Música do Dia: Amel Larrieux - Get Up

 

Infinite Possibilities álbum debut da Amel, ex membro do colectivo Groove Theory, pianista, compositora e cantora de mão cheia (ou será que devo dizer boca cheia?) lançou mais 3 discos desde então e continua sendo imprevisível a cada lançamento, esse é o meu preferido, apaixonei-me assim que ouvi pela primeira vez, altamente recomendado, bom pra ouvir se a idéia é relaxe total.

25.06.2010 | par keitamayanda

Batida "Alegria" da Fazuma


Produção: Fazuma 2010
Realização: Pedro Coquenão
Montagem/ Pós Produção : Catarina Limão
Câmara: Manuel Lino
Participação: Catarina Limão como a Vj, Daniela Sanhá como a Dançarina e Dj Mpula, Beat Laden, Toni Moka, Karlon e Francisco Rebelo, ao vivo.
Imagens: Arquivo cedidas pela Cinemateca
Danças: Associação Batoto Yetu com Bernardino, Claudina, Daniela, Maria, e Soraia.

Depois de “Bazuka”, esse novo single celebra a simplicidade e a positividade: “Dança, Alegria, Música”.

O som é um biti de Kuduro, com elementos de Semba, que cruza a Electrónica com Psicadelismo Afro. Xeueh! O vídeo: Usámos imagens de arquivo do Carnaval de Luanda nos anos 70, escolhidas com o dedo, no meio de muitas bobines empoeiradas, e misturadas com imagens actuais de rotinas caseiras, num dia de concerto Batida no Pavilhão do Conhecimento. O “Alegria” foi enrolado em 2009, para ser incluído no álbum “Dance Mwangolé”, apresentado pela imprensa como um dos discos do ano. Público, Time Out, Blitz, entre outros. Esse tema já foi aposta na Rádio Oxigénio e é também aposta da playlist de verão da Antena 3. Fora de Portugal foi apelidado de “Post Kuduro pelo próprio Dj Rupture em Nova Iorque e adjectivado de forma exagerada por Dj´s que promovem as novas tendências da música Afro, um pouco por todo o lado.

Próximo concerto:  Festival Delta dia 4 de Julho.

Dicas
Fazuma é uma bolha de criatividade e comunicação que, relaxadamente, vai conspirando projectos próprios e promovendo outros. Autores do programas e projectos “Música Enrolada” e “Batida” na RDP África e Antena 3, realizadores do premiado ” É Dreda Ser Angolano”, de alguns clipes musicais e mini documentários musicais para a MTV; Fotos para artistas; Produtores, editores e humildes apoiantes de alguns discos e concertos, tudo na área da música negra de raíz, fusão ou urbana.
Batida
é nome do nosso programa que, desde 2007, divulga na Antena 3 e na web, as novas tendências da música urbana de raíz ou inspiração Afro. Ritmos como Kwaito, Kuduro, Funk Carioca, Decalé ou Afro House são misturados e apresentados semanalmente pelo Dj Mpula. Batida também é o nome de muitas das compilações piratas que circulam nas ruas de Luanda. Saem novas todos os dias, directamente do Musseke (gueto) para todos os Kandongueiros, um mambo tipo táxi, que é o meio de transporte público usado pela grande maioria do povo de Luanda. Estas compilações são maioritariamente dedicadas ao Kuduro e à Kizomba e revelam, mais do que a própria rádio, o som que está a bater no momento. As Batidas são um instrumento essencial na promoção de qualquer artista.

