Companhia Dança Contemporânea Angola em risco de extinção _ Nota de impressa

A Temporada 2011 da Companhia de Dança Contemporânea, com a peça intitulada “O Homem que chorava sumo de Tomates”, vai já na sua terceira semana de cartaz (das quatro programadas), com sala cheia, num espectáculo, uma vez mais inovador, atitude que tem caracterizado a forma de partilha desta companhia com o público. Na sua nova obra, a CDC Angola opta pelo teatro-dança, um género associado à dança contemporânea, insistindo também na dança inclusiva com a integração de bailarinos portadores de deficiência no seu elenco.

Pioneira em diferentes frentes que vão desde a introdução da dança contemporânea em Angola, à apresentação periódica e regular de espectáculos, em regime de temporadas, passando pela utilização de espaços não convencionais e, mais recentemente a abertura para a dança inclusiva (bailarinos com e sem deficiência física), a CDC tem procurado diferentes vocabulários e novas linguagens, como forma de expressão, no âmbito da pesquisa e experimentação, surgindo assim uma proposta de revitalização da cultura de raiz tradicional e popular, pela utilização dos seus elementos na perspectiva da criação de novas estéticas para a dança angolana, diversas vezes em articulação com outras linguagens (literatura, cinema, artes plásticas, teatro)        

Porque a arte não existe apenas num âmbito de espectáculo, mas também noutras vertentes em que outros públicos a experimentam, a manipulam e criam produtos, sensações, descobrem vocações ou apenas desfrutam de momentos de prazer, o projecto da CDC integra também uma Oficina de Artes com o objectivo de fazer uma ponte entre o ensino artístico, as artes e a comunidade.

Numa altura em que a CDC Angola assinala 20 anos de existência, com mais de uma dezena de obras originais, sob a direcção da coreógrafa angolana Ana Clara Guerra Marques, cujo trabalho de investigação e produção criativa são sobejamente conhecidos pela sua regularidade, consistência intelectual e qualidade artística e profissional; num momento em que esta companhia, a primeira e única profissional do género em Angola tenta desenvolver um projecto de extensão comunitária com foco na dança enquanto forma de inclusão; num tempo em que Angola pretende ser um país moderno e aberto para o mundo com um desenvolvimento a nível de todos os sectores, visando a sua expansão, o Gabinete de Divulgação e Imagem vem por este meio comunicar que a Companhia de Dança Contemporânea de Angola, deixou de ter um espaço para desenvolver o seu trabalho diário.

Tendo em conta o volume de projectos e actividades que são regularmente apoiados em Angola por entidades estatais e privadas, é de questionar porque não é a CDC Angola contemplada? Para reflexão, aqui ficam as palavras do Presidente da República de Angola: “Não é por acaso que muitos dos nossos criadores já se baseiam nelas [nas tradições] e irão certamente continuar a basear-se para produzirem a música erudita, a dança contemporânea, as danças africanas estilizadas, as belas artes e o teatro moderno. Isto não deverá impedir, no entanto, que continuemos a inserir-nos sem complexos na modernidade, apoiando sem reservas a expressão das novas realizações, inquietações e aspirações que a transformação das bases da nossa sociedade e o progresso social e científico nos impõem”.

Gabinete de Divulgação e Imagem da CDC, em Luanda, aos 16 de Maio de 2011.

CDC Angola. Fotografia de Rui Tavares.CDC Angola. Fotografia de Rui Tavares.


18.05.2011 | par franciscabagulho | angola, Companhia de dança contemporânea de Angola

HERANÇAS AFRICANAS

Este é o nome do evento que se realizará no Centro Comercial Colombo entre 20 e 29 de Maio do corrente ano onde ira decorrer a exposição “Os Africanos em Portugal - História e Memória (séculos XV-XXI)” de Isabel Castro Henriques e Comité Português do Projecto UNESCO ” A Rota do Escravo”.

Entre outras actividades destacam-se performances de música, danças e tradições africanas, a apresentação da primeira obra poética do angolano Denilson João, “Histórias de Embalar” (oferta de livros e sessão de autógrafos), a decorrer no espaço da exposição ou no Jardim Colombo.

A UCCLA apoia este evento promovendo o colóquio de encerramento “As Áfricas em Portugal e na Europa de Hoje e Amanhã”, no dia 29 de Maio.

