O Centro de Documentação, único no seu género em Portugal, marca em definitivo a identidade do CIDAC, na medida em que constituiu a sua primeira razão de ser e a sua primeira actividade.
Em Maio de 1974 o CIDAC procurou responder à ansiedade do público em informar-se e conhecer melhor as questões relativas à colonização portuguesa em África, à guerra colonial, às lutas de libertação nacional e ao processo de descolonização que se iniciava. O primeiro núcleo documental provinha do trabalho de recolha efectuado pelo chamado “Grupo do BAC” (Boletim Anti-Colonial) que, nas difíceis condições impostas pelo regime anterior ao 25 de Abril, tinha como objectivo sistematizar e divulgar as realidades das colónias portuguesas, as aspirações dos seus povos e as propostas dos seus dirigentes. Esta informação era considerada um contributo imprescindível para que os cidadãos portugueses pudessem exercer o que hoje chamaríamos uma “cidadania activa e responsável”. Este espólio foi exaustivamente tratado em 2000/2001, passando a estar desde então acessível para consulta.
A partir da proclamação das independências dos novos Países de Língua Oficial Portuguesa, a atenção do público focalizou-se no acompanhamento dos respectivos processos de reconstrução nacional, pelo que o CIDAC optou por especializar o Centro de Documentação em duas áreas específicas e complementares: as realidades dos PALOP, em todas as suas vertentes e as relações entre Portugal e esses países.
Nós últimos anos foram criados outros núcleos documentais: um sobre as literaturas dos PALOP e a literatura portuguesa relacionada com esses países e um segundo, respeitante a matérias do âmbito da Cooperação e da Educação para o Desenvolvimento, das Migrações e Desenvolvimento e do Comércio e Desenvolvimento – áreas temáticas nas quais o CIDAC tem centrado a sua intervenção nos últimos anos.
O Centro de Documentação disponibiliza esta informação através de um serviço público. Poderá consultar a Base de Dados Bibliográfica disponível na Internet e conhecer todos os títulos de monografias, documentação cinzenta e analíticos e publicações periódicas _Ver Catálogo bibliográfico).
14 organizações da sociedade civil angolana denunciaram as agressões e detenções de jovens e jornalistas na manifestação de 3 de Setembro. 21 detidos irão a julgamento sumário nesta quinta feira. Human Rights Watch alerta que existem 30 detidos incontactáveis e em paradeiro desconhecido. Eurodeputados do Bloco exigem informação.
Nesta quinta feira, 8 de Setembro, irão a julgamento sumário em Luanda 21 pessoas que foram detidas na manifestação do passado dia 3 de Setembro, promovida por jovens sob o lema “32 é de mais”, referindo-se aos anos em que Eduardo dos Santos ocupa a Presidência da República de Angola. Entre as pessoas detidas encontra-se Ermelinda Freitas de 60 anos, militante do Bloco Democrático. A Human Rights Watch (HTW) que exige o fim da repressão dos protestos anti-governamentais em Angola, manifestou-se preocupada pela existência de presumivelmente três dezenas de pessoas que continuam incomunicáveis e em paradeiro desconhecido.
The exhibition project GhostBusters [from nightmare to memory] features the work of two outstanding young artists: Claudia Cristovão and Nástio Mosquito. The projects’ concept derives from the metaphor of Africa as a phantom in the post-colonial, post-socialist and post-war mind, explored and imagined by the artists in very different ways. The artworks (video-work, installation and photography) deal with imagination as aesthetic practice, approaching different layers of memory and (imagined) history. One of the leading ideas is the exploration of (absent) memories in the cultural archive, of visual tropes in the wasteland of the bizarre and the uncanny.
Nástio Mosquito and Claudia Cristovão have both been born in Angola in the 1970s. While Claudia Cristovão later moved to Portugal and the Netherlands, Nástio Mosquito returned to live and work in Angola after some years abroad. Both artists explore the project theme in individual but complementary ways. The question of origin and belonging is one of their common topics, widening the imagination of the phantom Africa. The question of a possible future – also as artist in and from Africa – is also questioned alongside the project.
The project GhostBusters [from nightmare to memory] starts in September 2011 in Berlin at SAVVY Contemporary and continues in April 2012 with GhostBusters II [from memory to vision] at Iwalewa-Haus in Bayreuth. Both artists stay in Berlin and Bayreuth for short-term residencies to be able to develop a relationship to the exhibition-spaces as well as the cities. Time and space are given to explore the phantoms within the respective urban-scape of the cities, thus finding a way to find tracks and traces of dreams and nightmares in both imaginary and real space. The real and the mental space work as analogon within the whole project. Especially the peripheries of both spaces with their forgotten and obscure places are considered. The artist’s exercises of re-membering thus unlock and unpack the (inner) marginal landscapes.