Dance Mwangolé é o disco de estreia do projecto Batida e foi um termo usado pelo Sbem, um dos pioneiros essenciais do Kuduro, numa entrevista dada no mambo tipo documentário “É Dreda Ser Angolano”, como descrição para tudo o que seja Techno feito por um Mwangolé (Angolano). Inspirámo-nos nessa expressão para dar nome ao som do Batida.
Dj Mpula
é o mentor do Batida e fundador da Fazuma. “Dance Mwangolé” foi a primeira aventura musical dele, onde teve a participação de vários cúmplices. Desconta nas finanças com o nome de Pedro Coquenão, nasceu no Huambo, em Angola, cresceu na zona de Lisboa, entre Carcavelos e Amadora, regressando a África sempre que tem kumbú para o bilhete. Entre o punk e o hip hop no quarto, entre uma marimba e um baixo na sala, entre a dance music e o rock nas pistas. Profissionalmente cresceu como programador musical, criativo e locutor nas estações de Rádio Marginal e Voxx, entre a música alternativa e a comunicação torcida.

Kuduro é um estilo de música urbana Angolana. O nome foi dado pelo Tony Amado, inspirado num filme que viu do Van Damme. O nome de Kuduro foi usado numa das suas músicas, cuja dança teve tanto êxito que acabou por ser adoptado para classificar tudo o que se fizesse, que fosse dançável e electrónico. Sbem foi um dos animadores/produtores mais importantes no desenvolvimento do estilo. Inicialmente o género resumia-se às danças, mas hoje é uma forma de expressão idêntica ao Rap. Usado tanto no lado de afirmação do Mc, como instrumento de retrato e intervenção social.
Batoto Yetu
é uma associação que promove e cultiva as danças e percussões tradicionais Africanas, com especial atenção a Angola. Existe em Nova Iorque, Luanda e Lisboa, onde tem um social, integrando jovens nas suas actividades. Nos seus espectáculos reproduzem coreografias e ritmos originais, inspirados em danças tradicionais.

25.06.2010 | par martalanca | batida, Carnaval, fazuma, kuduro, música angolana

Artistas Ídasse e Pinto inauguram na Fundação PLMJ, Lisboa

MATXAXULANA | Ídasse 

+

MARRABENTA | Pinto

24 de Junho, 18h30

 

A Fundação PLMJ apresenta as exposições “Matxaxulana” e “Marrabenta”, dos artistas moçambicanos Ídasse e Pinto, a inaugurar no dia 24 de Junho, às 18h30, no Espaço Fundação PLMJ, em Lisboa.

Estas exposições iniciam o ciclo de acções promovidas pela Fundação PLMJ dedicadas a artistas dos países africanos de língua oficial portuguesa. Exposições patentes até 25 de Setembro, de quarta-feira a sábado, entre as 15H00 e as 19H00.

24.06.2010 | par martamestre | arte contemporânea moçambicana, Ídasse, Pinto

Mónica de Miranda apresenta "Military Road" na INIVA, Londres, 8 de Julho.

Talk: the content and the meaning of the spaces we encounter

With Paul Goodwin and Alex Vasudevan

at INIVA

Paul Goodwin, curator and geographer, and Alex Vasudevan, University of Nottingham, will discuss their current research projects and collaborations.

Paul Goodwin has collaborated with Monica de Miranda on  Military Road, a video tracing the path of a road surrounding Lisbon. The remains of this 45km long road have now been occupied by makeshift homes built by recent immigrants. Thus, the area is considered the city’s ghetto.  Historically the army used the road to protect against English and French invaders - today it still acts as a fortress against ‘invading foreigners’, keeping immigrant populations on the margins.

Developed collaboratively with local communities, Military Road is a reminder of how cities function and continue to function in their engagement with immigrant populations.   The work highlights the impact of globalization in the creation of multi- directional migrations of people, cultures and ideas.  Impacting on geographic and cultural transformations in the spatial organisation of the world and the city, from a place of localities into a space of  fluxus and multiple movements of people.

Military Road was part of the Underconstruction research project developed in Lisbon by Monica de Miranda and curator Paul Godwin in 2009.

Alex Vasudevan is a lecturer in Cultural and Historical Geography in the School  of Geography at the University of Nottingham. He will discuss his current work on a book-length project examining the history of the squatting movement in Germany from the late 1960s to the present.

