DIGITAL AFRICA

In a continent with few computers and little electricity, a smartphone is not just a phone—it’s a potential revolution. J.M. Ledgard reports from Somalia and Kenya …


The front-line in Mogadishu was just beyond the ruined cathedral. You could hear the small-arms fire of the al-Qaeda fighters and the return of heavy machinegun-fire from the sandbagged positions of the African Union troops. But the scene on the sun-washed street in the Hamarweyne district was calm. Women were shopping for fruit and vegetables, and the ciabatta and pasta Mogadishu gained a taste for in its Italian colonial days. A couple of cafés, serving also as electronics shops, were crowded, with people inside making voip phone calls and surfing the internet. Outside on the street boys were fiddling with mobile phones, Nokia and Samsung mostly, but also those fantastical Chinese models you find in poorer countries, nameless, with plastic dragon-like construction, heavy on battery-guzzling features like television tuners. I asked my Somali companion what the boys were up to. He wound down the window and summoned his gunmen to go and ask. The answer came back. “They’re updating their Facebook profiles.”

According to a recent intelligence estimate by a defence contractor, 24% of residents in Mogadishu access the internet at least once a week. This in a city in a state of holy war, too dangerous for foreigners to visit freely, where a quarter of the 1.2m residents live under plastic sheeting, infested, hungry, and reliant on assistance brought in on ships that are liable to be attacked at sea by pirates. Half the population of Mogadishu is under 18. Some of these teenagers end up uploading and downloading ghoulish martyrdom videos and tinkering with websites celebrating the global jihad. But far more spend their time searching for love, following English football teams, reading Somali news sites uncensored by the jihadists, and keeping track of money transfers from relatives abroad. It takes more than violent anarchy to extinguish the desire of the young to stay connected, and to keep up with the contemporaries they see on satellite television.

When it comes to electricity, Africa remains the dark continent. There are a billion Africans, and they use only 4% of the world’s electricity. Most of that is round the edges, in Egypt, the Maghreb and South Africa. The rest of Africa is unlit; seen from space, the Congo River basin is as dark as the Southern Ocean. Demand for power is already outpacing economic growth. With its population expected to double to 2 billion by 2050, Africa will have to build entire new power grids just to stand still. So far, the failure has been systematic: of Nigeria’s 79 power stations, only 17 are working. All of this increases political risk. Some African countries could collapse by 2020 unless they can power an industrial base. Yet Africa’s virtual future is not dependent on its physical future. You don’t need much electricity to run a phone network. You need even less to run a phone itself. Even the scabbiest African village has worked out how to charge mobiles and other devices using car batteries, bicycles and solar panels. Connectivity is a given: it is coming and happening and spreading in Africa whether or not factories get built or young people find jobs. Culture is being formed online as well as on the street: for the foreseeable future, the African voice is going to get louder, while the voice of ageing Europe quietens.(…)

 

From INTELLIGENT LIFE Magazine, Spring 2011

01.04.2011 | by martalanca | digital

Conferência “Ligações Saaro-Senegambianas: o exemplo da qabîla (tribo) Idawalhajj (Sudoeste da Mauritânia)”

O Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, através das suas linhas de investigação Mundo Novos e Modelos Identitários, em colaboração com o Mestrado em História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (especialidades de História de África e de Estudos Árabes e Islâmicos, e do Doutoramento em História de África da FLUL) apresenta a  Conferência  “Ligações Saaro-Senegambianas: o exemplo da qabîla (tribo) Idawalhajj (Sudoeste da Mauritânia)”, proferida por Francisco Freire, da Universidade Nova de Lisba, que decorrerá no dia 6 de Abril de 2011, das 18h00 às 20h00 na Cave C da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

30.03.2011 | by ritadamasio | conferência, faculdade de letras lisboa, história, mauritania, senegal

Exposition "Angola, figures de pouvoir"

Dapper
35 bis, rue Paul Valéry (musée) 50, av. Victor Hugo (admin.), 75116 Paris, France

Tous les jours, sauf le mardi, de 11 h à 19 h - Tél. : 01 45 00 91 75 - Tarif exposition : 6 € - Tarif réduit : 4 € (seniors, familles nombreuses, enseignants, demandeurs d’emploi) Gratuit : Les Amis du musée Dapper, les moins de 26 ans, les étudiants et le dernier mercredi du mois.

Cette manifestation exceptionnelle présente environ cent quarante oeuvres : masques de différentes factures, statuettes de chef à l’effigie du héros-chasseur Chibinda Ilunga, figures cultuelles et insignes de dignité, impressionnants objets magico-religieux et bas-reliefs polychromes.