18.05.2011 | par martalanca | heranças africanas

Africa-Delic, LUANDA

Africa-Delic _ Alusivo ao dia de Áfrika:

Lendas Vivas em Concerto “Conjunto 70” | Semba Distorcido | Merengue Psicadélico | Kazucuta | Hits Instrumentais & Reliquias Africanas dos anos 70 ”Analog Africa” Soundsystem DJ Set | Groove’s Tropicais Raros | Afro-Beat com os DJ’s Samy Ben Redjeb & Pedo Knopp da Alemanha

20 de Maio 2011 no Elinga Teatro, Luanda às 20H30 _ Entrada: 2000 KZ c/d 1 bebida

Organizado pelo Goethe-Institut Angola com a Mano ManoProduções, o espectáculo vai ser assegurado por artistas seleccionados, cujo grupo tem o nome  “Conjunto 70”, que pertenceram aos mais emblemáticos agrupamentos musicais que surgiram nas décadas de 60 e 70, tais como Os Bongos, Águias Reais, Jovens do Prenda, Kissanguela e Fapla Povo. 

O espectáculo, que tem como slogan “lendas vivas em concerto e relíquias africanas dos anos 70”, vai reunir os músicos: Mamukueno (voz), Boto Trindade (guitarra ritmo), Baião (guitarra), Carlitos Timóteo (baixo), Chico Montenegro (tambores), Abana Maior (congas) e Raul Tolingas (dicanza) integram o novo grupo “Conjunto 70”. E ainda o DJ alemão Samy Ben Redjeb e Pedo Knopp, ambos envolvidos na produção do CD “Angola Soundtrack”, editado o ano passado na Alemanha.

Segundo Otiniel Silva, da Mano Mano-Produções, um dos objectivos é saudar o Dia de África, além da apresentação do “Conjunto 70”, relembrando a maneira antiga de tocar sem o uso da bateria. “Os kotas vão tocar e cantar recordando a moda dos anos 70, com o semba distorcido, o merengue e a kazucuta, enquanto os alemães vão tocar afro-beat”, disse ontem Otiniel Silva, ao Jornal de Angola
O DJ Set Alemão produziu uma colectânea que reúne músicas seleccionadas dos anos 70, tocadas nos bairros populares de Luanda, e que foi bem recebida na Alemanha. 
Lançado pela “Analog África”, editora discográfica com sede em Frankfurt, na Alemanha, onde trabalha o DJ Samy Ben Redjeb, a compilação “Angola Soundtrack” visa resgatar temas esquecidos, entender a música africana muito além dos estereótipos e “desenterrar as jóias perdidas da era de ouro da música africana”, afirmou o produtor.

17.05.2011 | par franciscabagulho | música angolana

ESCRITORES LUSÓFONOS EM ODIVELAS

A Câmara Municipal de Odivelas organiza entre 20 e 22 de Maio o Encontro de Escritores Lusófonos, no ambito da III Bienal Lusófona do Município. Participam na iniciativa cerca de cinco dezenas de autores, críticos, editores e responsáveis institucionais dos vários países de língua portuguesa. Em debate estarão questões como a edição, a difusão internacional, os processos criativos ou os direitos de autor.

O Encontro decorre no Centro Cultural da Malaposta e inclui seis painéis temáticos, com os temas “A Edição de Autores Lusófonos: A Produção Literária e o Mercado, Oportunidades e Constrangimentos”, “A Literatura Lusófona na Diáspora da Europa Ocidental”, “Da Literatura às Artes Performativas”, “Processos Criativos na Ficção Literária”, “Protecção aos Escritores: 
Actualidade e expectativas futuras; missão e impacto do prémio literário” e “A Literatura Portuguesa em Expansão”. No painel dedicado às artes performativas intervêm Armindo Tavares e Francisco Fragoso (Cabo Verde), Domingos Lobo e Hélder Costa (Portugal) e José Eduardo Agualusa e Ondjaki (Angola).

A sessão de abertura, marcada para 20 de Maio, às 10h15, contará com a presença de Susana Amador, Presidente da Câmara de Odivelas, Domingos Simões Pereira, Secretário Executivo da CPLP, e Miguel Anacoreta Correia, Secretário Geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA).

