Porto/Post/Doc arranca este sábado com programa que olha a cultura popular, as identidades e a memória do cinema nacional

Shooting the MafiaShooting the Mafia

Arranca este sábado a sexta edição do Porto/Post/Doc, o festival de cinema que, até dia 1 de dezembro, transforma a baixa do Porto num ponto de encontro em torno do cinema de produção recente. Com mais de cem filmes divididos por programas competitivos, focos a realizadores e secções temáticas, o Porto/Post/Doc presta, este ano, particular atenção às políticas do cinema que questionam as concepções géneros, os limites às liberdades e o lugar das tradições. Um programa de cinema e conversas traz ao Porto filmes de Ingmar BergmanKenji MizoguchiAlain TannerCarole Roussopoulos, entre outros, secundada por um painel de três conversas que, sob o epíteto das Identidades, coloca, frente a frente, nomes como Álvaro Domingues (geógrafo), António Guerreiro (crítico), Ben Rivers (realizador), Christiana Perschon (realizadora), Daniel Ribas (investigador), Pedro Mexia (crítico), Susana de Matos Viegas (antropóloga), Marie-José Mondzain (filósofa) ou Valérie Massadian (realizadora).

Seguindo o compromisso com a mostra do cinema do real, o Porto/Post/Doc faz da sua competição internacional um ponto de entrada na produção cinematográfica recente, com a estreia nacional de 9 filmes de nomes emergentes e consagrados do cinema independente mundial. Também em competição, doze jovens realizadores portugueses apresentam no festival as suas primeiras obras, numa janela para os valores que marcarão o futuro do cinema luso. O festival dedica ainda uma secção não-competitiva ao cinema falado em português, que inclui, entre outros, Vitalina Varela, de Pedro Costa, Viveiro, de Pedro Filipe Marques, Ave Rara, de Vasco Saltão e Longa Noite, de Eloy Enciso. Ainda no plano da cinematografia nacional, o Porto/Post/Doc 2019 organizará sessões especiais de A Ilha dos Amores e A Ilha de Moraes, filmes fundamentais do realizador português Paulo Rocha, em versões digitalizadas pela Cinemateca Portuguesa. Destaque ainda para as antestreias nacionais de O Filme do Bruno Aleixo, de João Moreira e Pedro Santo, e de Cães que Ladram aos Pássaros, de Leonor Teles – que marcarão a Cerimónia de Entrega de Prémios do festival, no dia 30 de Novembro. 

E porque o cinema do real também são as suas caras, a programação do festival integra um conjunto de filmes que olham figuras anónimas e nomes que marcam a história do cinema, da música e da fotografia dentro e fora de portas, de Andrey Tarkovsky, a Zé Pedro dos Xutos, de Leonard Cohen João Ribas (ex-censurados),de Sério Fernandes a Pedro Costa. Nos focos para o cinema que interessa descobrir, retrospectiva das obras de Audrius Stonys e Ute Aurand, realizadores que marcarão presença ao longo da semana do festival para comentarem as sessões e falarem com o público. No olhar sobre a música e a cultura popular, a secção Transmission com filmes sobre a nova Lisboa africana, os emblemáticos Hansa Studios, a história de vida dos Suede ou a forma como os New Order se reinventam a cada concerto. 

Em 2019, o festival volta a procurar o encontro do cinema com outros espaços e linguagens. Há sessões full dome para acompanhar no Planetário do Porto, diversas sessões comentadas, concertos e festas. Para os mais novos e as suas famílias, o Porto/Post/Doc volta a organizar sessões especiais de cinema, oficinas e um cine-concerto com a participação da Orquestra de Famílias de Matosinhos. Destaque especial para a estreia do filme, Se Eu Fosse Um Planeta, realizado por feita por alunos do pre escolar da Área Metropolitana do Porto, sob a coordenação de David Doutel. 

No total são cerca 133 filmes que vão ocupar o Teatro Municipal do Porto - Rivoli, o Cinema Passos Manuel e o Planetário do Porto - Centro Ciência Viva. A programação completa podes ser consultada em www.portopostdoc.com.

A edição de 2019 do Porto/Post/Doc conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto, do ICA - Instituto do Cinema e Audiovisual – Ministério da Cultura e da CVRVV - Vinho Verde.

 

20.11.2019 | par martalanca | documentário, Porto/Post/Doc

No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Trabalho.De.Preto Nástio Mosquito

 
Inauguração / Opening 20 de novembro, 20h / November 20, Wednesday, 8pm

21 de novembro de 2019 a 15 de fevereiro de 2020

 

“No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Trabalho.De.Preto” é uma exposição expandida que integra uma instalação audiovisual composta por nove soundscapes, um programa semanal de sessões áudio intitulado “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Visions”, distribuição de autocolantes e folhetos, performances e colaborações que podem acontecer de forma mais ou menos espontânea, num projeto que Nástio Mosquito mantém aberto à participação de outros artistas, performers e músicos.

 No HANGAR em Lisboa, mas que poderia ser em Luanda ou Brasília, o título surge como uma provocação e confronta-nos com as conotações negativas da expressão “trabalho de preto” - racista, esclavagista, estereótipo étnico depreciativo, entre outras -, e, paralelamente, agencia-a fator de unificação. Porque, como expõe Nástio Mosquito, o desafio é “falar com todos os pretos loiros, pretos morenos, pretos acromáticos, pretos das redes sociais, pretos com suposta representatividade, pretos que todos os dias acordam com a vontade interior de serem resoluções de problemas…”.

O atual projeto prossegue “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Uso universo de trabalho que o artista estreou em maio de 2019, com uma série de performances ao vivo que foi apresentada no âmbito do programa de abertura oficial da 58ª Bienal de Arte de Veneza, então com a derivação “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Our.Performance”.

 A partir da palavra “mosquito”, o artista encetou uma pesquisa de base autobiográfica que explora perceções sobre o inseto com que partilha o sobrenome, identificando as valorações e impactos mais nefastos que este pode ter como: “não são uma preocupação Europeia”. O universo de Mosquito toma a forma de performances, instalações, podcasts, exposições ou de qualquer outra experiência multissensorial que apoie a “exploração política dos nossos sonhos” e a sua pesquisa sobre o que realmente preocupa as pessoas. Criar “oportunidades de encontro” e “entendimentos sobre capacidades que são interdependentes”, constituem condições prioritárias para o que Mosquito descreve como a “necessidade de cuidar” (to care), expressa no manifesto que expande agora até Lisboa: “Não é possível comprometermo-nos com algo que nos preocupa sem impactar o mundo. Vamos impactar o mundo porque nos preocupamos”.

“No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Trabalho.De.Preto” is an expanded exhibition featuring an audio-visual installation with nine soundscapes, a weekly program of audio sessions entitled “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Visions”, distribution of stickers and leaflets, performances and collaborations that can occur more or less spontaneously, in a project that Nástio Mosquito keeps open to contributions by other artists, performers and musicians.

At HANGAR in Lisbon, but it could be also in Luanda or Brasilia, the project’s title comes as a provocation and confronts the negative connotations of the Portuguese expression “trabalho de preto” (“black labour”) - racist, enslaver, derogatory ethnic stereotype, among others -, and, at the same time, it acts as a unifying factor. Because, as Nástio Mosquito puts it, the challenge is to “talk to all the blond blacks, dark blacks, achromatic blacks, blacks from social networks, blacks with supposed representativeness, blacks that wake up every day with the inner will to be problem solving… ”

The current project continues “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Us”, a universe of work that the artist debuted in May 2019, with a series of live performances presented during the official opening of the 58th International Art Exhibition La Biennale di Venezia, then and there with the derivation “No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Our.Performance”.

