Paula Rego: Manifesto

A CASA DAS HISTÓRIAS PAULA REGO ASSINALA OS 50 ANOS DO 25 DE ABRIL COM A EXPOSIÇÃO “PAULA REGO: MANIFESTO” - 18 DE ABRIL a 6 DE OUTUBRO 2024

A nova exposição da Casa das Histórias Paula Rego evoca a primeira mostra individual da artista, apresentada em 1965 na Sociedade Nacional de Belas-Artes, para relembrar, nos 50 anos do 25 de Abril, os temas e acontecimentos marcantes da história recente de Portugal que Paula Rego, destemidamente, explorou nas suas obras. 

Paula Rego: Manifesto” tem curadoria de Catarina Alfaro e Leonor de Oliveira e estará patente na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, de 18 de abril a 6 de outubro 2024. A exposição é realizada numa iniciativa da Fundação D. Luís I e da Câmara Municipal de Cascais, no âmbito da programação do Bairro dos Museus, que assim prosseguem a ambiciosa política cultural que em conjunto definiram.

Paula Rego: Manifesto” parte da recriação da primeiríssima exposição individual de Paula Rego, apresentada há quase 60 anos, numa altura marcada pela intensificação do ambiente repressivo e persecutório da ditadura. A partir de 18 de abril, dezoito das dezanove pinturas que compunham aquela mostra histórica, criadas entre 1961 e 1965, estarão novamente reunidas e poderão ser vistas na Casa das Histórias Paula Rego.

Algumas das obras que integram “Paula Rego: Manifesto” foram localizadas apenas recentemente, depois de anos em paradeiro incerto, fruto de um minucioso trabalho de investigação, ainda decorrer, que ambiciona catalogar todos os trabalhos conhecidos que Paula Rego produziu entre as décadas de 1950 e 1960. As obras em empréstimo são provenientes das coleções de instituições nacionais como a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundação de Serralves, além de coleções particulares portuguesas, inglesas e francesas.

Em obras como “Manifesto por uma causa perdida” (1965), “Cães famintos” (1963), “Alegoria Britânica” (1962-63), “Tarde de Verão” (1961) e “Fevereiro 1907 (O Regicídio) (1965), Paula Rego, corajosamente, afirmava uma atitude de resistência contra a ditadura, que considerava anacrónica e absurda. As pinturas exibidas em 1965 e novamente em 2024, comunicavam a sua experiência enquanto artista e mulher e revelavam a violência da realidade vivida, que incluía a Guerra Colonial Portuguesa, que a artista também criticou. Para ressaltar a importância daquela exposição no panorama cultural português da época, “Paula Rego: Manifesto” integra documentos daquele período relacionados com a organização e a receção crítica da mostra de 1965.

Paula Rego, Manifesto por uma causa perdida, 1965Paula Rego, Manifesto por uma causa perdida, 1965

As pinturas em exposição também revelam como o experimentalismo plástico confundiu a censura e colocou em causa as convenções artísticas, políticas e sociais da época. As curadoras da exposição de 2024, Catarina Alfaro e Leonor de Oliveira, observam que “a técnica plurimaterial que a artista então desenvolvera, utilizando materiais heterogéneos — tintas, papéis recortados e colados sobre a tela — e os temas abordados, que sugerem um posicionamento crítico e de desafio em relação à autoridade, manifestam uma atitude de resistência política através da prática criativa. A sua primeira exposição individual criou, por isso, nesse ano sombrio de 1965, um espaço de dissensão, confronto e liberdade”.

Contudo, a recriação da exposição original ocupa apenas 1 das 8 salas da Casa das Histórias Paula Rego dedicadas à mostra que será inaugurada a 18 de abril. A segunda parte da exposição apresenta cerca de 60 obras e propõe um aprofundamento crítico, através do olhar e da experiência de Paula Rego, sobre temas como o contexto pós-revolucionário, assim como a intervenção cívica da artista no seu país de origem. As curadoras também salientam: “pela primeira vez reúne-se um conjunto de obras que comentam a Revolução de 25 de Abril de 1974 e a persistência de elementos icónicos da ditadura na sociedade portuguesa em democracia”. 

A segunda parte da exposição apresenta ainda as obras em que Paula Rego aborda temáticas relativas aos direitos das mulheres, um assunto que tratou durante toda a sua carreira, desde as suas primeiras provocações sobre o prazer feminino, a constante denúncia sobre a repressão, violência e discriminação contra as mulheres, às séries mais recentes, como “Mutilação genital feminina” de 2009. Destacam-se os desenhos em que confronta a indiferença dos portugueses, traduzida na grande abstenção ao referendo de junho de 1998, sobre a questão da despenalização do aborto. Com estas obras, a artista interveio mais diretamente na discussão política em Portugal e “contribuiu decisivamente para consciencialização da opinião pública sobre a necessidade de uma tomada de posição, que viria acontecer no terceiro referendo realizado em 2007 e que veio finalmente alterar a legislação portuguesa”, recordam as curadoras.

Para Catarina Alfaro e Leonor de Oliveira, Paula Rego foi uma artista contrahistoriadora: “a narrativa sobre a ditadura e o processo de democratização têm sido dominados pela perspetiva e ações masculinas. Em contracorrente, a obra de Paula Rego inscreve na abordagem crítica desses momentos históricos não só a experiência feminina, mas também o papel das mulheres na luta pela democracia e pelos seus direitos. O trabalho criativo e a intervenção cívica da artista recordam-nos ainda que a democracia é um projeto em construção e tem que ser revista e promovida constantemente”.

