Oficina de Escrita: a partir do espólio do Museu do Oriente

Com Alexandra Lucas Coelho Sextas | 14 e 28 Julho Horário |  17.00 às 18.30 Preço | €35 euros [2 sessões] Mín./Máx. 20 participantes

Do Norte de África ao Japão vão muitos Orientes e milhares de anos de literatura. Em Julho, vamos ler o épico sumério Gilgamesh. Poema inaugural da criação humana, escrito em tabuinhas de argila há quatro mil anos,Gilgamesh convoca todo o mundo da Mesopotâmia a partir de Uruk, uma das primeiras cidades da história, situada onde hoje é o Iraque, e cenário de sucessivas devastações ao longo da história até à actualidade. A primeira sessão será de apresentação e contexto e a segunda de debate sobre as leituras.

 

Inscrições até 10 Julho.

Sextas | 14 e 28 Julho Com Alexandra Lucas Coelho Horário | 19.00 às 20.30 Preço | €35 euros [2 sessões] Mín./Máx. 20 participantes

Na primeira sessão veremos exemplos de textos curtos escritos a partir de obras de arte/peças de museu, uma tradição com riquíssimos exemplos na literatura de língua portuguesa. Abordaremos também algumas técnicas de escrita. A ideia é que depois os participantes escrevam um texto — poema, mini-conto, crónica — livremente inspirado numa peça do espólio do Museu do Oriente. Na segunda sessão vamos debater esses textos. Inscrições até 10 Julho. 

Alexandra Lucas Coelho é escritora e jornalista. Publicou três romances e cinco livros de não-ficção, vários situados no Médio Oriente e na Ásia Central, regiões que cobriu como repórter (Egipto, Israel/Palestina, Jordânia, Líbano, Síria, Turquia, Iraque, Paquistão, Afeganistão, Índia). Foi correspondente do “Público” em Jerusalém e no Rio de Janeiro. Com o primeiro romance, E a Noite Roda (2012), recebeu o Grande Prémio de Romance e Novela da APE. Seguiram-se O Meu Amante de Domingo (2014) e Deus-dará (2016). Os seus livros de não-ficção cruzam viagem, crónica e reportagem: Oriente Próximo (2007), Caderno Afegão (2009), Viva México (2010), Tahrir (2011) e Vai, Brasil (2013).

09.07.2017 | by martalanca | Alexandra Lucas Coelho, escrita, Museu do Oriente

Seminário “Os moçambicanos perante o Cinema e o Audiovisual” I Maputo

O projecto Museu do Cinema em Moçambique, uma iniciativa da Associação Amigos do Museu do Cinema em parceria com o INAC e uma série de outras instituições, apresentou-se pela primeira vez, em exposição e mesas redondas em 2016, e tem vindo a desenvolver actividades de pesquisa com vista a um plano de trabalho plurianual a médio prazo.  

Em 2017, desenvolvidos alguns contactos iniciais com instituições académicas e, reforçadas as parcerias do ano passado, vamos realizar o Seminário “Os moçambicanos perante o Cinema e o Audiovisual”, de 26 a 29 de Setembro, em Maputo, e a Exposição Museu do Cinema 2017, com inauguração a 20 do mesmo mês, ambos no Centro Cultural Franco-moçambicano.

Para além de inúmeros parceiros de produção locais sem os quais não seira possível realizá-las, estas acções contam com o apoio financeiro da Cooperação da Flandres, que nos permite convidar o historiador belga Guido Convents - autor do livro que dá título ao seminário - para uma série de 3 aulas sobre os períodos de 1896 a 2010.

Este seminário é desenvolvido para um público de estudantes e docentes universitários, em colaboração com a UEM, a UP e o ISArC, e vai igualmente apresentar comunicações, artigos e projectos de investigação - cujo prazo de envio é 1 de Agosto – contando com uma Comissão Científica convidada, formada pelos Prof.ª Dra. Alda Costa (DC/UEM); Prof. Dr. Eduardo Lichuge (ECA/UEM); Prof.ª Dra. Ute Fendler (Universidade de Bayreuth) e Prof. Dr. Jorge Jairoce (Biblioteca Nacional).

Este seminário tem como principal objectivo estimular o uso do referido livro como material de apoio ao estudo – desenvolvendo, a partir dele e com pesquisa complementar, diversos objectos de aprendizagem - e motivar para a pesquisa em Cinema, para a qual a associação organizadora pretende encontrar os parceiros financeiros que viabilizem a criação de um fundo anual específico.

Na exposição deste ano será apresentado o protótipo da App Galeria de Retratos - Museu do Cinema mobile - desenvolvido em parceria com a MOZApp - e um espaço de homenagem ao cineasta José Cardoso, onde serão exibidos, para além das suas 3 curtas em 8mm, artefactos e equipamentos da colecção particular da família.