From the word “mosquito” the artist embarked on an autobiographical research that explores common perceptions about the insect with which he shares the surname, identifying its most harmful assessments and impacts as: “they are not a European concern”. Mosquito’s universe takes the form of performances, installations, podcasts, exhibitions or any other multisensory experience that supports the “political exploration of our dreams” and his research on what people really care about. Promote opportunities “to come together” and the “understanding of our  interdependent capacities”, define Mosquito’s priorities in what he describes as the “need for care”, also expressed in the manifesto that he now expands to Lisbon: “There’s no way for you to commit to what you care about, and not impact the world. Let’s impact the world by caring”.______________

No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Trabalho.De.Preto
Exposição / Exhibition
21 de novembro de 2019 a 15 de fevereiro de 2020 / November 21st 2019 - February 15th 2020
Quarta a sábado, 15h às 19h / Wednesday to Saturday, 3 pm – 7 pm
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No.One.Gives.A.Mosquito’s.Ass.About.Visions
Sessões áudio / Audio sessions (45”)
NOV    20, 28 | 21h / 9pm
DEZ     6, 10, 17 | 21h / 9 pm
JAN     8, 15, 24, 30 | 21h / 9pm
FEV     7, 15 | 21h  / 9pm

Nástio Mosquito artista multimedia, conhecido por performances, vídeos, música e poesia que revelam um forte compromisso com o potencial sempre em aberto da linguagem. O seu trabalho é facilmente mal interpretado como uma forma de saturação com o mundo, porém, e em oposição, é a extraordinária expressão de um desejo urgente de envolver-se com a realidade a todos os níveis. **

Multimedia artist Nástio Mosquito is known for performances, videos, music and poetry that show an intense commitment to the open-ended potential of language. Easily misread as a kind of world weariness, it is the extraordinary expression of an urgent desire to engage with reality at all levels.

www.nastiomosquito.com
www.nastiomosquitotrilogy.com

16.11.2019 | par martalanca | Nástio Mosquito

LULA a vida é Luta e a Luta é LIVRE

Exposição Fotográfica de Lutacom fotografias de Ricardo StuckertInaugurou a 27 de outubro, às 18h, no dia do aniversário de 74 anos de Luís Inácio Lula da Silva, na Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário (R. da Voz do Operário, 13, Graça) em Lisboa. Até 3 de novembro. A série de 18 fotografias de Ricardo Stuckert, fotógrafo oficial do ex-presidente, apresenta imagens sensíveis sob uma perspectiva otimista dos períodos da presidência de Lula (2003-2010) até as caravanas recentes em sua última campanha eleitoral para a presidência do Brasil em 2018. Os momentos escolhidos pelo toque, pelo olhar, pelo respeito, pelos abraços endereçados àqueles e àquelas que interagiram com o presidente revelam a grandeza do líder popular que Lula foi e ainda é.


Lula está preso político. Mas suas ideias, como o próprio disse em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Paulista em São Bernardo do Campo - São Paulo antes de sua prisão arbitrária, já estão pairando no ar e não tem como prendê-las. Estão difundidas pelo Brasil e pelo mundo, espalhadas por aqueles que acreditam em sociedades mais justas e inclusivas.

Lula está preso político. Mas não por muito tempo. Num processo viciado pelo desejo de ascensão política assentado na promessa rasteira de cargos, convicções — ao  invés de provas — levaram o ex-presidente a uma condenação injusta. Condenação esta que já foi revelada em seu caráter parcial e eleitoreiro através dos vazamentos de mensagens e áudios dos procuradores do processo em conluio com o Juiz do caso, hoje Ministro do seu principal oponente na corrida para a eleição presidencial. Importante se faz lembrar que o presidente em exercício no Brasil só foi eleito pelo impedimento de Lula de ser candidato, já que o ex-presidente era favorito em todas as pesquisas de intenções de voto.

Em meio ao desastre político, ao empoderamento do mal, à amplitude da depressão cívica, ao desespero e ao desamparo que assolam o Brasil, o aniversário de Lula, que passeia entre a data oficial da certidão de nascimento no dia 6 de outubro e a data real confirmada pelo próprio, 27 de outubro, pode surgir como um momento de reconcentração das forças da luta e da resistência dos brasileiros e brasileiras que enfrentam cotidianamente as mazelas que se abatem cruelmente em todos os setores da sociedade naquele país. 

“Os poderosos podem matar uma, duas ou cem rosas.
Mas jamais conseguirão deter a chegada da primavera.”

(Che Guevara citado por Lula em 7 de abril de 2018.)

Agradecimentos: Cidolli, Igor Sardinha, Luiza Beloti Abi Saab, Lurian da Silva, Magnum Amado, Ricardo Stuckert, Rita Morais e a todos os brasileiros e brasileiras que se mantém em estado de constante denúncia, mesmo morando fora do Brasil | Arte: Mauricio Moura | Curadoria: Samara Azevedo | Fotografia: Ricardo Stuckert | Montagem: Kuka C. Clifford | Produção: Fátima de Carvalho e Miriam Andrade Guimarães | Apoio: Instituto Lula, Diálogo e Ação Petista - Lisboa, Partido dos Trabalhadores - Núcleo Lisboa, Sociedade de Instrução e Beneficência A Voz do Operário e Vozes no Mundo - Frente Pela Democracia no Brasil - Coimbra | Organização: Coletivo Andorinha - Frente Democrática Brasileira de Lisboa+ INFO: +351 926 637 752 Fátima de Carvalho +351 932 081 104 Samara Azevedo https://www.facebook.com/events/742767532817178/  

28.10.2019 | par martalanca | Brasil, fotografia, Lula

"Taxidermy of the Future" na 6ª Bienal de Lubumbashi, com curadoria de Bruno Leitão e Paula Nascimento

6ª Bienal de Lubumbashi 24 de outubro a 24 de Novembro República Democrática do Congo

Bruno Leitão, co-fundador e diretor curatorial do HANGAR em Lisboa, e Paula Nascimento, co-fundadora do estúdio Beyond Entropy Africa em Luanda, iniciam hoje, dia 24 de outubro, o programa de vídeo Taxidermy of the Future, que acontece no âmbito da 6ª Bienal de Lubumbashi, na República Democrática do Congo.

Taxidermy of the Future reúne trabalhos de Grada Kilomba, Kiluanji Kia Henda e Mónica de Miranda, cujas práticas investigam o Passado e as suas diferentes temporalidades, para refletir sobre o Futuro. Os trabalhos selecionados - Illusions Vol. I, Narcissus and Echo, Grada Kilomba (2017), Havemos de Voltar, Kiluanji Kia Henda (2017) e Beauty, Mónica de Miranda (2018) - têm em comum a dissecação de fantasmas persistentes nas sociedades Europeias e Africanas, desde os mitos Greco-Latinos ao período colonial. Nascidos em Angola ou em Portugal, os três artistas trabalham em múltiplos media e privilegiam o vídeo como narrativa de expressão. Entre história e não-ficção, os trabalhos que compõem este programa são testemunhos vivos da atual vitalidade da criação angolana e suas diásporas.

