Depois da exposição Fotografia Angola, a II Trienal de Luanda recebe desde segunda-feira a mostra 3 Pontes, que reflecte a relação multidisciplinar entre o Estado da Baía e Angola.
Vídeos, telas, música, performances, cinema, conferência, apresentação de livros e grafiti marcam a presença nesta programação cultural e artística da Bahia em Angola.
A mostra, que decorre até ao dia 6 de Novembro, é resultado de um trabalho de 23 artistas baianos, no âmbito do acordo de cooperação rubricado este ano, entre a Fundação Sindika Dokolo e o Governo do Estado da Baía.
Daniel Rangel, curador da exposição, disse que a exposição denomina-se 3 Pontes porque a “relação entre a Baia e a África deu-se em três momentos fundamentais, nomeadamente com o tráfico de escravos, o segundo nos finais dos anos 40 até começo dos anos 50 e terceiro continua com o diálogo actual e o intercâmbio entre os povos dos dois países”.
Para ele, este é um momento importante, tendo em conta a dimensão da exposição e a simbologia da mesma porque “a arte baiana é muito influenciada por uma estética e cultura que vem de África”, daí a escolha primeiro de artistas baianos.
O também director da Directoria de Museus da Bahia (DIMUS), Daniel Rangel, frisou que esta é uma retribuição da promoção da arte e da cultura angolana na Baia.“A Fundação Sindika Dokolo tem promovido a cerca de um ano eventos na Bahia, nomeadamente concertos, exposições, performances, palestras e outros factos.”
Deste acordo de duração de três anos, o interlocutor revelou também que constam residências artísticas no Brasil e de uma provável abertura de um espaço cultural da fundação na Bahia, e um daquele Estado em Luanda. Recordou também que há um angolano com uma galeria em São Paulo, onde se promovem artistas do seu país e baianos.