José Augusto Ramos - Textos em Diáspora - LANÇAMENTO

O Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-ULisboa) tem o prazer de convidar para o lançamento e a apresentação de dois volumes de estudos reunidos do Professor Catedrático Emérito José Augusto Ramos:

Textos em Diáspora: O Tempo e o Homem  

Textos em Diáspora II: Os Deuses e a Hermenêutica

A sessão terá lugar a 15 de Maio de 2024, no Anfiteatro I da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, pelas 17h30

A apresentação estará a cargo dos Professores Doutores Arnaldo do Espírito Santo e Francisco Caramelo, sendo a sessão presidida pelo Professor Doutor Hermenegildo Fernandes, Director da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Mais informações podem ser consultadas na página do CH-ULisboa dedicada ao evento: https://chul.letras.ulisboa.pt/eventos-detalhe.php?p=1224.

03.05.2024 | by mariana | diáspora, FLUL, José Augusto Ramos, lançamento

Mostra de fotografia: "UM CARNAVAL FORA DO CARNAVAL" | MÁRIO SOARES

01 de abril | 11 horas

CCCV - Centro Cultural Cabo Verde

Rua de São Bento, 640, 1250-222 Lisboa, piso -1

Mário Soares, fotógrafo cabo-verdiano, natural da Ilha de Santo Antão, apresenta-nos um conjunto de registos fotográficos captados em pleno Carnaval na Ilha de São Vicente. este conjunto de fotografias retrata especificamente os Mandingas, que são uma das maiores manifestações culturais e tradições do Carnaval de São Vicente e dão um contributo significativo para a enorme diversidade cultural que há em Cabo Verde. No desfile dos Mandingas participam grupos provenientes de várias zonas da Ilha de São Vicente, bem como de outras ilhas. No tempo da escravatura os Mandingas eram associados à feitiçaria e à macumba e quase que se pode dizer que quem entra no meio fica enfeitiçado pela vibração e energia das pessoas que brincam o Carnaval, que começa normalmente no segundo domingo de janeiro e termina com o enterro, no domingo após o Carnaval, onde se reúnem todos os grupos das diversas zonas de São Vicente e das pessoas que vêm de vários pontos do país e da diáspora.

 

Sobre o fotógrafo

Mário Soares nasceu no dia 11-06-1984, na ilha de Santo Antão, Cabo Verde, filho de Carlos Soares e Zulmira Lima. É casado. Passou a infância e toda a adolescência na Cidade de Porto Novo. Sendo filho de artistas (pai carpinteiro e mãe cantora), desde cedo se interessou pela arte, nomeadamente, na criação e elaboração de artesanato. Assumindo-se como um autodidata, procurou sempre técnicas para inovar a sua arte. Aos vinte anos, rumou para Portugal, onde tirou o Curso Técnico de Contabilidade. Após terminar o curso, começou a trabalhar na área das telecomunicações, mas desde logo percebeu que a fotografia era uma paixão paralela ao seu ofício.

Tendo participado em alguns concursos de fotografia em Portugal, sentiu necessidade de aperfeiçoar as suas capacidades. Sempre se interessou por fotografar pessoas e paisagens. É um defensor acérrimo da seguinte máxima: «a fotografia deve mostrar a essência das pessoas e dos locais, sofrendo o mínimo de alterações possíveis por parte do fotógrafo».

No ano de 2014, dez anos após ter ido para Portugal, decidiu regressar à sua terra, terra da Morabeza, para então trabalhar e constituir família. Atualmente trabalha como freelancer, tendo desempenhado funções como fotógrafo do Dr. Abrão Vicente, Ministro do Mar e da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde. Realizou várias exposições individuais em Cabo Verde. Organizou uma exposição fotográfica no ano de 2019, intitulada de: “Um simples olhar”, no Centro Cultural do Mindelo, Cabo Verde. Em novembro de 2019, a sua exposição “Um simples olhar” foi apresentada no espaço cultural “Nôs Raiz”, na ilha de Santo Antão.