+ info www.museudocinemamocambique.org

Diana Manhiça – 828659000 e Ivan Zacarias – 843645554

seminário2017@museudocinemamocambique.org

03.07.2017 | by martalanca | cinema, Moçambique, seminário

CHAMADA DE TRABALHOS PARA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL GÉNERO NA ARTE DE PAÍSES LUSÓFONOS: CORPO, SEXUALIDADE, IDENTIDADE, RESISTÊNCIA

27 - 28 OUTUBRO 2017 (6ª feira - Sábado) FCSH- Universidade Nova de Lisboa 

Tony GumTony GumA conferência internacional Género na Arte de Países Lusófonos: Corpo, Sexualidade, Identidade, Resistência integra-se num conjunto de eventos organizados pelo Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado (MNAC-MC), pelo Centro de História de Arte e Investigação Artística (CHAIA) da Universidade de Évora (UE) e Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS.NOVA) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/UNL) que têm como objetivo principal debater de um modo transdisciplinar as questões de género no panorama artístico de países lusófonos contemporâneo (século XXI) desafiando assim os modelos tradicionais de produção de conhecimento do Norte Global. Com esta conferência procuramos juntar pessoas de diferentes contextos e proveniências que debatam estas questões de modo a contribuir para a construção de uma plataforma de troca de ideias, de experiências, de oportunidades de criação, de partilha e de solidariedade. As contribuições vindas de académicos, artistas, curadores, activistas, entre outras pessoas que demonstrem interesse em reflectir sobre estes temas são bem-vindas.

TÓPICOS

Esta conferência pretende reunir pessoas de diferentes países das lusofonias, vindas da academia, do activismo e de outras áreas, para reflectirem e dialogarem, de um modo crítico, transdisciplinar e sistémico, sobre a questão do género no foro da arte e da cultura contemporâneas. 
As contribuições devem focar-se na área das artes e da cultura e abordar, entre outras questões relevantes:
● O cruzamento da arte focado no género com perspectivas feministas, LGBTI, queer e pós-colonialistas;
● Representações de corporalidades e performatividades que questionam as categorias fixas de sexo, género, identidade sexual e desejo fazendo emergir novos discursos culturais identitários de subjectivação e autodeterminação, assertivos e autónomos;
● O género enquanto dimensão intrinsecamente ligada a outras, como a raça, a orientação sexual, a classe, a cultura, a idade, a (dis)capacidade e a educação, que conjuntamente produzem dinâmicas interaccionais específicas hierarquizadas;
● Num mundo globalizado, a combinação, de modo diversificado e complexo, de múltiplos hábitos sexuais e regimes de género, vindos de pessoas com diferentes pertenças no que respeita à cultura, nação e religião, multiplicam as configurações e variações das dimensões de género em que é possível viver;
● O modo como os corpos das minorias descriminadas como as mulheres, os gays, as lésbicas, transgénero e transsexxuais, entre outros, são afectados pela desigualdade de género que os oculta;
● Histórias de vida - herstories, e queerstories – em espaços e temporalidades concretas que mostram por meio de múltiplos suportes artísticos as suas vivências, passando-as do silêncio à representação revelando o que anteriormente fora proibido, escondido e ignorado no campo do desejo e da sexualidade;
● A dimensão de género na esfera íntima - nas relações, decisões e gestos da vida quotidiana - enquanto espaço onde se exerce o poder;
● Grupos culturais alternativos ligados ao apoio e divulgação de práticas artísticas centradas em identidades não heteronormativas sublinhando e revelando as ficções, as construções sociais e relações de poder em torno das categorias de género binárias;
● Os discursos que defendem a ‘naturalidade’ das identidades e sexualidades normativas que procuram impor;
● O «devenir» (tornar-se, transformar-se) beauvoiriano do género –desvendando as estruturas e processos responsáveis pela própria formação do género;
● O pós-pornográfico enquanto discurso e espaço de afirmação da vontade de criação que se distancia e recusa o discurso pornográfico heteronormativo;
● Personae e máscaras de género que rompem e questionam os discursos sociais, nomeadamente os dos meios de comunicação de massas, considerados responsáveis pela alienação, deturpação e criação de estereótipos de género, e pela percepção das sexualidades como meras mercadorias dessubjectivadoras.

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01.07.2017 | by martalanca | arte, CPLP, género

Historiador João José Reis vence o Prêmio Machado de Assis

 Foto Nós Transatlânticos Foto Nós TransatlânticosO historiador baiano João José Reis, considerado referência mundial para o estudo da História e da escravidão no século 19 no Brasil, é o vencedor do Prêmio Machado de Assis, concedido anualmente pela Academia Brasileira de Letras a um intelectual pelo conjunto da obra. Reis ganhou R$ 100 mil.

A entrega será feita no Salão Nobre do Petit Trianon, no dia 20 de julho, durante as comemorações pelos 12 anos da fundação da ABL.