Para mais informações, agendamento de entrevistas e reportagens:

Samir Menezes                                                                                                                            samir.menezes@terraesplendida.com | TEL.| (+351) 934 706 848 

Carlota Garcia

carlota.garcia@terraesplendida.com | TEL. (+351) 919 041 519

INFO SpeedFacts:

Exposição de arte

Casa das Histórias Paula Rego 

Avenida República, 300 – 2750-475 Cascais, Portugal

+351 214 826 970

https://www.fundacaodomluis.pt/ | https://casadashistoriaspaularego.com/pt/ 

Abertura ao público: Terça-feira a domingo, das 10h às 18h (última entrada: 17h40)

Admissão: 5 euros (permite acesso à Casa das Histórias Paula Rego)

09.04.2024 | by martalanca | Paula Rego

O 24 de Abril começou em África

 

Sexta-feira, 12 de abril de 2024 às 18:30 - 20:00 WEST

Bublioteca de Belém 

 

Conversa entre o historiador José Augusto Pereira e Lúcia Furtado, ativista da organização FEMAFRO - Associação de Mulheres Negras, Africanas e Afrodescendentes em Portugal, sobre os vínculos entre a ação dos movimentos nacionalistas em África e a revolução de abril.
Participação gratuita e com marcação prévia: bib.belem@cm-lisboa.pt

 

 

 

08.04.2024 | by Nélida Brito | 25 de abril, Africa, biblioteca de belem

11 de abril, às 18h30, na Escola das Artes da Universidade Católica no Porto | Artista Ayrson Heráclito fala sobre escravatura e colonização

Aula Aberta, dia 11 de abril, às 18h30, na Escola das Artes da Universidade Católica no Porto

Artista Ayrson Heráclito fala sobre escravatura e colonização

Sacudimentos: a reunião das margens atlânticas

O artista Ayrson Heráclito irá apresentar na Escola das Artes a performance “Sacudimentos”, realizada na Casa da Torre e na Maison des Esclaves em Gorée, em 2015. Unindo duas margens do Atlântico, uma associada ao antigo sistema colonial português, no caso da Casa da Torre dos Garcia d’Ávila, na Bahia, e a outra ao sistema escravista que ligou a África ao continente americano, no caso da Maison des Esclaves (Casa dos Escravos), na ilha de Gorée, a performance é uma espécie de “exorcismo” realizada em dois grandes monumentos arquitetónicos ligados ao tráfico atlântico de escravos e à colonização. Como retomar criticamente o passado colonial e o escravismo para refletir sobre as condições históricas e sociais do presente nas duas margens atlânticas e quais as consequências duradouras da colonização e do escravismo para a África e para o Brasil, são algumas das questões apresentadas na performance. Heráclito vai estar na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa no Porto, a participar numa aula aberta no próximo dia 11 de abril, às 18h30.

Doutorado em Semiótica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e professor do curso de Artes Visuais do Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB, Ayrson Heráclito dará uma aula aberta no próximo dia 11 de abril, às 18h30, na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa no Porto.

Nascido em Macaúbas, Bahia, em 1968, o artista, curador, pesquisador e professor assume nas suas obras diferentes linguagens das artes visuais, como a pintura, desenho, escultura, fotografia, audiovisual, instalação e performance, lidando com frequência com elementos da cultura afro-brasileira. Partindo do contexto histórico da colonização e da escravização de povos africanos no Brasil, expropriados da sua humanidade, para serem usados como mão de obra no cultivo da cana-de-açúcar, o artista concebeu o conceito de corpo afro-diaspórico: um corpo arrancado à força do seu Continente, atravessando o oceano – “Atlântico Negro” – e inserido num projeto de país construído pelas ações da desumanidade e da violência, que deixou um legado de extrema desigualdade social e profunda pobreza.

Os seus trabalhos foram expostos em importantes eventos internacionais, como a Bienal de Veneza, Itália (57ª edição, em 2017), o Fowler Museum, em Los Angeles, EUA (2017), o European Centre for Contemporary Art, na Bélgica (2012), o Malba, Argentina (2010), a Kunst Film Biennial, Alemanha, a II Trienal de Luanda, em Angola, a 2ª Changjiang International Photography and Video Biennial, na China, o Weltkulturen Museum, Alemanha, ou nas Bienais III e X do Mercosul, ambas no Brasil.

Também no Brasil, os trabalhos de Ayrson Heráclito foram já apresentados em espaços de exibição, como o Museu de Arte do Rio (MAR/RJ), a Associação Cultural Videobrasil (SP), a Pinacoteca do Estado de São Paulo (SP), o Museu de Arte Contemporânea (MAC, RJ), a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ), o Museu de Arte Moderna da Bahia (BA), o SESC Pompeia (SP), o Museu da Cidade (OCA, SP) e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB, BSB).

Algumas das suas obras integram também coleções de alguns museus e instituições, como a Coleção Itaú Cultural (São Paulo, Brasil), o Instituto Inhotim (Brumadinho, Minas Gerais), o Museum der Weltkulturen (Frankfurt, Alemanha), o Museu de Arte do Rio (Rio de Janeiro, Brasil) a Pinacoteca do Estado de São Paulo (São Paulo, Brasil), o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (São Paulo, Brasil), a Raw Material Company (Dakar, Senegal) e o Museu de Arte Moderna da Bahia (Salvador, Brasil).

Esta aula aberta integra o ciclo “Não foi Cabral: revendo silêncios e omissões”, um programa com co-curadoria de Lilia Schwarcz (antropóloga e historiadora brasileira) e Nuno Crespo, que contempla uma agenda de concertos, conferências, exposições e performances, que vão decorrer entre 16 de fevereiro e 24 de maio. O ciclo é organizado pela Escola das Artes, em parceria com a Universidade de São Paulo (Brasil) e a Universidade de Princeton (EUA).