No ano de 2021, apresentou um espólio fotográfico em Porto Novo, na “Casa para Todos”, cujo título foi: “A nossa casa, as nossas vivências”. A mesma exposição seguiu para a Câmara Municipal de Porto Novo, onde permaneceu até setembro de 2021.

 

29.03.2023 | by mariadias | cabo verde, diáspora, fotografia, Mário Soares

Our (spatial) stories live in performative futures

Curadoria: Cindy Sissokho & Fabián Villegas

Inauguração: 25 de Fevereiro de 2022, das 18h às 21h

Datas: Exposição patente até 19 de Março 2022, Quarta a Sábado, das 15h às 19h

Local: R. Damasceno Monteiro, 12 R/C | 1170-112 – Lisboa

Artistas: Rafael De Oliveira, Désirée Desmarattes, Theo Gould, Henrique J. Paris, Lion
Maré Djaci, Odair Monteiro, Nuno Silas, Sofia Yala

Cada regime de representação colonial é construído sobre o apagamento, o silenciamento, a devastação dos ecossistemas culturais, as geografias existenciais, as cartografias emocionais. A imagem é precedida por sons, o olhar colonial apaga os sons, remove o contexto e os objectos de representação. Tira o objecto fora da representação da sua própria concepção de espaço e temporalidade.

Através da fotografia, textos, sons, performance e vídeo, os oito artistas criam espaços de intimidade para o quotidiano, criam coletivamente ferramentas que revelam narrativas familiares, itinerários diaspóricos e arquivam o eu em processos de auto-realização e reivindicação a sua existência fora de um olhar colonial e a temporalidade.

O artista fá-lo através do auto-retrato, ligando-se através de objectos familiares como sistemas de transmissão e recuperação histórica das memórias. Esta narração é trazida dentro de uma ‘casa’ – as casas de família, o quarto, o estúdio fotográfico como um espaço seguro e até mesmo o corpo – capturando o vernáculo da diáspora, reivindicando a presença negra na cidade entrincheirada dentro de narrativas/monumentos coloniais e aos projectos ‘casa’ como espaço para horizontes emancipatórios e utópicos de vida colectiva.

Através de exercícios de insurreição e imaginação política, o diálogo da diáspora com os espaços de monumentalidade na cidade, activando espaços de memória, cria viagens auto-cartográficas, arquivos monumentais de legado anticolonial.

Como é que o regime de imagens tem um papel na informação do planeamento futuro, visão utópica e dinâmica desejos em torno de viver em cidades para a diáspora?

Através da representação e compreensão dos movimento que ocorrem (estratificação laboral, migração, mobilidade social, cultural e económica zonificação, etc.) contra as narrativas actuais de rejeição, transformação, gentrificação, etc.

A exposição é uma viagem pedagógica que não só exibe mas procura o exercício de uma imaginação de narrativas diásporas no futuro. Faz-nos questionar quais são as metáforas de nós próprios no futuro.

As obras dos artistas são um convite à ficcionalização das narrativas, e uma possibilidade de procurar através da ficção uma ferramenta pedagógica para visualizar os futuros performativos. A exposição refere-se indiretamente ao conceito histórico de “Heterotopias” e a ressonância com a categoria de “utopias localizadas”, em que construímos mundos dentro de mundos, um novo sentido de espacialidade no regime colonial de espacialidade.

Permitem-nos também pensar, visualizar e experimentar o que significa criar e recuperar histórias espaciais através da lente das suas experiências pessoais que se infiltram através da narração visual de histórias. Elas reconsideram um sentido de espaço e lugar através da fugitividade, exílio e deslocamento e negociar um sentido de pertença contra a violência espacial.

Este projecto é apoiado por UCREATE um projecto de Creative Europe a decorrer na Bélgica, Hungria, Portugal e Itália liderado por 4 organizações artísticas (Fundação Internacional Yehudi Menuhin (BE); HANGAR (PT); Mus-e Hungary (HUN); BIG SUR (IT)) com o objectivo de utilizar as artes e a co-criação artística como um meio para criar laços sociais entre indivíduos.

