A Moeda Viva

com Ângela Ferreira, António Contador & Carla Cruz, Cildo Meireles, Fábio Colaço, Filipa César, Filipe Pinto, Isa Toledo, Isabel Cordovil, Leonor Antunes, Lourdes Castro, Luís Paulo Costa, Mauro Cerqueira, Nuno Henrique, Pedro A.H. Paixão, Rita GT  Curadoria: Maria do Mar Fazenda  

Inauguração: quarta-feira, 15 de maio – 18h 16.05 – 8.09.2024 GALERIA QUADRUM 

Lourdes Castro, Sombras e chocolates (moedas), 1974Lourdes Castro, Sombras e chocolates (moedas), 1974

A Moeda Viva é uma exposição coletiva concebida por Maria do Mar Fazenda para ser apresentada na Galeria Quadrum. O seu título é tomado de empréstimo ao ensaio de Pierre Klossowski “La Monnaie vivante” publicado em 1970. Este projeto curatorial convoca também “O Dinheiro”, o último filme realizado por Robert Bresson que, por sua vez, parte do conto “O Cupão Falso” de Lev Tolstói. Em cada uma destas obras é explorada a predominância que o dinheiro pode desempenhar nas nossas vidas. Como nos relacionamos enquanto sociedades com essa entidade é o objeto de análise da economia mas, conceitos como dívida, inflação, crédito, banca, empréstimo, finança, etc. traduzem formas abstratas de dinheiro e de valor. A narrativa da exposição propõe um conjunto de obras que reinventam várias dimensões desta convenção, que é o dinheiro. A moeda é na sua essência símbolo de troca, assim como câmbio e transformação são gestos recorrentes dos artistas através dos quais procuram dar a ver, sem nunca revelar por completo, aquilo que nos escapa.

A exposição pode ser visitada de terça a domingo, das 10h às 13h e das 14h às 18h, com entrada livre.

 

 

09.05.2024 | by martalanca | ângela ferreira, António Contador & Carla Cruz, Cildo Meireles, dinheiro, Fábio Colaço, filipa césar, Filipe Pinto, Isa Toledo, Isabel Cordovil, Leonor Antunes, Lourdes Castro, Luís Paulo Costa, Maria do Mar Fazenda, Mauro Cerqueira, Nuno Henrique, Pedro A.H. Paixão, Rita GT

Ângela Ferreira, structures et gestes — Indépendance Cha Cha & #BucketsystemMustFall

Exhibition from 04 July 2021 to 25 September 2021

#BucketsystemMustFall - Centre d’art Ygrec-ENSAPC, Aubervilliers (93)

-Opening on Saturday 03 July from 2.30 pm to 7 pm

-Open from Wednesday to Saturday from 1pm to 7pm 

Indépendance Cha Cha  - Centre d’art de l’Abbaye de Maubuisson, Saint Ouen-L’Aumône (95)

-Opening on Sunday 04 July from 2.30 pm to 6.15 pm 

-Booking mandatory - 01.34.33.85.00 

Open each day except for Tuesday from 1pm to 6.15pm Wednesday 9.30am - 11.45am and 1pm - 6.15pm


From July 4 to September 25, 2021, the exhibition  Ângela Ferreira, structures and gestures - Independence Cha Cha & #BucketsystemMustFall unfolds on two sites: the art center of the Abbaye de Maubuisson, located in Saint Ouen-L’Aumône (95) and Ygrec-ENSAPC, art center of the Ecole nationale supérieure d’arts Paris-Cergy located in Aubervilliers (93).  Ângela Ferreira proposes two distinct installations in relation to the two specific contexts: on the one hand the architectural heritage of the abbey’s gardens, and on the other hand the urban density and the history of migration in Aubervilliers.

In the barn of the Maubuisson Abbey Art Center,  Ângela Ferreira presents Independence Cha Cha, an installation composed notably of a large-scale wooden sculpture. Inspired by her participation in the Lubumbashi Biennial (Democratic Republic of Congo) in 2013, the sculpture borrows its modernist form from that of the façade of a service station located in the center of Lubumbashi created by the Belgian architect Claude Strebelle in the late 1950s. This sculpture serves as a support for the projection of two videos. The first documents a performance organized by the artist during the Lubumbashi Biennale, in which two singers sing the song «Je vais entrer dans la mine» (I’m going to enter the mine). In the second, which gives its title to the work, the musical group of the Hôtel du Parc of Lubumbashi interprets «Independence Cha Cha», an emblematic hymn of the African Francophone independence movement. Interacting with the sculpture is a series of collages that include photographs and various documents related to the events presented in the videos.

