Das montanhas da Namaacha, em Moçambique, vem um dos mais relevantes e incisivos MCs da África Austral. Azagaia é revolucionário, polémico e um crítico voraz do governo moçambicano. Ele é censurado, boicotado, foi até preso sob falsa acusação de posse de drogas. Mas o facto é que ele é a voz da nova geração e é respeitado em todo o país. A edição brasileira da Rolling Stone chamou-o de “herói do povo” e, de certo modo, ele é a única voz da oposição.
“MIR . Música de Intervenção Rápida” é o novo single, escrito logo após a última manifestação dos ex-combatentes de guerra que foi brutalmente interrompida pela polícia moçambicana. A Ministra da Justiça respondeu dizendo que em algumas situações os Direitos Humanos podem ser soprepostos por “interesses mais altos”.
Dois anos depois do sucesso do álbum “Zound Zande”, o rapper Art Melody, do Burkina Faso, regressa com: WOGDOG BLUES (Ouagadougou Blues) na Akwaaba Music. Um álbum ambicioso que empurra os limites de Hip Hop Africano, mergulhando o ouvinte num turbilhão de música.
O Projeto Preto Véio transita pela cultura Hip Hop com um pé na raiz e outro na invenção musical, num diálogo entre a percussão e a bateria eletrônica, o orgânico e o sampler, a dança afro e o breakin’, o cantador e o MC.
O resultado é uma confluência de diferentes vertentes da música,misturando com o rap ritmos da cultura popular brasileira como o Samba, o Afoxé, o Bumba-meu-boi, o Maracatu e o Baião, além de elementos das músicas erudita, indígena, latina e africana. As músicas do repertório reflectem sobre a vida contemporânea e falam de amor, família, trabalho, política, sonhos e espiritualidade.Conquistas e derrotas, da cultura popular de raiz e do imaginário brasileiro. no Café Tati 30 de agosto 22h, entrada livre!
vozes: Pedro Calasso + Dom Billy percussão: Abuhl Jr. bateria: Jahir Soares teclas: Leandro Neri
Zona Franca: Quinta-feira, 21 (quintas dimensões), no Bartô.
Do monocromatismo variado ao silêncio de palavras por cantar. Uma guitarra, ou talvez não… duas bocas. Uma calada, a outra nem por isso. Coisas ditas de histórias desditas embaladas por um fado que se quer àcido…Serpenteando por entre maçãs, frases desfeitas de ideias feitas, que o pecado mora ao lado do vizinho.
Surgido na década de 70 na periferia de Nova York, o hip hop ganhou o mundo com sua cultura suburbana e de resistência que mistura música, moda, arte de rua, comportamento, política. Em Moçambique não é diferente. A cena do hip hop reúne artistas, pensadores, videomakers engajados e promove muita discussão interessante sobre os rumos políticos, sociais e econômicos do país.
Para celebrar a cultura do hip hop, começa hoje (1/3/12), em Maputo, o festival Conexão Hip Hop, o maior evento do gênero já realizado em Moçambique. Voltado ao rap e à cultura hip hop como movimento social e de juventude urbana, o festival reúne mostra de cinema, debates e oficinas acerca dos diversos elementos deste modo de vida – graffiti, break dance, MC e DJ. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público.
No dia 10/3, o espetáculo será fechado com um grande concerto aberto ao público na Praça dos Trabalhadores, em frente aos CFM (Caminhos de Ferro de Moçambique, uma das estações de trem mais lindas de todo o continente africano). O show terá desde músicos mais conhecidos, como Azagaia, até outros menos conhecidos. Iveth, Xitiku ni mbahula, Rainha da Sucata, Trio Fam, Micro 2, Shackal, Timbone ta Jah, Sick Brain, e Jazz P (Swazilandia) são algunos dos nomes.
6ª feira 21/10 - 22h I Bartô, o bar do Chapitô I entrada gratuita
seja em Luanda, na Cova ou na Arrentela, quando um bastão cai no corpo de um irmão ou de uma irmã deixa sempre a mesma marca. reunimos indignações faladas e cantadas contra a escalada da repressão policial, nos bairros aqui ao lado e em todas as ruas onde se luta contra ditaduras. exemplos da resistência pela palavra prometem dar voz a todas e todos cuja resposta que obtêm do Estado, quando se tentam erguer, é a força dos bastões, balas, prisões, ameaças e represálias ferozes.