21.02.2022 | by Alícia Gaspar | arte, cultura, Désirée Desmarattes, diáspora, fotografia, Henrique J. Paris, Lion Maré Djaci, Nuno Silas, Odair Monteiro, Rafael De Oliveira, Sofia Yala, Theo Gould

Re-Lembrar | Re-Membering | MAPUTO

O ponto de partida da exposição internacional Re-Lembrar (Mystery of Foreign Affairs) é uma reflexão sobre a vida entre culturas diferentes de vinte mil trabalhadores moçambicanos que trabalharam e moraram na República Democrática Alemã. Contudo, o projeto almeja também, de forma mais abrangente, contribuir para uma reflexão sobre as relações entre Europa e África, no passado e no presente.

A primeira parte da exposição decorreu em vários lugares da cidade de Schwerin, na Alemanha, entre setembro e novembro de 2017, com a participação de artistas de Moçambique, Angola, África do Sul e Alemanha. Nesta exposição, as obras de artistas como Dito Tembe, Iris Buchholz Chocolate e Katrin Michel abordam a temática das relações de intercâmbio da República Democrática da Alemanha com trabalhadores moçambicanos, conhecidos como Madgermans. Por seu turno, as obras de artistas como Matias Ntundo ou Gemuce proporcionam uma revisitação do passado colonial, enquanto os trabalhos de Edson Chagas e Zanele Muholi representam a presença e a questão de estereótipos e atribuições culturais no mundo atual.

A segunda parte da exposição decorre em dois espaços da cidade de Maputo, no Camões – Centro Cultural Português e na Fortaleza de Maputo, e estará patente entre 14 de junho e 27 de julho de 2018. Em Maputo, a exposição passa a incluir dois trabalhos sobre a Namíbia: Towards Memory, de Katrin Winkler, um projeto de vídeo e pesquisa que surgiu de uma colaboração com mulheres da Namíbia que foram enviadas em crianças para a RDA em 1979, aquando da luta da libertação e anti-apartheid no seu país. O segundo trabalho é intitulado Namibia Today, de Laura Horelli, e recorda a edição do jornal homónimo impresso na então RDA.

Em Maputo, são ainda apresentadas obras de Jorge Dias, Maimuna Adam, Gemuce, Dito Tembe, Luís Santos, Matias Ntundo, Iris Buchholz Chocolate, Edson Chagas e Katrin Michel. Através de diferentes meios, da instalação à pintura, passando pela escultura e vídeo, a exposição pretende contribuir para um trabalho de memória sobre o passado comum, bem como para uma reflexão sobre as relações atuais entre África e Europa.

20.07.2018 | by martalanca | Africa, african art, african artist, Art, Book art, Book objects, Conceptual art, contemporary art, diáspora, exhibitions, Found Objects, freedom, Installation, Maputo, migration, mozambique, post colonial

vozes da diáspora caboverdiana

19.07.2011 | by martalanca | diáspora

culturas negras no mundo atlântico

sound system em salvador; luta de arena em dakar; performances no harlem, ny; carnaval em londres; cafés literários na martinica; emancipation celebration em trinidad; salões de beleza afro em paris; artes visuais em luanda; festival de vodum em uidá. a terceira diáspora é o deslocamento virtual de signos - discos, filmes, cabelos, slogans, gestos, modas, bandeiras, ritmos, ícones - provocado pelo circuito de comunicação da diáspora negra. potencializado pela globalização eletrônica e pela web, coloca em conexão digital os repertórios culturais de cidades atlânticas. uma primeira diáspora acontece com os deslocamentos do tráfico de escravos; uma segunda diáspora se dá pela via dos deslocamentos voluntários, com a migração e o vai-e-vem em massa de povos negros. diásporas: estéticas em movimento.

Goli Guerreiro, A Terceira Diáspora 

15.07.2011 | by martalanca | diáspora, terceira diáspora

"The Forgotten Diaspora. Jewish Communities in West Africa and the Making of Atlantic World"

Lançamento/Debate da obra da autoria dos professores Peter Mark e José da Silva Horta publicada pela Cambridge University Press, amanhã, dia 3 de Junho, pelas 18h00, no Anfiteatro III da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A sessão terá como comentadores os professores José Augusto Ramos, Vítor Serrão e Wilson Trajano Filho.