Formado em História pela Universidade Católica de Salvador, João José Reis tem mestrado e doutorado pela Universidade de Minnesota e diversos pós-doutorados, que incluem a Universidade de Londres, o Center for Advanced Studies in the Behavioral Sciences, da Universidade de Stanford, e o National Humanities Center. Também foi professor visitante das seguintes universidades: Universidade de Michigan, Universidade Brandeis, Universidade de Princeton, Universidade do Texas e Universidade de Harvard.

30.06.2017 | by martalanca | escravidão, josé reis, prémio Machado de Assis

DUPLO VÊ — lançamento Inc., Porto, 1 de julho, 18h

Lançamento Inc. livros e edições de autor, 1 de Julho, 18h/ Conversa com Mattia Denisse e Nuno Faria.

Livro de desenhos de Mattia Denisse com traduções gráfico-literárias de Rui de Almeida Paiva e Sofia Gonçalves.
Duplo Vê — O Tautólogo é um dos tentáculos do projeto Duplo Vê, que se compõe também pelo site dupluvedupluvedupluve.com e pelas exposições apresentadas na Casa das Histórias – Museu Paula Rego (29 de setembro a 13 de novembro de 2016) e Galeria Zé dos Bois (22 de abril a 24 de junho de 2017). 
Duplo vê é essencialmente um livro de desenhos e, ao mesmo tempo, o nome em extensão da letra W (inspirado no título de George Perec, W ou les souvenirs d’enfance). É também o “duplo ver” de um Deus vesgo. Duplo vê, O Tautólogo (nome dado ao demiurgo criador da tautologia) poderia ter um outro subtítulo: “Ensaio sobre o estrabismo de Deus”.

28.06.2017 | by martalanca | Duplo vê, mattia denisse, O Tautólogo

PRETA, de Gio Lourenço

PRETA parte das memórias do criador, do período em que nos anos 90, chegado de Luanda, passa a viver no Bairro do Fim do Mundo. O corpo reencontra os gestos e os itinerários da transição da infância para a juventude.
Preta era a cadela feroz que delimitava a  fronteira  entre  a casa e a escola,  obrigando a experimentar movimentos de fuga, de silêncio e de transgressão. 
Uma performance sobre 2 universos distintos, territórios fechados sobre si próprios, e as possibilidades de ligação entre eles. 
Ficha Artística 
Criação: Gio Lourenço
Consultoria Artística: Sofia Berberan 
Concepção Cénica: Francisco Vidal
Sound Designer: Luis Fernandes
Voz: Zia Soares
Agradecimentos: Centro Nacional de Cultura, Teatro GRIOT, Hangar, Mariana Lemos
Local: Hangar Centro de Investigação Artística
Morada: Rua Damasceno Monteiro, 12, 1170-112 Lisboa 
Datas: 6, 7 e 8 de Julho
Horário: 21:30
http://hangar.com.pt/preta/

26.06.2017 | by martalanca | Gio Lourenço, PRETA

Tenho trinta anos, estou na cadeia há quatro

A peça de teatro, Tenho trinta anos, estou na cadeia há quatro, baseada em alguns Papéis da Prisão de Luandino Vieira, entra em cena a 7 de julho de 2017, pelas 19h, na Zona de Congressos do Edifício Sede da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Com: António Simão, Daniel Martinho, João Meireles, João Pedro Mamede, Jorge Silva Melo e Pedro Carraca
Assistência de encenação: Andreia Bento
Encenação: Jorge Silva Melo

“Deve ser este o famoso Tarrafal, que reabriu quando mandaram para cá os angolanos”, escreve Luandino Vieira em 13 de Agosto de 1964, quando é enfiado no campo de concentração, vindo da Luanda onde desafiara a ditadura. “Parece um sonho vir cá parar.”

São notas, emoções, reflexões, factos, apontamentos, “bocados de nós próprios”, uma voz que teima em reter o tempo.

 

22.06.2017 | by martalanca | Luandino Vieira, Papeis da Prisão, Silva Melo, tarrafal

FINISSAGE "Operação Condor"

:: domingo 25 junho :: 14h Visita Guiada com João Pina :: 16h Conversa com João Pina e Alfredo Cunha, moderação de Sérgio Gomes :: Torreão Poente da Praça do Comércio

 

22.06.2017 | by martalanca | Alfredo Cunha, joão pina, Operação Condor

Spell Reel de Filipa César I Nova Iorque

Short films screening & Conversation    26 June | 7 pm
Weeklong Moma Run: ‘Spell Reel’           27 June - 2 July

Moma, New York, USA


“The Portuguese-born, Berlin-based artist and filmmaker Filipa César presents an evening of short films in advance of a weeklong Moma run of her first feature, Spell Reel. César’s work exists at the intersection of fiction and documentary, exploring history, place, and identity through intertwined personal and national narratives. Characterised by rigorous structural and lyrical elements, her multiform meditations often focus on Portuguese colonialism and the liberation of Guinea-Bissau in the 1960s and 1970s. The screening will be followed by a conversation with Nuno Lisboa, 2017 Flaherty Seminar Programmer, and Sophie Cavoulacos, Assistant Curator, Department of Film. This event is presented in conjunction with the 2017 Robert Flaherty Film Seminar.”.