De 3 a 8 de outubro será realizada a 2ª Mostra Internacional de Cinema de Paranavaí (MIC) na Casa da Cultura Carlos Drummond de Andrade, na cidade brasileira de Paranavaí, no Noroeste Paranaense. Para participar, basta inscrever algum filme de curta, média ou longa-metragem até o dia 5 de setembro, a contar da data de postagem. O objetivo da Fundação Cultural de Paranavaí é incentivar a produção audiovisual e também dar visibilidade aos cineastas brasileiros e estrangeiros, amadores e profissionais.Para mais informações, ligar para 55 (44) 3902-1128.
A ficha de inscrição e o regulamento podem ser baixados AQUI
A terceira edição do Todos, Caminhada de Culturas traz-nos novidades que valorizam o conceito deste festival, que se quer de bairro e em simultâneo que atravesse mundos e culturas unidas pelo anel das artes. Para este Todos, trabalhámos na procura de uma participação mais intensa, não só de moradores do bairro, como também de outros cidadãos, habitantes de outras zonas de Lisboa, para serem parte integrante do festival. Quisemos oferecer através da preparação do festival, a pulsação do bairro, como experiência. Desta vez, pensámos um conjunto de projectos que vivem da participação comunitária para a sua realização. É o caso de WORLD OF INTERIORS de João Galante e Ana Borralho, que apresenta uma instalação/performance apoiada em textos de Rodrigo Garcia que falam sem rodeios, do mundo em que nos encontramos. Por outro lado, Ainhoa Vidal, inspirada em Gabriel Garcia Márquez, no Beco do Jasmim cria MACONDO, um trabalho único e para aquela pequena praça. Três performers, movimento, música, palavra e famílias vindas de culturas e nacionalidades dispersas, trabalham sobre o tema da família e da vontade de construir uma aldeia. O confronto entre artistas, os seus imaginários e a realidade de uma rua estreita, como a Rua do Benformoso, formam o ponto de partida para a estreia absoluta da peça a ESQUINA DAS COISAS de Joana Craveiro e Cláudio da Silva. AS FORMOSAS, outro projecto para a Rua do Benformoso são peças curtas que irão pulverizar a rua com a efervescência dos seus universos insólitos, perversos, poéticos. Félix Lozano, traz à Praça do Martim Moniz o seu solo MARATÓN, um espectáculo de dança para um homem só, encurralado em muralhas de gente. Donatello Brida toca, com o seu grupo, tango vadio na Casa dos Amigos do Minho, Beniko Tanaka cria um pequeno espectáculo de sombras japonesas no Centro Escolar Republicano, marionetas indianas chegam ao Martim Moniz, Lajja Sambhavnath da Comunidade Hindu de Portugal propõe-nos, no Grupo Desportivo da Mouraria, a dança e o canto tradicional indiano para quem quiser aprender. A Fotografia estará presente através de retratos de moradores do bairro, num projecto que se chamou TODOS À TENDA e que conta com trabalhos de Luís Pavão, Luísa Ferreira, Carlos Morganho, Camilla Watson e Cláudia Damas. As Músicas do Mundo convergem para o Largo do Intendente numa vertigem de concertos unindo ciganos das Índias com ciganos da Andaluzia. Os TERRAKOTA moldam como o barro sons vindos dos pontos mais díspares do mundo num grande concerto. Uma nova orquestra dirigida por MARIO TRONCO com músicos de várias origens, fará a sua estreia que busca uma música do mundo também ela lusa. Uma fanfarra do Rajastão parte do Largo para serpentear no bairro e encher de luz oriental, as ruelas da Mouraria. E ainda há as lojas, os restaurantes, documentários feitos por José Barbieri a partir de encontros com moradores. Famílias de várias culturas cozinham com e para o público no Mercado do Forno do Tijolo. A Luta Greco Romana mostra a sua tradição no Grupo Desportivo da Mouraria e jogos do mundo para jogar em família no Sport Clube do Intendente, são outros irresistíveis convites deste Todos.