 

02.06.2011 | by ritadamasio | conferência, cultura, debate, diáspora, religiao, West Africa. africa ocidental

BIGSAS Festival of African and African Diasporic Literatures

From May 24th to 26th 2011 Bayreuth will host the first “BIGSAS Festival of African and African Diasporic Literatures” under the theme “African Conceptualisations of Europe”. The festival, which is open to the interested public, is intended to explore the world of words in an age witnessing a transition from hard books to soft books available on the internet. The authors and artists invited will engage in readings and performances between prose and poetry, drama and short story, music and politics. In doing so, the festival will connect artists from Harare and Berlin, London and Ibadan, Djibouti and Paris, Yaoundé and Bayreuth. This year’s festival will focus on conceptualisations of Europe both within African and African diasporic literatures. 

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15.05.2011 | by nadinesiegert | Africa, diáspora, Europa, literatura

Diaspora: A Global Mixtape Movement

Nomadic Wax Records set to release Volume 2 of “Diaspora: A Global Mixtape Movement

“These kinds of global collaborations are so important because they showcase the revolutionary power of Hip-Hop culture,” says Diaspora producer DJ Nio, “They bring people together from around the globe – even if they speak different languages, have different religions, ideas, and backgrounds. Hip-Hop is a universal language without barriers. Like George Clinton said, it works toward building ‘one nation under a groove’.” Following the critical success of Diaspora Mixtape Volume 1, NomadicWax Records is proud to announce the release of a second installment in the series. With unparalleled levels of innovation, Nomadic Wax’s second Diaspora Mixtape is something the global urban media market has never encountered. Nomadic Wax presents a broad variety of front line urban music from around the world, representing the genre’s growing presence in mainstream culture as well as its new stand alone capacity as a form of social and economic development. Diaspora Mixtape Volume 2 is mixed by Filipino-American DJ Boo (Juggaknots, Eternia), audio mix and mastered by Dan Cantor (Notable Productions), and produced by Genovese DJ Nio (Zero Plastica, Basement UnderGround). Volume 2 features talent from Africa, Europe, North America, Asia and South America. A global evolution from Tony Touch’s legendary Power Cypha: 50 MCs mixtapes series, the Diaspora Mixtape brings together over 50 international Hip-Hop artists who contribute a 16 bar verse in their native tongue, showcasing the cultural, stylistic, and linguistic diversity of each region’s respective Hip-Hop scene. Visit www.DiasporaMixtape.com to learn more about the project and download Volume 2 of the series. About Nomadic Wax – Nomadic Wax is a fair-trade media and events production company dedicated to producing and promoting global urban music.

27.04.2011 | by franciscabagulho | diáspora, hip hop

Research Film Festival 2011-2012 - Call for Applications

The Canadian-based Research Network “Slavery, Memory, Citizenship”, the European network of EURESCL: Slave Trade, Slavery, Abolition and their Legacies in European Histories and Identities (7th PCRD), and the CIRESC “Centre International de Recherches sur les Esclavages, Acteurs, Systèmes, Representations” are pleased to announce their fourth annual international research film festival and welcomes submissions that address the realities of slavery in its past and contemporary forms.

The theme for Festival 2011-2012 is once again “Culture, Diaspora, and Citizenship”.

 

The fourth edition of the festival will begin in May 2011 and will travel to locations that include:

- Paris (May 2011)
- Mexique, Mexico City
- Veracruz, Mérida, Chetumal
- Dakar
- Abidjan, Cotonou, Lomé, Ngaoundéré
- Port au Prince
- Havanna, Santiago de Cuba
- Ouagadougou
- Rio de Janeiro (November 2011)
- Quebec/Toronto (February 2012)

The Toronto version of the festival will be hosted by the Harriet Tubman Institute.

