texto: Djaimilia Pereira de Almeida CCB, Pequeno Auditório 24 maio, 21H25-26 maio, 19H Pérola Sem Rapariga inspira-se na leitura de Voyage of the Sable Venus and Other Poems de Robin Coste Lewis, e do arquivo fotográfico de Alberto Henschel. O espetáculo pensa a relação entre a superfície do corpo e aquilo que sobre ele somos capazes de dizer, entre legenda e imagem, entre a pele e o salvamento. O artista Kiluanji Kia Henda intervém no espaço da cena instalando prenúncios de apocalipse. “A ideia é mergulhar na gargalhada e acordar do outro lado. Cair no riso como quem cai no sono e no sono como quem cai ao mar. Ou antes, rir como quem se ergue, tirar o pó dos joelhos dentro dos sonhos, erguer a cabeça dentro do abismo. Ou rir como quem se afoga. Renascer de um afogamento. Acordar da morte. Duas mulheres que são uma andam por aqui entretidas a abrir o caminho sinuoso aonde levam as gargalhadas. Riem a bandeiras despregadas e, quando dão conta, estão em apuros, numa confusão da qual não sabem sair sozinhas. Se há uma visão dominante, em Pérola Sem Rapariga, é que as gargalhadas das raparigas são perigosas. Parece que queremos que as mulheres posem sem rir porque temos medo do ritmo, da faca e do arco do riso — que faz tremer a terra e racha o fundo do mar.”
foto de filipe ferreira Djaimilia Pereira de Almeida direção, encenação: Zia Soares texto: Djaimilia Pereira de Almeida interpretação: Filipa Bossuet, Sara Fonseca da Graça artista visual: Kiluanji Kia Henda instalação e figurinos: Neusa Trovoada música e design de som: Xullaji design de iluminação: Carolina Caramelo assistência à encenação de movimento: Lucília Raimundo vídeo promocional: António Castelo coprodução: Sowing_arts, Teatro Nacional D. Maria II, apap – FEMINIST FUTURES (projeto cofinanciado pelo programa Europa Criativa da União Europeia) apoio: Casa da Dança, Polo Cultural Gaivotas Boavista duração: 1H > 12 Pérola Sem Rapariga integra a programação da Odisseia Nacional e o Ciclo Abril Abriu do Teatro Nacional D. Maria II, e a programação comemorativa dos 50 anos do 25 Abril do CCB. Informação e reservas: https://www.ccb.pt/evento/perola-sem-rapariga/
Pérola Sem Rapariga inspira-se na leitura de Voyage of the Sable Venus and Other Poems de Robin Coste Lewis, e do arquivo fotográfico de Alberto Henschel. O espetáculo pensa a relação entre a superfície do corpo e aquilo que sobre ele somos capazes de dizer, entre legenda e imagem, entre a pele e o salvamento. O artista Kiluanji Kia Henda intervém no espaço da cena instalando prenúncios de apocalipse.
“A ideia é mergulhar na gargalhada e acordar do outro lado. Cair no riso como quem cai no sono e no sono como quem cai ao mar. Ou antes, rir como quem se ergue, tirar o pó dos joelhos dentro dos sonhos, erguer a cabeça dentro do abismo. Ou rir como quem se afoga. Renascer de um afogamento. Acordar da morte.
Duas mulheres que são uma andam por aqui entretidas a abrir o caminho sinuoso aonde levam as gargalhadas. Riem a bandeiras despregadas e, quando dão conta, estão em apuros, numa confusão da qual não sabem sair sozinhas.
Se há uma visão dominante, em Pérola Sem Rapariga, é que as gargalhadas das raparigas são perigosas. Parece que queremos que as mulheres posem sem rir porque temos medo do ritmo, da faca e do arco do riso — que faz tremer a terra e racha o fundo do mar.”