'Havemos de voltar', 2017, Kiluanji Kia Henda'Havemos de voltar', 2017, Kiluanji Kia Henda

'Beauty', 2018, de Mónica de Miranda 'Beauty', 2018, de Mónica de Miranda

A 6ª edição da Bienal de Lubumbashi realiza-se entre 24 de outubro e 24 de Novembro, intitula-se Future Genealogies, Tales From The Equatorial Line (“Futuras Genealogias, Contos da Linha do Equador”) e conta com direção artística da curadora e investigadora Sandrine Colard. Filipa César, com o Coletivo Cadjigue (Filipa César, Milena Iocha e Marinho Pina) e Délio Jasse, estão entre os artistas participantes no programa geral da Bienal, que nesta edição pretende testar possibilidades de redefinição da cartografia do mundo, explorando o paradoxo de acontecer numa região cuja história continua afundada nos recursos do seu solo, mas que, paralelamente, beneficia de uma posição geográfica ímpar - localiza-se no coração de África e na linha de bissecção do globo, onde se intersetam os hemisférios sul e norte.

Esta será a primeira vez que a Bienal de Lubumbashi apresenta um programa de vídeo, e Taxidermy of the Future com curadoria de Bruno Leitão e Paula Nascimento é exibido diariamente no Institut Français / Halle de l’Etoile.

Sobre os curadores:

Bruno Leitão (Lisboa, 1979) vive entre Madrid e Sintra. Co-fundou e dirige o programa curatorial do Hangar - Centro de Pesquisa Artística em Lisboa, onde realizou exposições, palestras e seminários com artistas como Luis Camnitzer, Coco Fusco, Carlos Amorales, The Otolith Group, John Akomfrah, Rosa Barba, João Onofre, Lawrence Abu Hamdan, Elena Bajo, João Maria Gusmão e Pedro Paiva, Alfredo Jaar, Fernanda Fragateiro e Zineb Sedira. Como curador independente, destacam-se entre os seus projetos mais recentes Pouco a Pouco de Ângela Ferreira no CGAC (Santiago de Compostela, 2019) e a co-curadoria com Mónica de Miranda de Affective Utopia na Kadist Foundation (Paris, 2019). Edita e contribui para catálogos, revistas e outras publicações de arte.

Paula Nascimento (Luanda, 1981) é arquiteta e curadora independente. Co-fundou Beyond Entropy Africa, um estúdio de pesquisa que se concentra nos campos da arquitetura, artes visuais e geopolítica. Como curadora independente desenvolveu projetos para o Pavilhão de Angola na Bienal de Arte de Veneza em 2013 (Premiado com o Leão de Ouro de Melhor Participação Nacional), e exposições em Angola, África do Sul, Portugal, Itália, entre outros. É membro fundadora do coletivo cultural Pés Descalços em Luanda e colabora regularmente com várias revistas internacionais.

 

24.10.2019 | par martalanca | Bienal de Lubumbashi, Grada kilomba, kiluanji kia henda, Monica de Miranda

COSMO/POLÍTICA #5: COMUNIDADES PROVISÓRIAS

 Inauguração > MUSEU do NEO-REALISMO > Sábado _ 26 de outubro _ 16h00
_ inauguração da quinta exposição colectiva do ciclo de arte contemporânea COSMO/POLÍTICA com curadoria de > Sandra Vieira Jürgens e Paula Loura Batista
_ Apresento uma nova instalação
[ Se estou meio morto é porque estou ainda meio vivo. ]

Instalação site-specific no Museu do Neo-Realismo, tendo como referência as casas dos avieiros, utilizando para a construção materiais do acervo do Museu do Neo-Realismo e de outros museus municipais, das oficinas da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, de pescadores locais, de depósitos de material de construção civil, de filmes através de imagens e sons, de material de arquivo fotográfico, vídeo e sonoro do autor, de livros através das suas palavras e equipamentos de reprodução de som e de imagem.

COSMO/POLÍTICA #5: COMUNIDADES PROVISÓRIAS, apresenta trabalhos originais de PAULO MENDES, TIAGO BAPTISTA e SUSANA MOUZINHO que, a partir do pensamento neorrealista e do romance “Gaibéus” de Alves Redol, abordam a criação de comunidades e de coletividades, aproximando o seu entendimento desde a origem do movimento até à atualidade.”

imagem da instalação 'Se estou meio morto é porque estou ainda meio vivo.' em montagemimagem da instalação 'Se estou meio morto é porque estou ainda meio vivo.' em montagem

Museu do Neo-Realismo 
Rua Alves Redol 44
Vila Franca de Xira

+ info > https://www.facebook.com/events/573930969814431/

24.10.2019 | par martalanca | COMUNIDADES PROVISÓRIAS

CICLO MUNDOS Galandum Galundaina

GALANDUM GALUNDAINA (Portugal) faz parte da genealogia de uma região com um património musical e etnográfico único, que durante muito tempo ficou esquecido. Ao longo dos últimos 20 anos o grupo contribuiu para o estudo, preservação e divulgação da identidade cultural das Terras de Miranda, Nordeste Transmontano.
O seu trabalho de investigação e recolha, junto de pessoas mais velhas com conhecimentos rigorosos do legado musical da região, a par da formação académica na área da música, concretizou-se num sentido renovado no modo de entender as sonoridades que desde sempre conheceram. Com a sua música não procuram criar novos significados, mas antes descrever os lugares e a vida; encontrar as raízes que permitem que a cultura se desenvolva.
Em palco os quatro elementos apresentam um repertório vocal e instrumental na herança do cancioneiro tradicional das Terras de Miranda, onde as harmonias vocais e o ritmo das percussões nos transportam para um universo atemporal. Das memórias da Sanfona, da Gaita-de-foles Mirandesa, da Flauta pastoril, do Rabel, do Saltério, do Cântaro, do Pandeiro mirandês, do Bombo e da Caixa de Guerra do avô Ventura, nasce uma música que acumula referências, lugares, intensidades, tempos. Para Galandum Galundaina a música não se inventa; reencontra-se.
Os álbuns editados têm tido uma excelente apreciação pela crítica especializada. Em 2010 para além da atribuição do Prémio Megafone, o álbum Senhor Galandum foi reconhecido pelos jornais Público e Blitz como um dos dez melhores álbuns nacionais.