 

 

17.03.2011 | by nadinesiegert | culture, diáspora, film festival

Diásporas e artes visuais: poéticas e políticas das modernidades

Aceitam-se propostas de trabalho para o GT 61, denominadoDiásporas e artes visuais: poéticas e políticas das modernidades, no XI Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociaisque será realizado em Salvador, nos dias 07 a 10 de agosto de 2011. As inscrições estão abertas até o dia 30 de março de 2011  e devem ser realizadas no próprio site do evento. 
A proposta deste Grupo de Trabalho é reunir estudos sobre diferentes formas de expressões visuais, como: artes plásticas, cinema, dança, fotografia, vídeo, entre outras, realizadas por investigadores interessados em pensar a relação entre o universo das artes visuais e a diáspora, principalmente em contextos envolvendo África, Brasil e Portugal. Isto implica, reunirmos pesquisas sobre as experiências do trânsito e da circulação de pessoas, de objetos e de informações, e a expressão artística visual destes agentes sobre tais experiências. Neste sentido, pensamos na noção de “diáspora” como um conceito que altera a mecânica dos pertencimentos e produz uma forma nova de ver as experiências, os acontecimentos, e que traz novas formas de interpretar o passado e o presente. James Clifford correlacionou a diáspora à viagem, como um termo que abarca uma gama de práticas e teorias na antropologia das últimas décadas. A teoria da diáspora amplia os sentidos da experiência e introduz novas questões sobre a cultura contemporânea, implicadas especialmente pelas relações entre a poética e a política, tanto em perspectivas sociais quanto conceituais. As teorias atuais enfatizam o movimento, a circulação, os entre-lugares, enquanto as múltiplas dimensões da cultura vão também se tornando mais visíveis e fluídas. O foco dos trabalhos deverão ser as formas de expressão de tais agentes, a produção, a linguagem e o consumo, implicados pelos sentidos de identidade, de territorialidade e de plasticidade das imagens em contextos de permeabilidades transnacionais.
 

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17.03.2011 | by martalanca | diáspora, viagem

A terceira diáspora, Hermano Vianna

Gosto de ver gente diferente em contato, colaborando para implodir guetos e identidades. Há uma década, Goli Guerreiro lançou A trama dos tambores: a música afro-pop de Salvador (Editora 34), leitura obrigatória para quem quiser falar qualquer coisa menos óbvia sobre o sucesso da revolução estética/industrial/social que ficou conhecida, primeiro pejorativamente, como axé music. Agora ela amplia e radicaliza sua análise dessa impressionante transformação com dois novos livros irmãos: Terceira diáspora: o porto da Bahia e Terceira diáspora: culturas negras no mundo atlântico, originados no blog Terceira Diáspora. São lançamentos, os livros, da editora Corrupio, que já nos brindou com, além de muita coisa essencial de Pierre Verger, alguns clássicos como Carnaval ijexá, de Antonio Risério, e O país do carnaval elétrico, de Fred de Góes. É preciso sempre saudar sua resistência editorialregional, fato raro (e a raridade é lamentável) em outros lugares do Brasil “fora do Eixo”.

Terceira diáspora é conceito para tentar entender o estado mutante das trocas culturais das culturas negras pós-internet. A primeira diáspora foi criada pelo tráfico negreiro. A segunda aconteceu quando populações descendentes de africanos negros se deslocaram novamente por vários continentes, mudando a cara de muitas cidades do mundo: haitianos em Nova York, senegaleses em Paris, surinameses em Roterdã e assim por diante. A terceira diáspora aconteceria agora, quando a comunicação entre todos esses mundos negros é facilitada por vídeos no YouTube, programas da rádio 1Xtra da BBC, arquivos torrent de cinema nigeriano, e muitos outros bytes.
Goli Guerreiro, mestre e doutora em Antropologia pela USP, pós-doutora pela UFBA, percorre as infovias e os caminhos “reais” entre os portos da terceira diáspora com voracidade antropofágica, produzindo novas informações (em textos e imagens), sampleando pensamentos, compondo um panorama ricamente fragmentado de links transculturais recém estabelecidos. Os livros não têm exatamente capítulos; são mais coleções de posts, todos com palavras-chave, remetendo uns aos outros, incentivando o(a) leitor( a)/usuário(a) a continuar a navegação em outras mídias.
No Culturas negras no mundo atlântico, podemos nos transportar do carnaval no casario Ginger Bread de Port of Spain, em Trinidad e Tobago, para o Festival de Vodun, em Uidá, no Benin, antes de mergulhar num maremoto de citações, com falas/escritos (muitas vezes saborosamente contraditórios) de gente como Cornel West e o DJ Thaíde.