08.04.2024 | by mariana | ayrson heráclito, colonização, Escola das Artes da Universidade Católica no Porto, escravatura

Ciclo de Conferências Tramas da Memória: espaços para contar

Mais um ciclo de conferências on-line no âmbito das Tramas da Memória: espaços para contar. Este ciclo

é dedicado a 4 cidades africanas onde também se forjaram as lutas pelas independências africanas e o 25 de Abril de 1974.
Entre Março e Junho Rabat, Lusaka, Congo-Brazzaville e Lusaka serão os pontos cardeais desta viagem,respetivamente com Susana Martins, Clarence Chongo, Jean Michel Mabeko-Tali e Rui Bebiano.


PROGRAMA
10 de abril, 16h00 (GMT+1)
Rabat por Susana Martins (IHC, Universidade Nova de Lisboa)
Moderação: Miguel Cardina (CES)[Ligação > https://zoom.us/j/82605267344 | ID: 826 0526 7344 | Senha: 543233]19 de abril, 16h00 (GMT+1)
Lusaka por Clarence Chongo (Universidade de Lusaka)
Moderação: Maria Paula Meneses (CES)
[Ligação > https://zoom.us/j/86826582812 | ID: 868 2658 2812 | Senha: 209838]16 de maio, 16h00 (GMT+1)
Congo-Brazaville 
por Jean Michel Mabeko-Tali (Universidade de Howard)
Moderação: António Sousa Ribeiro (CES)
[Ligação > https://zoom.us/j/82546467929 | ID: 825 4646 7929 | Senha: 789759]17 de junho, 17h00 (GMT+1)
Argel por Rui Bebiano (CES, Universidade de Coimbra)
Moderação: Marisa Ramos Gonçalves (CES)
[Ligação > https://zoom.us/j/89882733221 | ID: 898 8273 3221 | Senha: 991616]

 

 

05.04.2024 | by martalanca | Tramas da Memória: espaços para contar.

Histórias difíceis, legados difíceis - Como ensinar e falar sobre escravatura e comércio transatlântico de escravos | Museu Nacional de História Natural e da Ciência

Formação para Professores

O Museu Nacional de História Natural e da Ciência é parceiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do Slave Wrecks Project, na formação para professores “Histórias difíceis, legados difíceis - Como ensinar e falar sobre escravatura e comércio transatlântico de escravos”. A formação decorre na Fundação Calouste Gulbenkian de 1 a 5 de julho e de 8 a 12 de julho. As inscrições já estão abertas! 

Esta formação teórico-prática de uma semana tem como objetivo formar professores, mediadores de museus e outros profissionais da área educativa na abordagem de histórias difíceis, tais como o tráfico transatlântico de escravos. Focando-se na apresentação de elementos históricos que contextualizam o papel de Portugal no comércio de escravos, esta formação destaca os importantes legados desse comércio, desconstruindo alguns preconceitos ainda enraizados na memória pública portuguesa.

Criada e ministrada pelo Slave Wrecks Project (projeto dedicado à investigação da história da escravatura, tráfico de escravos e seus legados) em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian, esta formação terá a participação de académicos portugueses e norte-americanos cujo trabalho se tem destacado pela investigação deste tópico e respetivas abordagens pedagógicas, de forma inclusiva e equitativa.

A formação contará com workshops dirigidos pela coordenação técnica do curso e académicos convidados, destinados a refletir sobre os atuais programas escolares, e apresentar abordagens alternativas com base em histórias específicas de pessoas escravizadas, lugares, comerciantes, e navios, com a intenção de humanizar e materializar essas histórias.

A formação incluirá também uma visita ao MUHNAC-ULisboa e outros espaços públicos de Lisboa para identificar e refletir em conjunto sobre a visibilidade ou invisibilidade da história da escravidão na memória pública e nos seus espaços.

Adicionalmente, o curso contará com uma formação de um dia em Storymaps (ArcGIS), ministrada pela ESRI, com o principal objetivo de fornecer aos professores ferramentas e técnicas pedagógicas que poderão depois ser utilizadas nas salas de aula.

Cada semana de formação terminará com uma palestra aberta ao público (5 e 11 de Julho), no auditório 3, onde participarão os académicos convidados.

O curso destina-se especialmente a professores de História do ensino básico – do 5.º ao 9.º anos de escolaridade. No entanto, professores de outras disciplinas e níveis de ensino podem participar, assim como profissionais das áreas pedagógicas de museus. Tem a duração de 1 semana, de segunda a sexta-feira, das 10:00 às 17:30, com intervalo das 13:00 às 14:30.

Será lecionado maioritariamente em português (PT), com duas sessões em inglês (EN) com tradução simultânea. O bilhete do curso inclui a formação em Storymaps e entrada nos museus. Os participantes devem assegurar a deslocação e refeições.

Esta formação é apoiada pela Embaixada dos Estados Unidos da América em Lisboa, e tem a colaboração do Museu de História Natural e Ciência da Universidade de Lisboa, e do Museu de Lisboa.

Programa, inscrições e mais informações aqui

04.04.2024 | by Nélida Brito | Africa-Portugal, educação, escravatura

(Digital) Retrospectives on Historiography from Africa: Decolonization, the African press, and the uses of knowledge (open)

Editors: Noemi Alfieri (CHAM, NOVA FCSH-UAc; Africa Multiple Cluster of Excellence, U. Bayreuth), Cassandra Mark-Thiesen (Africa Multiple Cluster of Excellence, U. Bayreuth)

The history of knowledge production in Africa is a rising topic in the backdrop of growing awareness of the uneven globalization of intellectual thought. Focusing on the era of decolonization in Africa, a growing number of scholars are especially exploring historiography as read in periodicals such as pamphlets, magazines, journals or newspapers (Mark-Thiesen, Alfieri, Thioub, Coquerey-Vidrovitch and others). They provide important impetus for understanding the link between media and emancipation,
political democracy, freedom of choice, self-awareness, and selective association.