L’espace consacré à l’art contemporain sera
investi par l’un des plus grands artistes angolais, António Ole.
Savoir plus sur le site Africultures
Commissaire :
Christiane Falgayrettes-Leveau

Conseiller scientifique :
Boris Wastiau

Avec le haut patronage de l’ambassadeur d’Angola en France, Miguel DA COSTA

Riche de la diversité de son peuplement, l’Angola a vu s’épanouir des aires culturelles au sein desquelles se sont développés des arts de cour prestigieux exaltant la puissance politique et spirituelle des chefs. De même, les cultes rendus aux ancêtres, héros, divinités et esprits, ainsi que les institutions initiatiques assurant la formation des individus ont donné naissance à des pratiques artistiques élaborées.

Masques, statuettes, emblèmes et bien d’autres types d’oeuvres des Chokwe, Kongo, Lwena, Lwimbi, Mwila, Ovimbundu, pour citer les peuples les plus connus, occupent une place centrale dans les arts d’Angola. Cette exposition offre un étonnant répertoire de formes où s’affirment des styles spécifiques et où se devinent des emprunts sinon des influences. Les masques sculptés ou réalisés dans des matières végétales de même que les figures cultuelles en bois, au-delà de leur appartenance et de leur rôle, suggèrent fréquemment des liens noués entre les peuples.Les représentations les plus prégnantes mêlent souvent et intimement plusieurs registres. Les données de l’histoire, du politique et du religieux investissent, de façon plus ou moins explicite, les modes de figuration ainsi que les systèmes symboliques. Les objets constituent donc les indices d’un univers où sont en jeu de multiples pouvoirs. Cette sélection révèle la volonté de présenter aussi largement que possible les productions de peuples ayant contribué à édifier un patrimoine artistique exceptionnel.

Exposition réalisée avec le soutien de la Fondation TOTAL

Pour la première fois en France, une exposition d’envergure est consacrée aux arts d’Angola

30.03.2011 | by ritadamasio | angola, arts, exposition, france

5dias à conversa… Há uma geração parva? A cantiga ainda é uma arma?

Hoje, 30 de Março, pelas 22H, no Bartô do Chapitô. A entrada é livre.

5dias à conversa… Há uma geração parva? A cantiga ainda é uma arma?
Por Nuno Ramos de Almeida
A música dos Deolinda caiu que nem uma pedra.
Quando a tocaram de surpresa no Coliseu do Porto, o público levantou-se como uma mola. A letra tinha descrito a vida de muitos. A geração dos precários, a geração que nunca vai ganhar mais de 800 euros.
“Fico a pensar / que mundo tão parvo / onde para ser escravo / é preciso estudar…”, reza a letra.
A polémica começou, a maioria da opinião publicada garante que esses jovens, e menos jovens, são vítimas “dos direitos adquiridos”.
Alguns argumentam que eles deviam estar felizes em ser precários, porque isso é bom. O mercado tem que funcionar “livremente”, as pessoas são para ser contratadas e despedidas com tranquilidade, como diria o seleccionador nacional. O tempo daquilo que os sindicatos chamam “trabalho com dignidade” é coisa do passado.
Tantas cabeças, quase sempre a mesma sentença.
Propomos-vos, assim, uma dupla discussão:
1. A precariedade é o nome normal do trabalho no século XXI ou é natural que uma geração lute pelo direito ao emprego?
2. Na nossa sociedade ainda há lugar para a música de intervenção ou devemos exigir que os cantores se deixem de politiquices e que se fiquem pelo amor e pelo Benfica? Ou como também cantam os Deolinda: “Agora não, que me dói a barriga… / Agora não, dizem que vai chover… / Agora não, que joga o Benfica… / E eu tenho mais que fazer…”

Oradores:
Helena Matos – Jornalista
João San Payo – Músico dos Peste & Sida
Miguel Morgado – Economista
Sérgio Vitorino – Panteras Rosas
Tiago Mota Saraiva – 5 dias

Moderador: Vítor Belanciano – Crítico cultural e jornalista
Convidado especial: António Tomás – Jornalista, antropólogo e colunista no Novo Jornal (publicação angolana)

no Chapitô 

30.03.2011 | by martalanca | cantiga, música de intervenção

ANÚNCIO DE VAGA ENGº AGRÓNOMO_TINIGUENA (GUINÉ-BISSAU)

No quadro do projecto Anos Ku Tem Tera! Promover a soberania alimentar, fortalecer a economia e a governação local, uma parceria entre a TINIGUENA, a DIVUTEC e o CIDAC, financiado pela EU, pretende-se recrutar um(a) Engenheiro(o) Agrónomo(a) guineense, com o seguinte perfil:

1.1.  Formação superior em Agronomia e/ou agroeconomia

1.2.  Mínimo de 5 anos de experiências de terreno no domínio da agricultura durável e gestão integrada dos espaços rurais

