Conversas por Fazer”: Joacine Katar Moreira e Ellen Lima Wassu

Conversas por Fazer”, promovido pelo colectivo O Lado Negro da Força, regressa ao Goethe-Institut no próximo dia 2 de Setembro, às 15h, para mais uma discussão temática. Com o título “Dívida histórica: como reparar os crimes do passado?”, o encontro vai juntar à conversa a historiadora Joacine Katar Moreira, e a poeta e investigadora Ellen Lima Wassu. Enquanto Joacine apresentou na Assembleia da República, em 2020, uma proposta para implementação de um programa de “descolonização da cultura”, prevendo a restituição aos países de origem, de “todas as obras, objectos e património trazidos das ex-colónias”, Ellen integrou a “Oficina de Reparações” que, no passado mês de Julho, emitiu a “Declaração do Porto”, para “alargar e aprofundar o debate sobre reparações históricas em Portugal”. A entrada é livre.

30.08.2023 | by martalanca | Ellen Lima Wassu., joacine katar moreira

Teleteatro de Bissau

Teleteatro de Bissau é uma mostra de teleteatros guineenses, realizados na Guiné-Bissau e na sua diáspora em Portugal. Geradores de fluxos artísticos entre geografias, dão a conhecer, com humor, formas de invisibilidade social, nomeadamente os desafios de quem luta por uma vida melhor, emigrando ou dubriando …. 

Calendarização 

2 de Setembro

Barafunda (2006; 118’) de Mário de Oliveira

Sinopse: História de uma família de classe média baixa de Bissau, em que o pai não consegue mais ser o provedor da família, e a mãe tem de assumir esse papel, vingando na economia informal. Esta foi a história vivida à época por muitas famílias, para responder à crise económica e política que assolou o país, desencadeando transformações estruturais na sociedade.

9 de Setembro 

Lixo de Europa (2022; 8’) de Nbana Kabra & Samba Tenen

Sinopse: Curta-metragem sobre emigrantes respigadores, nos contentores de lixo na zona de Queluz. 

Fera di Bamdé (2018; 10’) de Nelka Lopes

Sinopse: História de uma mulher, que foi repatriada para a Guiné-Bissau. Retratando o quotidiano guineense, o filme foi realizado no Carregado, em Portugal.

A Lisboeta (2023; 28’) de Tcharlaça Comedy Bissau

Sinopse: Depois de viver muitos anos em Lisboa, uma mulher regressa à Guiné-Bissau, para tentar a sua sorte. 

Poder di Tchom (2022; 22’) de Tcharlaça Comedy Bissau

Sinopse: As aventuras de um jovem guineense que deseja imigrar para a Europa.

30.08.2023 | by martalanca | Bissau, Teleteatro

Terra e Democracia

segundas, 19-23h, sala 105,  FFLCH, https://edisciplinas.usp.br/course/view.php?id=112797

Jean Tible jeantible@usp.br

Em Discurso sobre a origem os fundamentos da desigualdade entre os homens (1754), Jean-Jacques Rousseau situa a questão da propriedade da terra como cerne da irrupção da desigualdade. Em célebre passagem, o filósofo de Genebra imagina essa virada: “O primeiro que, tendo cercado um terreno, atreveu-se a dizer: Isto é meu, e encontrou pessoas simples o suficiente para acreditar nele, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras, assassínios, quantas misérias e horrores não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, houvesse gritado aos seus semelhantes: ‘Evitai ouvir esse impostor. Estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não é de ninguém!’”

A questão dos cercamentos aparece em contexto bastante distinto, em publicação recente (2010) de um pensamento antigo. O que costumamos chamar de “meio ambiente”, insiste Davi Kopenawa em A queda do céu, é composto tanto por humanos quanto pelos “xapiri, os animais, as árvores, os rios, os peixes, o céu, a chuva, o vento e o sol! É tudo o que veio à existência na floresta, longe dos brancos; tudo o que ainda não tem cerca. As palavras da ecologia são nossas antigas palavras, as que Omama deu a nossos ancestrais”. Os processos de colonização buscam ignorar e aniquilar essa multiplicidade de seres-habitantes dessas espacialidades. Pode-se compreender desse modo o conceito jurídico de terra nullius – clássica aspiração tirânico da página em branco sobre a qual escreve fortes páginas Naomi Klein em A doutrina do choque, analisando os planos neoliberais do poder dos anos 1970 para cá.

Em seus estudos acerca do sistema político-econômico capitalista ao qual se dedicou toda sua vida, Karl Marx opõe a propriedade comunal – que seria no princípio generalizada – à privada. Se nos Manuscritos Parisienses (1844), o pensador europeu caracteriza “a propriedade fundiária” como “raiz da propriedade privada”, em A nacionalização da terra (1872) defende que “a propriedade do solo é a fonte original de toda riqueza, e ela se transformou no grande problema cuja solução determinará o futuro da classe operária”. Salienta, ademais, que juristas, filósofos e economistas “disfarçam esse fait initial da conquista sob o argumento do ‘direito natural’” – evidentemente direito natural de alguns. Seu primeiro texto sobre uma questão material, no qual acompanha a discussão na Dieta renana para definir se a prática tradicional de colheita da lenha por parte dos pobres configurava-se num roubo ou não. Com a madeira valorizada por sua integração no circuito mercantil, havia uma pressão dos proprietários de terra para transformar a colheita da lenha em delito. A alternativa a isto seria sua manutenção como bem para satisfação de necessidades elementares e um embate, então, ocorre entre duas formas de direito, o de propriedade e o dos costumes, que incluía direito de passagem, de pasto e colheita de lenha. Estava, assim, em jogo a definição da propriedade.

Tal questão da terra é onipresente em certos debates político-intelectuais. Ativo participante da República dos Conselhos da Bavária em 1919, o poeta e anarquista Gustav Landauer percebe “o combate do socialismo” como “um combate pelo solo”. O capitalismo somente existe pelo fato de as “massas serem sem-terra” e a revolução se sintoniza com uma grande transformação no regime da propriedade fundiária, na qual o chão “volta a ser o portador da vida comum e da obra comum”. Em outro contexto, movimentos formulam essa antiquíssima demanda por justiça com o lema de terra e liberdade, do México revolucionário e da resistência ao jugo czarista à Catalunha em ebulição passando pela multiplicidade de mobilizações camponesas atravessando tempos e espaços.

Propõe-se, desse modo, estudar essas questões, da terra e da democracia, articuladas. Tal esforço é efetuado a partir do Brasil, mas em conexão com processos de outras partes do planeta. Num primeiro momento, trata-se de compreender o surgimento do capitalismo e seu longo confronto com práticas de coletividades dissidentes, desde as comunidades anabatistas no século 16 no coração da Europa às organizações comunais dos povos indígenas, quilombolas e camponeses nas Américas. A segunda parte busca apreender a privatização da terra em três sessões: a história do Brasil, desde seu início, como apropriação fundiária; a atuação do ator econômico e político do agronegócio e o caso californiano de articulação entre acaparamento de terras rurais e economia carcerária.

A seção final do curso se dedica a experiências de retomadas, com dois exemplos históricos (a cabanagem, no Pará do início do século 19 e a revolução no México em 1910) e de um caso contemporâneo no extremo-sul da cidade de São Paulo. No fim de sua vida, Marx se debruça, para a redação do volume 3 de O Capital, sobre as sociedades agrárias. Recebe do historiador russo Kovalevsky seu livro Obshchinnoe Zemlevladenie e (re)pensa a distinção entre posse e propriedade da terra e sublinha a impossibilidade de aplicar o mesmo conceito de ‘propriedade’ usado para a Europa, para estudar sociedades onde a terra não pode ser alienada (vendida). Marx troca, num ponto que Oswald de Andrade enfatizará depois, sistematicamente “propriedade” por “posse” nesses chamados Cadernos Kovalevsky, indicando a comunidade/comuna como proprietária, ou melhor, possuidora da terra. À apropriação capitalista, pode ser contraposta outra, a reapropriação como retomada. Essa palavra não diz respeito a um tomar para si e ser dono absoluto de uma terra a ser dominada, mas de conviver e adaptar-se a ela, em consonância com os desafios urgentes (dada a emergência climática) de outras compreensões de naturezas-culturas e com inúmeras práticas cotidianas dos povos da terra. Por fim, a última sessão é dedicada à um debate a respeito dos elos costurados entre lutas pela terra e aspirações democráticas.

14 de agosto

abertura

Davi Kopenawa e Bruce Albert. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami.

São Paulo, Companhia das Letras, 2015 [cap. 23. O espírito da floresta].

Gustav Landauer. “The settlement” (1909) em Gabriel Kuhn (org.) Revolution and Other Writings: A Political Reader. Oakland, PM Press, 2010.

Manuela Carneiro da Cunha. “Povos da megadiversidade: o que mudou na política indigenista no último meio século”. Revista Piauí, n. 148, janeiro de 2019.

Habitantes da ZAD, Notre-Dame-des-Landes. Tomar a terra. São Paulo, Glac, 2021 [2019].

José Celso Martinez Corrêa. Sertões: histórias de Canudos. Instituto Moreira Salles, 3 de julho de 2019.

terras cercadas

21 de agosto

cristãos, comunistas, hereges

Friedrich Engels. “As guerras camponesas na Alemanha” (1850) em A Revolução antes da revolução – Vol. 1. São Paulo, Expressão Popular, 2008. [trecho]

Ernst Bloch. Thomas Müntzer, teólogo da revolução. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1973 [1921]. [trecho]

complementar:

Thomas Müntzer. Sermão aos príncipes, 1524.