A Associação de Mulheres Empreendedoras Europa/África promove a iniciativa MÉRITO ÀS MULHERES cujo objectivo é valorizar e premiar o papel da mulher nas mais distintas áreas profissionais.
Este ano celebra-se a 6ª Edição numa Gala que terá lugar no Estoril, dia 25 de novembro pelas 19H no Hotel Palácio.
Zia Soares é uma das mulheres premiadas na área da “REPRESENTAÇÃO” pelo seu percurso singular em África e na Europa, na área das Artes Performativas, destacando-se o facto de ser a primeira mulher negra directora artística de uma companhia de teatro em Portugal e por ser autora e encenadora do espectáculo “O Riso dos Necrófagos” distinguido como “Melhor Espetáculo 2021/2022” no âmbito do Premio Internazionale Teresa Pomodoro em Milão, Itália.
Créditos - Estelle Valente
Zia Soares é encenadora e actriz e é a primeira mulher negra diretora artística de uma companhia de teatro em Portugal.
Filha de pai timorense e mãe angolana, nasceu em Angola, reside em Portugal e trabalha regularmente na Guiné-Bissau, em São Tomé e Príncipe e em Portugal.
Frequentou a Licenciatura de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o Mestrado de Artes Cénicas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
No início do seu percurso artístico passou pelo ballet e percussão com a Companhia Nacional de Ballet da Guiné Bissau, pelas artes circenses com a Amsterdam Balloon Company dos Países Baixos, e pelo teatro, com a Companhia de Teatro Os Sátyros, de São Paulo, Brasil, e pelo Teatro Praga, tendo sido uma das fundadoras da companhia. Em 2018 e 2019 concebeu e dirigiu as primeiras performances produzidas e interpretadas exclusivamente por mulheres negras em Portugal - Gestuário I produção INMUNE (Instituto da Mulher Negra em Portugal); e Gestuário II, co-produção INMUNE/ BoCA-Biennial of Contemporary Arts.
É directora artística do Teatro GRIOT, companhia onde encenou LUMINOSO AFOGADO, a partir de Al Berto; Uma dança das florestas, de Wole Soyinka; e O Riso dos Necrófagos, de sua autoria, distinguido como “Melhor Espectáculo 2021/2022” no âmbito do Premio Internazionale Teresa Pomodoro (Milão, Itália).
Concebeu e interpretou os solos FANUN RUIN, EROSÃO e KUINZY, produzidos pelo projecto SO WING, do qual é co-fundadora.
O seu trabalho desenvolve-se sempre em estreita colaboração com artistas interdisciplinares como Kiluanji Kia Henda, Mónica de Miranda, Neusa Trovoada ou Xullaji.
Em 2022 o Presidente da República Portuguesa, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, convidou Zia Soares a integrar o programa “Mulheres de Coragem”, que visa “destacar o lugar e a dignidade das mulheres na sociedade portuguesa”.
Zia Soares é uma artista apoiada pela apap – Feminist Futures, um projeto co-financiado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia.
‘O Riso dos Necrófagos’ com Direcção e Encenação de Zia Soares, Co-produção Teatro GRIOT, Culturgest
O Riso dos Necrófagos – direcção e encenação de Zia Soares, co-produção Teatro GRIOT/ Culturgest - foi distinguido como “Melhor Espectáculo 2021/2022” no âmbito da XIII Edição do Premio Internazionale Teresa Pomodoro, promovido pelo Spazio Teatro No´hma de Milão, Itália.