This special issue of Práticas da História reflects on contemporary epistemological possibilities and constraints in the writing of history. Therefore, it welcomes both contributions that dwell on African journals (scholarly, literary, artistic and ephemeral periodicals) from the 1950s to 1980s, and on the histories behind said periodicals. We look forward to contributions that explore different and contested visions of decolonization and future-making for the African continent and its diaspora. We also invite articles investigating differently situated historiographies from Africa: that use local vernacular by incorporating idiom, local imagery, myth and folklore; that relate to the present or the deep past. We also encourage more nuanced takes on the “nationalist historiography” that when viewed as a monolith was so dominant at the time. For instance, Pan-Africanism and Négritude, while revolutionizing the political assets of the continent, remained contested as intellectual projects. Finally, articles problematizing the current conceptualisations of such historiography as either “colonial”, “traditional”, “radical”, eurocentric”, “afrocentric”, “Africa-centred”, and so forth, are highly welcomed.

Finally, on methodology, and given the current wave of digitisation and digitality, the guest editors encourage reflections on processes of digital preservation and recirculation of historiography from Africa, including their implications for Africa-based and African diasporic knowledge production in the arts, literature, and scholarship. How about their impact on the expansion of the public arena and community empowerment? How are online platforms fostering a re-positioning, re-calibrating and re-thinking of these bodies of knowledge from Africa? And what potentialities lie in the future? In short, we are interested in contributions that dwell on contemporary and future receptions of the above-mentioned publications and journals in the digital sphere.

Proposals (maximum 500 words) must be sent by 30 April 2024 to praticashistoria@gmail.com . Proposals must be accompanied by a short biographical note. The acceptance or refusal of the proposal will be communicated by 15 May 2024. The articles of accepted proposals must be submitted by 31 July 2024. Contributions in both English and Portuguese are welcome.

04.04.2024 | by Nélida Brito | Africa, descolonization

Quis saber quem sou (de Pedro Penim) | Ensaio de imprensa - 10 abr, 15h

Quis saber quem sou – Um concerto teatral

 Ensaio de imprensa: 10 de abril, 15h, Tobis (Lisboa)

Quis saber quem sou – Um concerto teatral, de Pedro Penim, estreia no São Luiz Teatro Municipal a 20 de abril, onde permanecerá em cena até dia 28 do mesmo mês. Uma estreia que acontece no âmbito do ciclo Abril Abriu, do Teatro Nacional D. Maria II, e que segue depois em digressão pelo país até ao final do ano, a propósito da Odisseia Nacional, também do D. Maria II.

A meio caminho entre o concerto e a peça de teatro, o espetáculo Quis saber quem sou - Um concerto teatral pretende revisitar as canções da revolução, as palavras de ordem, as cantigas que são armas, mas também as histórias pessoais das gerações que fizeram o 25 de Abril, trazendo para o palco 13 jovens atores/cantores e colocando nas suas vozes e nos seus corpos de hoje, e do futuro, a memória das palavras da liberdade.

Com conceção, texto e encenação de Pedro PenimQuis saber quem sou conta ainda com direção musical de Filipe Sambado e direção vocal de João Neves. A interpretação é de Ana Pereira, Bárbara Branco, Eliseu Ferreira, Francisco Gil Mata, Inês Marques, Jéssica Ferreira, Joana Bernardo, Joana Brito Silva, Manuel Coelho, Manuel Encarnação, Pedro Madeira Lopes, Rafael Ferreira, Rute Rocha Ferreira e Vasco Seromenho.

Em cena no São Luiz Teatro Municipal de 20 a 28 de abrilQuis saber quem sou – Um concerto teatral tem Língua Gestual Portuguesa integrada no espetáculo. As sessões dos dias 26 e 28 de abril contam ainda com audiodescrição.

ENSAIO DE IMPRENSA – 10 DE ABRIL (QUARTA-FEIRA)

15h: Início do ensaio corrido, seguido de entrevista

17h: Cenas para TVs, seguidas de entrevistas

Local: Tobis (Estúdio 1. Praça Bernardino Machado 2, 1750-042 Lisboa)

Agradecemos confirmação da presença no ensaio para Élia Teixeira (eteixeira@tndm.pt / 969 695 674).

Mais informações sobre o espetáculo no dossier disponível aqui e programa completo do ciclo Abril Abriu disponível aqui.

 

03.04.2024 | by mariana | concerto teatral, pedro penim, São Luiz Teatro Municipal, Teatro Nacional D. Maria II

Exposição Mínimo Olhar de António Ferra - Espaço Ulmeiro

Trata-se de um painel com cerca de dois metros e meio de largura onde serão colocados 12 quadros em pequeno formato e 15 miniaturas (pintura-colagens).

A exposição estará em cena até ao dia 30 de abril.

Exposição : 

Mínimo Olhar

pintura – colagens – objectos 

__________________________________

abertura – 5 de Abril às 17h até 30 de Abril local – Livraria Espaço Ulmeiro            

Av. do Uruguai, 19 – b (Benfica)

__________________________________________

António Ferra Trabalho e convivo com palavras e imagens. As palavras tento juntá-las de maneira a criar imagens. As imagens tento construí-las de maneira a evocarem palavras lidas de outro ângulo. Assim me encontro no nascimento das formas, colando luz no papel que desempenho.

Desenho desde sempre, escrevo desde então. Às vezes dramatizo as palavras e as imagens 

em curtas performances satíricas e humorísticas - afinal a tragédia e a comédia sempre andaram de mãos dadas. Publiquei livros, cerca de trinta e fiz algumas exposições, talvez uma vintena. Aprendi e aprendo com as palavras e as imagens dos outros.

_____________________________________________________________

cercado pelas aves 

movo-me entre a 

magnificência da terra

e as penas espalhadas 

no meu bairro 

 

Imagens de António Ferra

03.04.2024 | by mariana | António Ferra, Espaço Ulmeiro, exposição, Livraria Ulmeiro, Mínimo Olhar

Lisboa Afro-Atlântica

Escrevo para partilhar convosco a III sessão do Seminário Permanente Lisboa Afro-Atlântica,  que irá ocorrer no dia 22/04 às 17h, na sala B112.B da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa - detalhes em anexo. 