MELINGO (Argentina)
Ao vivo, Melingo, voz marcada pela vida, é um portento de alma e emoção, que consegue incorporar o lado maldito do rock de Nick Cave e da chanson de Serge Gainsbourg na criação elevada por Gardel até à condição de banda sonora por excelência das vielas de Buenos Aires. Em Paris, Melingo ainda aprendeu algo do cabaret que faz com que a sua música soe melhor com luzes baixas e um copo na mesa em frente a nós. As suas canções pegam no tango e retorcem-no, sem nunca o descaracterizar. Melingo soa perfeito por cima de bandoneon e baixo, por cima de trombone ou guitarra. Ao vivo, é um actor possuído que vive as histórias negras de que falam as canções. No britânico Guardian afirmou-se que «a extravagante teatralidade dos seus concertos irá conduzir Melingo ao sucesso internacional.» Sem dúvida. Melingo regressa a Portugal para apresentar o disco novo que sairá em outubro.
CICLO MUNDOS – Fundação INATEL | Teatro da Trindade INATEL – Lisboa
Uma proposta musical intercultural, intergeracional e universalista
Programação 2019
26 FEV. MARI BOINE (Noruega) | RECANTO (Portugal)
19 MAR. LE TRIO JOUBRAN (Palestina) | O GAJO (Portugal)
23 ABR. LADYSMITH BLACK MAMBAZO (África do Sul) | MARTA PEREIRA DA COSTA (Portugal)
30 ABR. SOFIANE SAIDI & MAZALDA (Argélia) | REALEJO (Portugal)
14 MAI. BEATRIZ NUNES (Portugal) | MAGANO (Portugal)
28 MAI. REFUGEES FOR REFUGEES BAND (Síria/Tibete/Paquistão/Iraque/Afeganistão/Bélgica) | URZE DE LUME (Portugal)
11 JUN. BLICK BASSY Camarões (Camarões) | NIÑO DE ELCHE (Espanha)
12 JUN. AMADOU E MARIAM (Mali) | TOQUES DO CARAMULO (Portugal)
16 JUL. ANTONIO CHAINHO (Portugal) convida RÃO KYAO (Portugal) | UXÍA (Galiza)
15 OUT. LEYLA MCCALLA (EUA/Haiti) | TÓ TRIPS (Portugal)
29 OUT. MELINGO (Argentina) | GALANDUM GALUNDAINA (Portugal)
19 NOV. MUZSIKÁS (Hungria) | LULA PENA (Portugal)
17 DEZ. CAPICUA (Portugal)

24.10.2019 | par martalanca | música

Third World Historical: Rethinking Revolution

November 5-7, 2020 - Columbia University

“Third World Historical: Rethinking Revolution from Iran to Ethiopia” is a scholarly conference organized at Columbia University that seeks to rethink the historiography of revolutionary movements and the heterogeneity of anti-colonial legacies. It is sponsored by the Department of Middle East, South Asian, and African Studies, and convened by Elleni Centime Zeleke (MESAAS, Columbia University) and Arash Davari (Politics, Whitman College).

This conference stages a conversation between the 1979 revolution in Iran and the 1974 revolution in Ethiopia to ask broader questions about the concept of world historical events, the significance of anti-colonialism, and the relationship between archives and theory. We seek to pose these questions through comparisons with revolutions across the Third World from Haiti to Algeria, Vietnam, and Grenada.

More often than not, the 1979 revolution in Iran is taken as a harbinger of all that is wrong with revolutionary politics today. Where the 1776 American Revolution and the 1789 French Revolution mark the affirmative possibility of revolutionary change, the 1979 Iranian Revolution marks its limits, where the Third World failed to replicate the spirit of the Enlightenment. Thinking against this historiography affords a point of departure for a reconceptualization of not only revolutionary movements but also the heterogeneity of anti-colonial legacies.

If Iran signifies all that is wrong with revolutionary politics, Ethiopia signals the final arrival of the last peripheral nation-state into modernity, setting the conditions for capitalism to exist. Let us listen to the sociologists: The 1789 revolution in France sets forth a model of revolutionary politics. The ensuing centuries of revolutionary politics bring about reiterations of the exemplar. After Ethiopia, the only revolution possible has to break from the Enlightenment altogether. And there is nothing to desire in that kind of social change.

Recent historiographical revision rooted in global history rightly challenges the exceptionalism shaping histories of revolutionary Ethiopia and Iran alike. Yet insofar as it replicates paradigmatic texts recounting European and American experiences, global histories too position Third World revolutionary experiences as derivative. How might we instead take these “peripheral” archives as central to rethinking the very concepts of history?

The conference is scheduled to comprise two panels for each theme listed below. It features a mix of junior and senior scholars, academics, artists, and activists. Each panel features a discussant. Comparative Studies of South Asia, Africa, and the Middle East has expressed interest in publishing a special issue featuring papers that arise from the workshop.

We welcome paper proposals on any of the following core themes:

  1. “Anti-Colonialism”

What is the anti-colonial? And what is its relationship to revolution? Why do we tend to think the anti-colonial—or, for that matter, revolutions—as a unified and homogenous experience?

The assumption that anti-colonialism and revolution are not to be thought together may perpetuate a tutelary model—the notion that the “periphery” must first arrive before it can engage in revolutionary action, or the formation of genuinely new political institutions, structures, ideas. To think against this grain is to ask, how do we think anti-colonialism in its heterogeneity?

Revolutions from Ethiopia and Iran provide apt sites to do so. Neither readily signifies a case of anti-colonialism. And yet, they did pose questions and answers about a world structured by European colonialism. How are we to read these revolutionaries’ characterization of their efforts as anti-colonial?

These cases afford possibilities to think anti-colonialism and revolution together and in novel ways. What other cases are there? How, in other words, does South-South comparison afford new resources for thinking the anti-colonial?

2.              The Periphery as World Historical and The Archive as Theory

Can the periphery be a world historical agent? Whether through Hegel or Marx, revolutions are understood as the essential world historical event—as, in fact, productive of the world historical. Is a world historical imaginary only possible in a European register? Does a turn away from that register entail a celebration of localism? To be precise, how has the Third World constituted the international? Can we think the international from it? And if so, how? What can we learn, for instance, from revolutionary experiences in Haiti (1794-1801) and Algeria (1954-1962)?

These questions beget an alternate approach to the history of political thought—one grounded not only in historical specificity, but also in a revised understanding of the world historical. They equally beget a different relationship to the archive—one that reads the vernacular as philosophy, the archive as theoretical text. How are we to think theory as history and history as theory at once from the Third World?

3.              What is Revolution?

In the 1960s and 1970s, Third World activists engaged revolutionary talk to pose questions about the particularities of their immediate contexts. In the process, they posed new conceptions of revolution. Congealed manifestations of the term revolution can preclude our effort to think the event as experience. If revolution signals the disruption of existing categories, can we in turn disrupt congealed categories to think revolution? If sociologists are preoccupied with mapping revolutions as a set of patterns and stages, what would it mean to reposition the question of revolution in the specificity of the Third World?

Abstracts (300-500 words) should be sent before March 1, 2020 to Elleni Centime Zeleke at ecz2109@columbia.edu and Arash Davari at davaria@whitman.edu

 

 

23.10.2019 | par martalanca | Irão, Revolution

FÓRUM DO FUTURO 2019 Crossings/ Travessias I PORTO

Ocupação, apropriação, extração em debate a partir dos 500 anos da primeira circum-navegação de Fernão de Magalhães 3 a 9 de novembro | Porto

Todo o programa em: www.forumofthefuture.com

Com: Chimamanda Ngozi Adichie / Danny Glover / Vandana Shiva / Arthur Jafa / David Adjaye / Wu Tsang / Ralph Lemon / Kevin Beasley / Sônia Guajajara / Ernesto Neto / Coco Fusco / Eszter Salamon / Elizabeth A. Povinelli / Christina Sharpe / Naeem Mohaiemen / Fiesta Warinwa / Clémentine Deliss / Vivian Caccuri / Calixto Neto / Lafawndah / Crystallmess / Fred Moten

Curadoria de: Filipa Ramos, editora da art-agenda (e-flux) e curadora da secção de Filme da Art Basel Gareth Evans, programador cultural e curador de cinema da Whitechapel Gallery Guilherme Blanc, diretor para a Arte Contemporânea e Cinema da Ágora E.M. e diretor artístico do Fórum do Futuro John Akomfrah, escritor, cineasta e artista.