Presidido por Livia Pomodoro, directora artística do Spazio Teatro No’hma, o distinto júri internacional que atribuiu o prémio de “Melhor Espectáculo 2021/2022” ao O Riso dos Necrófagos, é composto por: Lev Abramovič Dodin (diretor artístico de Malyj Dramatičeskij Teatr de São Petersburgo), Stathis Livathinos (encenador grego), Enzo Moscato (fundador e diretor artístico da Compagnia Teatrale Enzo Moscato), Lluís Pasqual (encenador espanhol), Tadashi Suzuki (Diretor da Suzuky Company of Toga – SCOT no Japão), Peter Stein (encenador alemão), Oskaras Koršunovas (fundador e diretor artístico do Oskaro Koršunovo Teatras de Vilnius – OKT), Muriel Mayette-Holtz (diretor do Théâtre National de Nice), Fadhel Jaïbi (diretor artístico do Théâtre National Tunisien) e Gábor Tompa (presidente dos Teatros da União Europeia e Diretor do Teatro Húngaro de Cluj, Roménia).
Zia Soares, diretora artística do Teatro GRIOT e também encenadora deO Riso dos Necrófagos, e parte da equipa artística do espectáculo - Benvindo Fonseca, Daniel Martinho, Mick Trovoada, Neusa Trovoada e Xullaji - rumaram a Milão para participarem na cerimónia Premiazione Xlll Edizione Premio Internazionale (que tem lugar no dia 3 de novembro no Teatro No´hma), e para receberem o prémio.
Após a estreia em Lisboa, no Grande Auditório da Culturgest, em abril de 2021, o aclamado espectáculo apresentou-se no mesmo ano em Coimbra, no Convento São Francisco, e em 2022 no Teatro No´hma e na Bienal de São Tomé e Príncipe.
O Riso dos Necrófagos começa nos vestígios da Guerra da Trindade encontrados na ilha de São Tomé, pela encenadora Zia Soares e pelo músico Xullaji, nas bocas dos que a viveram e dos que a ouviram contar.
Nesta guerra os mortos foram amontoados em valas comuns ou no fundo do mar, num exercício de violência, perpetrado pelo invasor que acredita que, ao despojar os mortos dos seus nomes, os condena ao esquecimento. Mas para os santomenses, são presenças na ilha como símbolo encarnado e, para celebrá-los, anualmente no dia 3 de fevereiro, cumprem um itinerário ritualístico, desfilando ao longo de várias horas numa marcha amplificadora de falas, cantos, risos e sons que saem de corpos convulsos.
A utopia de esvaziar o mar | Zia Soares, encenadora
O Riso dos Necrófagos transporta a esfera carnavalesca do desfile para o chão da performance construindo a isocronia no corpo dos atuantes; é prolongamento do percurso celebratório, entrópico, onde os atuantes manipulam imagens, desossam e riem do delírio na convergência de todos os tempos que evoluem por via de mecanismos do transe e da possessão — o corpo transfigura a cena à medida que os vestígios e os fragmentos da carnificina são devorados pelos atuantes-necrófagos.
Elenco: Aoaní Salvaterra, Benvindo Fonseca, Binete Undonque, Daniel Martinho, Lucília Raimundo, Mick Trovoada, Neusa Trovoada, Vera Cruz, Xullaji, Zia Soares
Música: Xullaji
Cenário e Figurinos: Neusa Trovoada
Design de luz: Jorge Ribeiro
Movimento: Lucília Raimundo
Apoio ao movimento: Marcus Veiga
Tradução para forro: Solange Salvaterra Pinto
Construção de cenário: Carlos Caetano - Construções Ilimitadas
Confeção de figurinos: Aldina Jesus Atelier
Operação de som: Luís Moreira
Vídeo: António Castelo
Design gráfico: Neusa Trovoada
Produção executiva: Noé João
Produção: Teatro GRIOT
Co-produção: Culturgest
Apoios: Academia Arte&Dança, Associação Mén Non, Batoto Yetu, Cacau, Câmara Municipal Moita, Carlos Caetano - Construções Ilimitadas, Casa da Dança, DeVIR/CAPa - Centro de Artes Performativas do Algarve, Foundation Obras, Fundação Alda Espírito Santo, Hangar, Junta de Freguesia Misericórdia, Khapaz, Polo Cultural Gaivotas Boavista, República Democrática de São Tomé e Príncipe - Embaixada em Portugal, ROÇAMUNDO-Associação para Cultura e Desenvolvimento, TerranoMedia
Agradecimentos: Ana Torres, Benvindo Semedo, Carlos Espírito Santo, Célia Pires, elenco “Machim Gang”, Jair Pina, João Carlos Silva, Lamine Torres, Luís Moreira, Luisélio Salvaterra Pinto,Noé João, Olavo Amado
O Teatro GRIOT é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal – Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Lisboa // Zia Soares é uma artista apoiada pela apap - Feminist Futures, um projeto cofinanciado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia.