In the Whose Map is it? exhibition nine contemporary international artists question the underlying structures and hierarchies that inform traditional mapmaking. They provide individual insights that inscribe new, often omitted perspectives onto the map. From 2 June until 24 July 2010.

24.06.2010 | par martamestre | cidade, lisboa, migrações, Monica de Miranda, Paul Goodwin

Música do Dia: Boney James - Better With Time Feat. Bilal

BoneyJames PureBoneyJames Pure

O saxofonista Boney James lançou em 2004 o álbum Pure, com participações vocais de Bilal, Dwele e Debi Nova, um cruzamento entre a soul, o hip hop e o jazz, bastante agradável, Boney trouxe no álbum toda uma atmosfera cool com os seus solos.

23.06.2010 | par keitamayanda

A cozinha da “República dos Meninos” de Flora Gomes

Nas instalações do SAVANA funciona por estes dias o departamento de produção artística do filme “República dos Meninos”, do realizador guineense Flora Gomes. “Esta é a minha cozinha”, diz Tim Pannen, director artístico, referindo-se ao seu departamento, onde dirige uma equipa de cerca de vinte artistas, pintores, carpinteiros e serralheiros.
Como já se viu, não se trata de uma simples carpintaria ou de uma simples serrelharia como se pode pensar à primeira vista, mas sim de um lugar onde a arte, o espírito e a alma também falam mais alto. Os jornalistas do SAVANA têm é que se contentar com o barulho dos martelos e das rebarbadeiras, mas por pouco tempo. Só enquanto estiver a ser rodado o filme.
A primeira pessoa a ver o guião escrito pelo realizador Flora Gomes é o director artístico – é a ele que cabe o papel de conceber o cenário da “República dos Meninos”. “É como ter uma receita e ainda não ter o prato. É desta cozinha que irá sair o prato. E eu sou o chefe de cozinha”, elucida o produtor alemão.
Tim Pannen contou-nos que somente conheceu Flora Gomes depois de ser contactado para fazer a produção artística do filme dele. Estiveram lado a lado durante a viagem para Moçambique, com o Flora a desconfiar dele, pois não conhecia o seu trabalho, sobretudo porque ele é um alemão com o papel de conceber um cenário africano. As filmagens já vão a meio.
O produtor artistico já tinha lido o guião e depois de alguns dias de trabalho, estava a África da “República dos Meninos” a ser aos poucos concebida. Ele, que exerce a sua actividade como free lancer, trabalha em seu departamento com 20 colaboradores, entre os quais uma boa parte deles são moçambicanos. “Gostei de Maputo”, diz, referindo-se ao facto de ter encontrado os melhores lugares para criar os cenários do filme.  Longa-metragem “República dos Meninos” é o título de uma longa-metragem cujas filmagens decorrem em Maputo há sensivelmente três meses, numa iniciativa que conta com a participação de profissionais do cinema vindos de Hollywood, Estados Unidos da América. O conteúdo do filme procura espelhar a nova geração em África, onde as crianças participantes são tidas como indivíduos que poderão salvar o actual rosto do continente.
Trata-se de um filme de ficção, uma história em que o autor fala das crianças no continente africano. “São crianças que poderão mudar a cara de África, é uma nova geração que tem ideias e são uma grande esperança para o continente”, segundo Flora Gomes.
O realizador disse que Maputo reúne todas as condições necessárias para a rodagem de grandes produções cinematógraficas. Esta é a quinta longa-metragem do realizador, sendo que a primeira tem como título “Morto Nega” que fala sobre a libertação da Guiné-Bissau, a segunda com o título “Os Olhos Desde Ontem”, a terceira com o título “Pó de Sangue” e a quarta com o título “Nha Fala, Minha Voz”, uma comédia musical com a participação da banda do conceituado músico, Mano Dibango. Os três primeiros filmes do cineasta mereceram destaques no festival de Cannes em França.
Depois de Moçambique, Flora Gomes estará em Portugal onde pretende fazer os arranjos da sua quinta longa-metragem que deve estar concluída até final do ano.