Performance-Manifesto sobre o panfleto O Mensageiro de Hesse, de Georg Büchner A partir da leitura de um panfleto escrito na Alemanha do séc. XIX; uma acusação ao sistema e autoridade que governavam à época e uma incitação à revolta dos camponeses e operários sobre o Estado e leis que o regem, coloca-se em questão a pertinência do teor deste Manifesto, quando deslocado do seu lugar e do seu tempo, e pensado para além da sua demanda política:
“Paz às Cabanas, Guerra aos Palácios!”
Que significado pode ter um Manifesto, enquanto género e forma de expressão, aplicado ao agora? E como estabelecer uma ligação entre um Manifesto e o acto da performance/prática teatral?
Estas são algumas das questões das quais nasce a criação desta performance.
Projecto de Manuel Henriques Apoio à Criação e Dramaturgia Ana Bigotte Vieira e Nuno Fidalgo
8 de Setembro, quinta-feira, 21.30h. Entrada livre. Espaço Da Barbuda, no Largo da Severa, Bairro da Mouraria – Lisboa ( próximo do Martim Moniz, no final da Rua do Capelão. segue o mapa em baixo) Contactos: 963710498/ 914993273. manuelbhenriques@gmail.com
- A performance tem uma duração aproximada de 30 minutos, a seguir haverá espaço para uma conversa e uma bebida.
Tal como o Festival Todos as cidades são feitas de muitas coisas e de muitas pessoas. A sua força está na confluência de cores, sons, cheiros e gestos múltiplos. Nas cidades projectamos os nossos desejos: queremos ser melhores e que as cidades também venham a ser mais nossas e mais simpáticas nas suas vivências. Daqui parte o desafio desta exposição. Por um lado, procura-se olhar para a diversidade de sonhos projectados para o Largo do Martim Moniz ao longo de décadas. Por outro, partindo do Largo do Intendente, propõe-se um faz-de-conta arquitectónico e urbano, recheado de pequenas e quotidianas coisas que preenchem os largos das nossas vidas urbanas. No final, pomos mãos à obra e através das visitas e oficinas propostas, ficam no ar os sonhos que alimentam as cidades e que inevitavelmente somos todos nós. Vídeo “Martim Moniz”: Arquivo Fotográfico Municipal de Lisboa Plano Sonoro - concerto de guitarras: Pedro Salvador Co-produção: Residências Artísticas Largo e Festival TODOS Apoios: EPUL, Aleluia Cerâmicas S.A., Arquivo Fotográfico de Lisboa, Sou - Movimento e Arte, ateliermob e Teatro O Bando Exposição de 8 de Setembro a 4 de Outubro Visitas e oficinas - mais informações e marcações para: 91 904 95 42 ou info@largoresidencias.com
Curso especialmente vocacionado para a formação e especialização nas áreas de conhecimento das culturas islâmicas e da religião muçulmana na contemporaneidade – preenchendo a lacuna existente numa oferta nacional escassa e exclusivamente orientada para as abordagens históricas. À sua relevância social é acrescida uma valência de intervenção política no que respeita à monitorização de relações de multiculturalidade e diplomáticas.
Pretende-se oferecer uma formação fundamental que permita a interpretação de realidades sociais e culturais contemporâneas em contextos maioritariamente islâmicos, e em contextos de encontro entre muçulmanos e não muçulmanos (colonialismo, migração, turismo) num panorama de transnacionalismo islâmico.
2-year appointments for recent PhDs in social sciences, history, and law for “outstanding scholars who are at the start of their careers [and] whose work combines disciplinary excellent with a command of the language, history, or culture of non-Western countries or regions. Their scholarship may elucidate domestic, comparative, or transnational issues, past or present.” to see here
A Revista (IN)VISÍVEL tem por objectivo principal a criação de novas interpretações acerca de temáticas culturais e sociopolíticas a partir de um tratamento multidisciplinar entre variadas linguagens, de forma a alargar o acesso ao conhecimento a um público mais vasto.
A relevância de um projecto editorial neste âmbito, justifica-se a partir da constatação da ausência de espaços públicos de comunicação que estabeleçam um diálogo acessível acerca de temas que aqui consideramos “invisíveis”.
A invisibilidade que aqui destacamos origina-se a partir de dois principais eixos: de um lado pela forma de tratamento descontextualizado e “espectacular” realizado pelos média e de outro, pela rigidez excludente da linguagem científica. Diante do quadro exposto, a criação deste projecto surge também como tentativa de colaborar com a diminuição do fosso existente entre as linguagens académica e jornalística que, em muitos casos, seja de um lado ou seja do outro, acabam por restringir o potencial comunicativo de suas produções textuais.