Locais: Rivoli · Galeria Municipal do Porto · Casa Da Música · Serralves · Cinema Trindade

As sessões do Fórum do Futuro irão refletir sobre os sistemas de domínio e de libertação de indivíduos bem como de outros seres do planeta cuja existência se encontra condicionada e ameaçada por forças e pressões externas.

Aberto a todos os públicos, o programa do Fórum do Futuro 2019 foi desenvolvido a partir dos conceitos de alteridade, apropriação e extração. Reunindo um grande número de figuras-chave da cultura e do pensamento dos nossos dias, nacionais e estrangeiras, a edição deste ano foi concebida por uma equipa de curadores com distintas práticas de investigação e produção cultural. 

Violência imposta a pessoas e à natureza, processos de subjugação e subalternidade, amor a causas e oposição a preconceitos, solidariedade entre povos e reposição de valores de justiça e dignidade: estas são algumas das questões centrais do Fórum do Futuro 2019, cujo programa nos coloca no centro de uma das lutas mais urgentes e vitais que o mundo, incluindo Portugal, trava no presente momento – ou deve travar. 

Sobre o Fórum do Futuro:

O Fórum do Futuro é um projeto anual de palestras e performance que convida pensadores de diferentes disciplinas e origens a refletirem sobre questões prementes às sociedades de hoje. Desde a primeira edição do projeto, que se realizou em 2014, o Porto tem promovido encontros dedicados à partilha e reflexão, que visam proporcionar entendimentos plurais sobre o mundo e as culturas contemporâneas, ajudando a perspetivar novos caminhos para o futuro. O Fórum do Futuro foi criado e é organizado pela Câmara Municipal do Porto, tem como curador principal Guilherme Blanc, Adjunto do Pelouro da Cultura, e conta com a Casa da Música, a Fundação de Serralves e o Teatro Nacional São João, como parceiros estratégicos.

17.10.2019 | par martalanca | Forum do Futuro

Arquivo de identidade angolano - site

Novo Site

Somos um grupo de mulheres feministas LBTIQ (Lésbicas, Bissexuais, Transgénero, Intersexo e Queer) angolanas, criado em 2017, que cria conteúdos sobre sexualidade e género. 

MISSÃO Mudar mentalidades com relação ao género e sexualidade para que as comunidades LGBTIQ participem de processos políticos e para que o público em geral respeite seus direitos.

OBJECTIVOS Criar conteúdos educativos sobre género e sexualidade para adolescentes e jovens; pessoas das comunidades LGBTIQ e públicos estratégicos como políticos, educadores, profissionais da media, profissionais de saúde; Empoderar jovens mulheres LBTIQ para que se tornem líderes, com participação em assuntos cívicos e políticos, por meio de rodas de conversas, leitura de documentos, formações; Oferecer um seguro de acolhimento para as comunidades LGBTIQ; Sensibilizar adolescentes e jovens em escolas e comunidades para que desenvolvam atitudes de tolerância diante de comunidades LGBTIQ ; Sensibilizar públicos estratégicos como políticos, educadores, profissionais da media, profissionais de saúde para que incorporem conteúdos educativos sobre género e sexualidade nas suas agendas e áreas de actuação.

17.10.2019 | par martalanca | angola, LGBTIQ, queer

“Melhor Há-de Vir”, exposição de Marianne Keating na Rampa I PORTO

A RAMPA, em colaboração com o Cork Printmakers, Irlanda, apresenta “Melhor Há-de Vir”, uma exposição da artista Marianne Keating. “Melhor Há-de Vir” reúne um conjunto de filmes realizados nos últimos anos, exibidos pela primeira vez em Portugal. A exposição é comissariada por Miguel Amado, diretor do Cork Printmakers.


Marianne Keating é uma artista irlandesa residente em Londres. Obteve um mestrado no Royal College of Art e é aluna de doutoramento na Kingston University, também em Londres. A sua exposição individual mais recente, “The Ocean Between”, realizou-se na Crawford Art Gallery, em Cork, Irlanda, em 2019. Recentemente, também participou em exposições coletivas como a Bloomberg New Contemporaries, South London Gallery, Londres (2018); “Arrivants: Art and Migration in the Anglophone Caribbean World”, Barbados Museum and Historical Society, Bridgetown, Barbados (2018); e “Between Us And”, EMBASSY, Edimburgo, Escócia (2018).

Marianne Keating aborda a relação entre a Irlanda e as Caraíbas no contexto do Império Britânico e da atualidade. Na exposição “Melhor Há-de Vir”, a artista explora a história amplamente desconhecida da diáspora irlandesa na Jamaica, iniciada no âmbito da economia de plantação da país.

Marianne Keating, Landlessness  2017 Fotografia de Jed NiezgodaMarianne Keating, Landlessness 2017 Fotografia de Jed Niezgoda
Keating analisa a vaga de emigração da Irlanda para a Jamaica, então colónias britâncias, que ocorreu entre 1835 e 1842, após a abolição da escravatura. As dificuldades económicas sentidas pela maioria dos irlandeses sob domínio britânico propiciaram um terreno fértil ao recrutamento de uma nova força de trabalho para as herdades das Caraíbas, que sofriam com a falta de força de trabalho provocada pela libertação das pessoas Africanas escravizadas.
Os colonos britânicos sujeitaram os irlandeses a um regime de indentura, um contrato que vinculava um trabalhador a um empregador durante um determinado período, pressupondo a ausência de salário em troca de viagem, abrigo e alimentação. Keating também examina o legado contemporâneo do estabelecimento dos irlandeses na Jamaica, considerando temas como a crioulização e o sistema político pós-independência.
Os filmes de Keating agregam uma variedade de materiais de arquivo (incluindo documentos governamentais e fotografias), imagens “encontradas” e extratos de fontes escritas (de ensaios sociológicos a artigos de jornal) com os seus próprios registos em vídeo, entrevistas e notas de investigação. A artista utiliza o texto como legenda ou voz-off para complementar a imagem e o som, sobrepondo camadas de informação para ampliar os pontos de vista apresentados.Marianne Keating, Better Must Come A New Jamaica, 2019, Crawford Art Gallery, 2019 Fotografia Jed NiezgodaMarianne Keating, Better Must Come A New Jamaica, 2019, Crawford Art Gallery, 2019 Fotografia Jed Niezgoda

16.10.2019 | par martalanca | Irlanda, Marianne Keating, Rampa

A cada passo, uma constelação - performance

“Tenho vindo a atentar aos gestos quotidianos de caminhar e permanecer, procurando activá-los como práticas para repensar as relações que estabelecemos com os espaços e tempos da cidade. Como pode a atenção às qualidades dos espaços desprovidos de função confrontar-nos com o que reduz tudo ao seu valor de troca? Como pode a dilatação do tempo na deambulação constituir-se como forma de resistência à lógica da produtividade?

Depois de Partituras para ir, que − das Amoreiras ao Poço dos Negros − integrou o programa (Quase) Teatro do Bairro Alto, A cada passo, uma constelação propõe uma caminhada pela zona oriental de Lisboa, invisibilizada durante décadas e agora percebida como livre e pronta a ser reconvertida. Escavando uma rota por entre fragmentos deste território expectante, o percurso-performativo tenta ver neste pedaço de cidade uma máquina de reflexos que ilumina as presenças imprevistas que o habita(ra)m e as narrativas reais e imaginárias que incorpora.
Os participantes são guiados por uma voz que fala ao seu ouvido, presença sem corpo que será a sua companhia ao longo deste percurso. Abre-se assim um espaço de reflexão sonora.”