Dagmar Talga. O Voo da Primavera (2019) - documentário sobre a vida de dom Tomás Balduíno.

28 de agosto

comum contra capital

Karl Marx. Os despossuídos: debates sobre a lei referente ao furto de madeira. São Paulo, Boitempo, 2017 [1842]. [trecho]

Karl Marx. O Capital: crítica da economia política (livro 1: o processo de produção do capital). São Paulo, Boitempo, 2013 [1867] [Capítulo 24 – A Chamada Acumulação Original].

complementar:

Troca de cartas entre Karl Marx e Vera Ivanovna Zasulitch (1881) em Michael Löwy (org.) Lutas de classes na Rússia. São Paulo, Boitempo, 2013. [trecho]

Pierre-Joseph Proudhon. O que é a propriedade? ou Pesquisa sobre o Princípio do Direito e do Governo. São Paulo, Martins Fontes, 1988 [1840]. [capítulos 1 e 2]                      

4 de setembro

antagonismo ameríndio

com Marina Ghirotto Santos e Salvador Schavelzon

Marina Ghirotto Santos. Conversas com florestas viventes: política, gênero e festa em Sarayaku (Amazônia equatoriana). Tese de doutorado em Antropologia Social, FFLCH/USP, 2023 [cap. 3 Terra: formas de cuidar e viver bonito].

complementar:

Ailton Krenak. “A Aliança dos Povos da Floresta” (entrevista de A. Krenak e Osmarino Amâncio, por Beto Ricardo e André Villas Boas, 10 de maio de 1989) em Sergio Cohn (org.) Encontros. Rio de Janeiro, Azougue, 2015.

Edward Valandra. “Mni Wiconi: water is [more than] life” em Nick Estes e Jaskiran Dhillon (orgs.). Standing with Standing Rock: Voices from the #NoDAPL Movement. Minnesota, University of Minnesota Press, 2019.

11 de setembro

brasil quilombola, terra preta

com Salloma Salomão e Ronaldo Santos

Antônio Bispo dos Santos. A terra dá, a terra quer. São Paulo, Ubu e Piseagrama, 2023.

Mariléa de Almeida. Devir quilomba: antirracismo, afeto e política nas práticas de mulheres quilombolas. São Paulo, Elefante, 2022. [introdução e capítulo 1]

complementar:

Joelson Ferreira de Oliveira. “Terra Vista, Terra-Mãe: Existência grandiosa no campo”. Caderno de Leituras n. 111 Série Políticas da terra. Edições Chão da Feira, Belo Horizonte, agosto de 2020.

Flávio dos Santos Gomes. Mocambos e quilombos: uma história do campesinato negro no Brasil. São Paulo, Claro Enigma, 2015. [trecho]

Clóvis Moura. Sociologia política da guerra camponesa de Canudos: da destruição do Belo Monte ao aparecimento do MST. São Paulo, Expressão Popular, 2000. [trecho]

propriedade fundiária, nó do brasil (e do mundo)

25 de setembro

A grilagem como fundamento

com Gustavo Prieto e Douglas Rodrigues Barros

Gustavo Prieto. “Nacional por usurpação: a grilagem de terras como fundamento da formação territorial brasileira” em Ariovaldo Umbelino de Oliveira (org.). A grilagem de terras na formação territorial brasileira. São Paulo, FFLCH/USP, 2020.

complementar:

Ariovaldo Umbelino Oliveira, Camila Salles de Faria e Teresa Paris Buarque de Hollanda. “Registros Públicos e Recuperação de Terras Públicas – Relatório Final”. Série Pensando o Direito n. 48, Brasília, Ministério da Justiça, 2012.

Douglas Rodrigues Barros. “O agro realmente é pop: sobre a hegemonia do sertanejo na era da pós-música”. Revista Rosa, vol. 7, março de 2023.

2 de outubro

O agronegócio

com Yamila Goldfarb e Caio Pompeia

Marco Antonio Mitidiero Junior e Yamila Goldfarb. O Agro não é Tech, o Agro não é Pop e Muito Menos Tudo. São Paulo, ABRA e FES Brasil, 2021.

Caio Pompeia. Formação política do agronegócio. São Paulo, Elefante, 2021. [trecho]

complementar:

Yamila Goldfarb. “Reforma agrária como política de reparação histórica para a população negra no Brasil”. Campo-Território: revista de Geografia Agrária, Uberlândia-MG, v.18, n.49, p. 330-344, abr. 2023.

Caio Pompeia. “Uma etnografia do Instituto Pensar Agropecuária”. Mana, 28 (2), 2022.

9 de outubro

Ajuste prisional: terras rurais e economia carcerária

com Bruno Xavier Martins

Ruth Wilson Gilmore. Golden gulag: prison, surplus, crisis, and opposition in globalizing. Los Angeles, University of California Press, 2007. [no prelo, São Paulo, Igrá Kniga, 2023, tradução de Bruno Xavier Martins]. [trecho]

complementar:

Jackie Wang. Capitalismo carcerário. São Paulo, Igrá Kniga, 2022 [2018] [capítulo 4].

terra habitada

23 de outubro

Cabanagem

com Charles Trocate

Pasquale Di Paolo. Cabanagem, a revolução popular da Amazônia. Belém, Cejup, 1990.

Domingos Antônio Raiol. Motins políticos ou, História dos principais acontecimentos políticos da província do Pará desde o ano de 1821 até 1835. Belém, Universidade Federal do Pará, 1970.

Vicente Salles. Memorial da Cabanagem: esboço do pensamento político-revolucionário no Grão-Pará. Belém, Cejup, 1990.

Mark Harris. Rebelião na Amazônia: Cabanagem, Raça e Cultura Popular no Norte do

Brasil (1798-1840). Campinas, Unicamp, 2018.
Décio Freitas. A miserável revolução das classes infames. Rio de Janeiro, Record, 2005.

Célia Maracajá. O auto da cabanagem.

30 de outubro

Tierra y libertad (México, 1910)

com Cassio Brancaleone e Ester Rizzi

Manifiesto de Partido Liberal Mexicano. Regeneración Tomo IV, No. 56 Los Ángeles, California. 23 de septiembre de 1911.

INEHRM (org). El plan de ayala (1911). Mexico, Fondo de Cultura, 2019.

Rubén Trejo Muñoz. “Vínculos entre los zapatistas y los magonistas durante la Revolución Mexicana”, UACM, 2020.

complementar:

Cassio Brancaleone. “Revolução mexicana, magonismo e anarquismo” em Beatriz Silvério e Fernanda Grigolin (orgs.). Infatigável guerrilheira: Margarita Ortega Valdés na Revolução Mexicana. São Paulo, Tenda de Livros, 2022.

Ester Gammardella Rizzi. Revolução Mexicana - O direito em tempos de transformação social. São Paulo, Expressão Popular, 2023. [capítulo 2 “O Direito e a organização fundiária mexicana”].  

6 de novembro

retomadas

com Jerá Guarani, Lucas Keese e Lauriene Seraguza

[domingo 5 de novembro – dia na Kalipety]

Jerá Guarani. “Tornar-se selvagem”. Piseagrama, n. 14, p. 12-19, jul. 2020.

Lucas Keese dos Santos. A esquiva do Xondaro: movimento e ação política entre os Guarani Mbya. São Paulo, Elefante, 2021. [capítulo 4: esquiva e resistência histórica]

Lauriene Seraguza. As donas do fogo: política e parentesco no mundo guarani. Tese de doutorado em Antropologia Social, FFLCH/USP, 2023 [trecho do capítulo 3: corpos de reservas, vidas em retomadas].

13 de novembro

debate de encerramento ao ar livre na casa líquida [perto do metrô Sumaré]:

apropriação coletiva e territórios libertos

com Mauro William Barbosa de Almeida

11.08.2023 | by martalanca | ameríndio, antagonismo, comunistas, cristãos, curso, democracia, hereges, terra

Em Tempo de Erros (1992), Muhammad Chukri

 

«Procurei o jogo da vida e os seus símbolos, não a sua verdade: a obscuridade e o enigma em vez do claro e do simples, o desconhecido em vez do óbvio, a miragem em vez da água.» 

Em Tempo de Erros (1992), Muhammad Chukri prossegue o duro relato autobiográfico iniciado em Pão SecoNesta história de uma vida no fio da navalha, assistimos aos anos de aprendizagem do autor, à sua crescente obsessão pela leitura, num quotidiano de pobreza e delinquência, e ao advento de um escritor. Entre a família em Tânger e a escola em Laraxe, preenchem os seus dias uma galeria de almas perdidas, amigos e amantes com a marca da loucura e, diz-nos, «bárbaros com quem vivi de noite em estreitas ruelas e tabernas duvidosas». Num país onde «os inteligentes enlouqueceram e deliram pelas ruas, e os que merecem ficar aqui emigraram», Chukri revisita a doença, a idade adulta e as amizades com os marginais estrangeiros atraídos por Tânger, reiterando a impossibilidade de aniquilar os desejos que o movem.

TÍTULO ORIGINAL ﺯﻣﻦ الأخطاء (Zaman al-Akhṭāʾ), TRADUÇÃO DO ÁRABE Hugo Maia, ILUSTRAÇÃO DA CAPA Gonçalo Duarte.