O programa inclui ainda duas sessões de apresentação de livros, com as presenças de Gabriel Baguet Jr. (Angola), Olinda Beja (São Tomé e Príncipe), Ozías Filho (Brasil), Teolinda Gersão (Portugal) e Vadinho Rodrigues (Cabo Verde), entre outros.

17.05.2011 | par martalanca | escritores

Seminário de Estudos Africanos dia 16 de Maio

 Dia 16 de Maio de 2011, 2ª feira, às 18h, no Auditório B103, se efectuará o  Seminário de Estudos Africanos apresentado pela Doutora Brigida Rocha Brito, investigadora pós-doutoral do CEA-IUL, sobre Preservação Ambiental e Desenvolvimento Comunitário: semelhanças e diferenças em contexto insular africano.

16.05.2011 | par martalanca | ambiente, Estudos Africanos

Prémio Fundação PLMJ de Vídeo-arte da CPLP

Concurso aberto a artistas da CPLP

A Fundação PLMJ, instituída pela sociedade de advogados PLMJ – A.M. Pereira, Sáragga Leal, Oliveira Martins, Júdice e Associados e sedeada em Lisboa, apoia a arte da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) através do desenvolvimento de uma colecção, da organização de exposições, da edição de livros e da realização de outros projectos. Neste âmbito, a Fundação PLMJ promove o Prémio Fundação PLMJ de Vídeo-arte da CPLP, com periodicidade anual, mediante o lançamento de um concurso aberto a artistas nascidos ou residentes em países membros da CPLP (excepto Portugal), nomeadamente Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Para concorrer ao Prémio Fundação PLMJ de Vídeo-arte da CPLP, os interessados deverão enviar uma obra em suporte DVD (duas cópias devidamente identificadas) para o Instituto Camões de cada país da CPLP até ao dia 15 de Julho de 2011, acompanhada da seguinte informação em suporte CD (um exemplar devidamente identificado): título e data da obra; ficha técnica da obra; memória descritiva da obra; CV; morada, número de telefone e endereço electrónico do concorrente. Os elementos constantes da candidatura (DVD e CD) não serão devolvidos aos concorrentes.

A Fundação PLMJ, na pessoa do seu comissário, Miguel Amado, premiará uma obra com a respectiva aquisição no montante de 2.500 euros, bem como a sua exibição na próxima exposição dedicada à arte da CPLP organizada pela Fundação PLMJ. Seleccionar-se-ão, ainda, mais quatro a nove obras para apresentação no DOCKANEMA – Festival do Cinema Documentário, que decorre anualmente em Maputo durante Setembro. A exibição das obras no DOCKANEMA é da responsabilidade da direcção deste evento, não cabendo à Fundação PLMJ tal processo.

A Fundação PLMJ notificará, por correio electrónico, os autores da obra premiada e das obras seleccionadas para apresentação no DOCKANEMA até ao dia 31 de Agosto de 2011. 

Para esclarecimentos, contactar Rita Dinis Neves através do endereço de correio electrónico rita.neves@plmj.pt ou do telefone +258827881852.

16.05.2011 | par franciscabagulho | video art

Próximo Futuro

Já saiu o número 7 do Jornal do PRÓXIMO FUTURO! 

Atalho para download aqui.

15.05.2011 | par martalanca | próximo futuro

BIGSAS Festival of African and African Diasporic Literatures

From May 24th to 26th 2011 Bayreuth will host the first “BIGSAS Festival of African and African Diasporic Literatures” under the theme “African Conceptualisations of Europe”. The festival, which is open to the interested public, is intended to explore the world of words in an age witnessing a transition from hard books to soft books available on the internet. The authors and artists invited will engage in readings and performances between prose and poetry, drama and short story, music and politics. In doing so, the festival will connect artists from Harare and Berlin, London and Ibadan, Djibouti and Paris, Yaoundé and Bayreuth. This year’s festival will focus on conceptualisations of Europe both within African and African diasporic literatures. 

more info here

15.05.2011 | par nadinesiegert | Africa, diáspora, Europa, literatura

Africa-Delic Lendas Vivas em Concerto & Reliquias Africanas dos anos 70 (Afro-Beat) em DJ Set Alemão @ Elinga

A Mano a Mano Produções e o Goethe-Institut Angola apresentam: Africa-Delic, Sexta Feira, 20 de Maio, Elinga Teatro, Luanda, 22H30

Entrada: 2000 KZ c/d 1 bebida

No âmbito das comemorações alusivas ao dia de África (25 de Maio), será apresentado, sexta feira dia 20 de Maio no Elinga Teatro o evento denominado Africa-Delic, com as participações ao vivo de Mamukueno acompanhado por um conjunto musical de verdadeiras perolas angolanas de músicos dos anos 70, a que vamos chamar “Conjunto 70”, seguidos de um Set de DJ’s (Analog Africa Soundsystem) com Samy Ben Redjeb & Pedo Knopp da Produtora Musical Analog Africa baseada em Frankfurt.