Depois de uma ausência de sete anos está de volta com a sua nova mixtape “Raportagem”. Rap consciente em que a crítica à sociedade que o rodeia é o prato principal. Esta mixtape antecede o seu álbum “Rapressão, que sairá em Setembro. Uma mixtape em formato digital e para download gratuito, que o rapper decidiu oferecer aos seus seguidores. É o momento perfeito, calar o caos que Portugal atravessa. É o hip hop puro e duro.
Pela primeira vez em Angola, junta-se reggae com hip hop, dois estilos musicais oriundos da mesma família, filhos do jazz e do blues que por sua vez tem origem nos ritmos africanos, levado para as Américas através dos escravos. Neste evento, o som ficará a cargo do SELECTA AYALA, fundador do colectivo de selectas, dj´s e mc´s RIDDIM CULTURE SOUND e do DJ SAMURAI, fundador da label independente MADTAPES. Terá ínicio às 22:30, e o preço serão apenas 1000 kwz. Tudo a postos para mais uma noite cheia de boas vibrações e energias positivas. Aparece, passa a palavra, reencaminha o mail e traz um amigo. Tamos Juntos!
(Para quem não tiver maneira de ir, ou seja, transporte ou boleia, irá haver candongueiros disponíveis para levar-vos a casa! Atenção, essa negociação nada tem a ver com a organizacão do evento. Apenas queremos garantir que haja alternativas de irem para casa.)
The Impossible Music Sessions were created by founder Austin Dacey to give a voice to artists in countries plagued by censorship, and lacking freedom of speech. In this session NJ/NYC hip hop artist Hasan Salaam brings the music of Guinea Bissau’s (West Africa) Baloberos Crew to life in Brooklyn, NY, while the Baloberos appear live via the Internet. In 2009, members of the Baloberos crew were jailed, beaten, and threatened for two days because of their song “7 Minutes of Truth”. The song was a brutally honest and heartfelt depiction of the corruption, violence, and instability plaguing their country. It came at a time when their current President was assassinated by members of his own military. Hip hop has become many different things. However, at its core, it remains to be a voice for the voiceless. The goal of the Impossible Music Sessions is to insure that voice is always heard, despite those who will kill to keep it silenced. Please support the movement and share this video. Thank you. www.impossiblemusic.org
Nomadic Wax Records set to release Volume 2 of “Diaspora: A Global Mixtape Movement”
“These kinds of global collaborations are so important because they showcase the revolutionary power of Hip-Hop culture,” says Diaspora producer DJ Nio, “They bring people together from around the globe – even if they speak different languages, have different religions, ideas, and backgrounds. Hip-Hop is a universal language without barriers. Like George Clinton said, it works toward building ‘one nation under a groove’.” Following the critical success of Diaspora Mixtape Volume 1, NomadicWax Records is proud to announce the release of a second installment in the series. With unparalleled levels of innovation, Nomadic Wax’s second Diaspora Mixtape is something the global urban media market has never encountered. Nomadic Wax presents a broad variety of front line urban music from around the world, representing the genre’s growing presence in mainstream culture as well as its new stand alone capacity as a form of social and economic development. Diaspora Mixtape Volume 2 is mixed by Filipino-American DJ Boo (Juggaknots, Eternia), audio mix and mastered by Dan Cantor (Notable Productions), and produced by Genovese DJ Nio (Zero Plastica, Basement UnderGround). Volume 2 features talent from Africa, Europe, North America, Asia and South America. A global evolution from Tony Touch’s legendary Power Cypha: 50 MCs mixtapes series, the Diaspora Mixtape brings together over 50 international Hip-Hop artists who contribute a 16 bar verse in their native tongue, showcasing the cultural, stylistic, and linguistic diversity of each region’s respective Hip-Hop scene. Visit www.DiasporaMixtape.com to learn more about the project and download Volume 2 of the series. About Nomadic Wax – Nomadic Wax is a fair-trade media and events production company dedicated to producing and promoting global urban music.
Cova da Moura, Arrentela e Porto Salvo. O rap negro da periferia forma um cordão à volta de Lisboa. Para apontar o dedo ao racismo, à exclusão, à violência policial, à pobreza. Vida de preto. “Hip hop é intervenção. Não quero ninguém a dançar, mas a pensar”, diz Jorginho, um dos oito rappers entrevistados.