Para a ocasião, conversarão conosco Telma Tvon, autora de Um preto muito português, e Margarida Calafate Ribeiro (CES - Universidade de Coimbra). 

03.04.2024 | by mariana | FLUL, Inocência Mata, Lisboa Afro-Atlântica, Luca Fazzini, Margarida Calafate Ribeiro, seminário, telma tvon

Abril Independente | Programação Especial Abril na Casa Independente

A CASA INDEPENDENTE APRESENTA PROGRAMAÇÃO ESPECIAL DE ABRIL

Abril Independente
(faccioso e não dormente)

O mês de Abril na Casa Independente, faz abrir muitas portas e janelas, para uma programação que se quer na rua e até ao telhado da Casa.

A data evoca muitas lutas e mais do que recriações este mês procura convulsões, com uma assinatura de programação a 4 mãos, o Take Over* da Casa alargou-se e estendeu-se à programação, que Roger Madureira (da Equipa da Casa) pensou com a Inês Valdez e com a Patrícia Craveiro Lopes, juntando ao trio Renata Sancho (Cineasta Portuguesa e que tem a seu encargo a produtora Cedro Plátano) para uma curadoria de cinema. Com este quarteto de tigresas, apresenta-se sob a égide de “O Serviço de Cirurgia Democrática” as intervenções que vão presentear os dias na Casa, com reflexão, arquivo, memória, luta, resistência e arte.

De 1 a 30 de Abril, os espaços da Casa, da entrada ao telhado, passando pelas varandas e paredes, cobrem-se de intervenções e instalações numa ocupação visual, que traz evocações de Ana Hatherly (1929-2015) à iconografia das pinturas murais revisitadas pelo olhar da equipa, e que reflectem as lutas activas de hoje e relembram a relevância que mantêm desde abril de 74, abordando temas como o colonialismo, a censura, a tortura, o exílio, sem deixar de lado a luta feminista.

De 2 a 30 de abril, às terças-feiras (2, 9, 16, 23 e 30 de abril), às 21H, o ciclo de cinema “Vejam Bem”, pensado e curado por Renata Sancho, oferece-nos um espaço de pensamento, com exibição de filmes seguida de conversa de contextualização e digestão. Neste ciclo procura-se recuperar olhares sobre a liberdade e registos como “O medo à espreita” & “Outra forma de Luta”, entre outros títulos cuidadosamente pensados para este mês e que introduzem diversas questões “quentes” do pós-25 de Abril, como a independência das ex-colónias.

E como Abril se fez e se cumpre na rua, é para a rua que segue a programação deste mês, na noite de 24 para 25 de Abril, sob a denominação de “Por teu Livre Pensamento”. Mais que recriações históricas, procuram-se convulsões heroicas, desse heroísmo que só se faz em modo colectivo, com todos no Largo do Intendente, e de participação aberta a todos, com uma apresentação única de videomapping analógico na fachada da Casa Independente. Um mapeamento de retropojectores, manipulados humanamente e em directo, com muita margem para erros, como a vida, pensando no que seria o videomapping há 50 anos sem os recursos existentes hoje. Uma performance duracional, multidisciplinar, activa e política que a todos convoca para a luta activa contra uma ideia de falsa democracia. Nesta noite com performance e instalações que congrega música e muitas outras intervenções surpresa pensadas para este momento, em que se grita que estarmos vivas e activas na Casa Independente, tem um duplo sentido: a liberdade e a resistência, e o fim de um edifício, mas não o fim de um projecto.

Já depois da meia noite, dentro da Casa Independente, Bruno Huca que é actor e é cantor, sendo os dois apenas este corpo, esta alma com pés no chão e carapinha no céu, apresenta-se em concerto, numa noite que será de entrada livre (até à lotação da Casa). Mais surpresas serão anunciadas em breve.

Para além da programação especial de Abril, que evoca todos os sentidos, a Casa mantém a programação regular que promete transformar as noites de fim de semana em momentos de luta e glória, com as habitués DJ Set pelo mês dentro: SELECTA ALICE (5 Abr), LADYG BROWN (6 Abr), SUGU (12 Abr), FIDJU-FEMA (13 Abr), RITA SÓ (19 Abr), PIRIQUITOS MUITOS (20 Abr), LEO SOULFLOW (26 Abr), SIR SCRATCH + DOM MAC I (27 Abr); todas as sextas e sábados de abril, com bilheteira à porta.

Comecem as mobilizações e as festividades, em Abril, resistências mil, na Casa Independente para toda a gente.

*O Take Over é uma iniciativa interna da Casa, que dá a vez e a voz, mensalmente, a uma pessoa da equipa para assumir a comunicação da programação. Iniciada em Março com Marcos, gerente da Casa, o mês de Abril abre as portas ao Take Over do Roger, que se envolveu também no desenho da programação especial de Abril. Todo o programa foi pensado a partir de elementos físicos e de memória da Casa e edifício, evocando os princípios de luta activa, mais que nunca, e trazendo para as diferentes secções da programação, detalhes da Casa, como por exemplo o facto do edifício ter albergado na sua história a Associação do Livre Pensamento; ou ainda o detalhe da sala de trabalho interna ter sido em tempos o Serviço de Pequenas Cirurgias, entre outros detalhes que nortearam e inspiraram o programa que a equipa agora apresenta.

 

03.04.2024 | by mariana | 25 de abril, 50 anos do 25 de abril, casa independente, inauguração, liberdade

Invitation Seminar "Revolução e Cidadania Pós-Colonial" - 9 April 2024, 4pm-6pm, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

The organizers of the seminar cycle “Memory, Culture and Citizenship in Post-Colonial Nations” are pleased to invite you to a new session entitled “Revolução e Cidadania Pós-Colonial”. 

