"25 de Abril, sempre no ar" - sessões de escuta radiofónica - MAIO 2024

25 de Abril, sempre no ar

SESSÕES DE ESCUTA RADIOFÓNICA

7, 14 e 21 de Maio no Museu do Aljube, Lisboa

Revolução que deu os passos decisivos na rádio, é na rádio que ela mais ecoa.

Voltamos aos passos das canções, dos repórteres que fintavam as sombras dos vampiros, do enviado especial estrangeiro tomado pela poesia que estava na rua e dos artistas de hoje que invadem e ocupam uma rádio porque ela ainda é a casa das palavras. Para que o microfone continue a ser poema e fale.”

Caras e caros ouvintes de Abril (em Maio),
Começa esta próxima terça-feira, 7 de Maio, a extensão portuguesa da programação dedicada ao cinquentenário da revolução dos cravos criada para um dos maiores festivais de rádio do mundo, o Longueur d’ondes de Brest, realizado em Fevereiro de 2024.
Voltamos a sintonizar alguns dos memoráveis - e alguns deles quase desconhecidos ou algo esquecidos - momentos radiofónicos que põem Abril sempre no ar: antes, durante ou depois do sonho “inteiro e limpo” que se iniciou na rádio.
25 de Abril, sempre no ar
Estas sessões de escuta imersiva e colectiva permitem, em diálogo com as peças ou fragmentos escolhidos de reportagens, documentários, criações ou outros formatos radiofónicos, uma reflexão sobre a própria escuta e todas as suas camadas sonoras e ecos contemporâneos.
Uma viagem com alguns dos protagonistas e autores destes sons de resistência e liberdade: Adelino Gomes, Fernando Alves, Manuel Alegre, João Brites, João Paulo Guerra e Francisco Fanhais.[Na primeira escala desta programação radiofónica em curso, em Brest, além de Adelino Gomes e Francisco Fanhais, marcaram igualmente presença: Elsa Cornevin, Irene Flunser Pimentel, Kaye Mortley, Isabel Meira, Luísa Semedo, Pedro Rosa Mendes e Victor Pereira, entre outros.]
É uma curadoria que tive a alegria e a responsabilidade de realizar, com a infinita camaradagem – cúmplice, crítica e sábia – do repórter de Abril e de todos os meses, Adelino Gomes.

A entrada é livre.

03.05.2024 | by mariana | 25 de abril, museu do aljube, revolução dos cravos

A volta ao mundo em 80 catástrofes – Especial Portugal

“A VOLTA A MUNDO EM 80 CATÁSTROFES – Especial Portugal” é um livro/guia
turístico irónico que mapeia monumentos e memoriais erigidos a
catástrofes (Colonialismo, epidemias, guerras, feminicidios, etc) em
todo o mundo e com um importante capítulo especial sobre monumentos em
Portugal.Tambem será projetado o documentario/road-movie “Monumento Catástrofe”,
filmado ao longo de mais de 10.000 km em Portugal. No final da sessão será oferecido aos presentes o livro-guia

PROGRAMAÇÃO 1 de MARÇO MUSEU DO ALJUBE

18:00 -  projeção do documentário “Monumento Catástrofe” (Coletivo Left
Hand Rotation / 2022 / 69 minutos). Um road movie em Portugal, uma viagem pelos

espaços da catástrofe, num movimento contra a dupla paralisia do
desespero e da indiferença. Transitar entre as histórias contidas nos
monumentos em memoria das mortes coletivas expande o olhar sobre o
acontecimento para além da sua capacidade disruptiva, revelando a
catástrofe como a manifestação de um processo em curso, o Capitaloceno.

19:00 - Apresentação e conversa aberta sobre o livro-guía “A volta ao
mundo em 80 catástrofes - Especial Portugal”. 

Muitas vezes visto como elemento ornamental, o monumento público à
catástrofe está, no entanto, carregado de ideologia e valores
funcionais, servindo mais para legitimação do poder estabelecido do que
para a reparação das comunidades afetadas pelas catástrofes. Esta função
é evidente não só no caráter seletivo da homenagem à memória, mas também
na prática do esquecimento, que classifica a tragédia de acordo com a
qualidade das vítimas ou evita deliberadamente a revisão histórica das
atrocidades do Ocidente. Sintomática desta utilidade é a constante
modifi cação simbólica de muitas destas esculturas, cujas alterações
acompanham a evolução ideológica dos territórios em que foram erigidas.

“A VOLTA A MUNDO EM 80 CATÁSTROFES” é um projeto do coletivo Left Hand
Rotation produzido pela Cósmica

24.02.2023 | by mariadias | A VOLTA A MUNDO EM 80 CATÁSTROFES, Cósmica, Monumento Catástrofe, museu do aljube

Cine Debate: "Desconstruir a história, recuperar memórias"

23 DE OUTUBRO DE 2022 - 15H00
Auditório do Museu do Aljube

Fotografia de Carla Osório. Performance por Maré de Matos.Fotografia de Carla Osório. Performance por Maré de Matos.