Concebido no âmbito da programação paralela da exposição Europa Oxalá, este espetáculo prolonga reflexões sobre o passado colonial e os seus efeitos no presente, suscitando questões em torno da memória, da identidade e do luto.
Cortesia António Castelo.
FANUN RUIN começa no encontro com os crânios timorenses em Coimbra. Começa no revoltoso timorense desterrado para Angola e na angolana que se desterra. Começa nas perguntas.
Como eram os rostos dos decepados? Onde estão os restos dos corpos dos crânios?
Quando retornam os ossos usurpados? Quem os espera?
Elenco de vídeo Agostinho de Araújo, Aoaní Salvaterra, Domingos Soares, Fátima Guterres, Lídia Araújo, Lucília Raimundo, Manuel de Araújo, Priscila Soares
Assistência à cenografia Carlos Trovoada, Nig d’Alva
Técnico de som Luís Moreira
Fotografia António Castelo
Assistência geral Aoaní d’Alva
Cabelos Zu Pires
Maquilhagem Ana Roma
Produção Fundação Calouste Gulbenkian, SO WING
Apoios Centro Cultural da Malaposta, Polo Cultural Gaivotas Boavista
Zia Soares é uma artista apoiada pela apap – Feminist Futures, um projeto cofinanciado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia
Agradecimentos Domingos Soares e Priscila Soares, Agostinho de Araújo, Ana Alves, António Soares Nunes, Bruno Sena Martins, José Amaral, Luís Costa, Manuel de Araújo
Teatro Griot | O Riso dos Necrófagos O Riso dos Necrófagos começa nos vestígios da Guerra da Trindade encontrados na ilha de São Tomé, pela encenadora Zia Soares e pelo músico Xullaji, nas bocas dos que a viveram e dos que a ouviram contar, relatos de memórias desfocadas pela passagem do tempo.
Nesta guerra os mortos foram amontoados em valas comuns ou no fundo do mar, num exercício de violência, perpetrado pelo invasor que acredita que, ao despojar os mortos dos seus nomes, os condena ao esquecimento. Mas para os santomenses, são presenças na ilha como símbolo encarnado e, para celebrá-los, anualmente no dia 3 de fevereiro, cumprem um itinerário ritualístico, desfilando ao longo de várias horas numa marcha amplificadora de falas, cantos, risos e sons que saem de corpos convulsos.
O Riso dos Necrófagos é prolongamento desse percurso celebratório, entrópico, onde os atuantes manipulam tempos e imagens, desossam e riem do delírio, reconfigurando os vestígios e os fragmentos do morticínio, a partir da ideia de celebração - a festa, a liturgia e os aspetos ritualísticos do quotidiano.
O Teatro GRIOT é uma companhia de atores cujo trabalho se desenvolve a partir da tensão entre corpo e território, imaginários coletivos e individuais, operando num espaço de intersecção de territórios geográficos e simbólicos como ponto nevrálgico de um movimento artístico de contra-memória.
LUMINOSO AFOGADO de Al Berto é a primeira abordagem da companhia a um texto e a um autor português. A encenadora e actriz Zia Soares revisita Al Berto, com quem trabalhava na altura da sua morte na adaptação e encenação de um texto do autor, “Lunário” – o espectáculo viria a chamar-se “O Canto do Noitibó”. Zia Soares trabalhava na sua primeira encenação e Al Berto no seu último projecto artístico.