Joana Braga


Direção artística: Joana Braga

Criação: Andresa Soares, Fernando Ramalho, Flora Paim, Joana Braga, Tânia Moreira David

Vídeo: Tânia Moreira David

Som: Fernando Ramalho

Texto: Joana Braga com Andresa Soares

Voz: Isadora Alves

Design gráfico: Ana Teresa Ascensão

Produção executiva: Sara Goulart

Coprodução: Artéria | Humanizing Architecture, Teatro do Bairro Alto

A cada passo, uma constelação faz parte de Matéria para Escavação Futura, com curadoria de Joana Braga e Ana Jara, projecto que explora a caminhada como forma de pesquisa e prática artística, financiado pela República Portuguesa / Direção-Geral das Artes

19 Outubro Sábado Partidas entre as 15h e as 17h           

Duração: 135’

Ponto de encontro: Praça Eduardo Mondlane, no jardim central perto do coreto (Bairro do Condado, Zona J). Percurso individual com levantamento de mapa no ponto de encontro.

Entrada livre mediante inscrição para bilheteira@teatrodobairroalto.pt (máximo 80 pessoas) NOVO PRAZO DE INSCRIÇÕES: 17 outubro

16.10.2019 | par martalanca | caminhada, lisboa, performance

A Ilusão do Desenvolvimento. Cahora Bassa e a História de Moçambique

Seminário e lançamento do livro

A construção da barragem de Cahora Bassa marcou o último período da administração portuguesa em Moçambique, já durante a guerra colonial. Tratando da edificação deste grande projeto hidrográfico, este livro examina a história do Rio Zambeze, das suas populações envolventes e condições ecológicas, a experiência do colonialismo português em Moçambique no século XX e o impacto das grandes barragens sobre a vida social e ecológica. Este livro debate também as ideias de progresso e desenvolvimento e dos planos concretos que as tentaram colocar em prática, demonstrando como são noções disputadas, inúmeras vezes cooptadas pelos interesses de estados, empresas ou grupos sociais privilegiados.

Uma história social e ambiental, esta obra ganhou em 2014 o prémio da Associação Americana de História e da Associação de Estudos Africanos dos Estados Unidos (respectivamente os prémios Martin A. Kelin e Melville J. Herskovits.

18 Outubro 2019 – 17.30 – 19 horas Auditório – ICS–Lisboa Organização: GI Impérios, colonialismo e sociedades pós-coloniais & GI Identidades, Culturas, Vulnerabilidades

15.10.2019 | par martalanca | Cahora Bassa, Moçambique

"Sonhámos um país" de Camilo de Sousa e Isabel Noronha

No início dos anos 70, Camilo de Sousa saiu de Lourenço Marques, Moçambique, atravessou a Europa e juntou-se aos guerrilheiros da Frelimo. Primeiro na base de treino de Nachingwea e depois na luta de libertação nacional. Tinha na altura vinte anos.Hoje, a viver em Portugal, regressa a Moçambique para reencontrar dois camaradas de armas, que conheceu na guerrilha e com quem depois partilhou a direcção do partido em Cabo Delgado, até descer de novo à agora Maputo e integrar o novel Instituto de Cinema, tornando-se realizador. Com Aleixo Caindi e Julião Papalo ele rememora tempos antigos, quando a alegria da libertação deu lugar aos tempos negros em que a procura do ‘homem novo’ veio destruir os sonhos de um país para todos os moçambicanos…

co-produção Midas Filmes e Mocik, Cineastas Moçambicanos Associados, com o apoio do ICA, da RTP e do Centro de Estudos Sociais da Universidade Coimbra

Sábado,19 Outubro, 15:30, no DocLisboa, Culturgest Grande Auditório


14.10.2019 | par martalanca | Cinema Moçambicano, Moçambique

Dossier: As feridas abertas da Guerra Colonial - no Esquerda.net

A Guerra Colonial durou mais do dobro da Segunda Guerra Mundial e fez milhares de mortos portugueses e africanos. Urge quebrar o silêncio e desconstruir os mitos em torno deste conflito e do passado colonialista de Portugal. Assim como é imperativo dar visibilidade e garantir direitos às suas vítimas. Dossier organizado por Mariana Carneiro.

(1964), (1964),

O Dossier “As feridas abertas da Guerra Colonial” reúne contributos/testemunhos de Carlos Matos GomesMiguel Cardina e Bruno Sena MartinsInês Nascimento RodriguesSílvia RoqueMichel CahenCarmo VicenteAmílcar Cabral,  Manuel BoalAdolfo MariaDiana AndringaHelena CabeçadasLuísa MarinhoFernando Mariano CardeiraElsa PeraltaSofia Palma RodriguesCatarina GomesAntónio CalvinhoMariana CarneiroCarlos de Matos Gomes, António-Pedro Vasconcelos e João de MeloBeatriz Dias e André Natálio. Para que alguns dos temas abordados neste dossier possam ser aprofundados, disponibilizamos ainda uma seleção de filmes, documentários, séries, livros e artigos sobre a Guerra Colonial ou relacionados com esta temática.

13.10.2019 | par martalanca | guerra colonial

Artistas e educação radical na América Latina

Feminismo, Mulheres e Escolas de Arte

22 de outubro 2019 | 18h

com Hilary Robinson, Professor of Feminism, Art and Theory, Director of the Centre for Doctoral Training: Feminism, Sexual Politics, and Visual Culture, Loughborough University (U.K.) | Seminário em inglês

A relação entre mulheres, feminismo e escolas de arte é complexa e com especificidades geográficas. Enquanto o desenvolvimento do American women ́s art movement na década de 1970 é muitas vezes associado a programas particulares (i.e. o Feminist Art Program [Fresno State College 1970-1993; CalArts 1971-1975]) e à definição de instituições alternativas (i.e. o Feminist Studio Workshop [LA, 1973-1981]; New York Feminist Art Institute [1979-1990]), no Reino Unido a experiência foi muito diferente. Aí, as mulheres tenderam a organizar-se em grupos auto-didactas fora das escolas de arte, e com a excepção do MAFEM de Griselda Pollock em Leeds (1993-2003), a influência do feminismo na educação artística em escolas de arte restringiu-se a programas ad-hoc, seminários ou à influência de alguns professores. Contudo, os números e as percentages de alunas de arte cresceram exponencialmente desde os anos 1970 até à actualidade. Ancorando a discussão na história específica da experiência no Reino Unido, e partindo da minha experiência prévia enquanto Directora, esta comunicação irá analisar a situação de artistas mulheres em escolas de arte no Reino Unido na actualidade. Cinco décadas após a aplicação das primeiras pedagogias informadas pelo Movimento de Libertação das Mulheres, que pedagogias estão a ser utilizadas para formar grupos predominantemente femininos? O que podem ser estratégias feministas?

Local: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Auditório 3, torre B | Avenida de Berna 26, 1069-061 Lisboa

13.10.2019 | par martalanca | educação, feminismo, género, Hilary Robinson, Movimento de Libertação das Mulheres

Harmonia e contraste, exposição do artista Mumpasi

na Galeria MOVART, Luanda, de 10 de outubro a 2 de dezembro de 2019.