1.3.  Conhecimento e domínio de métodos participativos de animação comunitária e organização do mundo rural

1.4.  Conhecimento e experiência de dinâmicas económicas geradoras de auto-emprego no mundo rural

1.5.  Conhecimento da realidade socioeconómica e sistemas de produção das comunidades das zonas de intervenção do projecto

1.6.  Capacidade de produzir relatórios e documentos técnicos

1.7.  Capacidade de trabalho em equipa

1.8.  Conhecimento, interesse e convicções nas questões centrais abordadas pelo projecto (conservação da biodiversidade, soberania alimentar, direitos comunitários, desenvolvimento participativo e durável)

1.9.  Perfeito domínio do Português e Crioulo

1.10.   Domínio de pelo menos uma língua estrangeira (de preferência Francês) é uma vantagem

1.11.   Capacidade de se integrar dentro de uma instituição e de trabalhar ao seu serviço, abraçando sua história, identidade, valores e percurso

Candidaturas:

As candidaturas deverão ser dirigidas à Direcção da Tiniguena e depositadas na sua sede em Bissau, até ao dia 16 de Abril de 2011, às 13h00, em envelope fechado, contendo os seguintes documentos:

§   Carta de motivação;

§   Curriculum Vitae;

§   Cópia autenticada do Diploma ou Certificado de Habilitações;

§   Fotocópia do Bilhete de Identidade ou Passaporte.

As candidaturas poderão ainda ser enviadas via Internet, para os endereços electrónicos abaixo referidos.

Para consulta dos Termos de Referência e informações adicionais, favor contactar o Assistente PMA da Tiniguena, Sr. Miguel de Barros, nos horários de funcionamento desta organização (das 8H30 às 15H00) e através das seguintes coordenadas:

Telefone: (+245) 325 19 07             E-mail: tiniguena_gb@hotmail.comdebarros.miguel@gmail.com

A TINIGUENA

30.03.2011 | by martalanca | ambiente, Guiné Bissau, Tiniguena

Arquitetura em Moçambique: o percurso de José Forjaz, no BRASIL

Palestra do Arq. José Forjaz no Auditório da FAU - BRASIL
Dia 31 de março, quinta-feira, às 17:00h
José Forjaz é arquiteto, nascido em Coimbra (1936) e formado na ESBAP do Porto (1966), com Master of Science in Architectura na Universidade de Columbia, Nova Iorque. Desde 1968, atua na África (Mbabane, Suazilândia, Botswana, Moçambique e África do Sul). Em 1985, coordena a criação da Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo. Professor convidado de universidades na Itália, Portugal, Estados Unidos e Japão, é titular do escritório José Forjaz -Arquitectos, em Moçambique.

arquitetura + urbanismo + paisagismo + design

30.03.2011 | by martalanca | arquitectura, José Forjaz, Moçambique

Siga a programação - Seminário Terceira Metade - MAM-RJ

já podem acessar às falas do primeiro dia do seminário Terceira Metade, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

ONTEM Terça-feira, 29/03

14h — Sessão de Abertura: Célestin Monga, Economista do Banco Mundial, autor de “Niilismo e Negritude”; Omar Ribeiro Thomaz, Antropólogo e Historiador; Goli Guerreiro, Antropóloga, autora de “Terceira Diáspora: o porto da Bahia”

17h — Produção e circulação de tecnologia e imaginários: António Pinto Ribeiro, Ensaísta, escritor, programador da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa); Adélia Borges, Curadora da Bienal Brasileira de Design de 2010, investigadora em design; Alessandra Meleiro, Investigadora, presidente Instituto Iniciativa Cultural (São Paulo).

HOJE Qua.30/03
14h Curadorias, tráfegos, mobilidade
Paul Goodwin, Stina Edblom, Daniel Rangel 
17h Espaços na Cidade
Ana Vaz Milheiro, Ângela Mingas, Paola Bernstein Jacques  

30.03.2011 | by martalanca | antónio pinto ribeiro, Terceira Metade

O Fado, o Jazz e o Semba, em LUANDA

Instituto Camões - Centro Cultural Português em Luanda apresenta a Conferência “O Fado, o Jazz e o Semba”  que contará com a presença dos artistas  a  Carlos do Carmo, Afrikanitha e Paulo Flores, que terá lugar no dia 31.03.2011, pelas 18H30, no Auditório Pepetela.