At Ygrec-ENSAPC,  Ângela Ferreira proposes a new installation specially designed for the art center. Entitled #BucketsystemMustFall, it refers to the South African student protest movement #RhodesMustFall, initially directed against the memorial statue of Cecil John Rhodes (British colonialist, 1853-1902), a symbol of the persistence of institutional racism within the University of Cape Town. On March 9, 2015, in order to call for its removal, activist Chumani Maxwele grabbed a bucket of excrement and dumped it on the statue. This highly publicized gesture led to the removal of the statue and initiated a strong mobilization across South Africa advocating for the decolonization of education and universities. By bringing together the images of the fallen statue with precarious latrines, Ferreira articulates the ideas of debunking, political activism with the symbolism of the “bucket system toilet”, a blatant revelation of social inequalities and segregation. Finally, “and by implication only, it points to the question and meaning of using human feces as a tool for political statement. An image which seems to have become central to South African urban problems.”

From facades to monuments,  Ângela Ferreira’s double exhibition bears witness to her interest in architecture and the investigative work that the artist carries out to make visible the political agendas and ideologies that constructions - in all their forms - convey. Combining research and artistic experimentation, her works - be they sculptural, video or photographic - explore the survivals and ghosts of colonialism and post-colonialism in contemporary society. They contribute to uncovering unofficial memories and narratives and the insidious mechanisms of oppression, while problematizing the revolutionary utopias of the euphoric period surrounding African independence movements and nation building.

In order to share the artistic and social interrogations inherent to  Ângela Ferreira’s work beyond the two exhibition sites, a series of discussions and a seminar will be organized with the Théâtre de La Commune d’Aubervilliers in the fall of 2021, inviting students, researchers and associations. 

Curated by: Corinne Diserens, Marie Menèstrier et Guillaume Breton

*Ângela Ferreira 

Originally from Mozambique, where she was born in 1958, Ângela Ferreira grew up in South Africa where she received her MFA at the Michaelis School of Fine Art at the University of Cape Town. She lives and works in Portugal and teaches at the University of Lisbon where she completed a PhD in 2016. 

Her work has been presented in Portugal, Africa and internationally in solo exhibitions which include: A Spontaneous Tour of Some Monuments of African Architecture, Hangar, Lisbon (2021); Talk Tower for Forough Farrokhzad, Tensta Konsthall, Stockholm (2021); 1 Million Roses for Angela Davis, Staatliche Kunstsammlungen, Dresden (2020); Dalaba: Sol d’Exil, Fidelidade Arte, Lisbon (2019); Pan African Unity Mural, MAAT – Museu Arte Arquitetura Tecnologia, Lisbon, (2018); Boca, Centre Régional de la Photographie, Douchy-les-Mines (2016); Wattle and Daub, Old School, Lisbon (2016); Hollows Tunnels, Cavities and more…, Filomena Soares Gallery, Lisbon (2015); A Tendency to Forget, Museu Berardo, Lisbon (2015); Messy Colonialism, Wild Decolonization, Zona MACO SUR, Mexico (2015); Revolutionary Traces, Stroom, Den Haag (2014); SAAL Brigades, Museu de Serralves, Oporto (2014); Independance Cha Cha, Galeria do Parque, Vila Nova da Barquinha (2014); Political Cameras (from Mozambique series), Stills, Edinburgh (2012); For Mozambique, Michael Stevenson Gallery, Cape Town (2008); Hard Rain Show, Berardo Museum, Centro Cultural de Belém, Lisbon and La Criée art center, Rennes (2008)… 

She has participated in numerous group exhibitions as well as several international biennials such as the 3rd Lubumbashi Biennial (2013), the 28th São Paulo Biennial (2008)  the 52nd Venice Biennial (2007).