A Revista, na sua primeira fase, contemplará o espaço lusófono e terá sua apresentação em formato digital com participação de colaborares/as de diferentes orientações profissionais. A periodicidade será trimestral e sua distribuição gratuita.
O tema de abertura do projecto é a Pornografia. Apesar de existirem diversos debates acerca das diferenciações socioculturais entre o que é ou não pornografia, não é interesse desta edição balizar qualquer tipo de definição certeira. E sim, experimentar as diversas formas de significação deste conceito. Uma delimitação interessante da emergência do conceito de pornografia e sua consolidação enquanto prática dá-se a partir do contexto histórico do surgimento das tecnologias de impressão “ao colocar em circulação reproduções baratas, criando um próspero mercado para o obsceno” (Moraes, 2003). Esta, segundo Moraes (2003) é uma das teses centrais da colectânea de ensaios “A invenção da pornografia – A obscenidade e as origens da modernidade, 1500-1800, organizado por Lynn Hunt (1999). Importa também realçar que o interesse deste projecto editorial afirma-se a partir das inúmeras possibilidades interpretativas deste conceito. E neste caso, prevalece a própria representação da pornografia a partir da visão escolhida pelos autores desta edição diante de uma impossibilidade delimitadora de tal prática.
O lançamento do Número Zero da Revista (IN)VISÍVEL decorrerá dia 28 de Setembro, pelas 15.30h (hora de Portugal), através de uma transmissão em directo, pela Internet.
Acaba de ser publicado o livro de Pedro F Marcelinointitulado: The new migration paradigm of transitional African spaces: Inclusion, exclusion, liminality and economic competition in transit countries: a case study on the Cape Verde Islands,pela editora alema LAP LAMBERT Academic Publishing
Sinopse: “Stringent post-9/11 American and European immigration regulations changed the migratory map of West Africa. They did not, however, alter the aspirations of thousands who still wish to depart - and do. This thesis analyses Cape Verde’s pivotal position as a transhipment centre for continental African migrants in transit to Europe, suggesting the islands have become a liminal space and, often, an imposed final destination for individual migratory projects. The study discusses the early stages of public engagement with immigration, and how the debate is affecting the construction of identity, ideas about national development, and immigration policy itself. It suggests the islands be understood within a global migratory context that encompasses the changing geopolitics of Europe, positing - from a geopolitical perspective - that immigration policies in the EU have pushed Europe’s de facto borders westwards and southwards to the West African coast between Morocco and Cape Verde. Using a postcolonial theoretical framework, this study proposes an innovative model of inclusion and exclusion to understand the integrative features of transitional spaces.”
Ser cidadão não é viver em sociedade, é transformá-la
Augusto Boal, fundador do Teatro do Oprimido.
Apetece dar graças aos acasos da vida o ter-nos trazido esta mulher para Berlim. Bárbara Santos, socióloga de formação, lutadora por caráter e diretora durante catorze anos do Centro do Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro, mudou-se para a capital alemã por razões familiares. Não duvidamos de que a cidade terá ficado mais rica.
O que para muitos será ainda desconhecido, é um trabalho que se tem estendido por mais de setenta países em todo o mundo e goza dos apoios de inúmeras organizações como a UNESCO e a UNICEF. O Teatro do Oprimido, criado nos anos 70 pelo teatrólogo Augusto Boal, parte do pressuposto fundamental de que o teatro é uma forma de expressão básica e comum a toda a Humanidade, independentemente de raça, sexo, religião, classe social ou escolaridade. Os seus objetivos principais são a democratização da produção teatral, o acesso das camadas mais desfavorecidas a essa produção, e a transformação da realidade através do teatro. “Quando o Augusto Boal começou a fazer teatro, ele fazia teatro político. Então era uma classe média branca que dizia para o povo o que é que o povo deveria fazer para se libertar da sua opressão. Ele foi percebendo que isso não funcionava, porque você fica dando conselhos para o outro, e era muito mais importante que o outro falasse dele próprio. Então ele criou o Teatro do Oprimido. A ideia é que todo o mundo é teatro. Visa estimular o oprimido a enxergar a sua realidade, de uma maneira estética. É um teatro feito pelo oprimido, para o oprimido, e que tem um objetivo muito claro, que é a transformação da realidade“, diz Bárbara Santos.