“Conjunto 70” | Semba Distorcido | Merengue Psicadélico | Kazucuta | Hits Instrumentais

Mamukueno                                                                         Líder Vocal

Boto Trindade                       (Os Bongos)                           Guitarra Ritmo

Baião                                     (Jovens do Prenda)                Guitarra

Carlitos Timótio                   (Águias Reais)                        Baixo Ritmo

Abana Maior                         (FAPLA Povo)                         Congas

Chico Montenegro              (Jovens do Prenda)                   Bongos

Raúl Tollingas                      (Kissanguela)                         Reco-Reco

&

Analog Africa Soundsystem DJ Set | Groove’s Tropicais Raros | Afro-Beat

com os DJ’s Samy Ben Redjeb & Pedo Knopp da Alemanha

14.05.2011 | par martalanca | Africadelic, elinga

Shadow of the Condor - trabalho do fotógrafo João Pina

pode ver aqui o video

13.05.2011 | par martalanca | joão pina

CHENY WA GUNE QUARTETO-JINJI JINJI- MOÇAMBIQUE

 

Edited by: Paulo D. (Litho) Sithoe

 

13.05.2011 | par martalanca | Cheny Wa Gune

Número Especial Música e Migração da revista Migrações

No âmbito das IV Jornadas do Observatório da Imigração no dia 16 de Maio de 2011, no Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian, decorrerá o lançamento do Número Especial Música e Migração da revista Migrações, coordenado por Maria de São José Côrte-Real, investigadora do Instituto de Etnomusicologia – INET, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. 

 Apresentado pela coordenadora científica do volume, Maria de São José Côrte-Real, de modo informal sob a moderação de Rui Miguel Abreu, Jornalista e crítico de hip-hop e DJ, com a participação dos autores que aparecerem no Auditório 3 da Fundação Calouste Gulbenkian na próxima segunda-feira às 17h00.
Destacamos o carácter internacional desta publicação, em versões Inglesa e Portuguesa, reunindo textos de autores de escolas e experiências científicas e artísticas europeias, americanas, africanas, indianas, australianas, e do Médio Oriente.  
Solicitamos confirmação de presença até dia 13 de Maio para o seguinte contacto de e-mail: seminarios@acidi.gov.pt 
Música e Migração, Número Temático disponível aqui
Music and Migration, Special Issue avalilable at

13.05.2011 | par martalanca | migrações, música

Exposição fronteiras dia 13 de Maio / Baile na Garagem - LISBOA

22:00 / EXPOSIÇÃO / Salas 1 e -1 Sede «FRONTEIRAS» / MALI
Bienal Africana de Fotografia «Bamako’09»

Exposição de fotografias de artistas africanos e afro-americanos que resulta dos 8.ºs Encontros de Fotografia de Bamako, a mais importante bienal de fotografia africana. São várias dezenas de fotografias e vídeos de 53 fotógrafos, todos eles glosando o tema «Fronteiras». A questão, abordada sob múltiplos ângulos e com o recurso a várias técnicas, não deixa de ser pertinente no mundo globalizado actual, mas surge associada  de forma particular ao sofrimento e à exclusão, à esperança e às utopias de quem vive em África ou faz parte da diáspora africana. Ao contrário do que foi hábito durante muitos anos, com as imagens de africanos e da sua realidade a serem apresentadas por fotógrafos e realizadores não africanos, desta vez há um discurso fotográfico e imagens cuja autoria é daqueles que habitam neste continente ou que a ele regressam por pertença e dessa realidade fazem a sua representação.