07.08.2023 | by martalanca | árabe, literatura, Marrocos, Muhammad Chukri

Johnson Lowe Gallery presents Ilídio Candja Candja: O Silêncio Negro em Forma de Chocolate [Black Silence in the Form of Chocolate]

On view August 4 – September 9, 2023

“Can we intervene in the future, in the near future? We certainly can. Not in the sense of determining it, shaping it, prophesying it, or grounding it in utopia or dystopia. But we know that each of us, or all of us together in the daily decisions, acts, episodes, constructed fictions and updates of the reality we produce, is incidentally interfering in the future.” – António Pinto Ribeiro, 2009

Atlanta, Georgia — Johnson Lowe Gallery is pleased to announce an exhibition of work by Mozambican artist Ilídio Candja Candja: O Silêncio Negro em Forma de Chocolate [Black Silence in the Form of Chocolate]. This exhibition features a series of the artist’s latest large-scale paintings that, while chromatically vibrant and compositionally poetic, critically investigate the structural mechanisms used in the perpetuation, suppression,

and silencing of the Indigenous populations on the continent of Africa in the colonial era. Elements of pre-colonial African sculpture and devices utilized in the subordination of these communities are [dis]placed across heavily collaged, seismically shifting abstract backgrounds, laying the bedrock for Candja Candja’s constellation of revisionist realms.

Candja Candja strategically inserts various instruments of torture and control into his compositions, underscoring the lasting effects of a colonial system historically built upon the manipulation and commodification of existing communities. Chocolate appears, in subtle references, as a pacifying element, palliating the saccharine whiteness of an economy entirely reliant on exploitation through the farming of ‘white gold’ — ivory, sugar, or cotton — and revealing hidden facets relating to the history of slavery in Mozambique.

The multi-tiered dimensions of the artist’s frenetically charged paintings materialize a deliberate visual schema mirroring the structure found in some vernacular African architecture, underscoring the sophisticated blend of mathematical principles and local building techniques inherent in these traditional styles. Such elements of visual representation provide a foundation for the audience to contemplate imaginative territories of empyrean order.

Rising above turbulent, expressive seas awash with vibrant hues of yellow, red, green, and black, among others — evocative of the Mozambican Flag of Independence — African masks, sacred power objects, maps, and figures associated with wayfinding, ceremony, and celebration pair with various apparatuses historically employed to assert physical and psychological dominion, suggesting a complex interplay between tradition and a desire for progress. These symbols, inalienable from vast histories across the African continent, coalesce into unpredictable, rippling scales that delicately balance one another. Within these cosmic systems lie the blueprints for utopian futures envisioned through the eyes of this Mozambican futurist.

This will be the artist’s first exhibition at Johnson Lowe Gallery following notable solo exhibitions, Octopus & Myopia, Galerias Municipais (2021), and Magnificência Luz e Fusão, Galeria São Mamede (2022), both held in Lisbon, Portugal. The exhibition is accompanied by an essay by Titos Pelembe titled O Silêncio Negro em Forma de Chocolate [Black Silence in the Form of Chocolate].

Ilídio Candja Candja’s Black Silence in the Form of Chocolate will be on view from August 4, 2023, through September 9, 2023.

764 Miami Circle NE, Suite 210, Atlanta, GA 30324
O. (404) 352 8114 info@johnsonlowe.com johnsonlowe.com

About Johnson Lowe Gallery

Johnson Lowe Gallery is devoted to championing emerging, mid-career, and established artists from diverse cultural backgrounds. The gallery’s program is built upon a reverence for the alchemical nature of artistic expression, with the intention to honor the profound nature of visual language and the role it can play in affecting paradigm shifts at both personal and societal levels.

Johnson Lowe Gallery is committed to presenting work across all media, including but not limited to painting, sculpture, installation, and photography. Alongside a commitment to support and foster the Atlanta arts community, our curatorial and programming initiatives aim to facilitate cross-cultural and global dialogues.

The gallery was founded in the summer of 1989 in Atlanta, Georgia, by Bill Lowe. Longtime artists in the gallery program include Thornton Dial, Michael David, Todd Murphy, Jimmy O’Neal, and Kathleen Morris. The gallery’s exhibition history includes internationally renowned artists such as Ida Applebroog, Markus Lupertz, Dale Chihuly, Hiro Yamagata, and Leiko Ikemura.

Notes to Editors
Title: Ilídio Candja Candja: O Silêncio Negro em Forma de Chocolate

Dates: August 4, 2023 – September 9, 2023

Address:
764 Miami Cir NE #210, Atlanta, GA 30324

Hours:
Tuesday – Friday | 10:00 AM – 5:30 PM Saturday | 11:00 AM – 5:30 PM
Sunday, Monday, and Evenings by appointment

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For all media inquiries, please contact Pelham Communications: Emma Gilhooly | emma@pelhamcommunications.com | +1 929 613 9790

Alison Andrea Lopez | alison@pelhamcommunications.com | +1 917 378 0172

764 Miami Circle NE, Suite 210, Atlanta, GA 30324
O. (404) 352 8114 info@johnsonlowe.com johnsonlowe.com

06.08.2023 | by martalanca | Ilídio Candja Candja

Former Portuguese Colonies: Media and Decolonization

International conference (Dec. 12-13) / Film Retrospective (Dec. 10-13)

Rome, venues to be determined


The independence of the Portuguese colonies came at the end of the long process of decolonization of African nations: the last countries on the continent to free themselves from European colonialism were Angola, Cape Verde, Guinea-Bissau, São Tomé and Príncipe, and Mozambique between 1973 and 1975, after long wars against Portugal. After the 1974 Carnation Revolution in Portugal, former Portuguese colonies in Africa achieved independence, most recently Angola and Mozambique in 1975. Fifty years later, we want to remember these events by looking at them through the role of film and media.

In recent years, film and media studies has been increasingly concerned with anticolonialism, Third-Worldism, and internationalism, as part of a larger push to include topics such as migration, colonialism, and postcolonialism in this field. At the same time, scholarly investigations into the role of cinema during the Cold War are also finding new outlets particularly with regard to dynamics of transnational solidarity, internationalism, anticolonialism, and more generally the anti-imperialism of the long ’68. This conference takes its cue from these new areas of study, but seeks to approach them from an angle that has received relatively little attention: the relationship between the media (cinema, television, photography) and the former Portuguese colonies. Building on recent studies (such as those by Maria do Carmo Piçarra, Teresa Castro, Catarina Laranjeiro, and Ros Gray) and the recent rediscovering of the photographic and cinematographic work of Augusta Conchiglia, with this conference we aim to highlight these topics and to spotlight new, hitherto marginalized films that will be screened during the conference and in the days leading up to it. If in fact the works of foreign filmmakers such as Sarah Maldoror or Mario Marret, or of Angolan, Cape Verdean, Guinean, and Mozambican filmmakers (Ruy Duarte, among others) are relatively popular, practically unknown is the role of Italian filmmakers in narrating the wars of independence and their afterlives. The photographs of Uliano Lucas, Bruna Polimeni, Augusta Conghiglia, and movies like Labanta Negro! (Piero Nelli, 1966) circulated widely at the time, just as with the films by Valentino Orsini and Alberto Filippi (I dannati della terra, 1969), Lionello Massobrio, Joaquin Jorda, Elena Bedei, Sergio Spina (preserved at AAMOD, the Audiovisual Archive of the Workers’ and Democratic Movement in Rome), and even Carlo Lizzani, who in 1976 made a film for RAI on Angola, Black Africa, Red Africa.

Non-governmental organizations and Italian militants, filmmakers included, played an important role in the solidarity for and with the peoples struggling against colonialism, hosting, among other things, two conferences with the participation of former Portuguese African leaders (in Rome, 1970 and Reggio Emilia, 1973). Our conference aims to broaden the gaze and reopen the debate on the relationship between media (not only Italian) and former Portuguese colonies, in search of those “affinities”—or rather “intimacies” (according to Lisa Lowe’s definition)—between continents united in capitalist oppression and anticolonial solidarity.

We would like to solicit proposals in Italian or English that address queries around media and its relationship with the former Portuguese colonies. We suggest the following topics for participants to consider:

– Representations, renditions, and narratives of the wars of independence;

– Travels of filmmakers and photographer(s);

– Recycling and circulations of images;

– Internationalist solidarity through the media;

– Cinema’s role in Portuguese decolonization;

– Archives and methods of anticolonial studies and work;

– Feminist and gendered approaches to the colonial and anticolonial question;

– Reportage, investigations, and other forms of documentary filmmaking for television.

– We also invite artists to submit works of research-creation, or more generally works of creative artistic practices, that engage with the topics of this conference.

Have confirmed participation: Livia Apa (Centro Studi sull’Africa Contemporanea dell’Università di Napoli L’Orientale),  Andrea Brazzoduro (Università degli Studi di Napoli L’Orientale), José Manuel Costa (Cinemateca Portuguesa, tbc), Ilaria Ferretti (Home Movies), Mario Lanzafame (archivist and researcher), Mariano Mestman (Universidad de Buenos Aires), Carlo Podaliri (archivist and researcher), Roberto Silvestri (film critic), Vincenzo Russo (Università degli Studi di Milano Statale), Masha Salazkina (Concordia University, Montreal), Mariamargherita Scotti (Istituto de Martino), Gabriele Siracusano (CNR e Fondazione Gramsci), Alessandro Triulzi (Università degli Studi di Napoli L’Orientale), and the filmmakers Elena Bedei, Filipa César, Augusta Conchiglia. The retrospective will include films (short, medium, and feature length) rarely screened and/or recently found.

Proposals for papers (20 minutes max.) for the Rome conference may be sent in the form of abstracts of 150-200 words, along with a brief bio (100 words max.) no later than September 22, 2023. The official language of the conference will be English, but there will be sections in Italian with simultaneous translation provided.

The conference is part of the project “A Forgotten History: Italian Cinema and the Decolonization of the Former Portuguese Colonies” promoted by AAMOD, and it is organized as part of the series “The Project and Forms of a Political Cinema.”