Amor maternoAmor materno«Bebendo do estilo impressionista da arte francesa do século XIX, o artista MUMPASI nos oferece belíssimas composições poéticas policromáticas, porém não esquece o compromisso com a anatomia e a proporção. A sua arte é preenchida de cores puras que nos recorda também “As Feras” ou “Le Fauves”. Mas tanto os impressionistas como os fauvistas europeus do século XIX nada mais fizeram do que uma tradução da chamada “pintura primitiva africana” para o seu quotidiano. Pois a crise burguesa e social europeia a todos os níveis obrigou com que os artistas “menos vistos” deixassem na margem as velhas formas de representar o belo corporal anatómico e a arte de estúdio. Na verdade o que MUMPASI nos quer recordar é este compromisso e visão do artista africano em captar e retratar a essência (alma) em vez de simplesmente substância que esta em constante e profunda transformação.

Encontramos nas obras criadas para essa exposição, repouso, conforto e harmonia, sendo que o artista exclui-se da agressividade e mais do que impor ele propõe de maneira suave o seu estilo explorando, sobretudo a Forma (mensagem plástica), mais do que o tema.» Excertos do texto curatorial de Filipe A. Vidal, Professor de História das Artes.

Pôr-do-solPôr-do-sol

MUMPASI Natural do Zaire, o artista aprendeu o oficio de pintar mosaico de pedra com o pai, o pintor Mumpasi Zameso. Licenciado em Pintura pela Academia de Belas Artes de Kinshasa, na República Democrática do Congo, em 2009, Mumpasi realizou a sua primeira exposição individual “Mosaico Impressionista” cinco anos depois de terminar a formação na Galeria Tamar Golan, em Luanda. Em 2015 participou do livro “A Face da Arte Angolana Contemporânea” – projecto da Fundação Arte e Cultura, que juntou 40 obras de 20 artistas nacionais, e em 2016, foi um dos artistas selecionados para a 5a Edição da residência artística JAANGO – Jovens Artistas Angolanos.

02.10.2019 | par martalanca | arte, Mumpasi

Companhia de Dança Contemporânea de Angola em digressão pela Europa

Mysterium Coniunctionis | Foto Rui Tavares © CDC AngolaMysterium Coniunctionis | Foto Rui Tavares © CDC AngolaA Companhia de Dança Contemporânea de Angola realiza entre 05 e 31 de Outubro a maior digressão do seu tempo de existência.

Durante um mês realizará 10 espectáculos em diversas cidades entre a Holanda e Portugal. O início terá lugar em Amsterdão no Afro-Vibes Art Festival, no dia 05 com a peça O monstro está em cena de Ana Clara Guerra Marques e Nuno Guimarães, ao que se seguirá a participação na Quinzena Internacional de Dança em Almada.

Até final de Outubro a CDC Angola apresentará espectáculos em Faro (dias 11 e 12), Montemor-o-Novo (dia 16), Ponte de Lima (dia 25) e Coimbra (dia 31). Nos dias 22 e 23 de Outubro a CDC Angola fará uma apresentação especial no Porto com a peça Mysterium Coniunctionis, de Joana Von Mayer Trindade e Hugo Cristóvão.

O programa será complementado com master classes e conferências. No dia 08 será apresentado o documentário sobre a CDC Angola “Outros Rituais mais ou menos”, de Jorge António, na Cinemateca Portuguesa em Lisboa e, no dia 28, o livro “Máscaras Cokwe: A linguagem coreográfica de Mwana Phwo e Cihongo” de Ana Clara Guerra Marques, na Universidade de Coimbra.

Recordamos que esta companhia, à qual se deve a grande transformação do panorama da dança em Angola, foi fundada em 1991, é membro do Conselho Internacional da Dança da UNESCO, possui um historial de centenas de espectáculos apresentados em Angola e em todos os continentes, sendo hoje a principal referência da dança cénica angolana no estrangeiro.

A CDC Angola é suportada pelo Banco BAI, cuja sensibilidade e respeito pelo nosso trabalho são demonstrados pelo apoio continuado que tem ajudado a manter o funcionamento deste colectivo.

O monstro está em cena | Foto Rui Tavares © CDC AngolaO monstro está em cena | Foto Rui Tavares © CDC AngolaDVD | Outros Rituais mais ou menos (Jorge António)DVD | Outros Rituais mais ou menos (Jorge António)Livro | Máscaras Cokwe A linguagem coreográfica de Mwana Phwo e Cihongo (Ana Clara Guerra Marques)Livro | Máscaras Cokwe A linguagem coreográfica de Mwana Phwo e Cihongo (Ana Clara Guerra Marques)

 

02.10.2019 | par martalanca | Companhia de Dança Contemporânea de Angol

Identidades em debate na edição de 2019 do Porto/Post/Doc

A edição de 2019 do Porto/Post/Doc será dedicada ao debate das questões identitárias na sociedade contemporânea. O festival regressa à baixa da cidade entre 23 de Novembro e 1 de Dezembro.
Da resistência palestiniana à condição não-binária de género, do antropoceno à geografia de afectos, o Fórum do Real e um programa de filmes paralelo servirão como ponto de partida para conversas em torno da noção de identidade, nas suas mais diversas dimensões, e da sua relação intrínseca com o dispositivo cinematográfico.
O fórum decorre entre os dias 27 e 29 de Novembro, no Cinema Passos Manuel, e conta com três painéis de oradores: o primeiro, Da Terra, problematizará a relação entre a construção identitária e o território; o segundo, Do Pensamento, visa uma aproximação de teor filosófico ao próprio conceito de identidade e de identidades, no plural; por fim, o terceiro painel, intitulado Das Imagens, pretende reflectir sobre o cinema contemporâneo e o seu entretecimento com os mais diversos fluxos identitários, individuais e colectivos.
Álvaro Domingues (geógrafo), António Guerreiro (crítico), Ben Rivers (realizador), Christiana Perschon(realizadora), Daniel Ribas (investigador), Pedro Mexia (crítico), Susana de Matos Viegas (antropóloga), Valérie Massadian (realizadora) são algumas das presenças já confirmadas neste fórum, cuja entrada é gratuita.


Em paralelo, o Porto/Post/Doc apresenta uma selecção de curtas e longas-metragens, num programa especial dedicado ao tema, que pretende colocar em diálogo clássicos da história do cinema – como Persona, de Ingmar Bergman, Rua da Vergonha, de Kenji Mizoguchi ou La Salamandre, de Alain Tanner – com algumas descobertas e produções contemporâneas.
Neste contexto, o festival exibirá também três curtas-metragens da activista e realizadora suíça Carole Roussopoulos, rodadas durante a década de 1970. De carácter eminentemente político e militante, estes filmes dão a ver algumas das principais lutas sociais francesas à época, como é o caso da F.H.A.R. (Front homosexuel d’action révolutionnaire). Destaque ainda para a exibição de Ghost Strata e Now, At Last, dois dos mais recentes filmes realizados por Ben Rivers, apresentados pelo próprio; para o regresso de Gürcan Keltek (vencedor da edição de 2017) ao festival com a curta-metragem Gulyabani; e para a sessão especial de Off Frame AKA Revolution Until Victory, filme de Mohanad Yaqubi realizado a partir de imagens de arquivo da luta palestiniana produzidas entre os anos 60 e 80. Esta sessão será seguida por um debate com o cineasta moderado por Nuno Lisboa (director e programador do Festival Doc’sKingdom).
O programa contempla ainda os filmes She Is The Other Gaze (Sie ist der andere Blick), de Christiana Perschon, Sol Negro, de Laura Huertas Millán e Coffee Coloured Children, de Ngozi Onwurah.
O festival decorre entre 23 de Novembro e 1 de Dezembro, em vários espaços da cidade (Teatro Municipal do Porto – Rivoli, Cinema Passos Manuel, Planetário do Porto).
A edição de 2019 do Porto/Post/Doc conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto, Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) – Ministério da Cultura, CVRVV – Vinho Verde, e de vários outros parceiros imprescindíveis à realização do festival.

