Com curadoria de Agnaldo Faria, evento irá apresentar a visão contemporânea de Angola, Brasil, Cabo Verde Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal, por meio da interação de seus artistas
Um encontro entre artistas expoentes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal que busca apresentar por meio das artes visuais e da música uma expressão da cultura contemporânea destes países lusófonos: este é o horizonte de “As Margens dos Mares”, projeto que ocorre no Sesc Pinheiros entre 8 de maio e 2 de agosto com curadoria do crítico de arte e professor da FAU-USP Agnaldo Farias e direção musical do guitarrista, compositor e produtor norte-americano Lee Ritenour.
Realizada pelo Sesc e idealizada pela Sociedade Cultural Arte Brasil, a iniciativa reunirá uma exposição com obras de doze artistas que refletem sobre questões como memória, espaço e arquitetura a partir de instalações, fotografias, vídeos e objetos, além de encontros musicais inéditos com a presença de músicos dos países convidados. “A diluição dos contornos rígidos que, um dia, estabeleceram fronteiras entre linguagens artísticas expandiu caminhos para criadores. Imagens, sons, toques, cheiros e gostos hoje se misturam em composições sinestésicas que proporcionam reflexões sobre inquietações contemporâneas – esta profusão de experiências sensíveis constitui a linha mestra d’As Margens dos Mares”, explica o diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda. “O projeto nasceu de uma música aparentada às jam sessions jazzísticas, nas quais instrumentistas de origens diversas entram em sintonia pela linguagem dos sons, timbres e ritmos”, conta Carmen Ritenour, diretora-fundadora da Sociedade Cultural Arte Brasil. “Suas marcas são a colaboração entre artistas consagrados e a oferta de diversas manifestações criativas ao público”, completa a diretora geral da iniciativa. ARTES VISUAIS.
Arnaldo Antunes
A exposição, localizada no segundo andar do Sesc Pinheiros, contará com obras de Arnaldo Antunes, Guto Lacaz, Chelpa Ferro, Chiara Banfi e O Grivo (Brasil); Ângela Ferreira, Maimuna Adam e Mauro Pinto (Moçambique); Catarina Botelho, Gabriela Albergaria e Susana Gaudêncio (Portugal) e Kiluanji Kia Henda (Angola). “As instalações predominam e a música, incluindo ruídos, atua como elemento agregador da exposição, atravessando-a de ponta a ponta”, define o curador Agnaldo Farias, cujo trabalho é voltado ao rompimento das barreiras entre linguagens artísticas.
Ações educativas e programação integrada com debates, oficinas, intervenções e exibições de filmes enriquecem o período expositivo, de 8 de maio a 2 de agosto. Para o curador da exposição, Agnaldo Faria a mostra é um diálogo sinestésico. “São 12 trabalhos artísticos de Angola, Brasil, Moçambique e Portugal, que interagem no espaço de ‘As Margens dos Mares’. As instalações predominam, e a música, incluindo ruídos, atua como elemento agregador da exposição, atravessando-a de ponta a ponta”, define o curador que busca por obras que nascem do rompimento das barreiras entre linguagens artísticas. A noção de sinestesia e o estímulo de mais de um sentido norteou as escolhas da curadoria.
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