Nástio Mosquito no Festival Metro54 - Amsterdão

Após ter apresentado no passado mês de Julho a sua mais recente obra - Deixa-me Entrar, Nástio lança-se mais uma vez ao mundo, à descoberta de plataformas inovadoras que pretendem fundir o ser, o conceber e o consumir da experiência artística.

Nástio Mosquito revisita a europa, lugar onde viu nascer a sua carreira artística. Desta vez passando por Amsterdão a motivo de um dos mais badalados Festivais na urbe Europeia, o Metro54. Num cenário, multi-cultural e convidativo, uma das manifestações urbanas em destaque foi o Kuduro.

Nástio Mosquito apresentou uma instalação de vídeo com 3 ecrãs sob um chão de madeira coberto por quiabos, gimboa, feijão verde, curgetes, gindungo, melancia, manga, morangos, pêssegos, ananás  juntamente com 10kg de açúcar e 5 garrafas de gasóleo. TESTE DO SOFÁ, ASSALTOS EM LUANDA, filmes e documentários foram alguns dos materiais em vídeo usados pelo artista que os justapôs ao som de Bruno M e de Game Walla que tocavam em alto som nas colunas.

Apesar de não ser grande apreciador do Kuduro, Nástio Mosquito celebra o “poder que dele vem (…), a linguagem criativa, a forma das narrativas.” “Para mim”, diz Nástio, o [Kuduro] é um fenómeno super-inspirador.”


Metro54

O artista expressou, numa tenda de 25m2, a sua interpretação do universo que deu origem ao Kuduro, a sua leitura do Kuduro como universo - as condições que favorecem e sustentam este género como expressão artística e cultural.

“[O Kuduro] é sim fruta boa… mas mesmo fruta boa quando em demasia e excessivamente madura enjoa e apodrece…[A instalação com a fruta e vegetais em processo de amadurecimento] é no fundo, um comentário sobre o que é o Kuduro hoje; com consultores contratados pelo “estado angolano” para brand it, package it, and sell it.”

Nástio Mosquito esteve também presente na programação da RedLight Radio em Amsterdão, uma estação on-line que emite shows ao vivo de Djs e personalidades locais dando-lhes uma oportunidade de ter um programa de rádio. A emissão é feita a partir de uma antiga janela de prostituição no icónico RedLight District de Amsterdão.


Nástio Mosquito no RedLight Radio (Amsterdam) com Kalaf Ângelo

O Festival Metro54 - Mashing-up the Arts é um evento artístico multicultural e interdisciplinar ao ar livre no qual a música, a dança, a poesia, o cinema e modo de vida e arte na cultura urbana Europeia são destacados. Uma plataforma que possibilita o cruzamento entre diversas formas de arte, criadores e mundos, o festival Metro54 viabiliza a colaboração entre indivíduos, encorajando-os a redefinir as suas experiências artísticas.

Curado por Ammal Alhaag, a 2a edição do Metro54 conta com o patrocínio da RedBull e Spotify trazendo performances únicas, concursos, colaborações, jam sessions e conta com a presença de Kalaf Ângelo (Portugal), Mind the Gap (Portugal), Benjamin LeBrave (Ghana), entre outros.

O Festival decorreu entre 27 de Agosto a 2 de Setembro. Nesta edição os curadores da Metro54 combinaram a arte e a experimentação de novas tendências nos sons urbanos e na interação entre artistas. Amsterdão transformou-se num lugar vibrante de sons puros e fusões de arte nascida em outros centros urbanos europeus.

Nástio Mosquito é músico, performer, produtor, e criativo pela DZZZZ, ArtWork e Director Executivo da DZZZZ, Enterprises.