Escrito por Armando Nenane no SAVANA

23.06.2010 | par martalanca | Flora Gomes

julgamento de defensores de direitos humanos em Cabinda

No dia 23 de Junho às 10h, em Cabinda, terá lugar o julgamento de Raúl Tati, Francisco Luemba e Belchior Lanso Tati, detidos desde Janeiro.

Os três defensores de direitos humanos, presos depois do atentado contra o autocarro que transportava a equipa de futebol do Togo que vinha para participar no CAN 2010, são acusados, pela Procuradoria Geral da República da província de Cabinda, de terem cometido “em autoria material um crime de outros actos contra a Segurança Interior do Estado, p. p. no art.º 26.º da lei n.º 7/78 de 26 de Maio.

A 10 de Junho, o Estado angolano aceitou, em Genebra, em sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, a maioria das recomendações que lhe foram apresentadas no âmbito do mecanismo de Revisão Periódica Universal (RPU), onde realçamos a 104: Manter um diálogo aberto com os defensores dos direitos humanos, em particular em Cabinda, onde, na sequência do recente e deplorável ataque contra a equipa de futebol togolesa, os defensores dos direitos humanos parece terem sido detidos sem evidência de sua cumplicidade.

Na base desta recomendação, aceite por Angola, todos os esforços devem ser desenvolvidos de forma a garantir justiça e imparcialidade em relação aos processos que mantém detidos os defensores de direitos humanos em Cabinda.

Prestamos solidariedade para com todos os defensores de direitos humanos que, em Angola, continuam a enfrentar as maiores dificuldades para desenvolver as suas acções em prol do respeito pela dignidade humana e apela à comunidade internacional para que acompanhe de forma directa o referido julgamento.

Aproveitamos para lembrar a memória de FLORIBERT CHEBEYA BAHZIRE, eminente defensor de direitos humanos da RDC, assassinado em 2 de Junho de 2010.

 

LOBITO, José António Martins Patrocínio, pela Omunga

22.06.2010 | par martalanca | angola, direitos humanos

Hezbollah e LBC agredidos pela PSP

Às 4:55 horas da madrugada de domingo 14 de Junho, no Parque Central da Amadora, um grupo de jovens, entre os quais Jakilson Pereira,  26 anos, licenciado em Educação Social, desempregado e candidato a bolsa de investigação, dirigiam-se para a Mina, Amadora.