30.03.2011 | by martalanca | fado, jazz, semba

Novo trabalho de Mário Macilau no Bangladesh, finalista da PHODAR BIENNIAL

30.03.2011 | by martalanca | fotografia, Mário Macilau

Tertúlia com Francisco Soares e Cátia Miriam Costa no espaço Makala, LISBOA

A MAKALA  tem o prazer de o/a convidar para a conferência – tertúlia 6ª, 1 de Abril às 19H30, com: Francisco Soares: “Ovissungo (canções): ritmo e métrica na poética umbundo.“ e Cátia Miriam Costa: “Da etnicidade ao simbolismo: os olhares de Augusto Bastos, Pepetela e Ruy Duarte de Carvalho sobre a etnia kuvale.”

Francisco Soares é licenciado em Estudos Portugueses pela Universidade de Lisboa, tendo colaborado em diversas revistas de poesia e cultura. Actualmente é professor associado em Literaturas Africanas, com agregação em Teoria da Literatura da Universidade de Évora. Também é professor na Universidade Katiavala Bwuila, em Benguela. É membro fundador do Centro de Estudos Políticos e Sociais da Universidade de Évora (ACTAE), onde coordena o projecto «Arte e Globalização». Leccionou temporariamente na Universidade Degli Studi de Milão e na Universidade Federal de Pernambuco. Tem numerosa obra publicada, tanto no domínio ensaístico como no literário, em numerosos países.

Cátia Miriam Costa é licenciada em Relações Internacionais é mestre em Estudos Africanos pela Universidade Técnica de Lisboa. Está a terminar o doutoramento em Literatura, com uma tese sobre utopia colonial, na Universidade de Évora, e é bolseira da FCT. Tem participado em livros e revistas científicas portuguesas, brasileiras, angolanas e espanholas e publicou em obras colectivas em Portugal, Espanha e Reino Unido.” 

30.03.2011 | by franciscabagulho | literatura angolana

Banda Café negro (rock made in Angola), no Elinga, LUANDA

A Banda Café negro é um banda de Pop Rock Angolano, derivada de um projecto denominado inicialmente “Question Mark”. Esta banda é composta por 5 elementos com Edy British como ritmista, Jô Batera como baterista, Ary como solista, Maiô como baixista e Irina Vasconcelos como vocalista. A banda Café Negro conta já com 4 anos de existência, e  para além da sua raiz essencialmente Rock, conta com  influências de Kilapanga, Funk, Punk, Soul e Electrónica.

O desenvolvimento da banda tem-se suportado no apoio do público, aceitação do género musical e suporte dos órgãos de comunicação social, comprovando a existência de um movimento Rock Angolano.

Concerto no Elinga Teatro\Bar dia 30 de Março, pelas 22h30


29.03.2011 | by franciscabagulho | rock made in angola

@ praiamaria

para quem se queixava de viver numa capital sem sal o (bom) problema agora é digerir tanto tempero.

viva a praiamaria e a sua agenda global pois que numa quinzena mudou e parece que foi para ficar:

estivemos em directo com o cabo verde music awards, em francês (en)cantou Maurice kyria, directamente do brasil veio joão bosco tocou e ainda passou o finalzinho de tarde em conversa com músicos e admiradores.

regaram-se palavras no avis, conversou-se com o antónio pinto ribeiro, ouvimos a banda militar tocar para as senhoras e conhecemos o preservativo feminino (?!?!?!?).

em safende ouvimos o tcheka e parabenizamos a azm.

isa pereira, paulino vieira, rapaz 100juiz, valdo pereira e convidados iluminaram a praça pública em homenagem à mulher e à vida.

parabéns omcv e as suas homenageadas.

bansky-favelasurf-dogtown em cinema na rua, escreveram-se poemas e criaram-se flores, passeamos na cidadipoesia.

 xu: confronta-nos com cape verde a social (un)sustainbility.

às segundas cinema documentário, às terças cinema de culto, às quartas cinema infantil e videojazz, às quintas cinema brasileiro e no fim de semana cinema no cinema.

lançam-se livros de teatro, lançam-se livros em vídeo-conferência, lançam-se livros de viagens, e livros para ler em viagem.

fazem-se feiras de livros, de artesanato e, aos domigos, YA no sucupira.

a moda sai à rua, uns aprendem técnicas de palco outros aprendem linguagem audiovisual, homenageia-se a mulher, a poesia, o teatro e a árvore.

marcam-se ritmos e tradições com shukayayas, batucadeiras, andadeiras, bloco afro, e bem perto da cidade, o festival da(s) tabanka(s).

luis rendall revisitado e hiphop celebrado.

lançou-se um dvd e, para (re) começar a semana, fomos à guiné com netos de bantim com eles cantou-se o único hino que os maiores de 30 sabem cantar.

joga-se à bola, anda-se de patins, skate e autocarro.

vai-se a pé, de boleia ou no próprio carro: sem tempo para respirar praiamaria está a bombar!