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21.02.2011 | by martalanca | África-Brasil, Bahía, diáspora

Diásporas africnas na América do Sul

Celebrando a exposição DIÁSPORAS AFRICANAS NA AMÉRICA DO SUL – UMA PONTE SOBRE O ATLÂNTICO, que ocupa a galeria do SESC Tijuca (Rio de Janeiro) em setembro, CINE COMO LE GUSTA abre espaço para a exibição de obras que focam a cultura afro em países como Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador e Peru.
Documentários de pouca circulação em nosso país que reforçam a identidade afro descendente no imaginário latino americano.
Sábado  4/9, 15h
SUA MAJESTADE O DELEGADO. Dir. Clementino Júnior, Brasil, 2007. 10 min. Um documentário narrado pelo próprio Hésio Laurindo da Silva e pontuado por um samba-enredo composto especialmente para esta obra, que registra em vida a arte, o estilo, e a autenticidade deste eterno mestre-sala.
ORO NEGRO. Dir. Bruno Serrano. Chile, 2004. Dur. 23 min. Em Árica, no vale de Azapa vivem os descendentes de africanos que foram levados ao Chile como escravos
entre finais da Colônia e início do século XIX. Hoje seus descendentes recriam danças e recuperam suas tradições para se reconhecerem e serem reconhecidos em um país que está começando a tomar consciência de sua interculturalidade.
SON DE LOS DIABLOS. Dir. Phillip Johnston. Peru/Brasil, 2006. Dur.56 min. Em 2004 os peruanos celebraram 150 anos da abolição da escravatura. Neste ano o carnaval negro Son de Los Diablos, que existe há mais de 300 anos, voltou às ruas do Rí-mac após 16 anos de ausência.
Entrada Franca
SESC Tijuca - Rua Barão de Mesquita, 539
Tel: 3238-2164

 

 

 

03.09.2010 | by martalanca | América do Sul, diáspora, docuentário

"A Decent Life in Europe or Happy Return to Africa"

Procurando dar continuidade ao trabalho iniciado na cidade de Tripoli, nos dias 8 e 9 de Maio de 2010, no âmbito do workshop “A Decent Life in Europe or Happy Return to Africa”, vimos por este meio convida-los a participar, sob o mesmo lema, no Seminário: “Vida digna na Europa ou feliz regresso a África”, que vai decorrer no Hotel Mundial, em Lisboa, no próximo dia 7 de Agosto de 2010, entre as 09h00 e as 19h00.
O seminário visa debater a situação dos imigrantes africanos em Portugal e faz parte de um conjunto de encontros semelhantes, que já aconteceram ou vão decorrer em diversas cidades europeias, tais como: Paris, Londres, Torino, Frankfurt, Oslo, Bruxelas, Sofia, Lisboa e Madrid. As conclusões e as recomendações de cada um dos seminários, serão apresentadas naquela que será a Histórica Assembleia Geral dos Migrantes Africanos, que decorrerá em Tripoli, de 11-13 de Dezembro de 2010.
Em Lisboa, esta iniciativa conta com o apoio de:
General Forum of the Arabo-African  NGOs;
Federação Panafricana das Comunidades Negras de Espanha;
Associação Encontros;
Khapaz Associação Cultural.

 panafricanos.lisboa@gmail.com
ou contacte Ana Ngom+351 964217926
ou Jakilson Pereira +351 968018328

Grupo Panafricano.

16.07.2010 | by martalanca | diáspora