A artista visual afro-brasileira Carla Osório documentou artistas, ativistas, escritores (as) e pesquisadores (as) africanos (as), bem como afrodescendentes portugueses (as), durante um ano, em Lisboa.

Desconstruir a história, recuperar memórias apresenta duas obras audiovisuais que abordam as questões socioculturais do racismo e da xenofobia, bem como as consequências da colonização portuguesa em países africanos, como Angola.
Com uma visão do mundo afro-centrada, a obra de Carla Osório toca, de forma direta e contundente, em pontos que, na sua opinião, precisam de ser amplamente debatidos, na sociedade portuguesa.

Artista visual convidada: Carla Osório- fotógrafa, documentarista e realizadora.

Intervenientes:

Rosa Melo, Antropóloga Angolana.

Alice Santos, Ativista Santomense.

Raquel Carrilho, Artista Visual e Editora Portuguesa.

Mediação:

Rita Cássia Silva - Antropóloga, Artista Multidisciplinar e Ativista Brasileira e Portuguesa. 

Sinopse dos filmes:

Corações Valentes na Diáspora 

(6min10) legendado em inglês

Uma pequena cartografia de cidade de Lisboa e dos corpos negros em trânsito na contemporaneidade.

Missão Sudoeste de Angola:

AFINAL, QUEM NOS DEFINE? 

(23min) legendado em inglês

A protagonista do filme, a antropóloga Rosa Melo, descendente dos Handa, grupo étnico do sudoeste de Angola, comenta o álbum fotográfico Missão do Real Padroado da Huilla sob um ponto de vista decolonial. Com mais de 40 imagens raras, o álbum foi produzido pela missão católica espiritana na região da Huila, durante o período colonial português.

Informações aqui.

17.10.2022 | by Alícia Gaspar | alice santos, Brasil, carla osório, cine debate, cinema, museu do aljube, raquel carrilho, Resistência, risa melo, rita cássia silva

Da Resistência ao Colonialismo Português à África Pós-Independente

Este encontro reúne investigadores que trabalham a história do anticolonialismo africano, bem como das independências e da formação do Estado nos contextos moçambicano e angolano, sem esquecer as relações transnacionais que estes processos estabeleceram a uma escala global, da China ao Cuba, passando por Portugal.

Trata-se de um encontro promovido pelo Museu do Aljube, o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e o Instituto de História Contemporânea (Universidade Nova de Lisboa e Universidade de Évora), reunindo investigadores doutorandos e doutorados destas duas últimas escolas. O encontro é ainda palco para a apresentação e discussão de um trabalho recente dos historiadores Allen Isaacman (University of Minnesota) e Barbara Isaacman, autores de trabalhos de referência no quadro da história de Moçambique.

Local: Museu do Aljube — Rua Augusto Rosa, 42 — 1100-091 Lisboa

14h-16h | Da resistência ao poder: investigações em curso

– Matheus Pereira (ICS — ULisboa) | “Eu abaixo assinado enfermeiro no hospital de Magude”: notas sobre “enfermeiros indígenas”, assimilacionismo e estratégias de resistência ao colonialismo português em Moçambique (1917-1961)
– Tomás Diel Melícias (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST) | Camaradas de Angola: o maoismo na construção política da UNITA angolana
– Rita Narra Lucas (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST) | A revolução portuguesa de 1974 e o espectro terceiro-mundista
– Rebeca Ávila (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST) | Brasil e Cuba: entre a libertação africana e a revolução portuguesa
– Rodrigo Domenech de Souza (ICS — ULisboa) | Poder e produção no pós-independência moçambicano
– Edalina Sanches (ICS — ULisboa) | Partidos Únicos e transição para a democracia em África

Moderação de Victor Barros (IHC — NOVA FCSH / IN2PAST)

16h15-18h | Samora Machel, uma nova biografia

Conversa com Allen Isaacman e Barbara Isaacman sobre o seu livro “Samora Machel: a life cut short“.

Moderação de Nuno Domingos (ICS — ULisboa)

Informações aqui.

17.10.2022 | by Alícia Gaspar | colonialismo, colonialismo português, evento, ics-ul, lisboa, museu do aljube, pós-colonialismo

Visita o Aljube!

30 de julho de 2022 - 10H30
Museu do Aljube Resistência e Liberdade

Vem conhecer a exposição longa duração do Museu do Aljube Resistência e Liberdade, e as histórias da resistência à ditadura em Portugal até à revolução do 25 de Abril de 1974.

A exposição de longa duração do Museu apresenta aos visitantes no piso -1 uma mostra arqueológica com vestígios encontrados aqui.

No piso 0, o memorial de homenagem aos presos políticos, a história do edifício e a exposição temporária “Adeus Pátria e Família”.

No piso 1, a caracterização do regime ditatorial português (1926-1974), os seus meios de repressão e opressão (a Censura, as polícias e os tribunais políticos).

No piso 2, a resistência das oposições (semi-legais e clandestinas), a prisão, a tortura, os curros de isolamento.

No piso 3, a luta anticolonial e os movimentos independentistas de libertação, o derrube da ditadura e o 25 de Abril de 1974 e no piso 4, a exposição temporária “A Sagrada Família”.

