Aula aberta com Silvia Rivera Cusicanqui

No dia 18 de Abril, às 18h30, Silvia Rivera Cusicanqui dará uma aula aberta na FCSH - UNL. Socióloga e ativista boliviana de ascendência aymara, vinculada ao movimento indígena katarista e ao movimento dos cultivadores de coca. Em 1983, juntamente com outros intelectuais indígenas e mestiços, fundou o Taller de Historia Oral Andina, grupo que se dedica à oralidade, identidade, direitos e cultura dos povos indígenas e dos movimentos populares, bem como às questões de género, e integra o Colectivo Ch’ixi desde 2008, onde oferece oficinas livres. Professora emérita de sociologia da Universidad Mayor de San Andrés de La Paz, foi professora visitante na Universidade da Columbia, em Nova Iorque, na École des Hautes Études, em Paris, na Universidade do Texas em Austin, na Universidade La Rábida, em Huelva (Espanha) e na Universidade Andina Simón Bolívar, em Quito (Equador). Cusicanqui é autora de vários livros, entre eles “Oprimidos pero no vencidos: Luchas del campesinado aymara y qhechwa de Bolivia, 1900-1980” (1986), “Las fronteras de la coca: epistemologías coloniales y circuitos alternativos de la hoja de coca” (2003), “Sociología de la imagen: miradas ch’ixi desde la historia andina” (2010), “Ch’ixinakax utxiwa. Una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores” (2010), “Violencia (re)encubiertas en Bolivia” (2012), “Repensar el anarquismo en América Latina: Historias, epistemes, luchas y otras formas de organización” (2019), “Ch’ixinakax utxiwa: On Decolonising Practices and Discourses” (2020). É também autora de vários filmes documentais e de ficção, nomeadamente “La Retirada de los Yungas” e “Viaje a la Frontera del Sur”, ambos de 2003, ambos de 2003, e “Fin de Fiesta” e “Sumaj Qhaniri, Chuyma Manqharu” [Tu que iluminas o fundo escuro do coração], em co-realização com Marco Arnéz

 Marta Fiolic Marta Fiolic
E no dia 19 de Abril, pelas 19.30h na Galeria Zé dos Bois (em colaboração com o CRIA), um dos nomes e dos coletivos mais importantes da Performance e dos Estudos da Performance:
Guillermo Goméz-Peña e Balitrónica do coletivo La Pocha Nostra estarão em Coimbra este final de semana, 14 e 15 
https://zedosbois.org/programa/the-pandemia-chronicles-a-divination-ritual/ 

13.04.2023 | par martalanca | america latina, aymara, movimento indígena, Silvia Rivera Cusicanqui

Chamada para dossiê "América Latina-Moçambique / Moçambique-América Latina"

Está aberto o call for papers para o dossiê “América Latina – Moçambique / Moçambique – América Latina”, organizado por Matheus Serva Pereira (ICS-ULisboa) and Priscila Dorella (Universidade Federal de Viçosa), na Revista Eletrônica da ANPHLAC (Associação Nacional de Pesquisadores e Professores de História das Américas).


A data limite para submissão de proposta é 31/07/2021.

Para mais informações, podem consultar o website da associação.

Moçambique conquistou sua independência em 1975, após anos de luta armada contra o controle colonial português, por meio de um processo influenciado, entre outras experiências, pelas revoluções latino-americanas da segunda metade do século XX. A posição geográfica de Moçambique, assim como suas diversas correntes intelectuais, suas práticas artísticas e desafios econômicos, obriga aos pesquisadores do passado moçambicano estabelecerem uma constante troca de escalas entre o local, o nacional e o global. O caminhar pelas ruas atuais da capital do país, Maputo, nos leva facilmente a encarar essa questão. Suas ruas foram ganhando novos nomes após a independência, com o objetivo de homenagear importantes figuras das lutas das esquerdas e, consequentemente, latino-americana, como Che Guevara, Salvador Allende, Augusto Cesar Sandino, etc. Na América Latina, infelizmente continua difusa a visão sobre Moçambique. No Brasil, em específico, alguns setores econômicos associados a práticas predatórias de extração de riquezas do solo moçambicano perpetuam na contemporaneidade visões estereotipadas sobre os africanos que se assemelha ao olhar colonial português de meados do século XIX e XX. Talvez seja no campo dos trabalhos literários, sobretudo pela divulgação de autores como Mia Couto, Paulina Chiziane e, mais recentemente, Ungulani Ba Ka Khosa, que um novo saber sobre a história e cultura moçambicana esteja ganhando novos significados na América Latina. 