Samira Pereira

@ praiamaria é uma rubica de Samira Pereira no buala.org com sugestões culturais na Cidade da Praia, Ilha de Santiago - Cabo Verde

29.03.2011 | by samirapereira | praiamaria

Nascer, copolar e morrer de Alex da Silva

“Nascer, Copular e Morrer” é o título da exposição do artista plástico Alex da Silva, de 25 de Março a 9 de Abril, na Galeria Arco 8, em Ponta Delgada. 

Alex da Silva, nasceu em Angola, é filho de pais cabo-verdianos, cresceu em Cabo Verde e reside há muitos anos entre Roterdão e Mindelo. Actualmente, é um dos mais prestigiados artistas plásticos de Cabo Verde, e sua vida e obra dividem-se entre Cabo Verde e Holanda, país onde fez a sua licenciatura, na Academia de Artes e Arquitectura de Roterdão.

Alex da Silva tem participado ao longo dos seus 12 anos de carreira em varias exposições individuais e colectivas em países como Holanda, Portugal, França e Senegal.

A iniciativa é da responsabilidade da AIPA, em parceria com a Galeria Arco 8, e conta o apoio da Direcção Regional da Cultura, Direcção Regional das Comunidades e Câmara Municipal de Ponta Delgada.

Com esta exposição, a AIPA pretende contribuir para o reforço espaços para o conhecimento da dimensão cultural dos diferentes povos na Região e contribuir para a própria promoção do diálogo intercultural, assente, desta vez, no trabalho de um artista com um interessante e estimulante (de)encontro identitários.

Mais informações sobre o artista aqui

29.03.2011 | by samirapereira | alex da silva, artes plásticas, cabo verde

Eu SOU ÁFRICA - 9º episódio MÁRIO LÚCIO DE SOUSA - CABO VERDE

DIA 2 DE ABRIL, 19H, NA RTP2

 

Mário Lúcio Sousa nasceu crioulo, na Ilha de Santiago, em 1964. Ficou órfão de pai aos 12 anos, e de mãe 3 anos depois, juntamente com os seus sete irmãos. Foi adoptado como pupilo pelas Forças Armadas e passou a viver no antigo Campo de Concentração do Tarrafal, de onde saiu para estudar na Praia e mais tarde em Cuba, onde se licenciou em Direito. Regressou a Cabo Verde em 1990, exerceu advocacia e  foi deputado, antes de se dedicar por inteiro às artes. Reivindicou a cultura continental africana para a música, primeiro com o  grupo Simentera e depois a solo, escreveu poesia, teatro e prosa. O seu mais recente romance - Novíssimo Testamento - valeu-lhe o Prémio Carlos de Oliveira. Diz que é no coração que se armazena a sapiência do mundo. Acaba de ser nomeado Ministro da Cultura de Cabo Verde.

 

A letra do Vulcãozinho é o mote para uma estória com a Ilha do Fogo ao fundo, símbolo do seu renascer como artista. Vestido de branco, caminha pelo forte da Cidade Velha com a mesma musicalidade com que depois caminhará pelo antigo campo de concentração do Tarrafal onde viveu nos anos pós-independência. Sem perder a suavidade nos passos e nas palavras, vai desvelando um pouco do seu universo onde sabedoria e poesia são uma só. Assim visitará a família na sua terra natal onde o batuco não pára e os barcos continuamente se lançam ao mar. E num concerto da Praia, com tantos amigos, celebrará a crioulidade, a mesma que junta o tocador de korá com a guitarra portuguesa, e muitos abraços. Na sua casa com vista para a Cidade da Praia - a devida distância para poder pensá-la - conta-nos dos afectos, da língua portuguesa, esse objecto não palpável de união de pessoas, da História que partilhamos, da riqueza humana, desafios de Cabo Verde e do seu compromisso pessoal com a vida.

29.03.2011 | by martalanca | cabo verde, Eu Sou África, Mário Lúcio de Sousa

2011 Africa Movie Academy Awards Winners

This past week was a celebration for the Seventh Annual African Movie Academy Awards (AMAA) culminating in the award ceremony at the Gloryland Cultural Centre, Yenagoa, Bayelsa State, Nigéria.

The night was dominated by Viva Riva which won six awards, including Best Film and Best Director for Congo’s Djo Tunda Wa Munga. It also won supporting acting awards for actress Marlene Longage and actor Hoji Fortuna, as well as cinematography and production design awards. Viva Riva had led the nominations with a total of twelve.

Sinking Sands picked up three awards, with Amake Abebrese winning Best Actress Award to go with prizes for its screenplay and make-up.

The other two multiple award-winners were Izulu Lami which won Best Film In African Language and for which three actors shared the Best Child Actor Award. Aramotu won Best Nigerian Film and Best Costume Design.