Our guests, Ana Josefa Cardoso, Hélder Lopes and Joãozinho da Costa, will discuss the use of crioulo language and artistic expression in post-colonial Portugal.

The session will be moderated by Adriana Duarte, member of the Project “Constellations of Memory: a multidirectional study of postcolonial migration and remembering”.

It will take place on 9 April, from 4pm to 6pm, at the Library of the School of Arts and Humanities, University of Lisbon (room B112.B) and will be held in Portuguese.

03.04.2024 | by mariana | 50 anos de abril, FLUL, invitation, Revolução e cidadania pós-colonial

Aulas de Dança Afro-Brasileiras com Rita Carneiro

Vem aprender a dançar com a Rita Craneiro! 

Aos sábados, Rita Carneiro, dá aulas de danças afro-brasileiras na Casa do Brasil de Lisboa. As aulas isoladas têm um custo de 8 euros. Também é possível pagar um mensalidade de 30 euros e ter aulas o mês todo (aos sábados). 

 

02.04.2024 | by Nélida Brito | Africa, Brasil, dança, Rita Carneiro

Gisela Casimiro: in this new picture your smile has been to war

Inauguração: 11 Abril, 18h, Appleton

01.04.2024 | by martalanca | Gisela Casimiro

Ambiguidades e ambivalência sobre a memória colonial: o caso de Dundo, Memória Colonial

FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE LISBOA 

CENTRO DE ESTUDOS COMPARATISTAS 

GRUPO MORPHE

17 abril 2024 17:00 - 19:30 

Data: 17 de Abril de 2024 | 17h00-19h30

Local: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa | Anfiteatro IV

Organização: Inocência Mata (CEComp/FLUL) e Márcio Aurélio Vecchia (USP)

Memória Colonial, Um filme de Diana Andringa

Projeção seguida de debate

 

Dundo, Memória Colonial (2009), de Diana Andringa, aborda o regresso de sua realizadora ao Dundo, Angola, sua terra natal, após cinco décadas. Nascida em 1947 e filha de um engenheiro da DIAMANG, ela deixa o Dundo aos 11 anos. No documentário, de 60 minutos, Andringa revisita lugares que foram importantes na sua infância, bem como conversa com antigos funcionários daquela empresa, os quais deixam relatos de como era viver sob o colonialismo. O que nos diz essa memória colonial?

Esta actividade realiza-se no âmbito do projeto FCT A LITERATURA COLONIAL PORTUGUESA: ALÉM DA MEMÓRIA DO IMPÉRIO (2022.06543.PTDC), do Grupo MORPHE/CEComp.

Apresentação de Márcio Aurélio Recchia (USP)

Comentários e moderação de Ana Bela Morais (LOCUS/CEComp)

31.03.2024 | by martalanca | debate, Dundo, filme, FLUL, memória colonial

Chamada de trabalhos aberta até 30 de março!

A Universidade Jean Piaget de Cabo Verde foi selecionada para a atribuição de uma subvenção ao abrigo do programa PARCOS de Apoio a Congressos e Seminários na área da Língua Portuguesa, promovido pelo IILP - Instituto Internacional de Língua Portuguesa.

A candidatura parte do Polo do Mindelo da nossa Universidade que, em parceria com o CHAM_ Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa estão a organizar o 1EILLAP_ 1º Encontro Internacional Lusófono de Literatura, Arquitetura e Património, e que se realizará nos dias 9 e 10 de maio no Centro Cultural do Mindelo. 

A subvenção para a qual fomos selecionados permitir-nos-á contar com o IILP enquanto nosso coorganizador e, com isso, promover uma Bolsa de Apoio à Participação no Encontro, a qual denominamos de BAP-IILP/EILLAP, cujos valores poderão oscilar entre os 150€ e os 250€, dependendo da quantidade de candidaturas à bolsa que recebermos e se se tratarão de participações nacionais ou internacionais.

BAP-IILP/EILLAP

150€ - 250€

Candidaturas até 5 de abril

através de eillap2024@gmail.com 

+info: https://novaresearch.unl.pt/en/activities/1º-eillapencontro-internacional-lusófono-de-literatura-arquitetur

27.03.2024 | by martalanca | cabo verde, Universidade Jean Piaget

50 anos do 25 de Abril / Mulheres, Literatura e Revolução e MULHERES RARAS

MULHERES, LITERATURA E REVOLUÇÃO
Nos 50 anos do 25 de Abril e com um país a virar à direita é preciso entendermos melhor a nossa história para que consigamos agir, não baixar os braços e fazer muito barulho. Nesse contexto organizei na Snob um novo curso que tenta entender, do ponto de vista das mulheres - quem na verdade viu a sua vida mudar radicalmente com a revolução - como se fez essa transição. Uma revolução que se fez num dia teve e tem ainda décadas de trabalho para fazer na consciência do potencial da nossa liberdade, empatia e respeito pelo outro. Em três sessões vamos pensar como se ensina um país a viver em liberdade através da literatura, do activismo, da acção social, dos movimentos espontâneos e organizados. Só entendendo o que se passou podemos fazer o tanto que ainda falta fazer.
15, 22 e 29 de Abril, segundas-feiras19h - 20h3050€Presencial na Snob, zoom ou em vídeo em qualquer altura.Inscrições e informações: mulheres.raras.info@gmail.com
https://www.rosaazevedo.com/post/em-abril-na-snob
MULHERES RARAS

O projecto MULHERES RARAS lança-se para fora de portas, mais precisamente para o Reguengo Grande nos arredores da Lourinhã. No fim-de-semana de 6 e 7 de Abril a nossa proposta é afastarmo-nos de todos para nos aproximarmos uns dos outros a falar de livros escritos por mulheres no séc XX, em Portugal. O fim-de-semana inclui o curso MULHERES RARAS, leituras autónomas, leituras orientadas, muitas conversas sobre livros e não só, e algum tempo livre. Inclui também duas noites numa casa charmosa e todas as refeições (que serão preparadas comunitariamente.)