Jakilson, que também é rapper e é mais conhecido como Hezbollah, agachou-se para apertar os atacadores dos ténis. De repente sentiu um automóvel aproximar-se dele. Levantou a cabeça e viu um homem com uma arma apontada na sua direcção que gritou Caralho!? Assustado, Hezbollah correu na direcção do seu amigo Flávio Almada, 27 anos, estudante finalista do curso de Tradução da Universidade Lusófona, também rapper e mais conhecido como LBC, mediador sociocultural na Escola Intercultural das Profissões e do
Desporto da Reboleira e formador musical de jovens inseridos no Projecto Escolhas do Moinho da Juventude e da Comissão de Moradores da Cova da Moura. LBC disse ao agressor: “Ele está desarmado!”, referindo-se ao seu amigo Hezbollah.
Nesse momento, o homem disparou um tiro na direcção de Hezbollah. O homem estava fardado, era da PSP e tinha sido transportado para o local por um automóvel da PSP.
Hezbollah continuou a fugir e foi esconder-se por trás de um automóvel junto à Estação dos Correios, observando a progressão do agente da PSP que o procura de arma na mão. O agente detecta-o e corre na sua direcção.
Sai outro agente do automóvel e ambos cercam Hezbollah. Agarrando-o sob ameaça da arma, começaram a pontapeá-lo. Chega um automóvel Volkswagen Golf preto, com dois polícias à paisana. Enquanto um dos agentes fardados algema Hezbollah, obrigando-o a deitar-se de barriga no chão, o outro polícia fardado volta a dar-lhe pontapés. Um dos agentes à paisana exclama: “Deixa o rapaz!”
Entretanto LBC tinha-se aproximado para tentar socorrer o amigo. Os polícias fardados agarram-no, deitam-no ao chão e algemam-no, pontapeam-no e depois metem-lhe um pé sobre a cabeça e tiram-lhe a carteira e o telemóvel.
Levam-nos a cada um dos detidos no seu automóvel para a Esquadra da Mina, na Avenida Movimento das Forças Armadas 14. Aí aparece o agente Monteiro e pergunta a Hezbollah, agarrado pelos braços por dois outros agentes para o manterem sentado numa cadeira: “Estás preparado?” e começa a dar-lhe socos e joelhadas na barriga.
Hezbollah vomitou em consequência dos dois primeiros socos. LBC também é sovado.
Um dos agentes comenta a certa altura: “Aqui estão os dois gajos. Qual de vocês é que tem um caso com a polícia?” Hezzbollah foi absolvido há cerca de um mês da acusação de ter partido dois dedos a um polícia, quando na realidade o que aconteceu foi que, ao voltar para casa à noite, foi cercado por vários polícias, que o deixaram inanimado, sem sapatos e sem casaco, num terreno vago, depois de barbaramente espancado, a ponto de lhe partirem a cana do nariz.
Metem-nos de novo no automóvel e levam-nos para a Esquadra do Casal da Boba, na Amadora. Depois de os encostarem a uma parede, o agente Nunes dessa esquadra dá um forte pontapé no estômago de Hezbollah, enquanto outros agentes o seguram e batem para o impedir de se encolher a proteger-se da agressão. Um dos polícias comenta: “Qualquer dia vão encontrar o teu corpo morto na mata de Monsanto.” Tiram fotografias aos dois detidos. LBC é colocado ao lado de Hezbollah e um dos polícias acusa LBC de ter em seu poder um telemóvel roubado. Ele nega e é-lhe devolvido o telemóvel, que lhe tinha sido confiscado e levado para outra sala, depois de verem as mensagens e chamadas.
Foram levados de novo para a Esquadra da Mina. Lá chegados, os detidos repararam na presença do rapaz e da rapariga com quem Hezbollah e LBC tinham trocado palavras que provocaram uma cena de socos entre Hezbollah e o rapaz, na Estação da Amadora.
Repete-se a cena de Hezbollah, ainda algemado, ser agarrado pelos ombros e braços e agredidos a soco no estômago pelo agente Monteiro. LBC interpela-os dizendo “Porque é que estão a fazer isso?” e foi imediatamente agredido a pontapé pelos dois agentes que o enquadravam.
O agente diz-lhe que vai ter de limpar o vomitado com a boca. Hezbollah recusa-se e o agente Monteiro e o agente Ferreira, que tinha tirado o crachá. Insistem: “Vais limpar, vais limpar!!” e, segurando-o, lançaram-no por cima do vómito e arrastaram-no para trás e para a frente, como se fosse uma esfregona, até o vómito ensopar por completo as calças, o casaco.
Num canto ainda ficou um resto de vómito. O agente Monteiro pega no boné de Hezbollah e lança-o sobre esse canto e, colocando-lhe o pé em cima, esfrega-o sobre o vomitado. O agente Monteiro deixou de lhe dar socos mas passou a dar-lhe pontapés, chamando-lhe porco.
Os detidos ficaram ali até às onze horas e tal da manhã, altura em que lhes passaram um papel para comparecerem no Tribunal de Alfragide às 10h do dia 14 de Junho e os deixaram sair da esquadra, depois de, pela primeira vez, os desalgemarem. O documento refere-os como arguidos e acusa-os de agressão à integridade física, sem referir a quem.
LBC e Hezbollah passaram todo o dia de domingo nas suas respectivas casas (Reboleira e Amadora respectivamente).
Na 2ª feira apresentaram-se ao tribunal, onde encontraram os agentes Monteiro e o outro torturador, o agente Ferreira, ambos à civil.
Também estavam presentes o rapaz e a rapariga com quem Hezbollah tinha trocado palavras e socos na Estação da Amadora. Os polícias deram-lhes dois chocolates Twitters. Perante isto, LBC e Hezbollah disseram no seu depoimento que um amigo deles que estava presente naquele episódio e tentara acalmar os ânimos devia ser chamado para o seu testemunho ser confrontado com o deles. A funcionária do tribunal perguntou a Hezbollah se queria um advogado oficioso e ele recusou. A funcionária tomou nota de toda a ocorrência, e deu a ler o depoimento aos detidos, que assinaram.
O caso vai ser investigado.
A funcionária recomendou a Hezbollah que não lavasse as roupas sujas com vómito.
Neste momento Hezbollah e LBC não têm advogado que os defenda e sabem que, se nada for feito para dar publicidade a esta situação, continuarão a ser alvo da brutalidade policial. Foi o que aconteceu com Tony da Bela Vista, Teti, torturado até morrer de hemorragia interna, Angoi, morto com dois tiros nas costas, PTB abatido dentro do carro, Snake, assassinado com um tiro nas costas quando conduzia o seu automóvel, Corvo, abatido com um tiro na cabeça, Kuku, morto aos 14 anos com um tiro a 12 cm da cabeça, Célé, morto com 62 balas, etc.
Ana Barradas/ fotos de Otávio Raposo