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Festival Metro 54| 27 Ago. – 2 Set.
Arena Park
Amsterdão
https://www.facebook.com/Metro54

Contacto
Damiana de Windt (Produtora)
+31(0)20-4234948
damiana@metro54.nl

05.09.2012 | par herminiobovino | festival, kuduro, música angolana

Plataforma Internacional para Coreógrafos

7 out./Oct. | 17:00 |
Cineteatro Municipal João Mota

International Platform for Choreographers -
Programa 5 / 5th Program


Foto/photo: Carlos Mendes Pereira

JANAÍNA CASTRO BRASIL |BR
Cantando sobre meus ossos
Coreografia e interpretação: Janaína Castro
Sonoplastia: Carlos Mendes Pereira
Desenho de luz e Figurinos: Janaína Castro
Duração: 13’

ESTREIA / PREMIÈRE
A coragem (ou única opção) de mostrar-se tal como se é, assumindo que não há mais nada para ser visto, ou sentido, ou tocado. Em “Cantando sobre meus ossos”, a intérprete-criadora Janaína Castro passeia sobre questões sensoriais provindas do universo artístico de Clarice Lispector e Florbela Espanca, partindo da questão “Se fosse você, como seria e o que faria?”. O contato com a natureza instintiva destas duas artistas traz a inspiração necessária para o reencontro com a mulher selvagem que surge das suas obras como a observadora interna permanente.

JANAÍNA CASTRO
Licenciada em Dança e Movimento pela Universidade Anhembi Morumbi, SP/Brasil. Intérprete-criadora brasileira, atuou ao lado de grandes nomes da dança contemporânea e do teatro no seu país. Como professora e pesquisadora realiza cursos de formação em dança clássica, dança moderna e preparação corporal, sempre tendo como foco a valorização das experiências corporais pessoais e da busca de um movimento genuíno, que traga para a comunicação a essência do intérprete, do aluno, do artista. Atualmente é mestranda em Performance Artística/Dança na Faculdade de Motricidade Humana – UTL.

04.09.2012 | par herminiobovino | coreografia, teatro, teatro brasileiro

Príncipes de Néribi

Uma boa sátira sobre os estereotipos e a abordagem paternalista e ignorante de alguns portugueses para com os “africanos”. Quem já terá visto o programa da Catarina Furtado percebe que esta caricatura cai-lhe que nem uma luva. 

04.09.2012 | par martalanca | paternalismo, tv

Brasil: Fronteira Leste do colectivo tás a ver?

É com muita alegria que compartilhamos o mais novo trabalho do tás a ver?: o vídeo Brasil: Fronteira Leste, produzido para o programa Sala de Notícias do canal Futura. Assistam, comentem e divulguem!

Brasil: Fronteira Leste – africanos atravessam o Atlântico por vontade própria 

O Brasil está se tornando o novo “Eldorado” para quase 40 milhões de africanos que falam português. Com a crise econômica em Portugal e o crescimento do Brasil, o país tornou-se a principal referência para aqueles que falam a nossa língua, preenchendo o papel que pertencia ao colonizador e mudando a dinâmica da imigração entre países de língua portuguesa.

A cada ano, mais imigrantes de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe chegam ao Brasil, minimizando a distância entre os dois lado do Atlântico e reabrindo a nossa antiga “Fronteira Leste”.  Quem são estes novos africanos que estão desembarcando aqui? Qual a realidade que eles encontram no país que tem fama de receber bem os imigrantes?

Produção Executiva: Tás a ver?

Pesquisa, roteiro e direção : Fernanda Polacow e Juliana Borges

Edição e finalização: André Lion

Câmeras de externa: Luz Guerra, Pablo Hoffmann, Manuel Águas, Otávio Santana e João Nuno Pinto

04.09.2012 | par martalanca | África-Brasil

Mykki Blanco | Physical Therapy - LISBOA

Quinta, 6 de Setembro às 22h na ZDB

O conceito de androginia não é de todo uma novidade no mundo fértil da pop. De Bowie a Ariel Pink, a exteriorização física reforça a mensagem da expressão musical. No rap, pelo novidade que apresenta, a questão pode tomar outro relevo. Durante anos, o estilo de vida nesse meio foi estilizado e tornado cliché (até à exaustão). Um retrato que, desde logo, deixou pouco ou nenhum espaço para o surgimento de alguma excentricidade. Mykki Blanco surge então como uma das faces de uma jovem geração de rappers que procura agitar as águas . Algumas publicações mais mediáticas têm perdido algum tempo em redor de expressões limitadoras como queer rap, mas trata-se mais que isso. É a consciência de uma liberdade pessoal e criativa; um statement que já antes, e de forma menos explícita, tinha sido sugerido por Tyler, The Creator ou Lil B.