 

14.06.2017 | by martalanca | filipa césar

Bixiga 70 lança clipe de protesto para “Primeiramente”

Músicos criticam a atual situação política e social no país


Sempre atentos aos movimentos e causas sociais, os integrantes da big band instrumental Bixiga 70 divulgaram, na última sexta, o clipe de “Primeiramente”, música que é o primeiro single do novo disco da banda paulistana. Seguindo a linha do engajamento político, sempre presente em suas composições, os paulistanos apostaram em imagens de lutas em prol de uma sociedade mais justa.

” Primeiramente’ é fruto do crescente sentimento de insatisfação com a atual situação política e social no Brasil e no mundo. Foi inspirada e é dedicada à luta histórica pela garantia de direitos - independente de classe, cor, gênero, religião, etnia ou partido. Essa é nossa pequena contribuição ao processo de reflexão sobre o momento que vivemos.” , afirmam os integrantes do Bixiga 70.

A música faz parte do novo álbum da banda, com previsão de lançamento no segundo semestre.

13.06.2017 | by martalanca | Bixiga 70

Qui es-tu Octobre ? de Julie Jaroszewski

Au Burkina Faso, à 27 ans d’intervalle, deux Octobre se contemplent. Le premier, en 1987, vit l’assassinat du père de la révolution démocratique et populaire, Thomas Sankara. Le second, en octobre 2014, voit le peuple destituer par la rue son successeur, Blaise Compaoré. Dans les quartiers populaires de Ouagadougou, la petite et la grande histoire se rejoignent dans la case des femmes où vit le jeune Mika. Trois générations tissent la fable de l’endurance d’un peuple sur le chemin d’une quête de justice, de vérité et d’intégrité.


Bande-annonce

Déjà projeté au Burkina Faso, en Suisse au Festival Visions du Réel, et prochainement au Burundi (Festicab), le film sera projeté en avant-première belge :

Le 16 juin 2017 à 19h30à la Project(ion) Room55, Rue de Praetere, 1180 UccleAccès: Tram 7, 93, 94 / Bus 38, 136, 137

Les premières projections belges et internationales s’inscriront dans le cadre des commémorations du 30ème anniversaire de l’assassinat de Thomas Sankara. Assassiné le 15 Octobre 1987, 3 mois après avoir refusé de payer la supposée dette de son pays, la pensée et la figure du Capitaine Noël Isidore Thomas Sankara ne cesse de nous inspirer.

Lors de cette avant-première, nous souhaitons vous inviter à penser l’importance d’une solidarité internationale et panafricaine autour de l’enjeu de mémoire et de justice.

Aussi nous vous convions à imaginer avec nous les formes que pourraient prendre une mobilisation collective, panafricaine et transnationale en faveur de Sankara, ses combats et ses visions. Nous vous proposons concrètement de nous aider à concevoir un cycle d’événements pour l’automne 2017 autour des enjeux communs portés par les descendants des peuples qui ont combattu et continuent à combattre pour l’indépendance et l’égalité.

Abel Sankara sera présent pour partager les initiatives internationales de ces commémorations avec nous.

La projection ayant lieu durant le Ramadan, nous envisageons l’organisation d’un iftar (rupture de jeûne) sur place. Veuillez nous signifier, dans quelle mesure vous souhaiteriez y participer. Une participation sera demandée à cet effet.

 

 

12.06.2017 | by martalanca | Burkina Faso, Julie Jaroszewski, Qui es-tu Octobre ?

Terceiro Andar​, um filme de Luciana Fina / Estreia 15 de Junho no Cinema Ideal

Fatumata e Aissato Baldé são mãe e filha. Vivem no Bairro das Colónias e têm raízes na Guiné Bissau. Fatumata ensina à filha coisas do Amor e da Felicidade, Aissato traduz a mãe e dedica-se à escrita de uma carta para o primeiro amor. Luciana Fina vive no mesmo prédio, tem raízes em Itália. Três mulheres, três línguas e três formas de sentir, num filme que tece um espaço comum e conta de gerações, culturas, memórias, de relações e de afectos.

No próximo dia 15 de Junho pelas 19h30​, o filme Terceiro Andar terá a sua estreia comercial no Cinema Ideal, no âmbito do programa 4.doc | o Doclisboa no Cinema Ideal​.
O filme teve a produção da LAF studio e TERRATREME e a sua estreia mundial teve lugar no dia 23 de Outubro de 2016, no Doclisboa.4.doc | Doclisboa no Cinema Ideal.