Programação

Coffee Coloured Children, de Ngozi Onwurah
F.H.A.R, de Carole Roussopoulos
Ghost Strata, de Ben Rivers
Gulyabani, de Gürcan Keltek
La Salamandre, de Alain Tanner
Now, At Last, de Ben Rivers
Off Frame AKA Revolution Until Victory, de Mohanad Yaqubi
Persona, de Ingmar Bergman
S.C.U.M. Manifesto 1967, de Carole Roussopoulos e Delphine Seyrig
She Is The Other Gaze (Sie ist der andere Blick), de Christiana Perschon
Sol Negro, de Laura Huertas Millán
Street Of Shame (赤線地帯), de Kenji Mizoguchi
Y’a Qu’a Pas Baiser, de Carole Roussopoulos

30.09.2019 | par martalanca | Porto/Post/Doc

WI Project

O WI Project (WI – amigo em calão angolano) é uma dupla musical fundada pelo angolano Wilder Amado (voz, violão, baixo) e o israelita Ilia Kushner (saxofone, flauta, limba). Os jovens músicos encontraram-se pela primeira vez em 2012 em Luanda, Angola, onde começou a trajetória de colaboração artística e projetos de carácter variado, nomeadamente acompanhamento de artistas angolanos, internacionais, produção, trabalhos individuais e, ao longo da partilha conjunta nasce a ideia do WI Project.

Nem Wilder nem Ilia se definem pelo local de nascimento, simplesmente como seres humanos - afropolitanos e cidadãos do mundo. Assim, a sonoridade do duo é abrangente, e assenta no afro jazz, MPB, reggae, funk, música latina, fusão de estilos alternativos de raiz africana, e angolana em particular, como Kilapanga ternária e Massemba. Richard Bona, André Mingas, Djavan, Ed Motta, Filipe Mukenga, Boy Gé Mendes, Sara Tavares, Stevie Wonder, Toto ST, Fela Kuti, Clube da Esquina, Jimmy Dludlu e Sting são alguns dos artistas que inspiram a dupla. O seu repertório é composto quer por músicas originais como por covers de temas em português, inglês, espanhol, crioulo cabo-verdiano e antilhano, línguas regionais angolanas (kimbundu, umbundu, tchokwe), lingala (RD Congo), douala (Camarões) e hebraico. 

WI Project foi apresentado em vários lugares de Angola, bem como na África do Sul (2014) e São Tomé (2016). Em 2018 realizaram a “Europe Kudissanga Tour”, atuando em Portugal, Espanha, Alemanha, Inglaterra e Holanda como finalidade colaborar com músicos locais e angariação de fundos para o “Project WI for África” na África Austral, dentro do mesmo conceito usando a plataforma musical tendo como objetivo: propagação da cultura e mensagens de educação e paz em lugares remotos da África Austral e futuramente noutras partes do mundo. 

O álbum de estreia Kudissanga é produzido e gravado de forma independente. O disco conta com a participação de artistas angolanos, bem como de músicos de renome de Israel, África do Sul, Botswana e RD Congo.

Shows de Lançamento:

17 de Outubro - Apresentação e lançamento Kudissanga em Miami Beach (Ilha do Luanda)

2 de Novembro – Show WI Proejct e amigos na nova Fundação Arte e Cultura (Ilha de Luanda, junto ao Centro Médico e à Escola Primária 120

Mais música e informações nas redes sociais: 

Facebook: https://www.facebook.com/WIProjectWI

Instagram: https://www.instagram.com/wiprojectmusic

YouTube: https://tinyurl.com/ycujfsfw

Sound Cloud: https://soundcloud.com/wiproject

WI Project (WI – friend, in Angolan slang) was founded by Angolan Wilder Amado (lead vocals, guitar) and Israeli Ilia Kushner (saxophone, flute, limba). The young musicians met in Luanda, Angola´s capital, in 2012 where they began an artistic collaboration across different projects, including the accompaniment of national and international artists, production, individual works, ultimately creating the “WI Project”.

The two are not defined by their place of birth, but simply as human beings, Afropolitanos and World Citizens. Duo´s sound ranges from Afrojazz, MPB (Brazilian popular music), Reggae, Funk, and Latin, merged with alternative styles of African and Angolan traditional rhythms such as ternary Kilapanga, and Massemba. Richard Bona, André Mingas, Djavan, Ed Motta, Filipe Mukenga, Boy Gé Mendes, Sara Tavares, Stevie Wonder, Toto ST, Fela Kuti, Clube da Esquina, Jimmy Dludlu and Sting are some of pair´s inspiration. Their repertoire consists of both original songs and interpretations of themes and rhythms in Portuguese, English, Spanish, Cape Verde and Antilles Creole, Angolan regional languages (Kimbundu, Umbundu, Tchokwe), Lingala (Congo), Douala (Cameroon) and Hebrew.

WI Project presented in Angola, as well as in South Africa (2014) and São Tomé (2016). In 2018 they made the “Europe Kudissanga Tour”, playing in Portugal, Spain, Germany, England and The Netherlands in order to collaborate with local musicians and fundraise for “Project WI for Africa”. Wilder and Ilia would like to use their musical platform spread culture, education and peace messages across remote parts of Southern Africa and other parts of the world thereafter.

The debut album, Kudissanga, has produced and recorded independently. This CD includes original compositions and participation of musicians from Angola, Israel, South Africa, Botswana and RD Congo. 

Release concerts:

17 October - Kudissanga apresentation and concert in Miami Beach (Ilha do Luanda)

2 NovembrWI Proejct e amigos concert in the new Fundação Arte e Cultura (Ilha de Luanda, junto ao Centro Médico e à Escola Primária 120

30.09.2019 | par martalanca | música

The Biennale de Lubumbashi Announces Participating Artists

The Biennale de Lubumbashi is pleased to announce the artists participating in the 6th edition of the biennale. More than 40 national and international artists will present work in Lubumbashi. See the full list of participating artists.

“Future Genealogies, Tales From The Equatorial Line” Taking the Equator’s imaginary line not as one of demarcation, but rather of imbrication, the 6th edition of the Biennale de Lubumbashi probes the possibilities of repurposing the cartography of the world. This edition of the biennale is interested in mapping these connections and in tracing these genealogies in new ways. Read the curatorial statement by Artistic Director Sandrine Colard.

Biennale Opening Week & Forum Days – Organise your visit!
The Opening Week & Forum Days of the Biennale de Lubumbashi will take place from 24 until 29 October 2019. Our team happily assists you in the preparation of your visit. Make sure to apply for your visa before 15 September. Visit our website for useful information to help you plan your trip.

Pierre-Philippe DuchâteletPierre-Philippe DuchâteletPetna Ndaliko Katondolo, Matata, 2019Petna Ndaliko Katondolo, Matata, 2019Grada Kilomba, Illusions Vol. I and Vol. II, 2019Grada Kilomba, Illusions Vol. I and Vol. II, 2019

27.09.2019 | par martalanca | Biennale de Lubumbashi