Dois anos após a estreia em Lisboa, no Teatro da Trindade, o espectáculo apresentou-se em território africano, integrado na programação do Festival Mindelact 2018, em Cabo-Verde. Esta deslocação implicou uma reconfiguração face a este território, revelando-se essencial um novo olhar que abarcasse uma outra língua, uma outra fala, o crioulo, ela própria uma reconfiguração de outras. É esta nova versão que agora se estreia em Lisboa.
LUMINOSO AFOGADO é uma espécie de linha da sombra, onde num confronto com o espelho, com a morte e com a passagem do tempo, alguém não se reconhece, está entre ser o que é e outro irrecuperável e ausente.
Espectros rompem a barreira entre vivos e mortos, refazem nexos com línguas reconfiguradas a partir de outras, cantadas, carpidas, silenciosas.
Um lugar onde o “silêncio é definitivo”, onde se oscila entre a memória e o esquecimento mais absoluto. Um mergulho onde se suspende a respiração noutro tempo, noutro lugar.
“E no meio deste silêncio uma ideia de voz, uma treva agarrada à memória.
Foi então que dei por mim a existir para lá da tua morte, como se asfixiasse. Mas o passado não é senão um sonho. Uma brincadeira com clepsidras avariadas e algum sangue.”
Agradecimentos: Al Berto, Cristina Pidwell Tavares e família, Rogério Correia, Chalo Correia
Apoios: CML, Espaço Alkantara, Polo Cultural Gaivotas Boavista, PENHA SCO-Arte Cooperativa, CEC-FLUL, FCT, Khapaz, Graça 28, Rádio Afrolis, Lisboa Africana, Casa Mocambo, Cantinho do Aziz
Espaço Alkantara - Calçada Marquês de Abrantes, 99, 1200-718 Lisboa – Portugal
O Teatro GRIOT vem por este meio dar a conhecer e solicitar a divulgação da sua próxima produção, LUMINOSO AFOGADO, monólogo a partir de Al Berto, encenação e interpretação de Zia Soares. Estreia no Teatro da Trindade a 7 de Dezembro de 2016. LUMINOSO AFOGADO é uma espécie de linha da sombra, onde num confronto com o espelho, com a morte e com a passagem do tempo, uma mulher/um homem não se reconhece, está entre ser o que é e outro irrecuperável e ausente. Um espectáculo onde o “silêncio é definitivo”, onde se oscila entre a vida e a morte, entre a memória e o esquecimento mais absoluto. Um mergulho onde se suspende a respiração noutro tempo, noutro lugar onde Zia Soares revisita, 20 anos depois, Al Berto com quem trabalhava na adaptação e encenação de “O Lunário” na altura da sua morte.
Ficha Artística Texto: Al Berto Adaptação e Encenação: Zia Soares Actriz: Zia Soares Dramaturgia de voz: Filipe Raposo Elocução: Chullage Design de luz: Eduardo Abdala Cenário e Figurino: Inês Morgado Fotografia: Pauliana Valente Pimentel Design Gráfico: Sílvio Rosado Produção: Teatro GRIOT Apoio à Produção: Underground Railroad Em cena Local: Sala Estúdio do Teatro da Trindade Morada: R. Nova da Trindade 9, 1200-301 Lisboa Data 7 a 30 Dez (interrupção entre 19 a 25 Dez) Hora qua a sáb 21h45; dom 17h00 Preço 8€ (normal) 5€ (quinta-feira) M/16 Informações| Reservas 213 420 000 (ter a sáb 14h às 18h); bilheteira.trindade@inatel.pt * Conversa com o público 15 Dez (após espectáculos Apoios: Polo Cultural GaCâmara Municipal de Lisboa, INATEL, UR, CEC_FLUL, Hostel Graça 28, El Corte Inglês.