O Workshop de Wordpress e as plataformas livres na cultura realiza-se em Faro nos próximos dias 10 e 11 de Setembro na sede da AGECAL. A comunicação cultural na actualidade passa pela utilização do espaço virtual na difusão de conteúdos. O acto de projectar a informação, inicia-se no momento em que escolhemos as plataformas de trabalho. Com orçamentos reduzidos e fraca capacidade de conhecimentos técnicos nesta área, como poderão os agentes culturais responder a um mundo virtual em constante actualização?. A resposta passa por trabalhar em rede, utilizando plataformas livres que permitam a partilha de saber e a interacção com diversas comunidades. Pensado para dar uma introdução sobre algumas das mais dinâmicas plataformas de uso web, este workshop pretende partilhar conhecimentos na óptica do utilizador básico, tendo como ponto de partida a criação de um site na plataforma colaborativa Wordpress. Seguir-se-ão exercícios de conhecimento e ligação a diversas plataformas web, como redes sociais e outras aplicações úteis para o trabalho em rede. - O mundo web e partilha de informação. - Construção de um site em wordpress e trabalho em rede - Interacção com aplicativos web Formador: Jorge Rochas (www.jorgerocha.org) Público alvo: Agentes culturais, artistas e outros criativos, público em geral com interesse na matéria. Pré-requisitos: Estar familiarizado com o uso de internet na lógica do utilizador. Requisitos adicionais: trazer computador que permita ligação wifi. Para mais informações e inscrições consulte o site da www.agecal.pt
“Ocupações Temporárias 20.11” instala-se de novo na capital trazendo a arte contemporânea aos lugares comuns dos cidadãos, a partir de 11/09 e até 02/10.
A Faculdade de Medicina da UEM, a Associação Moçambicana de Fotografia, o Cinema Scala, a Av OUA e a Av 25 de Setembro acolherão as intervenções de Camila de Sousa, Filipe Branquinho, Jorge Fernande, Shot-B e Azagaia, na segunda edição do projecto OCUPAÇÕES TEMPORÁRIAS.
A exposição, que este ano tem como mote a PRECARIEDADE, mantém o objectivo de se constituir numa plataforma de apresentação de artistas de diferentes disciplinas, com diferentes vivências e escolas, numa mostra da produção artística contemporânea moçambicana disponível para todos os públicos.
De 11 de Setembro a 2 de Outubro de 2011, decorre a segunda “versão” de um projecto de ocupações artísticas de espaços não convencionais da cidade de Maputo e tal como na versão anterior, foram convidados artistas de naturalidade moçambicana para intervir e ocupar locais distintos que fazem parte do circuito urbano da capital e que por isso constituem territórios franqueado a todo o tipo de público. A exposição colectiva resulta assim numa rede de mostras individuais em espaços “invulgares” onde as intervenções artísticas se realizam sem alterar a função original do lugar.
PRECARIEDADE
OCUPAÇÕES TEMPORÁRIAS 20.11inaugurará no dia em que se celebram 10 anos sobre o ataque às torres de Nova Iorque, o dia que marca a queda do mito da segurança inviolável, o fim da tranquilidade colectiva. Novos interesses parecem estabelecer-se e com isso novas ordens que alteram estruturas fundamentais como o trabalho, o parentesco, as relações sociais e até as identidades. Estes são os tempos da PRECARIEDADE, do transitório, do temporário, do inseguro. O que acontecerá ao que sempre nos foi confortável e apaziguador, ao que sempre tivemos como definitivo, permanente, seguro? Voltará? Queremos que volte? Saberemos, poderemos, conciliar frenesim com eternidade? Resultado com paciência? Sucesso com memória? As OCUPAÇÕES TEMPORÁRIAS 20.11 são elas próprias, por definição, precárias, tendo em conta os locais e condições em que se apresentam, mas na versão deste ano sê-lo-ão ainda mais, já que se apresentam assumidamente como uma proposta de reflexão pública sobre o tema que terá um espaço de particular relevo nos encontros com artistas e as conferências a realizar em parceria com a Academia.
Non-Euroamerican culture is a significant and firmly acknowledged part of the art scene and as such it is represented in galleries in the centres of the art world. The relationship, and sometimes tension, between art from countries located distant from Euroamerican capitals and local art work can be interpreted as one of the sources of debate in the art scene. This debate also provides an alternative approach to art practice as well as the possiblity of critical positions which would not be otherwise possible.
The OneArt project as such will be the first institution which creates a bridge for contemporary art from Asia, Africa and Latin America to enter the local cultural scene. OneArt will give exposure to artists through events such as debates, exhibitions, exhibition catalogues, workshops, an academic journal, a library/ archive attached to the gallery, and its residency programme.