The Best Actor Award went to Themba Ndaba for his role in Hopeville. The Best Young Actor was Edward Kagutuzi for Mirror Boy.

A Special Jury Award was given to Shirley Adams from South Africa. It was also the winner of Best Achievement In Sound.

Complete list of nominees and winners for the 2011 Africa Movie Academy Awards

Best Film
Viva Riva – Djo Tunda Wa Munga (Congo)

Best Director
Viva Riva – Djo Tunda Wa Munga

Best Actress In Leading Role
Amake Abebrese - Sinking Sands

Best Actor In Leading Role
Themba Ndaba – Hopeville

Best Actress In Supporting Role
Marlene Longage – Viva Riva

Best Actor In Supporting Role
Hoji Fortuna – Viva Riva

Best Young Actor
Edward Kagutuzi – Mirror Boy

Best Child Actor
Sobahle Mkhabase (Thembi), Tschepang Mohlomi (Chili-Bite) And Sibonelo Malinga (Khwezi) – Izulu Lami

Best Film In African Language
Izulu Lami – Madoda Ncayiyana (South Africa)

Best Nigerian Film
Aramotu – Niji Akanni

Best Screenplay
Sinking Sands

Best Editing
Soul Boy

Best Cinematography
Viva Riva

Best Achievement In Sound
Shirley Adams

Best Visual Effects
A Small Town Called Descent

Best Soundtrack
Inale

Best Make Up
Sinking Sands

Best Costume Design
Aramotu

Best Production Design
Viva Riva

Best Film For African Abroad
In America: The Story Of The Soul Sisters - Rahman Oladigbolu (Nigeria/USA)

Best Diaspora Short Film
Precipice – Julius Amedume (UK)

Best Diaspora Documentary
Stuborn As A Mule – Miller Bargeron Jr & Arcelous Deiels (USA)

Best Diaspora Feature
Suicide Dolls – Keith Shaw (USA)

Best Documentary
Kondi Et Le Jeudi Nationale – Ariana Astrid Atodji (Cameroun)

Best Short Documentary
After The Mine – Diendo Hamadi & Dinta Wa Lusula (DRC)

Best Short Film
Dina – Mickey Fonseca (Mozambique)

28.03.2011 | by martalanca | African Movie Academy

Izé Teixeira «URB’Africa»

É o regresso de Izé Teixeira.

O Mc franco-caboverdiano residente em Paris fala, no novo disco, da sua dupla nacionalidade e da forma como a miscigenação cultural afectam o seu dia-a-dia de artista. «Urb’Africa» é o seu 4º disco de originais, cantado em francês e crioulo (depois de ter lançado «Kunana Spirit» em 2007, que inundou as pistas de dança com beats de kuduro com funaná).

«Urb’Africa» foi misturado no estúdio Kayneex, em Paris, e lançado pela editora D’ile en Ville. Em Portugal é distribuído pela Tumbao.

Está disponível na lojas Fnac portuguesas a partir de 10 de Abril.

Em «Urb’Africa» o artista tanto mostra a sua apreciação pelo cantor cabo-verdiano Pantera (já falecido), que marcou toda a nova geração de jovens músicos de Cabo Verde e da diáspora, e também expõe o seu engajamento político ao falar e identificar assuntos políticos e sociais que o preocupam em Cabo Verde e França, países entre os quais se divide sentimentalmente. Ataca a crise financeira global, mas dá espaço a letras sobre o amor, um dos seus temas favoritos, e ainda aborda assuntos mais leves como o grogue – aguardente de cana de Cabo Verde, que enaltece no tema «Xinti Sabe» (em tradução livre: Sentir-se bem; estar fixe).

Izé Teixeira inspira-se em ritmos tradicionais de Cabo Verde como a morna, nos teclados das grandes coladeras da década de 80, no funk de favela brasileiro ou na explosão rítmica do kuduro. A versatilidade é a grande característica deste Mc, que investe em sonoridades que tanto tocam os públicos europeus como os de África. É nestes campos ele se move e onde desenvolve a sua música.

 

«Urb’Africa» expõe a maturidade do artista. Izé iniciou-se na música há mais de uma década com uma colaboração para o consagrado Mc Stomy Bugsy e desde aí a sua produção pessoal não parou. «Urb’Africa» é a súmula dos estilos que o enriquecem enquanto homem e artista, sejam eles o reggae (ouvir o tema «Welcome a Praia Rock» inspirado em «Welcome to Jam Rock» de Damien Marley), a morna caboverdiana (no tema «Musica my Love»), o funk de favela (ouvir «Soukouer Sa»), o kuduro (em «Meninha vem dança kuduro») ou o hip-hop. Temas para dançar na pista de dança e para apreciar no conforto do sofá marcam a variação de pulsação do novo disco.