Convenors: Luca Caminati (Concordia University, Montreal), Damiano Garofalo (Sapienza University of Rome), Luca Peretti (University of Warwick), Paola Scarnati (AAMOD) with Maria do Carmo Piçarra (ICNOVA-UNL).

The conference is promoted by AAMOD, in collaboration of Fondazione Gramsci, Sapienza-University of Rome, Concordia University, Montreal, University of Warwick, in partnership with

ICNOVA-UNL, Cattedra Antonio Lobo Antunes (Università degli studi di Milano- Istituto Camões di Lisbona), Centro Sperimentale di Cinematografia – Cineteca Nazionale, Istituto De Martino, Centro Studi sull’Africa Contemporanea (CeSAC) dell’Università di Napoli L’Orientale, Centro Amilcar Cabral di Bologna, Fondazione Lelio e Lisli Basso onlus, Casa del Cinema di Roma, and Consulta Universitaria Cinema.

more info.


01.08.2023 | by martalanca | international conference, Media and Decolonization

Para o Porto ficar Odara

Casa Odara inaugura esta semana na Mártires da Liberdade

A Casa Odara chega ao Porto em agosto deste ano como um espaço múltiplo dedicado às artes, ao corpo e à gastronomia. Localizada na região central da cidade, na área pedonal da rua Mártires da Liberdade, a Casa irá abrigar um estúdio de cabeleleires, um café e uma constante programação cultural. De modo abrangente e plural, o espaço se propõe a ser um reduto para a diversidade e a resistência, seja por meio do enfoque em cabelos naturais e colorações artísticas, seja pelo trabalho com artistas imigrantes, LGBTQIA+ entre pautas feministas, antirracistas e decoloniais.

Inspirada na canção de Caetano Veloso (1977), o nome Casa Odara evoca a beleza e a festa tropicalista que convoca Odara como estado de espírito, qualidade de um corpo que canta e dança, que sonha e reluz. Celebra o encontro, a diversão, o prazer e o conhecimento como formas de empoderamento e resistência. Odara é entidade, é proteção, é caminho, corpo vivo e pulsante. Isso tudo dentro de uma casa-aconchego, um refúgio para a diversidade e o culto às artes.

O projeto foi idealizado por um conjunto de mulheres imigrantes que juntam-se para dar corpo ao espaço. À frente da equipe está Gabriela Barbosa que, há cerca de uma década, vem construindo uma trajetória única no trabalho com cabelos naturais, questionando a hegemonia de padrões estéticos que reprimem e invisibilizam a beleza que reside na diversidade de formas, cores e curvas. Há cerca de seis anos, Gabriela vive e trabalha no

Porto, sendo hoje considerada uma das principais referências no país quanto ao corte e tratamento de cabelos naturais.

A partir do dia 8 de agosto o espaço já estará aberto ao público, com o estúdio de cabelelereires onde colaboram diversos profissionais além de Gabriela. A programação cultural também inicia já neste momento com a exposição Qualquer coisa que se sonhara, apresentando o trabalho das artistas Karla Ruas, Najla Leroy, Samuel Wenceslau, com a curadoria de Gabriela Carvalho. A exposição é composta por obras em diferentes formatos que traçam um paralelo entre corpos humanos e vegetais a partir das raízes e rizomas, evocando a ideia de ancestralidade. Dentro de algumas semanas também já será possível acessar o café e a continuidade do programa cultural, com grupos de leitura, workshops, concertos, debates e exposições.

Para agendamentos, visitas e para acompanhar a programação do espaço, basta acessar as redes sociais @casaodara.pt ou entrar em contacto pelo e-mail cultura.casaodara@gmail.com.

Sobre Gabriela Barbosa

Gabriela Barbosa é artista dos cabelos, escritora e licenciada em Biomedicina. Possui uma vasta formação no tratamento de cabelos naturais e trabalha nesta área há cerca de uma década. Colaborou com uma série de profissionais e espaços como o Circus Hair, uma referência quanto ao trabalho especializado nas artes do corte e pintura dos cabelos em São Paulo. Já em Portugal criou e mantém o espaço Cozy Hair e atuou por anos em espaços especializados em cabelos naturais. Co-fundadora da Casa Odara em colaboração com a gestora administrativa, Janaína Kruger.

Serviço

Casa Odara
Rua dos Mártires da Liberdade, 126, Porto/PT 10h00-18h00 de terça-feira a sábado. A partir do dia 08 de agosto de 2023

Contacto para Imprensa: Gabriela Carvalho (gestora cultural)

cultura.casaodara@gmail.com +351 910969768

Contacto para Gestão: Janaína Kruger (gestora administrativa) casaodara.pt@gmail.com +351 934729637

01.08.2023 | by martalanca | Casa Odara, porto

PITCH ME!

A Academia Portuguesa de Cinema e a Netflix anunciam a abertura da convocatória PITCH ME!, destinada a descobrir o trabalho de argumentistas emergentes, através de um programa de desenvolvimento de escrita no formato de residências, e que visa oferecer aos autores dos projetos selecionados uma oportunidade de colaborar e desenvolver as suas ideias, orientados por uma equipa de profissionais – argumentistas, mentores, script doctors, etc.

Depois da sua primeira edição, em 2019, no âmbito do “A Quatro Mãos” a iniciativa “Pitch Me!” regressa, desta vez focada na diversidade e inclusão de autores e narrativas de segmentos da população em risco de exclusão social, sub-representados no cinema e no audiovisual, tais como: pessoas com diversidade étnica, cultural, sexual, de género, diversidade funcional ou deficiência, pessoas de contexto socioeconómico desfavorecido.

A iniciativa pretende selecionar autores emergentes que poderão desenvolver projetos através de um programa de duas residências, uma no início do programa e outra no final. Entre as duas residências, e ao longo de 4 meses, haverá um conjunto de sessões de mentoria com profissionais do setor (nomeadamente, argumentistas).

O programa culminará num evento presencial com um pitch dos projetos desenvolvidos perante um grupo de profissionais representativos da indústria cinematográfica e audiovisual portuguesa.

O júri responsável pela avaliação de projetos é composto pelo poeta e dramaturgo André Tecedeiro, o realizador Ary Zara, a atriz, produtora e argumentista Ciomara Morais, a argumentista e editora Marta Lança e a jornalista e escritora Paula Cardoso.

Saiba mais e consulte o regulamento em: www.academiadecinema.pt/pitch-me-2023/

A iniciativa

Pitch Me!” é uma iniciativa desenvolvida pela Academia Portuguesa de Cinema e pela Netflix, focada na diversidade e inclusão de narrativas e autores com sub-representação no cinema e no audiovisual, tais como: pessoas com diversidade étnica, cultural, sexual, de género, deficiência ou diversidade funcional e pessoas de contexto socioeconómico desfavorecido.

A iniciativa pretende selecionar autores emergentes que poderão desenvolver projetos através de um programa de duas residências, uma no início do programa e outra no final. Entre as duas residências, e ao longo de 4 meses, haverá um conjunto de sessões de mentoria com profissionais do setor (nomeadamente, argumentistas).

O objetivo final é a criação de um argumento e respetivo dossier de apresentação, bem como a apresentação dos projetos perante um grupo de profissionais representantes da indústria cinematográfica e audiovisual portuguesa (pitch – sessão de pitching).

Tipos de projetos

Longas-metragens e séries de ficção.

Quem pode candidatar-se?

Pessoas de nacionalidade portuguesa ou de qualquer nacionalidade e com residência permanente em Portugal, maiores de 18 anos, que pertençam a um segmento da população sub-representado nas áreas do cinema e audiovisual, tais como: pessoas com diversidade étnica, cultural, sexual, de género, deficiência ou diversidade funcional e pessoas de contexto socioeconómico desfavorecido.

Período para envio de candidaturas

O período para candidaturas começa a 31 de julho de 2023 e termina a 07 de setembro de 2023.

As candidaturas devem ser enviadas até às 23h59 do dia 07 de setembro de 2023.

Quantos projetos serão selecionados?

Serão selecionados, no máximo, 8 projetos:

– 3 a 5 projetos de longa-metragem
– 3 a 5 projetos de séries de ficção

Programa de desenvolvimento

As pessoas responsáveis pela autoria dos projetos selecionados integrarão um Programa de Desenvolvimento, que consistirá em:

  • Residência inicial, com a duração de 3 dias (sexta a domingo), em novembro de 2023 (data a anunciar). As pessoas selecionadas terão a oportunidade de colaborar e desenvolver as suas ideias, orientadas por uma equipa de profissionais (argumentistas, mentores)
  • Sessões de mentoria individuais de acompanhamento de projeto, ao longo de 4 meses. Serão agendadas entre mentores e autores, em formato presencial e/ou online.
  • Residência final, com a duração de 3 dias (sexta a domingo), na primavera de 2024 (data a anunciar). As pessoas selecionadas farão os últimos ajustes na primeira versão do argumento e trabalharão sobre o dossier de apresentação do projeto.
  • Sessão de pitching dos 8 projetos desenvolvidos perante um grupo de profissionais representantes da indústria cinematográfica e audiovisual portuguesa.

Os conteúdos e atividades programadas nas residências, bem como a atribuição de mentores de acompanhamento de projeto, serão definidos de acordo com o que melhor se adequar às características dos projetos selecionados.