 

22.06.2010 | par martalanca | Hezbollah, LBC, polícia

délio jasse na galeria arte contempo (lisboa)

22.06.2010 | par martamestre | délio jasse

Música do Dia: Ruy Mingas - Poema da Farra

 

Clássicooooo essa canção é um bom exemplo de onde a angolanidade encontra o Jazz e a música brasileira e ganha toda a maneira dengosa e malandra do bom vivant e do cantor boêmio (que diga-se de passagem não sei se Ruy Mingas o foi nos seus tempos de jovem) a interpretação afinada e arranjos magistrais tornam a estória de António Balduíno parte da mais fina flor da música angolana. Bem haja Ruy Mingas.

22.06.2010 | par keitamayanda

#2

Samuel Daniell, Khoisan busy barbecuing grashoppers, 1805

Ernest Cole

21.06.2010 | par martamestre | Ernest Cole, Samuel Daniell

#1

Tracey Rose, The kiss, 2002Tracey Rose, The kiss, 2002

 

Nandipha Mntamb, Balandzeli, 2004

21.06.2010 | par martamestre | Nandipha Mntamb, Tracey Rose

OPEN CALL - DECOLONIZING ARCHITECTURE RESIDENCY

Para uma residência na Palestina em Fevereiro e Março de 2010.Dirigido a artistas ou arquitectos que vivem no Reino Unido.Deadline: Applications should reach us no later than 15 August 2010, 5pm.


DECOLONIZING ARCHITECTURE RESIDENCY

The Delfina Foundation and decolonizing.ps (Alessandro Petti, Sandi Hilal, Eyal Weizman) are collaborating on a residency in Bethlehem, Palestine, at the Decolonizing Architecture studio.(…) We are seeking applications from UK-based artists and architects whose work involves critical spatial practice and who wish to carry out independent research and/or urban/territorial interventionsApplicants should have an inclination for collaborative work and the capacity of materializing ideas in a relatively short period time.

+ informação:

decolonizing.ps

The Delfina Foundation

21.06.2010 | par martamestre | arquitectura, residências

Saramago e Mia

'O Imbondeiro da literatura da nossa língua comum', de Benjamim Sabby, 1999'O Imbondeiro da literatura da nossa língua comum', de Benjamim Sabby, 1999Empenho para que os africanos fossem visíveis
O primeiro sentimento que tenho é a generosidade para com os autores, que se manifestou com os escritores de língua portuguesa. Antes de ganhar o Nobel, tinha a generosidade de promover e trazer para a visibilidade os escritores e a escrita dos africanos de língua portuguesa. Não foi só comigo, mas ele ofereceu-se para fazer o lançamento e apresentou o meu primeiro livro de contos, Cada Homem É Uma Raça, lançado aqui em 1989. Já doente, saiu da cama para apresentar Venenos de Deus, Remédios do Diabo. Há uma entrega aos outros, uma dedicação a uma causa, que não era só política, mas a causa dos que estavam longe e dos que não tinham voz. Isso marcou-me muito: a dimensão humana dele.