Duração aproximada: 1h

Entrada livre, sujeita a inscrição em: inscricoes@museudoaljube.pt

27.07.2022 | by Alícia Gaspar | 25 de abril, cultura, exposição, museu do aljube, visita guiada

Apresentação do livro “Olhar de Maldoror: singularidades de um cinema político.”

No próximo dia 23, às 18h, no Museu do Aljube, será lançado um pequeno livro-ensaio, da autoria de Maria do Carmo Piçarra, sobre a realizadora Sarah Maldoror, editado pela Húmus. A propósito, a autora estará à conversa com a realizadora angolana Pocas Pascoal - que está a desenvolver um projecto de filme sobre o Des fusils pour Banta, filme perdido da Sarah Maldoror.

Sinopse

Neste livro, editado pela Húmus, através da análise dos filmes que realizou sobre as lutas de libertação e independências nos países africanos de língua oficial portuguesa, Maria do Carmo Piçarra evidencia as especificidades do olhar da realizadora Sarah Maldoror. Entre os cineastas engajados politicamente, distinguiu-se pela singularidade de usar a ficção para retratar as guerras de libertação nas ex-colónias portuguesas. Simultaneamente, e noutro registo cinematográfico, o do documentário, procurou documentar o processo de consciencialização política e luta armada na Guiné-Bissau através da fixação da importância das mulheres no maquis.

Após as independências africanas, os filmes que fez em Cabo Verde e na Guiné-Bissau mostram o envolvimento das pessoas nos processos de descolonização, sem deixar de relevar, desassombradamente, a hibridez cultural gerada no âmbito do colonialismo. A invisibilidade da sua obra para compor uma filmografia de sobrevivência, em que recorre formalmente à poesia, à música jazz e à pintura, apoiando-se frequentemente numa estética surrealista, deve-se tanto à sua condição de mulher como a nunca se ter sujeitado às pressões exercidas durante o processo de realização dos seus filmes.

Mais informações.

20.05.2022 | by Alícia Gaspar | cinema político, maria do carmo piçarra, museu do aljube, Sarah Maldoror

Visita o Aljube!

Vem conhecer a exposição longa duração do Museu do Aljube Resistência e Liberdade, e as histórias da resistência à ditadura em Portugal até à revolução do 25 de Abril de 1974.

A exposição de longa duração do Museu apresenta aos visitantes no piso -1 uma mostra arqueológica com vestígios encontrados aqui. No piso 0, o memorial de homenagem aos presos políticos e a história do edifício; no piso 1, a caracterização do regime ditatorial português (1926-1974), os seus meios de repressão e opressão (a Censura, as polícias e os tribunais políticos).
No piso 2, a resistência das oposições (semi-legais e clandestinas), a prisão, a tortura, os curros de isolamento.
No piso 3, a luta anticolonial e os movimentos independentistas de libertação, o derrube da ditadura e o 25 de Abril de 1974.

Duração aproximada: 1h

30 DE ABRIL DE 2022 - 10H30
MUSEU DO ALJUBE RESISTÊNCIA E LIBERDADE

Entrada livre, sujeita a inscrição em: inscricoes@museudoaljube.pt

25.04.2022 | by arimildesoares | 25 de abril, história, museu do aljube, Resistência

A Liberdade Passa por Aqui

 

Imagem por José FradeImagem por José Frade

No âmbito das comemorações do 48.º aniversário do 25 de Abril, o quarto andar da antiga prisão do Aljube é agora um espaço de convívio e liberdade. Há um bar com cocktails revolucionários, uma pista de dança com música de intervenção e três murais – escrita, desenho e colagem – onde o público é convidado a deixar o seu contributo em forma de arte. Novas palavras, novas imagens, novas ideias, o que foi e o que é a revolução, 48 anos depois.

DJ
23 ABRIL
Luís Varatojo + Di Cândido aka DIDI

24 ABRIL
Surma + Tó Trips
VIDEO
Cristina Viana

MURAIS — Orientação
Escrita: Ondjaki
Desenho: Nuno Saraiva
Colagem: Inês Vieira da Silva

Museu do Aljube - Resistência e Liberdade

23 — 24 Abr - 2022
Sábado e domingo

Das 16h às 20h

Como lá chegar?

17.04.2022 | by arimildesoares | 48.º aniversário do 25 de Abril, A Liberdade Passa por Aqui, lisboa, museu do aljube

“A Guerra Guardada” – Cronologias da guerra: conversa à volta de uma peça em exposição

4 de Março de 2022 - 16h00 no Museu do Aljube


Cronologias da guerra: conversa à volta de uma peça em exposição será mais um evento da exposição “A Guerra Guardada – Fotografias de Soldados Portugueses em Angola, Guiné e Moçambique (1961-74)”, com Rui Lopes, investigador do Instituto de História Contemporânea (NOVA) e Mariana Carneiro, jornalista (esquerda.net).

Entrada livre, sujeita a inscrição em: inscricoes@museudoaljube.pt

02.03.2022 | by Alícia Gaspar | a guerra guardada, cronologias da guerra, mariana carneiro, museu do aljube, rui lopes