o link para baixar.

18.08.2010 | par martalanca | rap, Teta Lando

um preto, aos 80

Ornette Coleman, na Wire de Junho. Na capa e a ilustrar a entrevista, fotos admiráveis de Mark Mahaney. Agora que o ícone global, Michael Jackson, morreu, estas imagens, com antecedência de um mês, dão-nos a versão recalcitrante do preto não reciclável. São, de um estranho modo, uma pedagogia da memória – a memória de algo como The Souls of Black Folk -, num momento em que a ascensão de Obama poderia sugerir a inutilidade, ou pelo menos a dispensabilidade, desta. A Wire, sempre esperta, chamou a este Ornette aos 80, Empire State Human. Lamento, mas não confere com as fotos. Nelas, desde a extraordinária foto da capa, em que o transcendente parece ser objecto de um olhar suspeitoso (por efeito de um chapéu que obriga a contemplá-lo de soslaio), Ornette parece antes distantemente encenar a longa teoria de máscaras do negro americano, desde o Louis Armstrong de rasgado sorriso alvo e lenço na mão ao interminável processo de recodificação de Jackson e, por fim, à «normalidade» de Obama, a mais difícil das recodificações. Ornette repropõe uma figura clownesca, alguém que joga com um chapéu de cabedal amolgado o difícil jogo céptico de quem não esquece a máscara que a ideologia sempre colou ao «preto americano»: o da sua irrelevância, apenas redimível por um efeito de simpatia, qual o que se sente por um velhote frágil posando com (ou por meio de) um chapéu. Um discreto, mas poderoso, efeito Tati, digamos. Quando irrompeu na cena jazz, sobretudo após Free Jazz, Ornette foi convidado para tocar em pelo menos um congresso como representante do «feio» (o saxofone de plástico ajudava…). Ornete não fazia grandes proclamações: tocava, sim, a sua música «feia», rodeado dos grandes músicos que o acompanhavam. Muitas décadas depois, e após ter operado o seu peculiar revisionismo sobre o «jazz», e mesmo sobre o «free», com o seu sistema «harmolódico», este Ornette parece desconfiar: do progresso, da redenção, da recodificação ou reciclagem do passado. A forma como opera é, algo paradoxalmente, por reciclagem: de uma iconografia do passado, de uma alma que perdura (a do preto americano) para lá de todas as recodificações. Mostrando – com uma muito especial autoridade, é caso para dizer – que as revoluções demoram muito tempo a chegar – e mais ainda a ter efeitos.

 

Osvaldo Silvestre em Os Livros Ardem Mal

18.08.2010 | par martalanca | jazz, Ornette Coleman

Dockanema 2010

18.08.2010 | par martalanca

IDENTIDADE E DIVERSIDADE NA ARTE CONTEMPORÂNEA DA BAHIA E ANGOLA

Individual do artista Kiluanji Kia Henda, selecionado para a 29ª Bienal de SP, é aberta junto com coletiva de artistas contemporâneos da Bahia, como Marepe e Caetano Dias. Curadoria: Daniel Rangel

17.08.2010 | par martalanca | Galeria soso, kiluanji kia henda

une autre histoire de l'Afrique - entretien avec Boris Boubacar Diop

voir ici le video

 

et des autres entretiens.

17.08.2010 | par martalanca | Boris Boubacar Diop

Dia Internacional da Comemoração do Trafico Negreiro e da sua Abolição- 23 de agosto

Triangulo Turístico e Histórico-Cultural Kanawa Mussulo

União dos Escritores Angolanos,  Luanda,   19 de Agosto de 2010

a partir das 18h

Conferência   « Este es el Rey de los Congos ou a presença angolana no Peru »

Resumo Uma das consequências da aterradora queda demográfica dos ameríndios logo o inicio da colonização europeia do Novo Mundo foi a introdução massiva, aí, de uma mão-de-obra, escrava.

O repovoamento das regiões do Alto e Baixo Peru, será feita, maioritariamente, por escravos “bozales” vindos do actual litoral angolano, embarcados na Baia de Cabinda e nos portos de Mpinda, São Paulo de Loanda, Benguela-a-Velha e São Felipe de Benguela.

Esses “mondongos”, cambundas, cangaes e misangas que chegarão a constituir, no inicio do século XVII, um terço da população das terras dos Tupac Amaru, deixarão traços linguísticos e antropológicos, indeléveis, na sociedade do Vice-Reinado, acostado ao Pacifico.

Notar-se-a que o trabalho de investigação que será apresentado na sede da União dos Escritores Angolanos e dos numerosos resultados da missão multidisciplinar que ordenou, em Outubro de 2006, o Presidente da Republica, José Eduardo dos Santos, naquele pais da América do sul.

Simão SOUINDOULA

Vice-presidente do Comité Cientifico  Internacional do Projecto da UNESCO « A Rota do Escravo »

 

17.08.2010 | par martalanca