02.07.2021 | by Alícia Gaspar | #bucketsystemmustfall, ângela ferreira, Art, exhibition, indépendance cha cha, South Africa

Werkleitz Festival Model an Ruin

2019 Werkleitz Festival Model an Ruin as apart of the Bauhaus Centenary Celebration. Ângela Ferreira will participate with the project Zip Zap Circus School and a new sculpture inspired by the Kiosk of Ludwig Mies Van Rohe.on 25 May, Dessau 


20.05.2019 | by martalanca | ângela ferreira

Residência Artística UPCYCLES - mobilidade nos PALOP

Iniciativa de incentivo à criação artística, à mobilidade e ao intercâmbio entre artistas emergentes dos PALOP, cuja 1.ª edição se realiza em 2019. Durante um período de 2 meses, num regime de desenvolvimento à distância, seguido de 10 dias intensivos de finalização e montagem, os participantes serão orientados para a concepção e criação de obras multimédia que “reciclem” imagens do arquivo audiovisual destes países e proporcionem novas interpretações da História e da Memória, a elas associadas, criando novas narrativas. O trabalho será acompanhado por dois formadores principais e por uma tutora e equipa técnica de apoio às questões de exibição dos trabalhos desenvolvidos. Os últimos 4 dias do programa são dedicados, exclusivamente, à montagem de uma exposição e sua inauguração pública, a 7 de Setembro de 2019, no espaço da Fortaleza de Maputo. 

Objectivos Fomentar a criação de uma rede de artistas emergentes dos PALOP;  Estimular o reconhecimento e a visibilidade internacional do trabalho autoral dos participantes; Incentivar a mobilidade de artistas e obras de arte; Promover a formação avançada ao nível da concepção, desenvolvimento e edição de projectos multimedia; Proporcionar um espaço dedicado de criação, diálogo e partilha entre artistas profissionais e emergentes, dos PALOP e lusófonos; Proporcionar o contacto dos participantes com curadores e educadores internacionais de destaque no âmbito da arte contemporânea Africana e Lusófona; Promover o conhecimento, o acesso e a reutilização dos arquivos audiovisuais dos PALOP e que a eles façam referência; Advogar pela urgência dos processos de preservação e conservação destes arquivos; Promover o emprego e a profissionalização do trabalho artístico.

Destinatários  Artistas visuais emergentes, dos PALOP, que desenvolvam a sua prática artística em campos vários de execução multimédia e que apresentem um ante-projecto para a re-utilização de recursos de arquivos audiovisuais públicos e/ou privados.

Candidaturas  A inscrição é feita via formulário online:

No formulário será solicitado o envio de dados pessoais e os seguintes documentos: Scan do Documento de Identificação; Portfólio em formato PDF (ficheiro não superior a 10MB); CV; Carta de Motivação; Ante-projecto; Link ou website para trabalhos anteriores;

Período de candidatura  30 de Março a 15 de Maio de 2019 

Divulgação dos resultados  25 de Maio de 2019 

Elementos do júri  Diana Manhiça (AAMCM), Ângela Ferreira (artista/formadora), Alda Costa (DC-UEM)

Número máximo de participantes Até 7 artistas emergentes dos PALOP, sendo 4 de Moçambique. 

Formadores Residência Criativa 2019 Ângela Ferreira (Portugal/África do Sul) e Maimuna Adam (Moçambique)

Tutoria Técnica e Montagem Diana Manhiça e Leonardo Banze (AAMCM - Moçambique) 

Condições de participação para os artistas dos PALOP* Oferta de 100% do valor da viagem internacional (até 800€), alojamento, apoio à alimentação e 100€ para materiais necessários à montagem exposição.  

Condições de participação para os artistas de Moçambique*  Oferta de apoio à alimentação e 150€ para materiais necessários à montagem exposição.

Todos os participantes deverão estar totalmente disponíveis durante os dias de formação à distância e presencial, o período de concepção do projecto e a apresentação dos resultados em exposição. 

Mais informações através do link

Qualquer pedido de esclarecimento deve ser enviado para: upcycles2019@gmail.com 

Organização 

AAMCM - Associação dos Amigos do Museu do Cinema em Moçambique

Principal Entidade Financiadora  Fundação Calouste Gulbenkian 

Parceiro Institucionais Nacionais Instituto Nacional de Audiovisual e Cinema

Fortaleza de Maputo - Direcção de Cultura da UEM

Centro Cultural Franco-moçambicano

Camões - Centro Cultural Português - Maputo

Parceiro Comunicação RTP África e RDP África

Parceiros Locais ZOOM - Produção Gráfica e Vídeo

* A AAMCM está empenhada em colaborar com os participantes para garantir a finalização das obras e o acesso a imagens de arquivo e poderá apoiar neste processo com o envio de carta-convite e o contacto com instituições parceiras. 