15 > 21 Junho // 19h30 // Cinema Ideal // €5
Sessões diárias, seguidas de conversa com convidados

15 Jun / Quinta​ Paulo Pires do Vale [Professor, Ensaísta e Curador]
16 Jun / Sexta ​Maria João Cantinho [Ensaísta e Investigadora do Centro de Filosofia da FLUL]
17 Jun / Sábado Cíntia Gil [directora do Doclisboa] e Rita Fabiana [Curadora e Responsável de
programação do Museu Calouste Gulbenkian]
18 Jun / Domingo ​Ana Raquel Matias [Especialista em Sociologia das Migrações e da Linguagem
do CIES-IUL/ISCTE-IUL e do CES-UC]
19 Jun / Segunda ​Manuela Ribeiro Sanches [Especialista em Estudos Pós-Coloniais; Professora
Aposentada FLUL]
20 Jun / Terça​ José Manuel Costa [Director da Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema]
Há Filmes na Baixa!​ |​ Porto/Post/Doc

21 Junho // 22h // Passos Manuel, Porto // €4
Sessão + Conversa
Com Cíntia Gil [Directora do Doclisboa] e Francisco Ferreira [Crítico de Cinema, Jornal Expresso]
Apordoc
Casa do Cinema, Rua da Rosa, no277, 2o

mais informações, aqui

11.06.2017 | by marianapinho | afectos, amor, cultura, Luciana Fina, memória, relações, Terceiro Andar, Terratreme

As Cidades e as Trocas, filme de Luísa Homem e Pedro Pinho

Documentário / 16mm / 139’ / 2014

Ciclo Cinema Português: Novos Olhares III
Sessão na Cinemateca Portuguesa
Dia 23 de Maio às 21h30 Sala M. Félix Ribeiro

Em 2008, no limiar da crise económica que se instalou depois, num arquipélago atlântico ao largo de África ocidental, a utilização intensiva de areia para construção de hotéis e resorts ameaça a existência das praias locais - a principal fonte de atração da florescente indústria turística. Ali ao lado, numa capital costeira em pleno deserto do Sahara, os homens de negócios agitam-se com a possibilidade de exportar o seu recurso mais abundante. Inicia-se então um triângulo comercial que se completa com a exploração de brita vulcânica e com a transferência maciça de solo de um lugar ao outro, através do oceano. O filme “As Cidades e as Trocas” procura fazer um registo silencioso da chegada de uma economia de escala, dos seus fluxos e dos seus efeitos na transformação da paisagem física e humana de uma ilha.

23.05.2017 | by martalanca | Areia, As Cidades e as Trocas, cabo verde, ilha, turismo, viagem

Racism, Eurocentrism and Political Struggle

3 - 9 September 2017, Rooms 1 and 2, CES-Coimbra

This Summer School addresses debates and contemporary struggles against racism and Eurocentrism at three levels: in the production of knowledge, public policy and grassroots movements. Its main objectives are: a) to discuss the Eurocentric knowledge production of the history of (anti-)colonialism, enslavement and racism, through the questioning of concepts and dominant approaches in the political and academic world; b) to discuss key concepts for understanding complex political processes (in particular, racial state, violence, nation, citizenship); c) to present a variety of research cases in different international contexts and with different disciplinary approaches (Sociology, History, Philosophy, Political Economy, Geography); d) to promote a critical analysis of public policies for integration and for combating discrimination; e) to engage in dialogue with the alternatives that have been proposed by grassroots movements in challenging Eurocentric knowledge production and dissemination, including the presentation of initiatives in the context of informal education and education through arts.
The School aims to promote a dialogue between the production of knowledge in academia and grassroots movements, considering the power relations and political struggles that condition this dialogue and the possible articulations between the two areas.
Target participants: Graduate students in social sciences and humanities, political activists and members of NGOs in the field of anti-racism and human rights, school teachers in the fields of Sociology, History and Geography, journalists.
Coordinators: Marta Araújo and Silva R. Maeso

Lecturers

Anabela Rodrigues (AMI-AFRO Laboratory, GTO-LX)
Bruno Gonçalves (ROMED and SOS Racismo)
Cristina Roldão (CIES – University Institute of Lisbon)
Gaia Giuliani (CES and University of Padova)
Guiomar Sousa (Activist)
Katy P. Sian (University of York)
Kwame Nimako (Black Europe Summer School - Amsterdam)
Mamadou Ba (SOS Racismo)
Mario Espinoza Pino (Instituto DM – Democracia y Municipalismo) 
Marta Araújo (CES)
Party of the Indigenous of the Republic (France)
Sabine Broeck (University of Bremen)
Silvia Rodríguez Maeso (CES)
Early registration: until May 31, 2017

http://www.ces.uc.pt/cessummerschool/?id=15534&id_lingua=1

23.05.2017 | by martalanca | Eurocentrism, Political Struggle, racism

África, os quatro rios, de António Pinto Ribeiro

22.05.2017 | by martalanca | Africa, antónio pinto ribeiro, livro

Colóquio Memória, História, Esquecimento. O 27 de Maio de 1977 em Angola

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL),  26 de maio 2017 / 09h 30m   

Um colóquio multidisciplinar que assinala a passagem de 40 anos dos acontecimentos de 27 de Maio de 1977 em Angola, cujas consequências perduram até hoje na sociedade angolana. A necessidade de se criar um espaço de reflexão no meio académico serviram de mote aos organizadores para proporem a realização de um colóquio, no qual os investigadores pudessem partilhar e debater as suas pesquisas com a comunidade científica e a sociedade em geral.