Em palco, Mykki é resultado da arte do transformismo mais puro, façanha que já lhe valeu destaque em revistas como a Vogue ou a Elle. Uma exaltação e devoção pelo feminino que recupera o espírito drag imortalizado por RuPaul ou Divine (diva do cineastra John Waters). Performer nato, autor de várias peças de teatro e ensaios, este performer de 24 anos acaba de editar o EP ‘Mykki Blanco & The Mutant Angels’, depois de uma prometedora mixtape que contou com a participação de gente como Teengirl Fantasy, Nguzunguzu, Gatekeeper, Brenmar ou Physical Therapy. Imprevisível, incisivo e genuíno, apregoa a crítica à atitude capitalista e mediática que os barões do rap genericamente tomaram. Em suma, uma das personagens mais vigorosas deste 2012, pela primeira vez por cá. É fácil adivinhar que ninguém ficará indiferente a esta passagem.

Noutras paisagens, não tão distantes quanto possam parecer, o comparsa Physical Therapy tem vindo a dominar discretamente as realidades paralelas da electrónica. Primeiro, através de serões épicos em alguns dos clubes mais fervilhantes em Nova Iorque; depois pela torrente de misturas e remisturas feitas com o coração e alma próprios de quem se fascina e gosta de fascinar. Seja isso aplicado ao r n’ b, à house, ao dubstep ou a qualquer êxito radiofónico de má fama. A extensão é imensa, dependendo mesmo da disposição momentânea. E porque, no fundo, Laurel Halo e Alicia Keys poderão conviver no mesmo set sem anomalias de maior. Em todo o caso, paira desde já a garantia de festividade apaziguadora, propícia a grandes despedidas de Verão. NA

03.09.2012 | par martalanca | andrógeno, mykki blanco, rap

A princesa turca e o santo cabôco

 

  • de Alexandra Gouvêa Dumas
  • Dois espectáculos de tradução carolíngia: o Auto de Floripes (Príncipe, São Tomé e Príncipe) e Luta de Mouros e Cristãos (Prado, Bahia, Brasil)

 

03.09.2012 | par martalanca | S.Tomé e Príncipe, tchiloli

Zimokad, de 18 a 29 Setembro no Centro Cultural Franco-Moçambicano, MAPUTO

ZIMOkAD - Zimbabwe Mozambique Cultural Art Dialogue reúne quatro artistas plásticos, Tapiwa Chapo e Charles Kamangwana, do Zimbabwe, e Butcheca e Titos Pelembe, de Moçambique, num momento de partilha e intercâmbio para a criação de uma exposição colectiva.
Tendo como ponto de partida o conceito de diálogo, a exposição, que estará patente no Centro Cultural Franco-Moçambicano de 18 a 29 de Setembro, será o resultado do encontro sob a forma de residência artística a ter lugar na ENAV - Escola Nacional de Artes Visuais de Maputo, de 3 a 15 de Setembro 2012.
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ZIMOkAD - Zimbabwe Mozambique Cultural Art Dialogue brings together four artists, Tapiwa Chapo and Charles Kamangwana, from Zimbabwe, and Butcheca and Titos Pelembe from Mozambique, for a moment of sharing, dialogue and exchange to create a collective exhibition.
Taking as starting point the concept of dialogue, the exhibition will feature at Franco-Mozambican Cultural Centre from 18 to 29 September, which will be the outcome of the meeting and artistic residency taking place at ENAV - National School of Visual Arts in Maputo from 3 to 15 September 2012.

02.09.2012 | par franciscabagulho | arte contemporânea

"O Grande Kilapy" no Festival de Toronto

Zézé Gamboa’s sardonic historical drama follows a good-hearted, apolitical con man who, on the eve of Angolan independence in the mid-1970s, pulls off a massive swindle at the expense of the Portuguese colonial administration — and soon after finds himself hailed as a hero of the national liberation struggle.