Júri

  • André Tecedeiro – poeta e dramaturgo
  • Ary Zara – realizador
  • Ciomara Morais – atriz, argumentista e produtora
  • Marta Lança – argumentista e editora
  • Paula Cardoso – jornalista e escritora

Critérios de avaliação e elegibilidade

No processo de seleção, o Júri terá em conta:

  • A criatividade e inovação de cada projeto apresentado, nomeadamente na forma como expressa a intenção de trabalhar sobre narrativas relacionadas com a diversidade e a representatividade de realidades sub-representadas no cinema e audiovisual.
  • A forma como cada pessoa que se candidata apresenta o seu projeto e expressa a sua ideia e motivações.
  • O potencial cinematográfico/audiovisual de cada projeto apresentado.
  • O correto envio de todos os materiais solicitados nos formatos mencionados, dentro do prazo de candidatura. 

Anúncio dos resultados

O resultado da seleção será comunicado até 02 de outubro de 2023. 

Apresentação e envio das candidaturas

As candidaturas deverão ser enviadas através do formulário de participação, contendo os seguintes 4 (quatro) elementos:

  1. Video-pitch (máximo 5 minutos) no qual deverão ser abordados os seguintes tópicos:
    • Apresentação sucinta do projeto e temática(s) abordada(s).
  1. Nota biográfica ou CV.
  2. Declaração de consentimento assinada, referente ao fornecimento de dados pessoais e aos materiais submetidos no âmbito deste concurso.
  3. Dossier de projeto (máximo 15 páginas no total) que deverá conter:
    • Sinopse (máximo 1 página)
    • Memória descritiva: informações que contribuam para uma melhor compreensão do projeto, nomeadamente temática(s) abordada(s), ambientes, referências, etc.
    • Descrição de personagens principais.
    • Tratamento (máximo 5 páginas): um relato sucinto dos principais acontecimentos da história, do começo ao fim. No caso de projetos de longa-metragem, o tratamento deverá cobrir toda a história. No caso de séries, o tratamento deverá ser focado no episódio piloto, seguido de um descritivo sucinto do arco de temporada, ou seja, dos acontecimentos previstos para os episódios seguintes da temporada da série.
    • Nota de intenções: as pessoas candidatas deverão apresentar aqui, por exemplo, as suas motivações para escrever o projeto, a forma como pensam abordar a história, as ideias que pretendem transmitir.

O Júri poderá solicitar qualquer outra informação que considere necessária para proceder à análise e seleção do(s) projetos(s).

Cada pessoa poderá apresentar até 2 candidaturas. 

Formato dos materiais

  • Vídeo-pitch: deverá ser enviado através de um link de Vimeo ou Youtube. Se optar por um link de acesso privado, deverá mencionar a password de acesso no campo correspondente do formulário de participação.
  • Nota biográfica ou CV: em formato .pdf (tamanho inferior a 5MB)
  • Declaração de consentimento: deverá ser impressa, assinada e enviada em formato .pdf (tamanho inferior a 5MB)
  • Dossier de projeto: em formato .pdf (tamanho inferior a 5MB) ou vídeo em Língua Gestual Portuguesa em link de Vimeo ou Youtube.

Não serão aceites materiais enviados através de outros meios nem em formatos alternativos. 

Esclarecimentos

Quaisquer dúvidas poderão ser esclarecidas enviando um email (texto ou vídeo em Língua Gestual Portuguesa) para secretariado@academiadecinema.pt

mais informações

 

31.07.2023 | by martalanca | cinema, PITCH ME!, séries, televisão

CONVITE «Sementes de Vida». Residência Artística n’A SACHOLA

As nossas raivas condensam-se numa nuvem. Carregada de emoções, de sonhos, de gritos, a nuvem explode numa multiplicidade de gotas. Como desejos, as gotas escorrem. Ao encontrarem-se com a terra, elas dão vida às raízes d’A SACHOLA.
A SACHOLA é um espaço localizado na antiga escola primária de Covas do Barroso. Nesta aldeia, há cinco anos que as populações lutam contra a maior mina de lítio a céu aberto da Europa. 
O Barroso é a única região portuguesa considerada Património Agrícola Mundial, devido às práticas agrícolas ancestrais praticadas pelas populações. Em harmonia e simbiose com o seu meio, os locais preservam um território biodiverso, sustentável e saudável. É este património histórico, natural e cultural que se encontra ameaçado e que lutamos para proteger. Lutamos para defender estas montanhas sagradas, estes céus estrelados, estes modos de vida ancestrais e comunitários. 
A SACHOLA nasce de uma vontade coletiva de cuidar da vida que nos querem roubar. A SACHOLA é um espaço-ponte, que liga quem habita o território e quem com ele se solidariza. A SACHOLA é um espaço-sonho, que abre caminhos para um Barroso onde caibam muitos mundos.

Sabemos que a arte é essencial na construção da imaginação. Por isso, convidamos artistas de música, teatro, performance, artes plásticas e visuais, cinema, e das mais variadas artes a juntarem-se a esta causa.
Sementes de Vida é um apelo artístico ao cuidado com a terra. Sementes de Vida é um exercício experimental de criação coletiva. Sementes de Vida é um chamado à imersão nestes montes sagrados. 
Venham mergulhar na tranquilidade destas serras, que nos oferecem infinitas possibilidades de colaboração com a comunidade e de conexão com o lugar. Juntos e juntas, construiremos um conjunto artístico que será apresentado durante o Acampamento em Defesa do Barroso. 

O QUE PROPOMOS?Entre os dias 5 e 10 de agosto, junta-te a outros artistas para sonhar e construir em conjunto. O “resultado” desta residência será apresentado durante o Acampamento em Defesa do Barroso, entre os dias 10 a 15 de agosto.
O QUE OFERECEMOS?Espaço para acampar, cozinha comunitária, chuveiros, e espaço interno e externo para o desenvolvimento da criação artística.
Se quiseres participar nesta Residência, envia um email para asachola@riseup.net até dia 1 de agosto para podermos organizar a tua vinda. Esperamos por ti!

20.07.2023 | by martalanca | Sementes de Vida

Artistas e Maternidade I FMM - Sines

25 Julho, 18h00 | Pátio das Artes Entrada livre

Com a cantora Selma Uamusse, a atriz Marta Félix e a escritora Susana Moreira Marques. Organização e moderação de Marta Lança

Como se tem aliado a potência da maternidade à prática artística? Que ginástica mental, logística e sacrifícios tem uma mãe de fazer para não abdicar dos seus sonhos e carreira? E também que gestos de interajuda e de comunidade se foram criando ao longo do processo de ser mãe e artista? É preciso reconhecer as desigualdades, esforço maior ou privilégios de género nestes processos. Interessa ainda falar sobre os filhos e filhas enquanto um dos mais inspiradores acontecimentos, e como essa constante transformação ecoa naquilo que fazemos e nas pessoas que vamos sendo, à medida que eles crescem. Já agora, gostaríamos de saber como as crianças veem as mães que dedicam tantas horas da sua vida aos palcos, aos estúdios, aos livros, aos ensaios, aos computadores. Como convivem com esse amor partilhado das suas mães? Uma conversa sobre as ansiedades e forças destas mães cantora, atriz e escritora que abordam, no trabalho artístico, a sua experiência de maternidade, na troca de perspetivas, percursos e respostas às desafiantes perguntas das crianças.

https://www.fmmsines.pt/pages/968?event_id=1158

18.07.2023 | by martalanca | artistas, maternidade

Ciclo de Cinema LIBERTAR a MEMÓRIA, Luca Argel

O Cineclube de Faro e Luísa Baptista têm o prazer de o/a convidar para assistir à próxima sessão do Ciclo de Cinema LIBERTAR a MEMÓRIA, do programa DiVaM – Dinamização  e Valorização dos Monumentos - com o tema  “Patrimónios (des)confortáveis”, que terá lugar no dia 22 de Julho pelas 17h30 no Auditório da Fortaleza de Sagres

Agradecemos a confirmação da sua presença, por questões de lotação da sala para: ccf@cineclubefaro.pt

PROGRAMA:

22 de JULHO // SÁBADO - 17:30 // Curadoria: LUCA ARGEL

BABÁS (2010) - Brasil, DOC, 20min

Consuelo Lins

A curta “Babás”, de Consuelo Lins, começa com uma fotografia do século XIX de uma “mãe negra” e um menino branco nela apoiado. 

Este documentário mistura elementos autobiográficos a uma reflexão sobre a presença das babás (amas) no quotidiano de inúmeras famílias brasileiras, tocando num tema raro na produção audiovisual contemporânea. Fotografias, filmes de família e anúncios de jornais do século XX constroem uma narrativa pessoal sobre uma situação em que o afeto é genuíno, mas não dissolve a violência, evocando em alguns aspectos o nosso passado escravocrata.

+ 

QUE HORAS ELA VOLTA? (2015) - Brasil, Drama, 1h47min

Anna Muylaert

Val é o tipo de empregada doméstica que leva o seu trabalho a sério. Ela veste um uniforme de empregada elegante enquanto serve canapés perfeitos; ela serve seus ricos patrões de São Paulo dia após dia enquanto cuida carinhosamente do filho adolescente deles, que ela criou desde a infância. Tudo e todos na elegante casa têm o seu lugar, até que um dia, a ambiciosa e inteligente filha de Val, Jéssica, chega da cidade natal de Val para fazer os exames de admissão à faculdade. A presença jovem e confiante de Jéssica perturba o equilíbrio de poder não dito, mas rigoroso, na casa; Val tem de decidir onde está a sua lealdade e o que está disposta a sacrificar.