Uma pauta importante das lutas anticoloniais contemporâneas está no esforço de desracializar a História da África, rechaçar sua exotização e compreender o continente como parte integrante de uma história global. Nessa direção, os estudos desenvolvidos na América Latina sobre a África cresceram exponencialmente nas últimas décadas, ampliando os interesses para além das experiências de escravização. O objetivo do dossiê é o de reunir novos trabalhos historiográficos que reflitam as conexões entre a América Latina e Moçambique, que estabeleçam comparações e/ou aproximações entre ambos os espaços geográficos e suas experiências sociais, abrindo horizontes de mútuo conhecimento em uma perspectiva cronológica abrangente e instigante para que esse passado conectado viva nas nossas histórias.

05.02.2021 | par Alícia Gaspar | america latina, call for papers, dossiê, história de áfrica, Moçambique

Teatros da América Latina - Colóquio Internacional - 4 - 7 Setúbal

28.04.2017 | par martalanca | america latina, tchiloli, Teatros

Prêmio Literário Casa de las Américas 2013 - Luiz Ruffato, Chico Buarque

A faceta de escritor de Chico Buarque recebeu mais um prêmio nesta quinta-feira (31) em Havana, onde também foi reconhecido o talento do mineiro Luiz Ruffato.

Luiz RuffatoLuiz Ruffato
Além dos brasileiros, escritores de Argentina, Cuba, Chile, México, Uruguai, Honduras, Peru e Equador foram homenageados na capital cubana durante a 54ª edição do tradicional Prêmio Literário Casa de las Américas 2013.

De um total de 770 obras dos gêneros romance (172), poesia (328), literatura testemunhal (56), ensaio histórico-social (42) e literatura brasileira (158), a Argentina, com 200 obras, foi o país com maior participação seguida de Brasil, Cuba, Colômbia, Chile e Peru.

O prêmio principal de literatura brasileira foi para o romance “Domingos Sem Deus”, de Luiz Ruffato, segundo a ata do júri porque “apresenta diversos episódios independentes que se entrelaçam, formando o mosaico de um Brasil essencial, embora esquecido”.

Chico Buarque, por sua vez, recebeu um prêmio honorífico de Narrativa, enquanto o mexicano Víctor Barreira Enderle recebeu a mesma distinção na categoria Ensaio e o uruguaio Rafael Courtoisie em Poesia.

O Prêmio Casa de las Américas é outorgado anualmente em Havana desde 1960 nas categorias de poesia, conto, romance, teatro, ensaio, testemunho, literatura para crianças e jovens, caribenha de expressão inglesa, caribenha francófona, brasileira e de culturas originárias.

fonte

01.02.2013 | par herminiobovino | america latina, Brasil, literatura, literatura brasileira

Artesur

ARTESUR is a non-profit association created by a group of professionals interested in cultural exchange between Europe and Latin America.

The website, launched at the Centre Pompidou in November 2011, is a free and inedit web network of Latin America artists and contemporary art.Published both in English and Spanish, it showcases the work of artists, curators, galleries, institutions and events from the Latin-american continent.

The goals of ARTESUR are: to contribute to the spreading of Latin America contemporary art in Europe through our bilingual website (English / Spanish), which has an online catalogue of artists, curators, galleries, festivals and artistic residencies; to create spaces for art production and curatorial practice that may stimulate cultural intersection between both continents; to produce editorial tools and cultural events that may promote reflection on the cultural crossing between European and Latin America’s multiple cultures,focusing on the growth of contemporary art, academic-scientific studies, and the new urban cultural manifestations. ARTESUR expects to stimulate and to bring out an equal dialogue between Europe and Latin Americ’a artistic communities.

ArteSur is a self-funded project, which has since 2011 been sponsored by the Maison de l’Amérique Latine (Paris). Since its creation, ARTESUR is working along with several institutions in France and in Latin America (Centre Pompidou, Embassies of Ecuador and Colombia in Paris, etc.)

Albertine de Galbert, Jorge Flores and Ana María Guerrero coordinate ARTESUR.

12.03.2012 | par martalanca | america latina