‎24:00 / BAILE / Garagem da Fundação Calouste Gulbenkian com DJ’s KENNETH MONTAGUE e LYNDON BARRY

 roulotte de venda de bebidas...roulotte de venda de bebidas…
(entrada livre)

 

12.05.2011 | par martalanca | próximo futuro

Cidade aTravessa poesia dos lugares, LISBOA

Depois de um ano atravessando Rio de Janeiro e São Paulo, o evento mensal Cidade aTravessa: poesia dos lugares cruza o oceano e aporta em Lisboa. Nessa primeira edição portuguesa (décima primeira do evento), nômades portugueses e brasileiros como Ana Luisa Amaral, Antonio Cícero, João Gilberto Noll e Fernando Aguiar, o francês Henri Deluy, o italiano Enzo Minarelli, além de outros poetas vindos do México, Holanda e Reino Unido, se reúnem na Casa Fernando Pessoa durante dois dias para celebrar as várias maneiras de dizer poesia.  Com curadoria dos escritores brasileiros Márcio-André, Victor Paes e Ronaldo Ferrito, o evento surge com a necessidade de criar um núcleo móvel da palavra, unindo os movimentos de diversas partes do mundo e fazendo convergir as inúmeras vertentes poéticas atuais, em seu amplo aspecto de entendimento. Leituras, performances de poesia sonora, filmes que experimentam a palavra, poemas visuais, além de conferências instigantes e entrevistas abertas, levam ao público o que há de mais atual na poesia contemporânea. Tudo, claro, regado a absinto, bebida que se tornou símbolo do evento. Em 2011, o Cidade aTravessa acontecerá revezadamente nas cidades de Lisboa, Rio de Janeiro e São Paulo, sempre com transmissão ao vivo pelo website do evento: http://www.confrariadovento.com/cidadeatravessa.htm

 

12.05.2011 | par franciscabagulho | absinto, lisboa, performance, poesia, Rio de Janeiro, são paulo

Fotografia africana I

Samuel Fosso (Invitation)Samuel Fosso (Invitation)Haverá uma história da fotografia africana, ou haverá histórias das fotografias africanas, porque as diversidades do continente tornam improvável um critério simplesmente geográfico. O Norte de África, a região sub-sahariana, o Sul têm histórias próprias, sem ser preciso invocar outras histórias regionais e/ou tribais diferenciadas. E certamente não haverá uma história da fotografia feita por negros, separadamente, porque isso seria refazer um simétrico apartheid depois do desaparecimento do apartheid branco. Ricardo Rangel era mestiço, David Goldblatt é branco, tal como é Jürgen Schadeberg, o qual, aliás, nasceu em Berlim.

Mas para além dessas histórias possíveis, há uma outra história necessária, que é menos a da produção e criação fotográfica (um espaço sempre, ou por muito tempo ainda, aberto à inclusão de um qualquer acervo desconhecido e até eventualmente inédito, ou mesmo, num caso limite, de um acervo nunca visto) do que a história da divulgação, da circulação e da recepção da fotografia, ou seja, a história do conhecimento e do reconhecimento da fotografia africana feita por africanos, dentro e fora de África.

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12.05.2011 | par martalanca | Alexandre Pomar, Fotografia Africana

SÁBADO 14 MAIO - RDA69 - "Bastards of Utopia" de Maple Razsa e Pacho Velez

O documentário de Maple Rahsa e de Pacho Velez apresenta um dos poucos documentos sobre o movimento anarquista e de ocupação de casas que não é marcado por um absoluto sensacionalismo ou por invenção pura e dura. A contextualização na efervescência política da Ex-Jugoslávia e numa expressão local deste movimento, longe das suas capitais em Barcelona, na Grécia ou na Holanda, tornam o documentário mais complexo, e a narratividade… mais próxima do filme etnográfico do que do canal história também ajuda em que esteja aqui presente um fundamental documento filmico que deve interessar não só aos directamente envolvidos ou cúmplices nos movimentos retratados mas a todos os interessados em cinema documental ou antropologia.
Antes será exibido o curto documentário da Paper Tiger Television “Maple Razsa and Michael Hardt read Riot Porn”, que apresenta uma reflexão sobre o papel da imagem dentro de uma narrativa e comunicação política. Dos motins gregos aos acampamentos No-Border qual o papel dos videos disponiveis online de confrontos entre a polícia e manifestantes na difusão das lutas a nivel global? 
No fim dos visionamentos será proposto um debate sobre as obras visionadas.
Dos Autores:
“Na sua infância viveram o colapso da Jugoslávia. Mas agora, por entre as ondas de choque do falhanço do socialismo, lutam para abrir caminho a um novo esquerdismo. Quer lutando com a polícia ou ocupando uma fábrica antiga, estes activistas arriscam tudo para poder viver a sua política. Entre tudo isto um antrópologo Americano que chegou para observar o movimento acaba por participar e até ser detido com eles. À medida que as contrariedades se amontoam irão eles desistir da luta?
O filme, rodado durante os anos de trabalho de campo com um colectivo anarquista Croata, aplica a perspectiva única da EnMasseFilms que combina participação directa com uma reflexão critíca deste movimento político. O seu retrato do activismo é tanto cúmplice quanto crítico - uma meditação comprometida e elegante na luta para re-imaginar a esquerda e o poder de uma juventude”