Biografias 

Associação Amigos do Museu do Cinema em Moçambique A AAMCM é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2016, que se dedica à pesquisa e comunicação sobre a(s) História(s) do Cinema em Moçambique. Anualmente, a AAMCM realiza um Seminário Internacional e uma Exposição Anual  Temporária, cujos temas vão compondo a base de dados de um futuro Museu Digital online. Este trabalho, com um objectivo essencialmente educativo, é realizado através de actividades que incluem estudantes e docentes de diferentes graus de ensino e aventura-se agora numa iniciativa de fomento à criação, através da reutilização do património dos arquivos audiovisuais dos PALOP.

Ângela Ferreira (1958) é uma artista plástica nascida em Moçambique, que cresceu e estudou na Cidade do Cabo (África do Sul) e, actualmente, vive e trabalha em Lisboa. Licenciou-se em escultura e obteve o seu Master of Fine Arts (MFA) na Michaelis School of Fine Arts, Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul. É doutorada pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa onde também lecciona. site da artista

Diana Manhiça (1975) é artista audiovisual, realizadora, produtora e curadora luso-moçambicana que reside e trabalha em Moçambique onde dirige o KUGOMA - Fórum de Cinema Moçambique, e preside à AAMCM que criou o projecto Museu do Cinema. Colabora na produção e consultoria para eventos e acções de formação ligados ao cinema. Coordenou a realização do Concurso Curtas PALOP-TL, em 2017/2018.

Completou o Bacharelato em escultura e é finalista de Mestrado em comunicação educacional e media digitais, na Universidade Aberta, em Portugal. 

http://kugomashortfilms.wixsite.com/kugoma

http://museucinemamoz.wixsite.com/museu-cinema-moz

Maimuna Adam (1984) é uma artista visual moçambicana que cresceu entre o país, a Suécia e a Suazilândia. Completou a licenciatura em Belas-Artes na Universidade de Pretoria, na África do Sul em 2008. Leccionou desenho no ISArC (Moçambique) entre 2010 e 2012. Participou em diversas exposições e bienais em Moçambique, Lisboa, Vitória, São Paulo, São Tomé, Bruxelas, Pretoria, Bayreuth e Le Port. Recebeu o prémio CPLP da PLMJ para um projecto de vídeo arte.

Trabalha com meios tão diversos como o papel e o vídeo e a sua temática é a migração e o acto de viajar.

Reside e trabalha a partir do Reino Unido.

https://maimunaadam.wordpress.com

Cronograma da Residência Criativa UPCYCLES 2019

Os 7 artistas seleccionados serão informados no dia 26 de Maio recebendo uma carta convite (para pedido de visto e outros procedimentos) e devem confirmar a sua total disponibilidade, enviando a cópia dos seus documentos pessoais actualizados até ao dia 30 de Maio, e um Termo de Compromisso assinado.

O módulo à distância tem início a 1 de Junho 2019.

a) Desenvolvimento de Projecto

MÓDULO DE TUTORIA À DISTÂNCIA

Este módulo consiste num processo de tutoria para o desenvolvimento da parte conceptual dos projectos assim como o desenho de uma proposta de execução.

Será dividido em 2 fases; sendo o início de cada fase marcado por um encontro Skype geral - os 7 artistas, os 2 formadores e a organização. No primeiro desses encontros, a 1 de Junho, serão agendados os restantes.

O processo de tutoria complementa-se, nesta fase, pela definição de metas e a entrega da documentação definida para cada meta, sobre a qual as tutoras emitirão um parecer com recomendações de seguimento, após o que, cada artista terá uma reunião Skype individual para esclarecimentos.

b) Finalização e Montagem de Projecto

MÓDULO DE TUTORIA PRESENCIAL

Este módulo consiste num processo de tutoria para a finalização e montagem/integração da obra no local de exposição. Será realizado de forma presencial, em Maputo, entre 26 de Agosto a 7 de Setembro, com acompanhamento diário das duas tutoras, culminando com a inauguração da exposição, a 7 de Setembro, pelas 18h30, na Fortaleza de Maputo.