DATAS
De 5 de Abril, 21h a 7 de Abril, 17h
Casal Serrano
https://www.booking.com/Share-QHJp1Zd

MULHERES RARAS

Nas publicações de referência da História da Literatura Portuguesa do séc. XX escasseiam mulheres. Por um lado podemos afirmar sem estar longe da verdade que as mulheres escreviam menos que os homens. Mas porquê? E será que se justifica que os nomes de mulheres ao longo da primeira metade do século se contem pelos dedos de uma mão? Neste curso vamos falar de uma cultura feminina, por oposição a uma escrita feminina, revelar o que se passou no século XX em Portugal, falar de escritoras, do meio onde elas tiveram de se afirmar, pensar em conjunto que fenómeno de apagamento foi este. E, acima de tudo, vamos devolver à literatura alguns destes livros e destas autoras.

https://www.rosaazevedo.com/post/mulheres-raras-fora-de-portas


 

25.03.2024 | by mariana | 25 de abril, 50 anos do 25 de abril, literatura, mulheres, mulheres raras, revolução

DJINTIS, 1º Festival Internacional de Artes Cénicas de Bissau

 

 

O DJINTIS, Festival Internacional de Artes Cénicas de Bissaudecorrerá nos próximos dias 27 a 31 março. A abertura oficial será a 27 de março, Dia Internacional do Teatro, com a leitura da mensagem internacional deste dia, e o seu término a 31 de março, contando com uma parad por uma das principais avenidas da capital.O DJINTIS oferecerá uma uma programação diversa, aberta a todos os públicos, com artistas e companhias de 8 países.

 

Este Festival, integrado no projeto Ur-GENTE, Centro de Artes Cénicas Transdisciplinar de Bissau, propõe-se contribuir para difundir a criação artística tradicional e contemporânea da Guiné-Bissau, e criar um espaço de visibilidade e de encontro com a cena artística internacional.

 

No dia 25 de março, será inaugurado o espaço Ur-GENTE, em Bissau, pelas 18h da tarde. O novo espaço é dotado de uma estrutura versátil e polivalente, com caraterísticas únicas no país. Com um foco especial nos domínios da criação, produção, formação e internacionalização artística, oferecerá uma programação cultural variada, para a Guiné-Bissau e a sua população.

 

www.vida.org.pt


 

25.03.2024 | by Nélida Brito | Artes-Cénicas, Bissau, DJINTIS, festival, Ur-GENTE

Seminário no INET-md sobre Cesária Évora

2024-04-10 | 14h00 | NOVA FCSH, Colégio Almada Negreiros, Campolide (Lisboa) | Sala 208 - Piso 2 | Sala Zoom Entrada livre, presencial e online.

Neste seminário apresentarei o trabalho realizado no projeto Cesária Évora: documentação de percursos e discursos (CISE) que desenvolvi durante o ano de 2023. 

Qual o legado de Cesária Évora numa tradição musical cabo-verdiana predominantemente masculina? De que modo a sua ação abriu caminhos para outras mulheres e para outras cantoras? 
Estas foram as questões de partida para um projeto de 12 meses que teve como motivação um trajeto de investigação que iniciei em 2006 sobre música cabo-verdiana. Os conhecimentos que fui acumulando ao longo do meu percurso sobre as dinâmicas sociais e géneros musicais levou-me a compreender que a performance de música na diáspora é crucial para a construção de identidades, para a manutenção de laços afetivos e para o diálogo. Por outro lado, quando participei no projeto Skopeofonia (PTDC/CPCMMU/4500/2012), que tinha como principal objetivo mapear musicalmente um bairro cabo-verdiano em Lisboa (Kova M), testemunhei um ecossistema musical vibrante que incluía estúdios de gravação, mobilidade de músicos e, quase sempre, uma referência a Cesária Évora como símbolo feminino de liberdade, sucesso e independência. 
CISE é um projeto exploratório que também contribuiu para a sistematização e análise de dados relativos aos percursos e discursos de e sobre Cesária Évora. Uma vez que a produção académica sobre a artista é residual e, ainda, uma vez que os documentos relativos ao seu percurso se encontram dispersos em diferentes países e lugares estabeleci como objetivo a desfragmentação do arquivo e a construção de uma base de dados em acesso aberto que responda às diretivas da política europeia de ciência aberta. Neste seminário partilharei os principais desafios deste processo de criação de uma base de dados no Repositório de Dados de Investigação da Universidade de Aveiro (DUnAs). 

Ana Flávia Miguel | Etnomusicóloga e investigadora auxiliar na Universidade de Aveiro. Fez trabalho de campo em Portugal, Cabo Verde, França, Itália, Brasil, Moçambique e África do Sul. Os seus principais domínios de estudo são música cabo-verdiana, música e migração, música e pós-colonialismo, património cultural imaterial, arquivos digitais em música e práticas de investigação partilhada. Participou em diversos projetos de investigação como os projetos Skopeofonia, SOMA, Atlas, Libersound e CISE. Desde março de 2024 é diretora e editora da Revista Transcultural de Música da Sociedad de Etnomusicología (SIBE). É investigadora integrada no Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança e membro da comissão executiva, com o pelouro da internacionalização e cooperação, do Departamento de Comunicação e Artes da Universidade de Aveiro. 

25.03.2024 | by Nélida Brito | Cesaria Evora, legado, música, seminário

Ensaio Gráfico "Feminists in Progress", de Lauraine Meyer vê o mundo sob o prisma do feminismo alegre e inclusivo e com um toque de bom humor

Nas livrarias a 26 de março

O ensaio gráfico Feminists in Progress, de Lauraine Meyer vê o mundo sob o prisma do feminismo alegre e inclusivo e com um toque de bom humor.