Este documentário ouve o canto, solta a voz, não reprime os sonhos, os desabafos, o desejo de vingança, o diálogo-monólogo quase surreal. “Eu sonhei que estava a voar na Pedreira dos Húngaros.” O som do beat box e poesia em crioulo a reinventar a vida, para que um dia tenham o seu Malcom X, os seus Panteras Negras. É o futuro. O hip hop é a arma.
4 ABRIL 18:00, AUDITÓRIO B 204, ISCTE-IUL
Sessão ABerta promovida pelo Núcleo de Culturas Visuais /CRIA
O Mc franco-caboverdiano residente em Paris fala, no novo disco, da sua dupla nacionalidade e da forma como a miscigenação cultural afectam o seu dia-a-dia de artista. «Urb’Africa» é o seu 4º disco de originais, cantado em francês e crioulo (depois de ter lançado «Kunana Spirit» em 2007, que inundou as pistas de dança com beats de kuduro com funaná).
«Urb’Africa» foi misturado no estúdio Kayneex, em Paris, e lançado pela editora D’ile en Ville. Em Portugal é distribuído pela Tumbao.
Está disponível na lojas Fnac portuguesas a partir de 10 de Abril.
Em «Urb’Africa» o artista tanto mostra a sua apreciação pelo cantor cabo-verdiano Pantera (já falecido), que marcou toda a nova geração de jovens músicos de Cabo Verde e da diáspora, e também expõe o seu engajamento político ao falar e identificar assuntos políticos e sociais que o preocupam em Cabo Verde e França, países entre os quais se divide sentimentalmente. Ataca a crise financeira global, mas dá espaço a letras sobre o amor, um dos seus temas favoritos, e ainda aborda assuntos mais leves como o grogue – aguardente de cana de Cabo Verde, que enaltece no tema «Xinti Sabe» (em tradução livre: Sentir-se bem; estar fixe).
Izé Teixeira inspira-se em ritmos tradicionais de Cabo Verde como a morna, nos teclados das grandes coladeras da década de 80, no funk de favela brasileiro ou na explosão rítmica do kuduro. A versatilidade é a grande característica deste Mc, que investe em sonoridades que tanto tocam os públicos europeus como os de África. É nestes campos ele se move e onde desenvolve a sua música.
«Urb’Africa» expõe a maturidade do artista. Izé iniciou-se na música há mais de uma década com uma colaboração para o consagrado Mc Stomy Bugsy e desde aí a sua produção pessoal não parou. «Urb’Africa» é a súmula dos estilos que o enriquecem enquanto homem e artista, sejam eles o reggae (ouvir o tema «Welcome a Praia Rock» inspirado em «Welcome to Jam Rock» de Damien Marley), a morna caboverdiana (no tema «Musica my Love»), o funk de favela (ouvir «Soukouer Sa»), o kuduro (em «Meninha vem dança kuduro») ou o hip-hop. Temas para dançar na pista de dança e para apreciar no conforto do sofá marcam a variação de pulsação do novo disco.
Izé está disponível para entrevistas via skype em francês, português e crioulo.
Izé Teixeira faz parte do grupo de hip-hop MC Malcriado do qual fazem parte Stomy Bugsy, Jacky Brown (do grupo Neg Marrons) e JP (dos 2 Doigts). A quadrilha lançou um disco em 2006 (com concertos ao vivo em Portugal), o qual continha uma colaboração com Mayra Andrade que rodou com sucesso nas rádios portuguesas.
Receberam o prémio Melhor Grupo da Diáspora Africana nos Kora Awards 2010.
Chamam-lhe Sagas, um nome de paz que desde os primeiros momentos dos Micro se tornou sinónimo de MCing em estado puro. Rostu Limpu é o seu álbum de estreia a solo. Sagas, um “sobrevivente da rima”, como faz questão de afirmar em Quem és tu?. Oferece-nos em Rostu Limpu um álbum atravessado por um positivismo desconcertante. Talvez porque, apesar das crises e das dificuldades, Sagas saiba que a música é equivalente de esperança. Ou talvez porque acredite que é no indivíduo que reside toda a força, capaz de sustentar mudança, evolução, crescimento. E Sagas mostra essa força em temas onde o crioulo, que traduz a sua ascendência cabo-verdiana, se cola na perfeição com o português, criando uma nova postura musical. Exactamente porque não há diferenças: as palavras, em português ou em crioulo, são recursos, ferramentas que Sagas domina na perfeição, equilibrando sentido e flow como poucos.