A presença dos (as) artistas na inauguração é obrigatória.

Durante a fase presencial, que decorrerá nas instalações do Instituto Nacional de Audiovisual e Cinema, os (as) artistas terão apoio técnico para a finalização de processos de edição de conteúdos audiovisuais e para o transporte e a montagem de quaisquer estruturas necessárias à exposição da obra.

Para além do apoio orçamental para materiais, cada artista poderá recorrer a 1 ecrã TV ou 1 projector de vídeo, fornecidos pela organização, para a exibição do material audiovisual no espaço de exposição.

O organização envidará esforços para apoiar os (as) artistas caso seja necessário algum material ou equipamento adicional fora do previsto, mas não pode garanti-lo.

30.03.2019 | by martalanca | ângela ferreira, cinema, PALOP, residências

DALABA: SOL d'EXIL (House of Miriam Makeba)

19.02.2019 | by martalanca | ângela ferreira

Affective Utopia I Kadist Paris

Avec Sammy Baloji & Filip De Boeck, Luis Camnitzer, Ângela Ferreira, Alfredo Jaar, Kiluanji Kia Henda, Grada Kilomba, Reynier Leyva Novo et Paulo Nazareth*

KADIST invite Mónica de Miranda et Bruno Leitão, fondateurs et directeurs de Hangar, un centre de recherche artistique situé à Graça (Lisbonne) pour une résidence curatoriale et une exposition.

Développée sur trois chapitres, l’exposition Affective Utopia abordera les questions et les défis relatifs à la production de connaissances artistiques et de pratiques curatoriales en regard des tensions et conflits générés par les problématiques Sud/Nord, des divisions géographiques, de l’assimilation culturelle et du besoin urgent de décoloniser les pratiques curatoriales et artistiques. 

Les artistes de l’exposition abordent différentes façons de penser et d’interpréter la notion d’utopie dans l’art contemporain. Le concept d’utopie implique deux notions liées bien que contradictoires : d’une part l’aspiration à un monde meilleur,  d’autre part le fait qu’elle n’existe dans nos imaginaires seulement qu’à travers les fictions inventées par les artistes. Affective Utopia réfléchit à cette ambivalence et pose la question de comment l’art peut être un outil de réflexion critique sur ses propres processus de socialisation et ses liens avec les concepts géographiques affectifs d’appartenance, d’origine et de diaspora.

Inviter une structure artistique en résidence permet d’expérimenter le déplacement de pratiques contextuelles pour offrir de nouvelles perspectives à des discussions ayant lieu à Paris et à l’international.

A Lisbonne, Hangar conçoit ses expositions comme des espaces d’engagement avec le public afin de depasser sa condition de spectateur, à travers des stratégies génératrices de sociabilité. Les fondateurs de Hangar souhaitent délocaliser cette approche à Paris le temps de l’exposition, en proposant un programme de rencontres en dialogue avec le public dans un autre contexte. 

Hangar est à la fois un espace d’exposition, de recherche et de résidences d’artistes. C’est également un centre éducatif qui organise des temps de discussion dans le but d’unifier les lieux géographiques et de stimuler le développement de pratiques artistiques et théoriques. Hangar cherche à développer des projets artistiques interdisciplinaires qui se concentrent sur la ville de Lisbonne en tant que scène centrale pour la culture contemporaine. La programmation artistique est tournée vers les problématiques Sud/Nord prenant comme référence la position spécifique de cette ville, carrefour géographique ainsi qu’historique.

*Les artistes de l’exposition à KADIST ont tous travaillé avec Hangar à Lisbonne à travers des résidences, des conférences ou des expositions.

With: Sammy Baloji & Filip De Boeck, Luis Camnitzer, Ângela Ferreira, Alfredo Jaar, Kiluanji Kia Henda, Grada Kilomba, Reynier Leyva Novo
and Paulo Nazareth*

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KADIST invites Mónica de Miranda and Bruno Leitão, founders and directors of Hangar, an artistic research center located in Graça, Lisbon, for an art-space residency and exhibition.

Developed over three chapters, the exhibition Affective Utopia will approach questions and challenges relative to the production of knowledge in the arts and curatorial practices: a reflection on the tensions and conflicts generated by South/North issues, geographic divisions, cultural assimilation and the urgent need for decolonization of thought in curatorial processes and artistic production.