LUCA ARGEL

(Rio de Janeiro, 1988), é licenciado em música pela UNIRIO e mestre em literatura pela Universidade do Porto. É vocalista e compositor dos grupos “Samba Sem Fronteiras”, “Orquestra Bamba Social” e “Ruído Vário”. Tem livros de poesia publicados no Brasil, em Espanha e em Portugal, um dos quais foi semifinalista do Prémio Oceanos 2017. Escreve rubricas de rádio e bandas sonoras para dança e cinema. Possui cinco álbuns lançados, os dois últimos “Samba de Guerrilha” e “Sabina” são resultados de uma pesquisa continuada sobre a história, política, e suas relações com a música popular. 

Em todas as sessões | CURADORIA LITERÁRIA: Marta Lança com BUALA.

Programação completa em anexo. Link para convidar amigos: https://fb.me/e/3vyFAY8xI

+ INFORMAÇÕES

Comunicação: Luísa Baptista - 966 803 707

E-mail: ccf@cineclubefaro.pt

Site: https://www.cineclubefaro.pt/libertar-a-memoria

Facebook: www.facebook.com/cineclubefaro

Instagram: www.instagram.com/cineclube_faro/

Youtube: www.youtube.com/@cineclubedefaro8605  

Libertar a Memória é um projeto promovido pelo Cineclube de Faro, com a coordenação e direção artística de Luísa Baptista, apoiado pela Direção Regional de Cultura do Algarve / DiVaM - Dinamização e Valorização dos Monumentos.

Conta com BUALA e a livraria A Internacional como parceiros e com apoio da Multicópias - Centro de Soluções Gráficas.

18.07.2023 | by martalanca | Cineclube de Faro, libertar a memória, luca argel, Sagres

“O Segredo dos Seus Olhos”, de Juan José Campanella em Luanda

Cinéfilos & Literatus e a Embaixada da República Argentina em Angola em parceria com o Camões - Centro Cultural Português e Associação KinoYetu, promovem no dia 20 de Julho, quinta-feira, a partir das 17h00, no Auditório Pepetela, a exibição do filme “O Segredo dos Seus Olhos” (El Secreto de sus Ojos) do realizador argentino Juan José Campanella.O filme, que é uma adaptação do livro homónimo de Eduardo Alfredo Sacheri, conquistou inúmeros prêmios de relevância internacional, como o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (2010) e o Prêmio Goya de Melhor Filme Ibero-Americano (2010).

O evento assinala o encerramento da segunda temporada do projecto Cinéfilos & Literatus, e conta na mesa de conversa com as presenças do Dr. Kaio Carmona, Professor Leitor brasileiro da Universidade Agostinho Neto, e do Embaixador da República Argentina em Angola, Alejandro Verdier.A moderação está sob égide de André Gomes, curador e coordenador do projecto. O evento conta ainda com apoio da empresa Refriango.“O Segredo dos Seus Olhos” narra a história de “Benjamin Esposito (Ricardo Darín) que se aposentou recentemente do cargo de oficial de justiça de um tribunal penal. Com bastante tempo livre, ele agora se dedica a escrever um livro. Benjamin usa sua experiência para contar uma história trágica, a qual foi testemunha em 1974. Na época o Departamento de Justiça onde trabalhava foi designado para investigar a violação e consequente assassinato de uma bela jovem. É desta forma que Benjamin conhece Ricardo Morales (Pablo Rago), marido da falecida, a quem promete ajudar a encontrar o culpado. Para tanto ele conta com a ajuda de Pablo Sandoval (Guillermo Francella), seu grande amigo, e com Irene Menéndez Hastings (Soledad Villamil), sua chefe imediata, por quem nutre uma paixão secreta”.Cinéfilos & Literatus é um projecto artístico-cultural e social que consiste na projeção de filmes adaptados de obras literárias nacionais e internacionais, seguido de um debate em torno do filme e do livro.A entrada para o evento é gratuita mediante a disponibilidade de lugares.Para mais informações ligue: +224 931590322

16.07.2023 | by martalanca | cinefilos & Literatus, cinema argentino, Luanda

'A Sphere Of Water Orbiting A Star', exhibition by The Otolith Group

Curated by Margarida Mendes Opening Saturday, 15th July 2023

Artist Talk with The Otolith Group nad Margarida Mendes at 5.30pm

Opening from 6.30pm - 9pm

Exhibition open until 23rd September 2023 Wednesday – Saturday | 3pm – 7pm

Address: Hangar – Rua Damasceno Monteiro 12, 1170-112 Lisboa, Portugal

A Sphere Of Water Orbiting A Star features significant new work by Turner Prize nominated The Otolith Group co-commissioned by Galway Arts Centre and Hangar Artistic Research Centre, Lisbon.

A Sphere Of Water Orbiting A Star is conceived as a sensory portal through the sonic imagination of marine mutation and interhydratic travel between liquid planets.

Conceived by Kodwo Eshun and Anjalika Sagar of The Otolith Group in collaboration with sound designer and composer Tyler Friedman, A Sphere Of Water Orbiting A Star features previously unheard conversations between Kodwo Eshun and Remnant of a Hydrogen Element recorded for The Otolith Group’s Hydra Decapita (2010), with digital video filmed at the mouth of the River Corrib in Galway as it enters the Atlantic Ocean.

Hydra Decapita (2010), a non- figurative meditation informed by the mythos of marine mutation developed between 1992 and 2002 by Drexciya the Detroit-based electronic duo founded by James Stimson and Gerald Donald, will be screened at 7pm on Thursdays

With support from @‌dg.artes

Structure financed by the Portuguese Republic - Culture / Directorate-General of Arts

Hangar Artistic Research Centre Lisbon is grateful to the Galway Arts Centre, Arts Council, Galway City Council and the British Council Ireland for their generosity in support of this exhibition.

 

‘A Sphere Of Water Orbiting A Star’

Exposição de The Otolith Group

Curadoria Margarida Mendes

Inauguração, Sábado 15 de Julho de 2023

Conversa com The Otolith Group com Margarida Mendes às 17h30

Inauguração das 18h30 - 21h

Quarta – Sábado | 15h /19h

Morada: Hangar – Rua Damasceno Monteiro 12, 1170-112 Lisboa, Portugal

A Sphere Of Water Orbiting A Star apresenta um novo trabalho do colectivo The Otolith Group, nomeado para o Prémio Turner, co-produzido pelo HANGAR - Centro de Investigação Artística e Galway Arts Centre.

A exposição A Sphere Of Water Orbiting A Star é concebida como um portal sensorial através da imaginação sónica da mutação marinha e das viagens inter-hidráticas entre planetas líquidos.

Concebida por Kodwo Eshun e Anjalika Sagar, membros do The Otolith Group, em colaboração com o designer de som e compositor Tyler Friedman, A Sphere Of Water Orbiting A Star apresenta conversas inéditas entre Kodwo Eshun e “Remnant of a Hydrogen Element” gravadas no contexto do filme “Hydra Decapita” (2010) de The Otolith Group, em conjunto com vídeo capturado na foz do rio Corrib, em Galway, quando este desemboca no Oceano Atlântico.

Hydra Decapita (2010) é uma meditação não figurativa informada pelo mito da mutação marinha desenvolvida entre 1992 e 2002 pelo duo de música eletrónica de Detroit Drexciya, fundado por James Stinson e Gerald Donald, exibido às quintas-feiras pelas 19h.

 

13.07.2023 | by martalanca | Margarida Mendes, Water

LIBERTAR A MEMÓRIA, ciclo de Cinema, junho a setembro 2023

DESTAQUE - SESSÃO 22 DE JULHO, curadoria: LUCA ARGEL, SÁBADO - 17:30

Entrada livre com pré-reserva: ccf@cineclubefaro.pt

Seguir Evento 

Filmes: “Babás” (2010) - Brasil, DOC, 20min Consuelo Lins, seguido de

“Que horas ela volta?” (2015) - Brasil, Drama, 1h47min, Anna Muylaert

“Ainda não é difícil identificar, no Brasil de hoje, de 2023, muitos sinais inequívocos do legado da escravidão, e de como os seus efeitos ainda estão longe de terem sido superados. Sem dúvida a categoria profissional das empregadas domésticas é aquela em que se enxergam mais nitidamente a persistência desses efeitos.

Os dois filmes dão a medida de como as condições de trabalho desta categoria se mantiveram praticamente inalteradas, mesmo após a abolição. No curta documental Babás, os paralelos entre passado e presente são mapeados, e no longa de ficção “Que Horas Ela Volta?”, acompanha-se a vida de duas personagens que bem poderiam ser reais, e cujas vidas são profundamente marcadas por essa continuidade do passado-presente, e como é dura a tentativa de romper um ciclo de naturalização da exploração que se esticou por séculos a fio.

Mesmo dentro da mesma família, mesmo entre mãe e filha.”

Luca Argel sobre Libertar a Memória, Lisboa, 2023

O Cineclube de Faro traz este ano à Fortaleza de Sagres o ciclo de cinema Libertar a Memória, com coordenação artística de Luísa Baptista que decorre uma vez por mês, sempre aos sábados, pelas 17:30h durante os meses de Junho a Setembro, com entrada livre através de pré-reserva: ccf@cineclubefaro.pt

Através de escolhas de um grupo de curadores convidados vamos abordar o tema Patrimónios (des)confortáveis do DiVaM 2023, com os contributos de Gisela CasimiroLuca ArgelSuzano Costa e Kitty Furtado que em cada mês serão responsáveis pelo conteúdo a exibir. Temas como (des)colonização, escravatura, segregação social, lugares e identidades, formas de organização, dicotomias sociais e culturais, aqui numa pluralidade de perspectivas e visões alternadas de questões fragmentárias da sociedade, que à luz dos acontecimentos actuais, sugerem que talvez a História não esteja assim tão bem contada.