A participação de investigadores de diferentes áreas do conhecimento permitirá uma abordagem multidisciplinar, para uma melhor compreensão deste fenómeno histórico angolano, através das suas múltiplas dimensões: política, social e cultural. Por isso, participam investigadores da história, da música, da antropologia, dos direitos humanos e da justiça.

Pretende-se que esta problemática saia da penumbra e do mujimbosocial em que tem estado confinada e reduzida até hoje na sociedade angolana, para que seja incluída como tema próprio nas discussões académicas das Ciências Sociais, nomeadamente dos Estudos Africanos, da História de África e, em particular, da História de Angola.

Comissão Organizadora: Myriam Taylor de Carvalho, Verónica Leite de Castro, Edson Vieira Dias Neto, Pedro Aires Oliveira

PROGRAMA 

9h 30m – Receção, inscrição, Venda de livros

10h / 10h 20m – Boas vindas e apresentação do evento

Pedro Aires Oliveira (IHC-FCSH-UNL)

Verónica Leite de Castro (Membro da Organização)

1º Painel – 10h 20m / 12h 20m  

Moderador Michel Cahen (CNRS / Casa Velazques)

Mabeko Tali (HUW)

O 27 de Maio, 40 anos depois: uma exégese do discurso nitista.

Margarida Paredes (UFBA)

Uma narrativa silenciada, a liderança das mulheres na revolta do 27 de   Maio de 1977. O caso do ‘Destacamento Feminino’ das FAPLA.

Leonor Figueiredo (Investigadora Independente)

A importância das fontes orais na abordagem ao «27 de Maio».

Francisco Júnior (FLUC)

Cânticos silenciados em 1977: Lembranças musicais de Artur Nunes, David Zé e Urbano de Castro.      

12h 20m / 13h 30m – Debate 

13h 30m / 15h – Almoço livre

2º Painel – 15h – 17h  

Moderador José Pedro Castanheira (Jornalista)

Marcolino Moco (Ex primeiro Ministro de Angola)

O 27 de Maio. Problema angolano no contexto africano. Que tipo de justiça?

Benja Satula (UCAN – UCP)

“Do processo ao não processo”, a irracionalidade dos“guerrilheiros da razão”.

Fernando Macedo (UCT)

A Barbárie do 27 de Maio e o Direito à Memória.

Joaquim Sequeira Carvalho (ISP-UKB)

“O 27 de Maio de 1977”

17h – 18h Debate

– Encerramento

- Venda livros, coffee break

19.05.2017 | by martalanca | 27 de maio 1977, Agostinho Neto, angola, colóquio, desaparecidos, fracionismo, genocídio, memória, política, trauma

Faradai & Ikonoklasta, Poemas Sem Cor

Quando dois músicos que partilham gostos musicais, começam a conversar muito um com o outro o resultado torna-se previsível: Vão fazer mambos juntos. 

Fara e Ikono tiveram este encontro casual em 2014, depois de muita conversa fiada, para lá de um(1) ano e uma prisão pelo meio, surgiu o desafio lançado por Faradai: Vamos gravar uma joint! 

Aproveitando a prisão domiciliária de 3 meses de Ikonoklasta, um instrumental foi engravidado e nasce o tema ’’Poemas Sem Cor’’.

Sob a produção de Faradai, a viagem sonora e experimental procura dar corpo ao manifesto de forma mista, onde cada artista escrevive na sua visão os dikulos desta constante realidade, na qual buscamos a sanidade da loucura nesta Angola.
E é sob o selo da Kongoloti Records, que estes dois artistas apresentam neste rebento, a necessidade orgânica que a dinâmica destes opostos vos pode oferecer.
Irão fazer mais joints? Provavelmente. Mas até lá para acalmar a curiosidade, venham daí tomar esta refeição.

Bom apetite!!


http://kongorecs.com/pt/faradai-colabora-com-ikonoklasta/
https://soundcloud.com/kongoloti-records/faradai-ikonoklasta-poemas-sem-cor
https://faradaiikonoklasta.bandcamp.com/track/poemas-sem-cor


15.05.2017 | by martalanca | Faradai, ikonoklasta, música, Poemas Sem Cor, rap angolano

Africa is / in The Future I Bruxelles 19.05 > 20.05.2017

Deux journées interdisciplinaires qui portent un regard nouveau et décomplexé sur l’Afrique et sa diaspora.