Izé está disponível para entrevistas via skype em francês, português e crioulo.

 

SiteVídeos

Discografia completa:

EP «Ma Volonté», 2000

Cd «Double Nacionalité», 2000

Cd «Mobilizé», 2003

Cd «Kunana Spirit», 2007

Cd «Urb’Africa», 2011

 

Outros projectos / MC Malcriado: 

Izé Teixeira faz parte do grupo de hip-hop MC Malcriado do qual fazem parte Stomy Bugsy, Jacky Brown (do grupo Neg Marrons) e JP (dos 2 Doigts). A quadrilha lançou um disco em 2006 (com concertos ao vivo em Portugal), o qual continha uma colaboração com Mayra Andrade que rodou com sucesso nas rádios portuguesas.

Receberam o prémio Melhor Grupo da Diáspora Africana nos Kora Awards 2010.

 

 

 

28.03.2011 | by martalanca | hip hop, Izé Teixeira

Seminário Arte Rupestre Mação

April 12th-13th, 2011 As estratégias de adaptação humana são largamente guiadas pelo comportamento cognitivo, por saber onde a terra está e como as pessoas interagem com certas partes da paisagem. Esta interacção não é uma acção esporádica ou acidental, mas sim uma acção planeada. Em termos de posse (territorialidade) e conhecimento da paisagem, as pessoas conferem significado à paisagem como uma série de percepções e componentes criadas através da visão, do pensamento e da memória. É através destas percepções sensoriais que nós, arqueólogos, podemos compreender a gramática do comportamento humano.

A paisagem é criada e percepcionada através da mente humana, representa uma gramática ou uma linguagem que pode ser lida como uma série de componentes reconhecidos, como os rios, as ribeiras, vales e escarpas. Estes fenómenos naturalmente criados têm o seu lugar e estão entrincheirados no nosso mundo; reconhecemos, interagimos e respeitamos cada componente, criando no nosso mundo um espaço reconhecível e familiar.

A Arte Rupestre é frequentemente identificada como um marcador paisagístico no estudo das paisagens pré-históricas. No entanto, na maioria das áreas nucleares de arte rupestre mundial, a paisagem não é visualmente representada; não há montanhas, nem rios, nem vegetação delimitada ou horizontes. Apesar disso, no painel é exibida a perspectiva, a proporção e o arranjo espacial entre os motivos abstractos e figuras, como as pessoas e animais, estabelecendo uma narrativa artificial e ordenada. Esta narrativa pode ser adicionada a mais de uma série de eventos de gravuras/pinturas criando uma exibição visual multifacetada onde a paisagem se torna uma série de histórias visuais complexas reproduzidas através do imaginário figurativo.

Neste seminário, os investigadores são convidados a submeter resumos/comunicações que descrevam, discutam e interpretem os painéis de arte rupestre procurando avaliar os componentes e complexidades da paisagem; algo que está reconhecidamente ausente na arte rupestre.

 

+ infos

28.03.2011 | by martalanca | arte rupestre, pré-história

SEIS PEÇAS BIOGRÁFICAS

MARIA GIL / RAQUEL CASTRO / MESA / RITA NATÁLIO / SOFIA DINGER / HÁ.QUE.DIZÊ-LO


SEXTA 25 A TERÇA 29 MARÇO | SEXTA A SÁBADO 21H30 DOMINGO 16H00TEATRO TURIM

Procura Por Mim Neste Diário O Resto Não Vale Nada de Maria Gil 

sobre quatro pés, um plano horizontal de MESA 
Os Dias são Connosco de Raquel Castro

Não entendo e tenho medo de entender, o mundo assusta-me com os seus planetas e baratas de Rita Natálio

Nothing’s ever yours to keep de Sofia Dinger 
340. Super-homem e dois kryptonites wannabe. de HÁ.QUE.DIZÊ-LO

 

Não entendo e tenho medo de entender, o mundo assusta-me com os seus planetas e baratas
Rita Natálio

sábado 26, domingo 27 e terça 29 de Março, 21h30  

 

Não entendo e tenho medo de entender, o mundo assusta-me com os seus planetas e baratas é um projecto em construção em torno da figura do “retrato falado” e que parte da apropriação e transformação de fontes sonoras, visuais e literárias para a construção de uma série que indaga a própria noção de retrato falado como quadro ou enquadramento do outro. Nesta sequência cada retrato é um capítulo inseparável da história maior de que faz parte.