Haverá também uma curadoria literária da responsabilidade de Marta Lança e do projecto Buala - livros escolhidos para enquadrar, desafiar e abrir novos caminhos e que poderão ser adquiridos em cada sessão

11.07.2023 | by martalanca | Babás, libertar a memória, luca argel

ALGUÉM ME ESCUTA?, Oficina de Reparações, Teatro Mala Voadora

Nos dias 7 e 8 de julho, às 21h30, mostramos o objeto resultado da residência artística, que teve lugar entre os dias 25 de Junho e 6 de Julho, no teatro mala voadora, no Porto, e que sucedeu ao IV Encontro de Cultura Visual: Reparações, que lhe serviu de alimento teórico.  Trata-se de uma criação coletiva, com curadoria de Ana Cristina Pereira/Kitty Furtado (crítica cultural, investigadora, ativista portuguesa afrodescendente) e Inês Beleza Barreiros (historiadora da arte, guionista e ativista portuguesa), que conta com os contributos de Aline Frazão (música, compositora e escritora angolana), Apolo de Carvalho (estudante cabo-verdiano), Gessica Correia Borges (comunicadora, poeta e pesquisadora brasileira), Marta Lança (investigadora e editora portuguesa), Pirá/Ellen Lima Wassu (poeta e pesquisadora Wassu), Sara Henriques (criadora, atriz e marionetista portuguesa afrodescendente), Tomé Silva (produtor musical e artista sonoro português) e Vanessa Fernandes (artista e cineasta guineense). O desenho de Luz é de Rui Pedro Rodrigues (artista plástico e designer de luz) e a operação de luz é de Luís Ternus (técnico de luz).

O objetivo é o de alargar e aprofundar o debate sobre reparações históricas em Portugal, dialogando com outras geografias e nas suas múltiplas vertentes, nomeadamente pedidos de desculpa pelas atrocidades do colonialismo e pela prática da escravatura em larga escala, a implementação de políticas afirmativas (por exemplo, através de quotas étnico-raciais no acesso à universidade e aos lugares de decisão nas instituições), a revisão das narrativas históricas e, consequentemente, dos curricula, o perdão de dívidas odiosas e o pagamento de indemnizações, a devolução de objetos saqueados, a descolonização do espaço público e a recuperação de biomas e paisagens, apoiando as comunidades dilaceradas pelo extractivismo e as monoculturas.

Teatro mala voadora, Rua do Almada 277, Porto, Entrada livre com donativo consciente.

04.07.2023 | by martalanca | Oficina de Reparações

Limites Um performance sobre o racismo cotidiano e corpos negros na diáspora

O Centro Cultural Malaposta recebe a partir do dia 13 de julho a performance “Limites”, dirigida e interpretada por Aoaní Salvaterra. A actriz também assume dramaturgia do espetáculo onde trabalha com textos de sua própria autoria em conjunto com textos de Conceição Lima e Djaimilia Pereira de Almeida. 

Uma produção da So Wing, a peça aborda várias questões relacionadas com a vivência dos corpos negros em territórios entendidos como não negros, através de uma abordagem subjetiva e poética que busca mostrar a convivência com as violências e apagamentos do passado colonial e a indiferença de um presente que se pretende que venha a ser um futuro decolonial.

Com cenário e figurinos assinados por Neusa Trovoada, desenho de luz por Jorge Ribeiro, música por Sara Marita e fotografia por Guilherme Gouveia, “Limites” é uma obra que apresenta uma forte carga emocional, explorando temas como memória, dor, riso e identidade, que se encontram presentes num passado marcado por ruínas, cortes e neblinas.

Através de uma estética arrojada e contemporânea, a performance questiona o presente e o futuro, sem deixar de refletir sobre o passado, trazendo uma mensagem de inquietação e luta para um público que se pretende cada vez mais consciente e sensível a estas questões.

“Limites” estará em cartaz de 13 a 16 de julho no Centro Cultural Malaposta. Mais informações e bilhetes disponíveis em www.malaposta.pt/limites .

Ficha Artística:

Direção e Interpretação: Aoaní Salvaterra

Dramaturgia: Aoaní d’Alva, Conceição Lima, Djaimilia Pereira de Almeida

Cenário e Figurinos: Neusa Trovoada

Desenho de Luz: Jorge Ribeiro

Música: Sara Marita

Fotografia: Guilherme Gouveia

Produção: So Wing

Produção Executiva: Nig d’Alva

Agradecimentos: Amílcar d’Alva, Carlos Trovoada, Cláudio Phlowgraphy, Diogo Tomaz, Joyce Souza, Kalu Mendes, Liliana Dias, Nuno Moutinho, Vania Doutel Vaz, Zia Soares.

01.07.2023 | by martalanca | Aoní Salvaterra

Exposição de arte sudanesa Disturbance in the Nile

Artistas

Abubakr Moaz (Bakri)

Eltayib Dawelbait

Miska Mohammed

Mohammed A. Otaybi

Rashid Diab

Reem Aljeally

Tariq Nasre

Waleed Mohammed

Yasmeen Abdullah 

Curadoria

António Pinto Ribeiro

Rahiem Shadad

Organização

A Brotéria recebe Disturbance in The Nile, um projeto expositivo itinerante, com presença em Lisboa, Paris e Madrid, que propõe um percurso através da arte contemporânea do Sudão. Na galeria são expostas pinturas de um grupo de nove artistas sudaneses de diferentes origens, gerações e estilos plásticos, revelando assim a vitalidade das práticas contemporâneas deste país. 

Exposição

Inauguração: Qua 28 jun, das 18h às 20h30

Horário: 28jun a 28jul, segunda a sábado, das 10h às 18h

Visitas guiadas: 4 jul às 19h  |  6 jul às 18h

Entrada livre 

Conferencia

Sudan’s modern art scene amidst war and revolution

Rahiem Shadad, curator and owner of Khartoum Downtown Gallery

Qui 6 jul, 7 to 8.30 pm

From the introduction of modern painting in Sudan, to the 2019 revolution and the current devastating war, uncertainty and marginalization have accompanied the arts’ scene in the country which has nonetheless thrived and evolved. In this conference, Rahiem Shadad will talk about what has changed in the artistic production of Sudan’s modern and contemporary art scene after the 2019 revolution, and with the current conflict.

Para esclarecimentos e pedidos de entrevista

Benedita Pinto Gonçalves: bpg@broteria.org

Ver vídeo que The National de Abu Dhabi fez sobre o Rahiem Shadad e a Khartoum Downtown Gallery:

https://www.facebook.com/TheNationalNews/videos/1201220937242427

 

26.06.2023 | by martalanca | arte contemporânea, sudão

10ª edição do Arquiteturas Film Festival.

Na próxima semana decorre “Onde a vida acontece”, a 10ª edição do Arquiteturas Film Festival. Entre 27 de junho e 1 de julho, o festival exibe filmes de todo o mundo, duas estreias mundiais, bem como debates, passeios e instalações, no Batalha Centro de Cinema, Casa Comum, INSTITUTO, Albergues do Porto, Mercado do Bolhão e Circo de Ideias. Para a edição deste ano, temos o Canadian Centre for Architecture (CCA) como Instituição Convidada. 
O programa completo está no site: www.arquiteturasfilmfestival.com

Alguns destaques:

Terça-feira, 27.06.2023
17h15 (Batalha Centro Cinema):What It Takes to Make a Home (2019) e When We Live Alone (2020), os dois primeiros filmes de uma trilogia do CCA. Conta com uma introdução da Giovanna Borasi, diretora do CCA.
19h15 (Batalha Centro de Cinema):Where We Grow Older (2023), o último filme da trilogia do CCA. Após o filme, há uma conversa entre a Giovanna, o realizador Daniel Schwartz e  eu, Paulo Moreira.
Quarta-feira, 28.06.2023
19h15 (Batalha Centro de Cinema):Esta sessão centra-se na cidade do Porto, exibindo os filmes Albergues Noturnos do Porto (2018) e De volta à Cidade: Mercado do Bolhão (2023), realizados por Sara Nunes. Há também um debate com a realizadora, o arquiteto Nuno Valentim, e os protagonistas Laudolino Jesus (Albergues) e Paula Silva (Bolhão).
21h15 (Batalha Centro de Cinema):Exibição de peças raras da coleção do CCA, incluindo Film for House IV (Peter Eisenman, 1973) e Conical Intersect (Gordon Matta-Clark, 1975). No final, há uma conversa entre Giovanna Borasi e Justin Jaeckle.
Quarta-feira e Quinta-feira, 28 – 29.06.2023
12h30 (INSTITUTO):No INSTITUTO, o CCA apresenta uma instalação com uma selecção de filmes da instituição. A instalação será ativada através de “Brindes ao Almoço”, conversas com convidados e membros do CCA.
Quinta-feira e Sexta-feira, 29 - 30.06.2023Na Casa Comum, apresentamos 19 filmes, de 16 países diferentes.
Sábado, 1.07.2023
17h15 e 19h15 (Batalha Centro de Cinema):Exibição dos filmes premiados nas categorias de ‘Melhor Documentário’, ‘Melhor filme Experimental’, ‘Melhor Ficção’, ‘Consciência Social’ e ‘Prémio do Público’.
 21h15 (Batalha Centro de Cinema):Na sessão de encerramento do festival, exibimos A Morte de Uma Cidade (2022), de João Rosas, sobre as aspirações dos trabalhadores de um edifício de apartamentos, na Baixa de Lisboa.