The artists in this exhibition discuss the different ways of thinking and performing utopia in contemporary art from a broad range of angles. The concept of utopia entails two related but contradictory perceptions: the aspiration to a better world, and the acknowledgement that its form may only ever live in our imaginations through the artists’ fictional reconstructions of reality. Affective Utopia reflects this general ambivalence, but it also poses the question of how art can be a tool for critical reflection of one’s own socialization process and to one´s connections to affective geographic concepts of belonging, origin and diaspora.

The purpose of the art-space residency is to experiment with delocalizing context relevant practices in order to offer new perspectives on discussions happening in Paris, and internationally. 

Hangar in Lisbon produces exhibitions as spaces of action for public engagement beyond spectatorship and through strategies that produce sociality. 

Delocalized at KADIST during the time of this exhibition, Bruno Leitão and Mónica de Miranda’s project will reframe this approach towards public engagement in another context and towards another audience. 

Hangar is comprised of a center of exhibitions, artistic residencies, and artistic studies. It is also a center of education, talks and conversations that unify geographic locations and stimulate the development of artistic and theoretical practices. It seeks to organize and produce the development of artistic inter-disciplinary projects and visual arts projects that focus on Lisbon as a central backdrop for contemporary culture. Hangar’s artistic program is focused on South/North problematics, taking from the specific position that Lisbon occupies both geographically as well historically.

*The artists in the exhibition have all worked with Hangar in Lisbon through residencies, talks or exhibitions.

Vernissage : le vendredi 8 février 2019
Opening on Friday, February 8, 2019Les chapitres / chapters:
1 — Concrete Utopia 
09.02 — 03.03 Avec / with Sammy Baloji & Filip De Boeck, Ângela Ferreira, Kiluanji Kia Henda
2 —Art as a Critical Tool 07.03 — 24.03 Avec / with Luis Camnitzer, Alfredo Jaar,Reynier Leyva Novo
3 —The Body as a Political Tool
04.04 — 21.04 Avec / with Grada Kilomba andPaulo NazarethLes événements / events*:26.02 Conférence de / talk by Sammy Baloji & Filip De Boeck
07.03 Conférence de / talk by Luis Camnitzer
12.04 Grada Kilomba en conversation avec / in conversationwith Paul Goodwin
*Tous les événements liés à l’exposition auront lieu à 19h au bureau de KADIST. / All associated events will take place at 7 pm, at the KADIST office.

VISIT KADIST, PARIS 19bis/21 rue des Trois Frères 75018 +33 1 42 51 83 49

04.02.2019 | by martalanca | Affective Utopia, Alfredo Jaar, ângela ferreira, Bruno Leitão, Filip De Boeck, Grada kilomba, HANGAR, KADIST, kiluanji kia henda, Luis Camnitzer, Monica de Miranda, Paulo Nazareth, Reynier Leyva Novo, Sammy Baloji

Ângela Ferreira, Pan African Unity Mural

Opening 16 November | 5 - 9 pm  Bildmuseet, Umea, Sweden 
“Director Katarina welcomes you to the exhibition at 7 pm followed by a conversation between Ângela Ferreira and museum curator Anders Jansson. The exhibition is inaugurated by vice-chancellor Hans Adolfsson, Umea University. The bar is open 5 - 9 pm. Guest DJ: Jakob Algesten. 


What is a home, and what does belonging mean for a person who is constantly on the move? Ângela Ferreira references South African singer Miriam Makeba and the US fugitive George Wright, interweaving their life stories with her own. The title of the exhibition, Pan African Unity Mural, refers to a mural which Ângela Ferreira created together with thirteen other artists in 1986-87 in Cape Town, South Africa, in protest against the apartheid regime.
Lisbon based artist Ângela Ferreira (b. 1958), Mozambique) is interested in post-colonial issues and how architecture and built environments bear traces of history, politics and ideology. In Pan African Unity Mural, the artists first solo exhibition in Scandinavia, she presents sculptures and murals in different spaces inside Bildmuseet. The exhibition is produced by Bildmuseet in collaboration with MAAT in Lisbon, and runs until 14 April 2019.”
More information: 
http://www.bildmuseet.umu.se/en/exhibition/angela-ferreira/31712