O RETRATO FALADO #5 [Retrato Por confissão] que apresentamos nestes Laboratórios de Criação é o quinto desta série. Neste capítulo Francisca Santos, performer e “impersonificadora” de todos os retratos que constituem a peça total, oferece-nos um monólogo dos bastidores da sua relação com Rita, simultaneamente autora da peça e palavra de código para muitas outras coisas. Este monólogo parte do cruzamento de duas obras incontornáveis da escritora Clarice Lispector - Paixão Segundo G.H e Sopro de vida.

um projecto de Rita Natálio interpretação e co-criação Elizabete Francisca dramaturgia Rita Natálio fontes textuaisClarice Lispector, Ervin Gauffman, Gertrude Stein, John Giorno fontes audiovisuais Caetano Veloso, Chantal Ackerman, Lady Gaga, Herz Frank, Marina Abramovic, Suely Rolnik direcção técnica Carlos Ramos figurinos António MV apoio de estúdio RE.AL, O Rumo do Fumo agradecimentos Rui Catalão, Antonia Buresi. Catarina Saraiva, Paloma Calle. Este projecto foi iniciado no âmbito de Línea de Fuga, uma proposta de Catarina Saraiva para o Máster en Práticas Escénicas da Universidad de Alcalá http://lineafuga.wordpress.com

 

Teatro Maria Matos

28.03.2011 | by martalanca | artes performativas, biografias

5dias à conversa… A cantiga ainda é uma arma?, Chapitô - LISBOA

 

Quarta 30 de Março 22H Bartô

Outras Quartas - CHAPITÔ 

5dias à conversa… A cantiga ainda é uma arma?

 

A música dos Deolinda caiu que nem uma pedra. Quando a tocaram de surpresa no Coliseu do Porto, o público levantou-se como uma mola. A letra tinha descrito a vida de muitos. A geração dos precários, a geração que nunca vai ganhar mais de 800 euros.

“Fico a pensar / que mundo tão parvo / onde para ser escravo / é preciso estudar…”, reza a letra.

A polémica começou, a maioria da opinião publicada garante que esses jovens, e menos jovens, são vítimas “dos direitos adquiridos”. Alguns argumentam que eles deviam estar felizes em ser precários, porque isso é bom. O mercado tem que funcionar “livremente”, as pessoas são para ser contratadas e despedidas com tranquilidade, como diria o seleccionador nacional. O tempo daquilo que os sindicatos chamam “trabalho com dignidade” é coisa do passado. Tantas cabeças, quase sempre a mesma sentença.

Propomos-vos, assim, uma dupla discussão:

1. A precariedade é o nome normal do trabalho no século XXI ou é natural que uma geração lute pelo direito ao emprego?

2. Na nossa sociedade ainda há lugar para a música de intervenção ou devemos exigir que os cantores se deixem de politiquices e que se fiquem pelo amor e pelo Benfica? Ou como também cantam os Deolinda: 

“Agora não, que me dói a barriga… / Agora não, dizem que vai chover… / Agora não, que joga o Benfica… / E eu tenho mais que fazer…”

 

Nuno Ramos de Almeida

 

Oradores:

Helena Matos – Jornalista 

João San Payo – Músico dos Peste & Sida

Miguel Morgado – Economista

Tiago Mota Saraiva – 5 dias

 

Convidados especiais:

António Tomás – Jornalista, antropólogo e colunista no Novo Jornal (publicação angolana)

Sérgio Vitorino – Panteras Rosas 

 

Moderador:

Vítor Belanciano – Crítico cultural e jornalista

28.03.2011 | by martalanca | música de intervenção

Karibu-tea&coffee lounge

no espaco Makala - Movimento Multicultural

Rua do Forno do Tijolo 48-A, Anjos, LISBOA

Um espaco agradável com música ambiente, jornais e revistas ao seu dispor. No Karibu pode desfrutar de uma atmosfera simpática e descontraída, para tertúlias, conversas, leituras. Servimos pequenos-almocos, snacks diversos e refeições ligeiras. Ao final do dia relaxe com os nossos cocktails, vinhos e tapas.

Specials: Limonada de Gengibre, Bolo de Chocolate e Gengibre e outras especialidades saborosas e saudáveis.

Karibu - o novo ponto de encontro no Bairro das Colónias - Anjos, apareça!!!

Horário 2ª a 6ª feira 10h-22h, sábado 12-22h, encerra aos domingos

 

VISITA
Na escassa penumbra da tarde,
sonho.
Vêm me visitar as fadigas do dia,
os defuntos do ano, as lembranças da década,
como uma procissão dos mortos daquela aldeia
perdida lá no horizonte.

Este é o mesmo sol, impregnado de miragens
o mesmo céu que presenças ocultas dissimulam
o mesmo céu temido daqueles que tratam 
com os que se foram

Eis que a mim vêm os meus mortos.

Léopold Sédar Senghor (1906—2001)

27.03.2011 | by martalanca | bar, Karibu, Makala