Mia Couto, Público 20/7/2010

21.06.2010 | par martalanca | José Saramago, Mia Couto

Música do Dia: Sly Johnson - (You Are A) Star (20Syl Remix)

 

Neo Soul made in France, Sly Johnson ex membro do colectivo Saian Supa Crew, volta aqui na versão neo soul com o EP The June 26th EP, data do seu aniversário. As músicas são todas cantadas em inglês, mas com o taste desse soul singer que cada vez mais se afirma como o segredo melhor guardado da cena soul francesa. O EP trás participações de Ayo e Rachel Claudio nos vocais e nos beats 20Syl do colectivo Hocus Pocus e Dj Roddy Rod do colectivo Low Budget Crew.

21.06.2010 | par keitamayanda

Dia 30, 4ª feira, na ZDB, em Lisboa

SUR LES TRACES DU BEMBEYA JAZZ
DE ABDOULAYE DIALLO

 


(2007, documentário, Burkina Faso, 72 min, DVD, cor, em Francês com legendas em Inglês)

Em 1961, numa pequena aldeia no meio da floresta tropical Guineense, é formado um grupo de música. Esta banda em breve se tornará uma das maiores orquestras da África moderna. É Bembeya Jazz. Esta orquestra, que simboliza a revolução do guineense Ségou Touré, conseguiu abalar todo o continente africano com a sua música. Quarenta anos depois, voltamos às suas raízes. Para além das dificuldades, o “mistério Bembeya” ainda sobrevive: a lenda continua!

Nascido em 1971 na Costa do Marfim, Abdoulaye Diallo, trabalhou como produtor de rádio e animador cultural no Burkina Faso durante muitos anos. Desde 1998, administra o Centro Nacional da Imprensa Norberto Zongo (CPN-NZ) e é o Secretario Geral da Associação de Jazz assim como coordenador do Festival de Jazz Ouaga.


Diallo é também co-fundador do Festival de Cinema Africano Cine Droit Libré.


Exibição com o apoio de Africalia Belgium

 

+ info:

ZDB

20.06.2010 | par martamestre | Abdoulaye Diallo, cinema

Inauguração de René Tavares - "Série (In)Acabado"

Aqui ficam algumas imagens da exposição de René Tavares (S. Tomé e Príncipe), para ver até dia 10 de Julho na Galeria Bozart (Príncipe Real), Rua da Escola Politécnica 4 R/C.

 

 

 

20.06.2010 | par martamestre | René Tavares, S.Tomé e Príncipe

PRÓXIMO FUTURO/NEXT FUTURE

Próximo Futuro é um programa Gulbenkian de Cultura Contemporânea dedicado em particular, mas não exclusivamente, à investigação e criação na Europa, na América Latina e Caraíbas e em África. Aqui ficam os links: 

http://www.proximofuturo.gulbenkian.pt/

http://proximofuturo.blogs.sapo.pt/

19.06.2010 | par cristinasalvador

TOPOGRAFIA DE UM DESNUDO de Teresa Aguiar

TOPOGRAFIA DE UM DESNUDO de Teresa Aguiar
seguido de debate
25/06 - 19 horas - Odeon, Rio de Janeiro,
 