In the Angolan language of Kimbundu, kilapy means scheme, fraud, or swindle, and accordingly, The Great Kilapy tells the story of a crooked but irresistible bon vivant who, on the eve of Angolan independence in 1975, pulls off a massive swindle at the expense of the Portuguese colonial administration. Inspired by a real figure, director Zézé Gamboa’s decade-spanning historical drama is a refreshing take on the national liberation story, and turns its conventions upside down with elegance and humour.

João Fraga, nicknamed Joãozinho (Lázaro Ramos), is a real looker, a relentless womanizer and a big spender, who finds that his expensive tastes demand that he undertake some less-than-legal enterprises. Though he attracts the attention of the secret police due to his student days in Lisbon, Joãozinho has no real political affiliations. Although he has a number of close friends who are militant activists in Angola’s various liberation movements whom he aids by providing money, shelter or escape routes, he does this from generosity and loyalty. But in this politically charged atmosphere, even a simple crook can’t avoid getting tagged with an ideological marker. After pulling off a masterful scam against the colonial administration’s Tax and Revenue Collections office, Joãozinho finds himself suddenly arrested by the regime as a “subversive character.” While in jail, he cultivates the illusion that he is a political prisoner to great effect — so much so that when he and his fellow inmates are freed by the new, independent Angolan government, he is hailed as a hero of the struggle.

Gamboa offers a witty and compelling portrait of the last decade of Portuguese rule in Angola, and incisively depicts the world of wealth, glamour and insouciance in which the elite class moves against the background of the colonial regime’s collapse. Colorful, charming, and featuring an authentic soundtrack of the country’s rich Angolan music from the 1970s,The Great Kilapy is a vivid testament to the vitality of African cinema.

Rasha Salti

ver o site do Festival 

ler entrevista no BUALA ao realizador

 

 

 

29.08.2012 | par martalanca | cinema angolano, zeze gamboa

Projeto Preto Véio, ao vivo LISBOA

O Projeto Preto Véio transita pela cultura Hip Hop com um pé na raiz e outro na invenção musical, num diálogo entre a percussão e a bateria eletrônica, o orgânico e o sampler, a dança afro e o breakin’, o cantador e o MC.

O resultado é uma confluência de diferentes vertentes da música,misturando com o rap ritmos da cultura popular brasileira como o Samba, o Afoxé, o Bumba-meu-boi, o Maracatu e o Baião, além de elementos das músicas erudita, indígena, latina e africana.
As músicas do repertório reflectem sobre a vida contemporânea e falam de amor, família, trabalho, política, sonhos e espiritualidade.Conquistas e derrotas, da cultura popular de raiz e do imaginário brasileiro. 
no Café Tati 30 de agosto 22h, entrada livre!

vozes: Pedro Calasso + Dom Billy percussão: Abuhl Jr. bateria: Jahir Soares teclas: Leandro Neri                                              

http://www.myspace.com/projetopretoveio

Café Tati  *  Rua da Ribeira Nova 36 (nas traseiras do Mercado da Ribeira, Cais do Sodré)  *  tel: 213 461 279  *  http://cafetati.blogspot.com  * 

produção de PANTALASSA

 

27.08.2012 | par martalanca | hip hop, Pantalassa

Carmen Souza actua amanhã no Mindelo

 

23.08.2012 | par samirapereira | carmen souza, jazz, Mindelo, música

debate sobre fotografia e religiões afro SALVADOR DA BAHÍA

A produção de imagens fotográficas no ambiente dos terreiros é tema de debate no dia 30, das 19h às 21h.  O encontro integra as atividades da oficina Processos do Silêncio, oferecida pela fotógrafa e pesquisadora Denise Camargo, no Centro de Estudos Afro-orientais, em Salvador e tem como convidados a jornalista Cleidiana Ramos (A Tarde) e o pesquisador Marcelo Bernardo da Cunha (CEAO). O debate será transmitido ao vivo pelo site http://www.oju.net.br. O público poderá participar, enviando perguntas via Twitter, seguindo o perfil @ojunet.