Amargas, Peludas, Agressivas, Misândricas, Lésbicas, (ou pior ainda Solteiras). É muito difícil acabar com os clichés, quando o tema é o feminismo. Mas o que significa «ser feminista», hoje?

Em forma de ensaio gráfico colorido, divertido e descomplexado, este álbum convida-nos a desconstruir, uma após outra, normas e ideias pré-concebidas, para nos abrir os olhos a todes! Do sexismo comum ao movimento #MeToo, da carga mental ao consentimento, do Body Positive à reinvenção da heterossexualidade, passando pelo eco feminismo e pela sororidade, Lauraine Meyer procura revisitar alguns temas e conceitos fundamentais, no cerne do feminismo pós #Metoo.

Lauraine Meyer é ilustradora e diretora artística de publicidade. Acima de tudo, adora contar histórias, num estilo sempre divertido e animado. Apesar de uma aparente leveza, os seus desenhos e histórias convidam os seus leitores e as suas leitoras a pensar no mundo de hoje e a agir, cada qual à sua maneira. Ex-parisiense, Lauraine mora atualmente em Amsterdão. Feminists in Progress é o seu primeiro álbum.

Ficha do Livro:

Título: Feminists in Progress ISBN: 9789892359748 PVP C/ IVA: 22,90€

Contactos para a comunicação social:    

LeYa | ASA – Direção de Comunicação

Catarina Cruzeiro |T.  91 197 3359 | ccruzeiro@leya.com

 

22.03.2024 | by mariana | feminism, feminismo, feministas, Lauraine Meyer

1 PATO SELVAGEM (a nova criação de Miguel Maia/Cepa Torta)

É com grande entusiasmo que a Cepa Torta e o criador Miguel Maia anunciam a estreia de “1 Pato Selvagem”, uma reinvenção contemporânea do clássico de Henrik Ibsen. Este projeto desafiador promete oferecer uma experiência teatral inovadora, que coloca em questão a forma como os espectadores se conectam com a narrativa, abordando a dicotomia entre a representação realista e a amplificação artificial, tão presente na era das redes sociais. A encenação transformará o palco numa arena vibrante, povoada por ecrãs com imagens reflectindo parte da acção, onde 2 actores e 2 actrizes competirão com esses elementos para cativar o público.

Os ensaios começaram em Janeiro deste ano e a estreia ocorre a 4 de Abril no Teatro Ibérico, onde ficará em cena até dia 7 de Abril. Os bilhetes custam 10 euros ( com descontos aplicados) e estão à venda na ticketline.sapo.pt.

CEPA TORTA apresenta”1 PATO SELVAGEM” de Miguel Maia

4 a 7 Abril
Teatro Ibérico, Lisboa

Miguel Maia apresenta uma ousada reinterpretação do clássico de Ibsen, explorando os limites entre realidade e imagem no teatro contemporâneo

“Se antes procurávamos a verdade no palco, agora procuramos o quê?”

Inspirados pela verdade no teatro e pelo impacto que as redes sociais têm nos dias de hoje, Miguel Maia e a Cepa Torta preparam-se para estrear o novo espectáculo “1 Pato Selvagem”.

De 4 a 7 de Abril, no Teatro Ibérico, esta provocadora releitura de “O Pato Selvagem”, obra-prima de Henrik Ibsen, promete desafiar as fronteiras da criação e da vivência da obra teatral, mergulhando nas questões da identidade, da representação e da autenticidade.

Se na peça original o personagem principal tenta impôr a sua visão de honestidade revelando uma verdade que acaba causando destruição, nesta nova versão, a proposta é mergulhar, através dos complexos personagens de Ibsen e do uso inovador de tecnologia, num turbilhão de dúvidas e conflitos - tão próprios das redes sociais - desafiando os limites entre o real e o virtual.

Em palco, Cirila Bossuet, João Cachola, Sandra Pereira e Tiago Bôto, são os protagonistas que, juntamente com uma intrigante disposição cénica - em que elementos figurativos e abstractos se confundem para amplificar e distorcer a narrativa -, prometem uma experiência teatral e sensorial envolvente e desafiadora, onde o público é levado a questionar as suas próprias percepções.

Em “1 Pato Selvagem”, o encenador Miguel Maia joga mais uma vez a com a linguagem dramatúrgica dos textos clássicos, injectando-lhes uma dose expressiva de provocação e contemporaneidade, à semelhança do que já havia realizado com “O Barão” (2019) e, mais recentemente, “O Horla” (2022).

O processo de criação, iniciado em 2023, envolveu uma extensa pesquisa participativa, culminando numa sessão pública de reflexão e debate com a colaboração de Miguel Castro Caldas.

“1 Pato Selvagem” estreia a 4 de Abril no Teatro Ibérico. Até dia 6, as apresentações são às 21h00. Dia 7 de abril (dom.) sobe ao palco pelas 16h00.

Esta é mais uma fascinante e profundamente política proposta artística da Cepa Torta e de Miguel Maia que desafia as convenções e expande os horizontes do teatro contemporâneo, continuando a garantir o papel de ambos na vanguarda da produção nacional.

__________________________________________________________

INFORMAÇÃO SOBRE BILHETES

€10,00 - Bilhete normal
€7,50 - Bilhete para Profissionais do Espectáculo | >65 anos, reformados e desempregados | Grupos de + 5pax | Parceiros do TI;
€5,00 - Bilhete para <30 anos | pessoas com diversidade funcional (+ oferta do bilhete do acompanhante) | residentes da JF Beato;

Os bilhetes já à venda AQUI

 

22.03.2024 | by mariana | 1 pato selvagem, reinterpretação, teatro ibérico