 PointCulture Bruxelles, rue Royale 145 I  Cinéma Nova, rue d’Arenberg 3                    VENDREDI 19 MAI

  • 15h-16h : Fabio Vanin “African future urban challenges : Luanda and Nairobi” (PointCulture Bruxelles)
  • 16h30-17h30 : Rebel Up ! et NGHE “Afrika Sound” (PointCulture Bruxelles)
  • 18h-19h : Performance OZFERTI (PointCulture Bruxelles)
  • 20h : Projection « Kin Kiesse » et « Kingelez » (Cinéma Nova)
  • 22h : Projection « The Tower » (Cinéma Nova)

SAMEDI 20 MAI

  • 14h-15h : Pascale Obolo et Gato Preto « L’afrofuturisme, terrain d’expérimentation esthétique ou outil de déconstruction et d’émancipation ? » (PointCulture Bruxelles - en français/ anglais)
  • 15h30-16h30 : Oulimata Gueye « La science-fiction, une technique d’adaptation » (PointCulture Bruxelles)
  • 17h-18h : Jean-Christophe Servant « L’Afrique, entre futur et avenir » (PointCulture Bruxelles)
  • 19h30 : Table d’hôtes et microboutiek (Cinéma Nova)
  • 20h : Projection « I love kuduro » et « Woza taxi » (Cinéma Nova)
  • 22h : Concert Gato Preto (Cinéma Nova)
  • 00h00 : Rebel Up djset (Cinéma Nova)

PROGRAMME DÉTAILLÉ

VENDREDI 19 MAI

·         15h00 – 16h00 Conférence “African future urban challenges : Luanda and Nairobi” de Fabio Vanin

Quels sont les défis environnementaux et sociaux auxquels les villes de Luanda et Nairobi sont confrontées ? Comment ces deux villes traitent l’idée d’avenir ? Comment les arts et l’utilisation de différents récits nous projettent vers le futur ?

Fabio Vanin est professeur d’urbanisme paysager à la VUB et cofondateur et directeur de LATITUDE Platform for Urban Research and Design. Ses recherches actuelles portent sur les menaces environnementales dans les zones urbaines, en particulier sur l’eau, et sur les modèles urbains émergents en fonction des problèmes de sécurité. Il a également un fort intérêt dans la recherche de la croissance des villes africaines, en particulier dans les pays lusophones.

·         16h30 – 17h30 Conférence “Afrika Sound ” de Rebel Up ! + Médiathèque NGHE

Rebel Up! & la NGHE Mediatheque proposent un voyage personnel et subjectif à travers les sons, ceux du passé et ceux de la musique électronique contemporaine en constante évolution, issus d’Afrique et de la diaspora. À partir de leur expérience et de leur travail singulier, Ils esquisseront les contours de plusieurs mouvements, styles, labels musicaux et autres manifestations culturelles de l’ère numérique, aidés d’une sélection de musiques et de vidéos YouTube. Attendez-vous à une session passionnée alliant faits musicaux et histoires personnelles à une énergie débordante.

NGHE est un espace de découverte et de partage de la musique localisé à Molenbeek. Sous forme d’une médiathèque subjective et ouverte à tous, nous voulons mettre en valeur la singularité musicale de certaines régions du monde et promouvoir le réseaux des labels indépendants.

Rebel Up ! est un collectif bruxellois diffusant des sons innovants, il s’est rapidement imposé comme expert en musique « du monde » folk et urban et en culture alternative globale. En 2010, Rebel Up! insuffle son concept « global » dans la vie culturelle bruxelloise à travers soirées, concerts et festivals.

·         18h00 - 19h00 Performance OZFERTI

Début 2016, après des mois de recherches graphiques et musicales, Florian Doucet se lance en solo et crée OZFERTI son alias venu de la planète NUBIA NOVA. En Mars 2016, il sort l’album ADDIS ABOUMBAP, un mélange envoûtant de Tezeta Ethiopien et de Beats Electronique. Suivrons les albums AFROGRIME vol.I & vol.II, mashups où la puissance de l’Afrobeat Nigérian rencontre le fracas du Grime Britanique. Ozferti accompagne son live de projections vidéo où s’entremêlent les images des légendes de l’Afrique de l’Ouest et des motifs géométriques psychédéliques.

https://soundcloud.com/ozferti

·         20h : Projection « Kin Kiesse » et « Kingelez » (Cinéma Nova)

> Kin Kiesse

Mwezé Ngangura, 1983, CD, 16mm, vo ang st fr, 28’

Ce film “classique” réalisé par Mweze Ngangura, considéré comme le père du cinéma congolais, est un portrait de “Kin la belle quand elle était encore capitale du Zaïre. Tourné en pellicule, couleurs chaudes et superbes, la ville se découvre à travers les yeux de Chéri Samba, peintre populaire, aujourd’hui mondialement reconnu, alors à ses débuts. Quartiers animés, coiffeurs, immeubles, ambiance, on découvre une ville au rythme endiablé dans laquelle la musique, quelles que soient ses formes et ses origines, fait le lien entre des éléments disparates mais vivants. Et tout ceci à l’apogée d’une dictature…

Keep reading "Africa is / in The Future I Bruxelles 19.05 > 20.05.2017"

04.05.2017 | by martalanca | Africa, cinema, Future

People-Centred Processes: Performances in the Everyday.