Tejo, 1992, foto de Denise CamargoTejo, 1992, foto de Denise Camargo
Processos do Silêncio é um projeto contemplado com o II Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afro-brasileiras, com patrocínio da Petrobras e  Ministério da Cultura; realização do CADON e parceria da Fundação Cultural Palmares. Tem apoio institucional do CEAO/UFBA. Fabiane Beneti (Empresa Livre) assina a produção executiva. A oficina, gratuita, teve mais de 300 inscrições, o equivalente a dez vezes o número de vagas disponíveis.
No debate, Denise Camargo e seus convidados exibem  imagens e traçam considerações sobre o processo de criação e análise do discurso imagético presente no material apresentado. “A ideia é promover a interação com o público presencial e online e trocar experiências sobre a produção de imagens”, explica a mediadora.
A partir de uma amostra de 20 imagens analisadas na dissertação O Discurso da Luz: imagens das religiões afro-brasileiras no jornal A Tarde, Cleidiana Ramos aborda seu processo de pesquisa e as características da produção e veiculação de imagens das religiões afro-brasileiras em um jornal de grande circulação na Bahia.
Marcelo Bernardo da Cunha fala sobre o processo de realização/direção de um documentário sobre a Festa da Boa Morte em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, centrando sua fala nas questões que envolvem o profano e o sagrado nos bastidores do espetáculo.
Com a transmissão do debate pela internet, o projeto objetiva ampliar o acesso do público, superando a limitação do espaço físico, ao mesmo tempo, e ultrapassar as fronteiras geográficas para favorecer a difusão das informações compartilhadas na atividade.
SOBRE OS DEBATEDORES
Cleidiana Ramos é jornalista, mestre em Estudos Étnicos e Africanos pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA. Trabalha no Grupo A Tarde, onde é editora da Editoria Salvador e realiza cobertura especializada sobre as questões de identidade negra e religiosidade, com destaque para a coordenação de cadernos especiais sobre assuntos de história e cultura afro-brasileira, veiculados anualmente no Dia Nacional da Consciência Negra. Produz o blog Mundo Afro.
Marcelo Bernardo da Cunha é professor do departamento de Museologia (UFBA), do Programa Multidisciplinar de Estudos Étnicos e Africanos do Centro de Estudos Afro-orientais (UFBA) e do programa de Estudos Pós-graduados em Museologia da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia (Lisboa – Portugal). Doutor em História Social (PUC – São Paulo). Pesquisa as formas de representação dos africanos e afro-brasileiros em museus, no passado e presente, museologia e ações museológicas, com ênfase para a produção e análises de exposições relacionadas ao Patrimônio Africano e Afro-Brasileiro.
SOBRE A MEDIADORA
Denise Camargo é fotógrafa, doutora em Artes (Unicamp), mestre em Ciências da Comunicação (ECA-USP), graduada em Jornalismo (ECA-USP). Bolsista da Universidade de Navarra (Pamplona, Espanha), pelo Premio JT de Jornalismo. Atuou como fotojornalista e editora de veículos especializados na difusão cultural da fotografia brasileira. Foi docente do Bacharelado em Fotografia do Centro Universitário Senac, onde coordenou a Pós-graduação em Fotografia, até 2011. É pesquisadora do Grupo de Pesquisas da Imagem Contemporânea (GPIC) e realiza projetos culturais sobre cultura afro-brasileira, pela Oju Cultural.
Realizou diversas exposições, entre elas: Antologia da Fotografia Africana  (Revue Noire); São os filhos do deserto onde a terra desposa a luz; Herança Compartilhada; Privilégio do objeto, curadoria de Quilombolas, Tradições e Cultura da Resistência e coordenação editorial de livro homônimo. Contemplada com I Prêmio Nacional Expressões Culturais Afro-brasileiras (2010), com o Programa Cultura e Pensamento 2007 (Representação imagética das africanidades no Brasil) e 2010 (Corpo-imagem dos terreiros). Curadora do site www.oju.net.br, especializado em fotografia e representação visual da cultura de matriz africana.
Oficina Processos do Silêncio – Debate  30/08 das 19h às 21 no CEAO – Centro de Estudos Afro-Orientais, Praça Inocêncio Galvão, 42 – Largo 2 de Julho Salvador/BA transmissão ao vivo aqui

 

23.08.2012 | par martalanca | Bahía, jornalismo, religiões afro, Terreiros

A Virgem Margarida, de Licínio de Azevedo

Está quase a estrear este grande filme do Licínio de Azevedo, e passará por Toronto + Londres + Amiens, em breve no Buala artigos sobre A Virgem Margarida e os campos de reeducação em moçambique. 