24.06.2023 | by martalanca | Arquiteturas Film Festival

Arquiteturas Film Festival

Juntem-se a nós na próxima semana para celebrar “Onde a vida acontece”, a 10ª edição do Arquiteturas Film Festival, que acontece entre 27 de junho e 1 de julho. O programa do festival, inclui a exibição de 19 filmes selecionados de todo o mundo, duas estreias mundiais, muitos debates e conversas, bem como passeios e instalações, acolhidos por vários parceiros espalhados pela cidade: Batalha Centro de Cinema, Casa Comum, INSTITUTO, Albergues do Porto, Mercado do Bolhão e Circo de Ideias. Para a edição deste ano, organizada pela equipa do INSTITUTO sob a direção de Paulo Moreira, teremos o Canadian Centre for Architecture (CCA) como Instituição Convidada, que irá trazer para o Porto alguns dos seus filmes recentes, bem como ‘achados’ raros da sua coleção. Podem consultar o programa completo no nosso site, e ficam aqui alguns destaques que gostaríamos de partilhar.

  • Terça-feira, 27.06.2023
    17h15 (Batalha Centro Cinema):

Na pré-abertura do Festival, apresentamos What It Takes to Make a Home (2019) e When We Live Alone (2020), os dois primeiros filmes de uma trilogia concebida por Giovanna Borasi, Diretora do CCA, e realizada por Daniel Schwartz. A sessão conta com uma introdução da Giovanna.

         19h15 (Batalha Centro de Cinema):

Na sessão de abertura do festival, celebramos a estreia mundial de Where We Grow Older (2023), o último filme da trilogia produzida pelo CCA, que explora como projetar para a população idosa e aqueles que cuidam dela. Após o filme, segue-se uma conversa com Giovanna, Daniel Schwartz e Paulo Moreira, diretor do AFF.

  • Quarta-feira, 28.06.2023
    19h15 (Batalha Centro de Cinema):

Esta sessão centra-se na cidade do Porto, exibindo os filmes Albergues Noturnos do Porto (2018) e De volta à Cidade: Mercado do Bolhão (2023), realizados por Sara Nunes. Antes dos filmes, haverá visitas guiadas aos edifícios, por inscrição. Após assistirmos aos filmes, haverá um debate com a realizadora, o arquiteto Nuno Valentim, responsável pela reabilitação de ambos os edifícios, e os protagonistas Laudolino Jesus (Albergues) e Paula Silva (Bolhão).
         21h15 (Batalha Centro de Cinema):
Exibição de peças raras da coleção do CCA, incluindo Film for House IV (Peter Eisenman, 1973); High Court Portico (Takashi Homma, 2013); Conical Intersect (Gordon Matta-Clark, 1975), e Forth-Bridge-Cinema Metric Space (Dieter Appelt, 2003-04). No final de sessão, há uma conversa entre Giovanna Borasi e Justin Jaeckle.

  • Quarta-feira e Quinta-feira, 28 – 29.06.2023
    12h30 (INSTITUTO):

No INSTITUTO, o CCA apresenta uma instalação com uma selecção de filmes documentais enquanto ferramentas do trabalho curatorial da instituição. A instalação, realizada em colaboração com Dyvik Kahlen, será ativada através de “Brindes ao Almoço”, uma série de conversas com convidados e membros do CCA. Podem inscrever-se nas sessões e juntar-se ao almoço, no dia 28.06 e no dia 29.06. A instalação fica patente no INSTITUTO até 27 de julho.

  • Quinta-feira e Sexta-feira, 29 - 30.06.2023

Na Casa Comum, apresentamos 19 filmes, de 16 países diferentes. Muitos dos filmes selecionados mergulham nas desigualdades sociais e espaciais que conformam a vida contemporânea, particularmente em contextos urbanos. Serão atribuídos prémios aos melhores filmes documental, experimental e de ficção. Haverá também os prémios de ‘Consciência Social’ e o ‘Prémio do Público’.

  • Sábado, 1.07.2023
    17h15 e 19h15 (Batalha Centro de Cinema):

Exibição dos filmes premiados, entre os 19 filmes exibidos na Casa Comum. Haverá prémios nas categorias de ‘Melhor Documentário’, ‘Melhor filme Experimental’, ‘Melhor Ficção’, ‘Consciência Social’ e ‘Prémio do Público’.

          21h15 (Batalha Centro de Cinema):

Na sessão de encerramento do festival, exibimos A Morte de Uma Cidade (2022), de João Rosas, sobre as vidas e aspirações dos trabalhadores envolvidos na reconstrução de um edifício de apartamentos de luxo, na Baixa de Lisboa.
Esperamos ver-vos na próxima semana e estamos ansiosos pelas conversas à volta dos filmes como ferramentas para disseminar e promover as práticas da arquitetura. Podem encontrar o programa completo do festival e informações sobre os bilhetes no siteDesejamos a todos um excelente festival!
Paulo Moreira e equipa do Arquiteturas Film Festival


 

21.06.2023 | by martalanca | Arquiteturas Film Festival, porto

DUSK contemporary art festival

Noites de 18 & 21 junho, 20h
Edição Inaugural 

Temos o prazer de convidar para a primeira edição do DUSK Festival de Arte Contemporânea, que decorrerá durante duas noites no ambiente singular geológico de Portugal, com artistas visuais de (Portugal e Espanha), Alba (Escócia), Ísland (Islândia) e Naija (Nigéria).

Apresentando-se como um bando de merry solstice pranksters pelo interior das regiões do Alentejo e Algarve, em Portugal,  da noite de 18 de Junho até ao solstício de Verão, a 21 de Junho de 2023, o Festival apresentará um programa com curadoria única, de Nuno Sacramento e Inês Valle, um onde a arte contemporânea será articulada com conhecimentos arqueológicos, geológicos, astronómicos e da comunidade local.

Durante o DUSK Festival de Arte Contemporânea participarão artistas de diferentes gerações e de contextos geopolíticos diversos, porém todos provenientes de culturas com estreitas ligações às pedras e à geologia. Motivados por estes, apresentarão performances, projeções de filmes, debates, caminhadas nocturnas, e projectos ao longo de duas noites, em pleno interior do Alentejo e do Algarve.

DUSK Festival de Arte Contemporânea apresenta obras de mais de 30 artistas Portugueses, Islandeses, Escoceses e Nigerianos tanto na sua programação como publicação que será distribuída gratuitamente nas noites do festival. Entre os artistas destacam-se Ademola Onibonokuta (NG), Eddie Summerton (SCO), Jessica Ram (SCO), Gunnhildur Hauksdóttir (IS), Àsìkò (NG), AnaMary Bilbao (PT), Cristina Ataíde (PT), Fernando J. Ribeiro (PT), Luís Palma (PT), Tiago Duarte (PT), Pauliana Valente Pimentel (PT), Rui Martins & Isaque Andrade (PT) and  Egill Sæbjörnsson (IS) and Pedro G. Romero (SP) que representaram a Islândia e a Catalunha na Bienal de Veneza, entre muitos outros.

Entrada é livre


 
NOITE 1 . domingo, 18 junho a partir das 20h00
Herdade do Freixo do Meio, 7050-705 Foros de Vale Figueira (perto de Montemor-o-Novo)
GPS: 38.703667 / -8.325385

NOITE 2 . quarta-feira, 21 junho a partir das 20h00
Fonte da Lagoa da Nave, Caminho Agrícola da Várzea da Nave do Barão
GPS: 37.2195053885733, -8.049680775321187

 
18 & 21 June
Inaugural edition

Dusk Contemporary Art Festival in Iberian Peninsula’s ancestral stone sites, is the only international art night event you need to know about.

The inaugural event will be taking place amidst the unique geological surroundings of Portugal with visual artists from (Portugal and Spain), Alba (Scotland), Ísland (Iceland) and Naija (Nigeria). Exhibiting as a band of merry solstice pranksters through the hinterland of the Alentejo and Algarve regions, in Portugal.
From the night of the 18th of June to culminate in the Summer solstice on the 21st of June, 2023, this festival will be a uniquely curated programme by Nuno Sacramento and Inês Valle, where contemporary art will be articulated with archaeological, geological, astronomical and local community knowledge. 

Dusk Contemporary Art Festival brings artists of different generations and geopolitical contexts who will participate, but all coming from cultures with close links to stones and geology.  Motivated by these, they will present performances, film screenings, debates, night walks and projects over two nights, in the middle of the Alentejo and Algarve countryside. 

Dusk Contemporary Art Festival presents works by over 30 Portuguese, Icelandic, Scottish and Nigerian artists both in its programme and in a publication that will be distributed for free on the festival nights. Among the artists are Ademola Onibonokuta (NG), Eddie Summerton (SCO), Jessica Ram (SCO), Gunnhildur Hauksdóttir (IS), Àsìkò (NG), AnaMary Bilbao (PT), Cristina Ataíde (PT), Fernando J. Ribeiro (PT), Luís Palma (PT), Tiago Duarte (PT), Pauliana Valente Pimentel (PT), Rui Martins & Isaque Andrade (PT) and  Egill Sæbjörnsson (IS) and Pedro G. Romero (SP) who represented Iceland and Catalan pavilion at the Venice Biennale, among many others.

To make the event accessible to all, and to winkle the elitist art representative’s eyes, admission is free

 
NIGHT 1 . Sunday, 18 June from 8 pm
Herdade do Freixo do Meio, 7050-705 Foros de Vale Figueira (perto de Montemor-o-Novo)
GPS: 38.703667 / -8.325385

NIGHT 2 . Wednesday, 21 June from 8 pm
Fonte da Lagoa da Nave, Caminho Agrícola da Várzea da Nave do Barão
GPS: 37.2195053885733, -8.049680775321187
 

16.06.2023 | by martalanca | dusk