13.11.2018 | by martalanca | ângela ferreira

ÂNGELA FERREIRA | Underground Cinemas & Towering Radios

21 Julho :: 18h30 - Inauguração

Underground Cinemas & Towering Radios reúne um conjunto de obras através das quais Ângela Ferreira (Moçambique, 1958) tem investigado, celebrado e problematizado as utopias descolonizadoras e revolucionárias do período eufórico de construção nacional em Moçambique, entre a independência em 1975 e o início da guerra civil em 1977. Na linha do pensamento de Frantz Fanon, Amílcar Cabral e Samora Machel, Ferreira examina o papel da cultura, nomeadamente do cinema e da rádio, na construção da nação e nas dinâmicas de colaboração internacionalista, em contexto de Guerra Fria e de luta anti-apartheid na África do Sul. Presta homenagem a este momento histórico através de uma prática investigativa e arquivística que recorre à escultura, ao vídeo, ao som, à fotografia, à serigrafia e ao desenho para revelar imagens e sons deste período que permanecem frequentemente esquecidos. As homenagens de Ferreira sob a forma de modelos e estudos para monumentos, normalmente incluindo várias versões, retêm uma qualidade de incompletude, abertura, mobilidade e desejo – mesmo quando se trata de instalações de grandes dimensões que passaram da experimentação do desenho e da maquete ao acabamento da escultura final. Estes arquivos e cartografias de revolução são monumentos em revolução (incompleta). A utopia moçambicana do período pós-independência, os seus esforços comunitários, internacionalistas e de bases para descolonizar a produção e a distribuição de imagens, e o impacto das suas ondas (de rádio) na luta anti-apartheid regressam dos seus futuros passados para indagar o presente. 

 

Underground Cinemas and Towering Radios gathers a set of works by means of which Ângela Ferreira (Mozambique, 1958) has been investigating, celebrating and problematizing the decolonizing and revolutionary utopias of the euphoric period of nation building in Mozambique, between the independence in 1975 and the beginning of the civil war in 1977. In line with the theories of Frantz Fanon, Amílcar Cabral and Samora Machel, Ferreira examines the role of culture, notably of cinema and radio, in the nation-building process and in the dynamics of internationalist collaboration, in a context of Cold War and of anti-apartheid struggle in South Africa. She pays homage to this historical moment by means of an investigative and archival practice undertaken through sculpture, video, sound, photography, serigraphy and drawing, in order to reveal images and sounds from this period, which often remain forgotten. Ferreira’s homages in the form of models and studies for monuments, usually including several versions, retain a quality of incompletion, openness, mobility and desire – even in the case of large installations, which have moved from the experimentation of drawings and maquetes towards the finish of the final sculpture. These archives and cartographies of revolution are monuments in (incomplete) revolution. The Mozambican post-independence utopia, its internationalist and grassroots communal efforts of decolonizing image production and distribution, and the impact of its (radio) waves on the anti-apartheid struggle return from their past futures to pose questions about (and to) the present.

 

13.07.2016 | by martalanca | ângela ferreira

Correspondência # 3 _ Manuel dos Santos Maia + Ângela Ferreira na Arte Contempo - LISBOA

 

Correspondência # 3 (Ângela Ferreira + Manuel dos Santos Maia)
Arte Contempo / Rua dos Navegantes, 46-A 1200-732 LisboaDe 5ª feira a Sábado, entre as 14h30 e as 19h30 A Arte Contempo tem vindo a albergar o ciclo de exposições CORRESPONDÊNCIA.Desenvolvendo-se a partir de encontros desencadeados entre pares de artistas, de gerações distintas, com fortes afinidades formais, de pesquisa, ou de intenções. Não há uma equação de exposição pré-definida: cada encontro, implementado por uma terceira figura (a curadoria), desenvolver-se-á sob a influência de várias tomadas de vista: de identificação, de aproximação, de confluência, de conflito, etc. Uma exposição pode resultar em duas exposições individuais; uma exposição em que não se definem áreas autorais; uma exposição com obras criadas especificamente para o contexto; uma única obra concebida em conjunto; etc.Um projecto curatorial de Filipa Valladares e Maria do Mar Fazenda.

 

23.02.2011 | by martalanca | ângela ferreira