A estória de um fato que abalou o início dos anos 60: a “operação mata-mendigos”. Esse episódio aconteceu no Rio de Janeiro, e culminou com a morte de vários moradores de rua, que eram presos, torturados e depois jogados aos rios Guandú e da Guarda. Alguns pesquisadores ligam as torturas a uma espécie de “treinamento” pelo qual estavam passando quadros da própria polícia, já que o fato aconteceu na “ante sala” do golpe militar. Mas o consenso é que o fato estava ligado à visita da Rainha Elizabeth ao Brasil. A “operação mata-mendigos” foi um processo de limpeza social.
Esse fato teve uma grande repercussão nacional e internacional já que, pela primeira vez, uma operação dessa natureza era deflagrada com a participação de membros dos poderes instituídos. Com o golpe de 64, os processos foram arquivados e a história “apagada”. Contar essa história hoje extrapola a denúncia de algo que passou. É uma forma de refletir sobre como a sociedade trata ainda hoje a questão dos excluídos.
 
Em 1972, Teresa Aguiar era professora da Escola de Arte Dramática (EAD) da USP e foi com um grupo de alunos apresentar “O Rato no Muro” de Hilda Hilst no Festival de Teatro de Manizales, Colômbia. Nesse festival foi apresentada a obra “Topografia de um Desnudo” do chileno Jorge Diaz, que escreveu a peça baseado numa matéria que saiu nos jornais do Chile sobre a “operação mata-mendigos”. Junto com Teresa, assistiu ao espetáculo seu aluno, Ney Latorraca, que mais de 40 anos depois, integra o elenco do filme. De volta ao Brasil, Renata Pallottini fez a tradução e Teresa tentou encená-lo, mas o texto ficou preso na censura por 13 anos, e só em 1985 foi produzido. Porém, o texto nunca chegou a ser liberado totalmente, pois mesmo nos anos 80 era necessária uma autorização provisória da Polícia Federal, que era renovada a cada 15 dias. 

SINOPSE
Rio de Janeiro, anos 60. A cidade se prepara para receber a visita da Rainha Elizabeth. Num clima de tensão social e política que antecede o golpe militar, uma jornalista investiga a morte de moradores de rua e se envolve num perigoso jogo de interesses. Baseado em fatos reais desvenda um lado pouco conhecido da História: a “Operação mata-mendigos”, que ocorreu no Rio de Janeiro entre 62 e 63 e um dos motivos era a necessidade de “limpar” a cidade para a visita da Rainha.
 

19.06.2010 | par martalanca | cinema, Rio de Janeiro

35º Aniversário da Independência de Cabo Verde

Cinema e debate em Junho, no cinema S. Jorge,  Av. da Liberdade, Lisboa

Dia 23 – 19.30 horas: “S. Tomé – Os Últimos Contratados”, de Leão Lopes, retoma o tema doloroso da emigração para S. Tomé e do drama histórico que lhe está associado. Questão crucial da identidade crioula no Séc. XX, confrontada com o retorno à servidão e a espoliação da sua condição humana, os contratados de S. Tomé fogem da morte pela fome em Cabo Verde para enfrentar uma escravatura encapotada, condição que havia desaparecido do arquipélago desde há muito tempo. O fundamento da luta pela independência de Cabo Verde estriba-se na aspiração colectiva dos cabo-verdianos de “não ter que voltar a enfrentar o caminho de S. Tomée o trabalho escravo que lhe está associado. Não é possível compreender os últimos cem anos de história de Cabo Verde, sem ver este documentário.

 

Dia 24 – 19.30 horasTarrafal – Memórias do Campo da Morte Lenta”, da realizadora Diana Andringa, aborda um tema mais conhecido e divulgado em Portugal, e tem a seu favor o registo de memórias dos sobreviventes do Tarrafal. Hoje, os jornais e as revistas de turismo de todo o mundo falam de Cabo Verde, por boas razões como sejam o seu clima, o seu mar, a música, a literatura, mas já houve tempo em que a única menção de Cabo Verde nos jornais do mundo era a terrível e mal-afamada prisão do Tarrafal.

A recordar agora como são diferentes os tempos.

 

19.06.2010 | par martalanca | Leão Lopes, S.Tomé e Príncipe, tarrafal