Orlando Pantera, de Catarina Alves Costa

Sinopse 

Este filme conta a história de Orlando Pantera, um músico e compositor cabo-verdiano que morreu tragicamente aos 33 anos, em 2001. 

Pantera deixou um impacto duradouro na música cabo-verdiana, contribuindo para o renascer das tradições de raiz afro, particularmente da ilha de Santiago, onde nasceu. O filme inclui materiais de arquivo filmados em 2000 pelo cineasta e acompanha hoje os encontros da filha de Pantera, que tinha apenas 6 anos quando o pai morreu, com lugares, pessoas e memórias significativas. O filme explora assim o seu legado, ao mesmo tempo que capta performances musicais únicas no meio das paisagens tropicais e acidentadas do interior da ilha de Santiago, em Cabo Verde. Artistas como Mayra Andrade, Zul Alves, Eneida, Marinu, Fattu Djakité e Princezito interpretam as suas músicas, mostrando como a sua influência continua a moldar a música cabo-verdiana contemporânea. Mais do que uma biografia, esta é uma homenagem a um artista que nunca se tornou uma estrela em vida, mas continua a ser um poderoso símbolo da identidade e cultura cabo-verdiana. 

Pantera morreu em 2001, aos 33 anos, sem gravar qualquer álbum próprio. Esteve sempre nos bastidores, mas estava em fase ascendente quando, uma semana antes da gravação do seu primeiro álbum, morreu. Este tributo resgata-o do anonimato. Um filme cinematográfico e poético, uma viagem sonora ao encontro dos lugares, vozes e figuras que revivem a sua música. A história de como a influência de um músico ecoa através de gerações. 

A realizadora 

Catarina Alves Costa é cineasta e antropóloga. Realizou, entre outros filmes, Margot (2022), Pedra e Cal (2016), Falemos de António Campos (2010), Nacional 206 (2009), O Arquitecto e a Cidade Velha (2004), Senhora Aparecida (1994) e co-realizou Um Ramadão em Lisboa (2019). Recentemente lançou o livro Camponeses do Cinema, editado pelas Edições 70. O seu último filme, Margot, foi exibido em festivais como DocLisboa, DOK.Fest Munchen, ETHNOCINECA em Viena, Festival Internacional de Cinema Etnográfico de Taiwan, Festival VIZANTROP de Belgrado, Ethnofest- Atenas e ganhou o Grande Prémio no Festival de Cinema Documental de Tóquio. É professora na Universidade Nova de Lisboa nas áreas da Antropologia Visual e do Cinema, com uma longa carreira como cineasta internacional. Atualmente dirige o Centro de Investigação em Antropologia, CRIA. 

Sessões no Indie: dia 3 de maio 18:30 Culturgest e 6 de maio 19h Cinema S. Jorge

mais info 

 

25.04.2025 | by martalanca | cabo verde, Catarina Alves Costa, música, Orlando Pantera