20.08.2012 | par martalanca | Licínio de Azevedo

Grandes lições COM ABDELWAHAB MEDDEB E TICIO ESCOBAR

Sábado, 8 set 2012 15h Aud. 3 Entrada livre / tradução simultânea

moderadas por António Pinto Ribeiro

Transmissão onlinehttp://www.livestream.com/fcglive
Ticio Escobar, um dos mais respeitados intelectuais da América do Sul, e Abdelwahab Meddeb, um dos primeiros autores a escrever sobre a Primavera Árabe, são os convidados do Próximo Futuro para este ciclo das “Grandes Lições”, numa linha de programação que privilegia pensadores da América do Sul, África e Europa.
Curador, professor e crítico de arte, Ticio Escobar (Assunção, 1947) foi até há poucos meses ministro da cultura do Paraguai e irá falar-nos sobre o futuro da arte popular indígena num contexto de globalização e a capacidade de sobrevivência das culturas tradicionais na contemporaneidade.
O ensaísta, poeta e comentador político franco-tunisino Abdelwahab Meddeb (Tunes, 1946), crítico feroz do fundamentalismo islâmico, foi um dos primeiros autores a escrever sobre a revolução árabe: “Primavera de Tunes – a metamorfose da história” (2011) é também a sua obra mais recente. Na sua conferência irá falar-nos sobre a liberdade que se perspetiva para o futuro, tendo em conta o conflito entre secularismo e islamismo.

PRÓXIMO FUTURO 

20.08.2012 | par martalanca | primavera árave. revolução

African Creative Economy Conference

Call for Papers 

Arterial Network will host its second annual conference on the African Creative Economy in Senegal. The conference dates are, November 14 -16, 2012.

The aims of the conference are to provide practical analysis and reflective overview of the current status of African creative economy. This should help consolidate emergent African expertise in this area while providing critical thought necessary in navigating the unfolding realties the sector is faced with. While anyone is invited to submit such expressions of interest, preference will be given to African speakers who are based on the continent and who have the relevant expertise, experience or potential in these fields. 

Submissions are to be sent to Espera Donouvossi at Espera@arterialnetwork.org by August 25, 2012. 

The best eight young African researchers based in Africa who will author and present papers at the conference will be awarded 250 Euros each. Read More

20.08.2012 | par martalanca | Conference

CANJANA no Teatro Villaret, 31 Agosto, LISBOA

SINOPSE
Na década de 40, com as crises cíclicas, secas persistentes e agravadas com a IIª Guerra Mundial, o reino abandonou as ex-colónias portuguesas à sua sorte, entre as quais Cabo Verde fazia parte. As sucessivas fomes, impiedosamente atingiram as nossas ilhas e milhares de pessoas perderam a vida e foram atiradas, ainda vivas e outras tantas mortas para o fundo das valas, onde o regime salazarista de então ordenou que assim fosse.
Mais tarde o barco “John Smith”, proveniente de uma Companhia Inglesa, como que mandado pela bênção Divina, encalhara na Praia Formosa com os porões recheados de mantimentos. Toda a população para lá se ocorreu e dai a salvação de muitas almas. A felicidade viria a ser completada com a vinda da bendita chuva que trouxe bonança aos Ilhéus.

CANJANA” de JUVENTUDE EM MARCHA
FICHA TÉCNICA / ARTÍSTICA

CRIAÇÃO E ENCENAÇÃO: JORGE MARTINS
CENOGRAFIA: CÉSAR LÉLIS
DIREÇÃO ARTÍSTICA: JORGE MARTINS
LUZ E SOM: SIDNEY SOARES
ELENCO: CÉSAR LÉLIS, JORGE MARTINS, JOÃO NEVES, AMADEU MORAIS, OLGA FORTES, NEILA DONGO, ARSÉNIA BRONZE E ARTEMÍSIA FILIPE
PRODUÇÃO: JUVENTUDE EM MARCHA
PROMOÇÃO: IRLANDO FERREIRA, ADILSON GOMES E ELENIR SANTOS