14 de Maio, Sábado, 20h - Jantar, 21h30 - Filme, Regueirão dos Anjos

12.05.2011 | par martalanca | Ex-Jugoslávia, movimento anarquista, utopia

Kathársis - PRAIA

Performance audiovisual no dia 14 de Maio, às 20h, no terraço do Palácio da Cultura Ildo Lobo.
A partir do filme KATHÁRSIS realizado em 2009, César Schofield Cardoso e Sori Araújo irão criar um espectáculo, com performances de video e música heavy metal, ao vivo.
Info do projecto         Info Facebook

12.05.2011 | par martalanca | César Schofield, performance

Entrevista Elísio Macamo "Conhecimentos Endógenos e a Construção do Futuro em África"

Entrevista a Elísio Macamo no âmbito da Conferência Internacional “Conhecimentos Endógenos e a Construção do Futuro em África”.

Conferência Internacional “Conhecimentos Endógenos e a Construção do Futuro em África” realizou-se nos dias 15 e 16 de Abril, na Fundação EngºAntónio de Almeida, no Porto.

ler mais no BUALA

12.05.2011 | par franciscabagulho | Conhecimento endógeno em África, Elísio Macamo

Noites Africanas, jantar temático – Angola

A CACAU está a  organizar todas as sextas-feiras uma noite especial para comemorar o mês de África.
No dia 13 de Maio a Noite Africana pertencerá a Angola, com  um jantar
dançante onde estarão presentes o funge, a moabmba, o peixe, o feijao
de óleo de palma,a kissaka, por apenas Dbs 200.000,00. Faça já a sua
reserva, através dos seguintes contactos: 9842473, 9911069, 9906900 e
ainda na CACAU sita na Antiga Oficina das Obras Públicas, Largo das
Alfândegas, C. Postal 14, S.Tomé.

11.05.2011 | par martalanca | Cacau, S.Tomé e Príncipe

GRANDES LIÇÕES - dia 13 - PRÓXIMO FUTURO


Um conjunto de 4 conferências apresentadas por intelectuais, professores e escritores oriundos de África, América Latina e Europa e personalidades fundamentais da cultura contemporânea destas regiões culturais.
………………………………………………………………………………………
13 DE MAIO DE 2011 Auditório 2 Fundação Calouste Gulbenkian - 9h30 -17h

A 1.ª parte das Grandes Lições inicia com a conferência de PATRICK CHABAL, dedicada ao “Racionalismo ocidental depois do pós-colonialismo”. Seguir-se-ão as comunicações de KOLE OMOTOSO, sobre “A ambiguidade perigosa da tribo Wabenzi: Áfricas dos Próximos Futuros”, e de YUDHISHTHIR RAJ ISAR, intitulada “Política Cultural: enfrentando uma hidra”. Por razões alheias à organização do Próximo Futuro, o professor Breyten Breytenbach não poderá estar presente.

Para além dos diversos links que já aqui tivemos oportunidade de disponibilizar sobre os convidados desta 1.ª parte, vale a pena rever as respectivas sinopses das comunicações no site do Próximo Futuro. A entrada para assistir às Grandes Lições élivre e haverá tradução simultânea.