The forms of dialogue, participation and performances in the everyday are processes to create new meanings within interactions and reveal intersubjectivity in positions of the self and different others. These are part of Art-Led Participative Processes (ALPP), a methodology to discuss and respond to working in real world situations.
Convidado confirmado
Jay Koh (iFIMA)
Jay Koh, Doctor of Fine Arts, is a cross-disciplinary artist-curator, educator and consultant focused on public participative and socially-engaged art. He has practiced and lectured in over 40 countries in Europe, Asia and elsewhere. 
In 1995, he founded international Forum for InterMedia Arts (iFIMA) and in 2000 was joined by Chu Yuan to initiate public, participative and socially engaged art projects, such as the Open Academy program in Hanoi, Hue, Ulaanbaatar and Yangon. 
Jay’s book Art-Led Participative Processes: Dialogue & Subjectivity within Performances in the Everyday(University of the Arts Helsinki, 2015; SRID/Gerakbudaya, 2016) discusses holistic and ethical art processes in building relationships and seeking affirmation across sectors and disciplines. Currently, he is based in Southeast Asia and working on his forthcoming books, Performing Politics: Arts & Society and A Reader on Praxis/es: People-Centred and Public Engagement Processes.
Recently, he convened the conference “People-Centred Processes: Arts, Education and Cross-Sector Collaboration” at the Asia Centre in Bangkok and lectures at King Mongkut’s University of Technology (Thonburi Bangkok), Glasgow Sculpture Studios (Scotland), Zurich University of Applied Art and Lucerne School of Art and Design. Presently, Jay Koh collaborates with centers  for art and health, art and pedagogy and arts education at Bangkok, Hong Kong, Kuala Lumpur, and Singapore.
Comissão Organizadora
Carlos Garrido Castellano (CEC-FLUL)
Manuela Carvalho (CEC-FLUL)
Marta Traquino (FBAUL)

10 de Maio, 2017 16:00 – 19:00Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Jardim D. Pedro V)

Atividade conjunta entre os projectos Comparing We’s / CITCOM e OFF-OFF Lisbon / THELEME do Centro de Estudos Comparatistas.

 

 

03.05.2017 | by martalanca | CEC, Performances

Exposição “Conexões Afro-Ibero-Americanas” até 7 de maio

Esta mostra conta com a presença de 63 importantes autores, oriundos de África (Angola, Cabo Verde, Guiné, Moçambique e São Tomé e Príncipe), Península Ibérica (Portugal e Espanha) e continente americano (Brasil, Chile, Argentina e Cuba), que são exemplo: Cruzeiro Seixas, Mário Cesariny, Salvador Dalí, Pablo Picasso, Joan Miró, Malangatana, Wifredo Lam, Marcelo Grassmann, Fernando Botero, Eduardo Nery, Mito, entre tantos outros.

É uma iniciativa da UCCLA, com curadoria de Cabral Nunes, a exposição está organizada em três núcleos em torno de núcleos dedicados aos temas “Autoritarismo, Ditames e Resistência”, “O Dealbar das Democracias” e “Presente Futuro”, para refletir sobre os percursos e conexões que a arte, produzida num contexto Afro-Ibero-Americano, tem registado, em especial a que foi materializada a partir da década de 1940, até ao presente. 

Autoritarismo, Ditames e Resistência: O primeiro momento expositivo integra obras de autores cujo trabalho começou a afirmar- se durante o período em que vigoraram regimes autoritários fascistas na Península Ibérica (Estado Novo 1933-74 e Franquismo 1939-75), nos países colonizados em África e durante as ditaduras militares que vigoraram na América Latina no decurso da Guerra Fria, que medeia o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991). Esse foi um período de enorme violência à qual a generalidade dos artistas se opôs, resistindo e enfrentando, através da arte, o jugo ditatorial.

O dealbar das democracias: Segundo momento expositivo, integrando obras realizadas no decurso (e após) os processos revolucionários de afirmação democrática na América Latina, África e também em Espanha e Portugal, onde a liberdade que se seguiu a décadas de repressão se fez sentir de modo particular no desenvolvimento artístico.

Presente-Futuro: Terceiro e último momento da mostra, procura apresentar a criação artística que se tem vindo a verificar na contemporaneidade, fruto de uma geração que, felizmente, não passou pelas agruras das gerações precedentes mas que, num contexto de mundo interconectado, enfrenta desafios de validação e identidade quiçá nunca antes observados no meio artístico. Esta geração de autores tem conseguido precisamente isso: a sua afirmação no contexto de democracias consolidadas ou das que ainda estão em processo de consolidação, não fugindo à responsabilidade de enfrentar os (novos) desafios colocados pela era da Globalização.

Horário: De terça a domingo, das 10 às 18 horas. Até 7 de maio de 2017

02.05.2017 | by martalanca | Afro-Ibero-Americanas, exposição