LOCAL DE APRESENTAÇÃO TEATRO VILLARET
APRESENTAÇÕES 31 DE AGOSTO E 1 DE SETEMBRO ÀS 21H30
DURAÇÃO 1 H 30
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA M/12
TIPOLOGIA COMÉDIA
PREÇO 15€*

18.08.2012 | par candela | cabo verde, canjana, Juventude em Marcha, lisboa, Teatro Villaret

Centenário do nascimento de Jorge Amado, LISBOA

“A negra sorriu:
- Tá vendo?
- Tou. A gente liberta o negro.
A negra ia apanhando o tabuleiro. Henrique ajudou-a a botar as latas vazias em cima.
Ela perguntou:
- Você sabe qual é a coisa mais melhor do mundo?
- Qual é, minha tia?
- Adivinhe.
- Mulher…
- Não.
- Cachaça…
- Não.
- Feijoada…
- Não sabe o que é? É cavalo. Se não fosse cavalo, branco montava em negro..

Centenário do nascimento de Jorge Amado
Na próxima sexta-feira, 10 de agosto, cumprem-se 100 anos sobre o nascimento do escritor
brasileiro Jorge Amado, o autor de Capitães da Areia (1937) e Gabriela, Cravo e Canela (1958).
No terreiro em frente à Casa dos Bicos, teremos pelas 18h00 uma apresentação do grupo Arte Pura
Capoeira. A seguir, no auditório da Casa dos Bicos, haverá uma sessão de música e leituras
encenadas pela atriz Vera Barbosa, acompanhada pelo violonista João Maló. No mesmo espaço,
uma exposição de livros, fotografias, correspondência trocada com José Saramago, filmes e
 música.

JORGE AMADO, 100 ANOS
10 de agosto de 2012, 18h00
Fundação José Saramago, Casa dos Bicos, LISBOA.
Entrada livre sujeita à lotação da sala.

09.08.2012 | par candela | casa dos bicos, centenário, fundação josé saramago, jorge amado

Namíbia, Não! abre temporada no Teatro Eva Herz, SALVADOR

Apostando na tendência de apresentações em espaços dentro de shoppings, a já consolidada peça teatral Namíbia, Não! anuncia temporada no Teatro Eva Herz (livraria Cultura do Salvador Shopping), de 10 de agosto a 22 de setembro, sempre às 20h, e segue na consulta ao público sobre sua adaptação para o cinema.
Durante os meses de agosto e setembro, no Teatro Eva Herz, o público poderá sugerir ideias para o roteiro do longa-metragem que marcará a estreia de Lázaro Ramos na direção cinematográfica e que vem sendo desenvolvido em conjunto por Aldri Anuncição (autor da peça), Sérgio Machado (diretor de Quincas Berro D’Água, Cidade Baixa, dentre outros) e João Rodrigo Mattos (diretor do longa Trampolim do Forte).
O diretor Lázaro Ramos e equipe buscam a opinião dos espectadores, o que estes desejam ver na adaptação para o cinema, se deve ou não haver cenas externas ao apartamento onde se passa o confinamento dos primos, se um ator deve interpretar o Ministro da Devolução, quais trechos não levariam para o filme e como são recebidas algumas provocações, como a do “curso preparatório pro concurso para diplomatas de melanina acentuada do Itamaraty”.

Sinopse
Escrita por Aldri Anunciação e dirigida por Lázaro Ramos, Namíbia, não! é uma comédia de argumento provocador, pois aborda, sem tentar resolver o assunto, a seguinte situação hipotética: em 2016, o Governo brasileiro obriga que todos os afrodescendentes regressem imediatamente à África, causando, em pleno século XXI, o revés da diáspora vivida pelo povo africano durante o Brasil escravocrata.