PATRICK CHABAL (França)
 The Politics of Suffering and Smilling (2009) The Politics of Suffering and Smilling (2009)«RACIONALISMO OCIDENTAL DEPOIS DO PÓS-COLONIALISMO»

O futuro do Ocidente está estreitamente ligado ao do mundo não ocidental. As questões ambientais que o mundo enfrenta e o crescimento inexorável do poder económico da China e de outros países asiáticos fazem com que o Ocidente não possa olhar "para o que vem a seguir" da mesma forma que o fazia antes. Mas o desafio é bem mais profundo do que o actual debate sobre o "declínio do Ocidente" sugere. A minha intervenção centrar-se-á no modo como o desafio pós-colonial colocado à perspectiva que o Ocidente tem do mundo e a influência de cidadãos não ocidentais a viver no Ocidente se juntaram para evidenciar os limites daquilo a que posso chamar o racionalismo ocidental - com o que me refiro às teorias que utilizamos para entender e agir sobre o mundo. A incapacidade crescente do pensamento social ocidental para explicar de forma plausível e abordar com êxito algumas das suas questões sociais e económicas, e alguns dos desafios contemporâneos cruciais a nível da política internacional, deixaram a nu a inadequação das ciências sociais do Ocidente à medida que se foram desenvolvendo nos séculos subsequentes ao Iluminismo. Aquilo de que o Ocidente precisa, mas que ainda não aceitou, não é de mais e melhor teoria, mas de uma nova forma de pensar.
Patrick Chabal é francês e estudou em França, nos EUA e na Grã-Bretanha. Fez investigação e deu aulas na Universidade de Cambridge (onde se doutorou em Ciências Políticas) e é actualmente professor no Departamento de História do King's College (Londres). Para além disso, foi professor visitante em Itália, em França, na Suíça, na Índia, em Portugal, na Venezuela e na África do Sul. Está envolvido num projecto a longo prazo em que se conjuga o estudo da cultura na política comparada e a pesquisa da teoria das ciências sociais. Entre as obras que deu à estampa, muitas delas traduzidas para diversas línguas, incluem-se: Amílcar Cabral (1983), Power in Africa (1992), Vozes Moçambicanas: Literatura e Nacionalidade (1994), The Postcolonial Literature of Lusophone Africa (1996), Africa Works: Disorder as Political Instrument (1999), A History of Postcolonial Lusophone Africa (2002), Culture Troubles: Politics and the Interpretation of Meaning (2006), Angola: The Weight of History (2008), Africa: The Politics of Suffering and Smiling (2009). Em 2012, deve sair The End of Conceit: Western Rationality after Postcolonialism.

KOLE OTOMOSO (Nigéria)
A AMBIGUIDADE PERIGOSA DA TRIBO WABENZI: ÁFRICAS DOS PRÓXIMOS FUTUROS

A descolonização marcou o início da sociedade industrial moderna, tanto no que se refere àqueles que lutaram contra ela como aos que eram a favor dela. Na América do Norte, na América do Sul, na Ásia e em África os povos descolonizados e os descolonizadores na Europa e no Sudeste Asiático tiveram uma nova oportunidade para reorganizar [remodelar] o mundo. Os EUA emergiram na América do Norte; o Japão apareceu (?) no Sudeste Asiático, levando consigo os locais que antes tinha ocupado, colonizado e explorado. A América do Sul ainda está a lutar para aparecer. O Norte de África e o Médio Oriente viram o futuro como o regresso às glórias pretéritas do Islão. Os Árabes eram grandiosos quando o Islão foi grandioso. O Islão precisava de ser novamente grandioso para que os Árabes recuperem a sua grandeza. Na África a sul do Saara, incluindo o Haiti, o futuro foi uma rejeição total do seu passado de escravatura, colonização e exploração por parte da Europa e da América do Norte. A nível nacional, estados como o Haiti (1804), Nigéria (1960), África (1994) e Sudão do Sul (2011) aprovaram leis que combateram o passado em vez de os direccionarem (encaminharem?) para o futuro. É como se a experiência de escravatura, colonização e pilhagem de recursos abrangesse a totalidade da sua história. Qualquer coisa que seja proveniente da Europa e da América do Norte é rejeitada quase de imediato. Mas, a nível pessoal, existe a ambiguidade do consumismo sem sequer haver a pretensão de substituir a importação. A expressão cultural é a de um período de anomia subsequente à descolonização. Romances como Things Fall Apart and No Longer at Ease, de Achebe, The BEautyful Ones are Not Yet Born, de Ayi Kwi Armah, No Sweetness Here, de Ama Ata Aidoo, e Season of Anomy, de Wole Soyinka, dizem tudo. Há ainda My Mercedes is Bigger than Yours, de Nkem Nwankwo. As questões culturais que estes romances abordam ― ressentimento, auto-estima e vingança ― não se resolvem através do suicídio ou da emigração do indivíduo africano para a Europa ou a América do Norte. A Europa e a América do Norte têm de ajudar o Africano a sentir menos ressentimento, a recuperar a sua auto-estima, pela compreensão de que a escravatura, a colonização e a pilhagem de recursos não constituem a totalidade da experiência africana e de que o melhor reside no futuro. (A tribo WaBenzi é classe moderna africana que possui um Mercedes!)
Kole Otomoso
nasceu em Akure (Nigéria), em 1943, e vive em Joanesburgo (África do Sul). Estudou no King’s College de Lagos, na Universidade de Ibadan, antes de se doutorar em Teatro e Cinema Árabe Contemporâneo na Universidade de Edimburgo. Regressou à Nigéria para leccionar nas universidades de Ibadan e de Ife (mais tarde chamada Obafemi Awolowo University). Prosseguiu a carreira académica na Escócia, no Lesoto e na África do Sul: leccionou na University of the Western Cape (Cidade do Cabo) e na University of Stellenbosch. Entre as suas obras incluem-se The Combat (1972), Just Before Dawn (1988), Season of Migration to the South (1994), Achebe or Soyinka: a study in contrasts (1996). O livro de memórias Witness to Possibilities aguarda publicação (África do Sul, Setembro de 2011; Nigéria, Julho de 2011).
YUDHISHTHIR RAJ ISAR (França)
«POLÍTICA CULTURAL»: ENFRENTANDO UMA HIDRA