Namíbia, Não! no Teatro Eva Herz (Livraria Cultura do Salvador Shopping)
Quando: de 10 de agosto a 22 de setembro - às sextas e sábados, 20h (por causa do feriado prologando, nos dias 7 e 8 de setembro não haverá apresentações)
Ingressos: R$40 às sextas e R$50 aos sábados - preços de inteira (meia entrada válida para idosos, estudantes e demais casos previstos em lei). Vendas através do site www.ingresso.com, nas Lojas Americanas, Blockbuster ou pelo telefone: 4003-2330
Duração: 1h10min
Acompanhe notícias: http://www.namibianao.com.br/

04.08.2012 | par candela | Aldri Anunciação, Lázaro Ramos, Namíbia, Salvador, teatro

Buni TV, I watch Africa rise!

Buni TV,  é uma plataforma de distribuição web e móvel, feita a partir de Nairobi, que pretende mostrar o que de  melhor, mais inovador e visualmente interessante é actualmente produzido em ou sobre a África. Curtas e longas-metragens, animação, series e documentários, disponíveis para novas e antigas audiências no continente e no estrangeiro. 

The films, documentaries, television series, animations and music videos showcased on Buni TV are hand-picked by our editors from the sea of content that is available digitally to offer viewers only what is worth their 

Este e outros trabalhos podem ver-se aqui

(dica no blog do Próximo Futuro)

03.08.2012 | par martalanca | audiovisual

Companhia Dança Contemporânea de Angola na Expo 2012 na Coreia do Sul


A Companhia de Dança Contemporânea de Angola estará presente na Edição da EXPO 2012 na Coreia do Sul, entre os dias 7 e 14 de Agosto, onde apresentará três espectáculos.
A CDC Angola representará a dança contemporânea angolana com o espectáculo TRAVESSIAS, com direcção artística da coreógrafa Ana Clara Guerra Marques.
Desde a sua fundação a CDC Angola apresentou já a nova dança angolana com mais de uma centena de espectáculos, em 10 países e 20 cidades.

03.08.2012 | par martalanca | Ana Clara Guerra Marques

Comunicado da Plataforma GUETO sobre as Demolições no Bairro de Santa Filomena

A Plataforma Gueto vem por este meio denunciar a forma racista e desumana como no Bairro de Santa Filomena, está a ser conduzido o processo de demolição de casas e de desalojamento dos moradores.

Declaramos que:

  1. 1-  Uma parte da população do bairro está a ser deliberada e criminosamente

    desconsiderada neste processo.

    O recenseamento do PER, de 1993, anterior às últimas vagas de importação de mão-de-obra barata, nos períodos extraordinários de regularização de 1996 e 2002, que vieram preencher as necessidades da explosão do mercado de construção e de serviços, fruto dos subsídios da U.E., e que permitiram a Portugal levantar pontes, centros comerciais, estádios, estradas, linhas de metropolitano, condomínios fechados e tantas outras infra-estruturas. Hoje, 19 anos mais tarde, esse recenseamento é obsoleto, ignorando os moradores que se instalaram após 1993 e tanto contribuíram económica, social e culturalmente para este país.

  2. 2-  Este é um processo de higienização urbana e, como tal, não estão a ser respeitados os direitos humanos da população que a Câmara Municipal da Amadora pretende deslocar.

    Estes trabalhadores, altamente vulneráveis perante a crise económica, são, na conjuntura actual, considerados mão-de-obra supérfluo. É por isso que estão a ser expulsos dos seus lares, deslocados como objectos e afastados do centro da cidade. Este fenómeno tem contornos de:

    • Especulação imobiliária – existe pressão dos residentes do empreendimento de Vila Chã para remover o Bairro de Santa Filomena da vizinhança, dado que o valor dos apartamentos é reduzido pela proximidade do bairro;

    • Campanha eleitoral – os votos dos residentes adversos à existência do Bairro de Santa Filomena estão aqui em causa. Enquanto isto, os direitos da população do bairro, constituída maioritariamente por imigrantes (pessoas sem direito ao voto), são negligenciados;

    • E evidente racismo ambiental – assistimos à expulsão dos moradores negros e imigrantes para as zonas periféricas da cidade, mal servidas de transportes e serviços básicos, e onde a única presença institucional são as forças policiais e órgãos dos serviços sociais. 

       

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03.08.2012 | par martalanca | demolições, Plataforma Gueto, santa filomena