A expressão «política cultural» tornou-se um guião global mas, como quase todas as palavras relacionadas com o conceito contemporâneo de 'cultura', a «política cultural» é entendida de formas muito diversas. Estas noções são muitas vezes utilizadas em relação com outros tropos contemporâneos, como 'identidade', 'democracia' ou 'direitos'. Assim, constituem corpos de conhecimento e de prática motivados por tensões e paradoxos e cujo ordenamento pode ser tão esclarecedor quanto obscuro. Algumas destas questões serão abordadas numa perspectiva internacional e transcultural.
Yudhishthir Raj Isar é um analista cultural independente, assessor e conferencista. É professor de Estudos de Políticas Culturais na Universidade Americana de Paris, Maître de Conférence no Institut d’Etudes Politiques e professor visitante noutras universidades. É co-editor e fundador da The Cultures and Globalization Series. Foi presidente da plataforma Culture Action Europe (2004-2008). É membro e/ou assessor de organizações na Europa, América do Norte e Ásia; consultor em fundações privadas, organizações intergovernamentais e na Comissão Europeia. Durante três décadas foi broker of ideas na UNESCO, onde desempenhou as funções de secretário executivo da Comissão Mundial de Cultura e Desenvolvimento e de director e do Fundo Internacional para a Promoção da Cultura.
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22:00 / EXPOSIÇÃO / Salas 1 e -1 Sede «FRONTEIRAS» / MALI
Bienal Africana de Fotografia «Bamako’09»

Exposição de fotografias de artistas africanos e afro-americanos que resulta dos 8.ºs Encontros de Fotografia de Bamako, a mais importante bienal de fotografia africana. São várias dezenas de fotografias e vídeos de 53 fotógrafos, todos eles glosando o tema «Fronteiras». A questão, abordada sob múltiplos ângulos e com o recurso a várias técnicas, não deixa de ser pertinente no mundo globalizado actual, mas surge associada  de forma particular ao sofrimento e à exclusão, à esperança e às utopias de quem vive em África ou faz parte da diáspora africana. Ao contrário do que foi hábito durante muitos anos, com as imagens de africanos e da sua realidade a serem apresentadas por fotógrafos e realizadores não africanos, desta vez há um discurso fotográfico e imagens cuja autoria é daqueles que habitam neste continente ou que a ele regressam por pertença e dessa realidade fazem a sua representação.
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24:00 / BAILE / Garagem da Fundação Calouste Gulbenkian com DJ’s
KENNETH MONTAGUE e LYNDON BARRY

(entrada livre)

11.05.2011 | par martalanca | conferências, Patrick Chabal, próximo futuro