Lançamento dos livros Ndekeni (Alexandre Chaúque) e Nau Nyau e Outras Sinas (Domi Chirongo) | Conselho Municipal de Maputo

19 de Junho | 16h | Átrio do Conselho Municipal da Cidade de Maputo

Entrada Livre

O Conselho Municipal da Cidade de Maputo e a Associação de Escritores Moçambicanos convida para o lançamento dos livros Ndekeni, de Alexandre Chaúque, e Nau Nyau e Outras Sinas, de Domi Chirongo.

As duas obras foram vencedoras do Prémio Municipal 10 de Novembro, em 2010 (Domi Chirongo) e 2011(Alexandre Chaúque).

17.06.2012 | par martacacador | literatura, Maputo

Tensão entre o Brasil do optimismo económico e um Portugal eclipsado, CONVERSA COM JOÃO ADOLFO HANSEN

RED BULL HOUSE OF ART - LX FACTORY - LISBOA,  22 DE JUNHO ÀS 19H00 |
“o sol que emite uma luz negra”, de Lúcia Prancha
Na segunda Open House da residência artística de Lúcia Prancha, a artista apresenta uma palestra de João Adolfo Hansen, reputado crítico literário e historiador brasileiro. Hansen reflectirá acerca do sentido do lugar na literatura e na história, enunciando a relação entre Portugal e o Brasil – que considera “marcada pelo apagamento mútuo” – nessa reflexão. A palestra de Hansen enquadra-se na sua análise da construção da alegoria, que distingue entre verbal e factual, e o respectivo papel desempenhado na interpretação de textos e imagens produzidos no campo cultural.
 
Na sua prática, Lúcia Prancha analisa o evento enquanto fenómeno e objecto, materializando essa análise tanto em imagens e esculturas como em situações e publicações. O projecto que a artista desenvolve para a Red Bull House of Art, “o sol que emite uma luz negra”, parte da experiência vivida no Brasil, onde residiu nos últimos anos, para enunciar a tensão entre o Brasil do optimismo económico e um Portugal eclipsado pela crise financeira. No âmbito deste projecto, a artista organiza uma série de encontros com personalidades brasileiras e a projecção ao ar livre do filme Vampyr, de Carl T. Dreyer, realizado em 1932.
 
 
João Adolfo Hansen nasceu em Cosmopólis, SP em 1942 e vive e trabalha em São Paulo. Professor jubilado de Literatura Brasileira da Universidade de São Paulo, especializou-se em estudos de literaturas de língua portuguesa, sobretudo do período colonial brasileiro. Escreveu diversos livros, dos quais se destacam os seguintes: Alegoria. Construção e Interpretação da Metáfora (1986); A Sátira e o Engenho. Gregório de Mattos e a Bahia do Século XVII (1989); O o: A Ficção da Literatura em Grande Sertão: Veredas (2000);Solombra ou A Sombra que Cai sobre o Eu (2005). Organizou, ainda, Antônio Vieira. Cartas do Brasil (2003).
 
Lúcia Prancha nasceu em Coruche em 1985 e vive e trabalha em São Paulo. Estudou artes visuais na Universidade de Lisboa e na Universidade de São Paulo e participou em diversas exposições, individualmente ou em colaboração com outros artistas. Actualmente em residência artística na Red Bull House of Art, o projecto que desenvolve constitui a sua primeira exposição individual.
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17.06.2012 | par martalanca | Brasil, literatura brasileira, Portugal

ÁFRICA MOSTRA-SE | Mostra de Cinema e Cultura Africana | Arte&Manha - Institut Français - ATLA

14,15,16 e 17 Junho | Arte&Manha | Intitut Français du Portugal | ATLA- Associação de Tempos Livres de Alfama


Para + info sobre o evento clique aqui

17.06.2012 | par martacacador | arte&manha, ATLA, Institut Français du Portugal

MESA REDONDA: "os desafios da criação artística em África"

COM MAMADÚ BALDÉ, MATAMBA REIS, DANIEL MARTINHO, JOÃO JOSÉ SILVA, MARTA LANÇA E ONYEKA NWELUE 

dia 16 de junho, sabado, às 16h30 no Arte & Manha

 

“ODEIO A IDEIA DE QUE A VIDA AFRICANA É SIMPLES – COMO UM ESTÔMAGO VAZIO E UM CORPO NU À ESPERA DE SEREM ALIMENTADOS, VESTIDOS, ALOJADOS OU CURADOS. É UMA CONCEPÇÃO QUE ESTÁ INCORPORADA NO – DESENVOLVIMENTO – IDEOLOGIA E PRÁTICA” - ACHILLE MBEMBE

FALAR D’OS DESAFIOS DA CRIAÇÃO ARTÍSTICA EM ÁFRICA É ABRIR UMA PORTA DE QUESTÕES, UM MUNDO DE DISCUSSÃO MAIS COMPLEXO DO QUE AS INQUIETAÇÕES DE UMA SOCIEDADE CRIATIVA POR SI SÓ. SÃO, DE FACTO, IMENSAS AS QUESTÕES QUE “CRIAR” LEVANTA. EM PRIMEIRO FALAMOS DA ORDEM INTERIOR – OS TEMAS, AS FORMAS, INSPIRAÇÕES, MENSAGENS – E POR OUTRO LADO, NÃO MENOS IMPORTANTE TEMOS AS QUESTÕES EXTERNAS – ACEITAÇÃO, COMPREENSÃO, ENQUADRAMENTO. 
A FRASE DE ACHILLE MBEMBE UM DOS IMPORTANTES PENSADORES AFRICANOS REMETE-NOS PARA UM CRUZAMENTO IMPORTANTE NO PENSAR SOBRE DESAFIOS ARTÍSTICAS EM ÁFRICA. AQUI ENCONTRO UM APELO IMPORTANTE PARA A FORMA COMO SE VÊ OS CRIADORES AFRICANOS, O QUE SE ESPERA DELES E A LIBERDADE CRIATIVA QUE GOZAM. 
PODE UM AFRICANO ESCREVER SOBRE EUROPA? QUAL É O LUGAR DA UNIVERSALIDADE NA CRIATIVIDADE AFRICANA? A QUEM PERTENCE A IDENTIDADE ATRIBUÍDA AOS ARTISTAS E QUAL É O LUGAR DA ARTE NA SOCIEDADE? AS QUESTÕES NÃO SE ESGOTAM POIS A ESTAS ADICIONAM-SE OUTRAS QUESTÕES COMO INVESTIMENTO E SUSTENTABILIDADE.

 

integrado no programa do África Mostra-se 

16.06.2012 | par martalanca | Africa, criação artística

Iª Edição do Festival Jovem da Lusofonia

Está a decorrer, em Aveiro, desde o dia 4 de Junho até dia 30 do mesmo, a Iª edição do festival Jovem da Lusofonia. Este será o momento para descobrir o património rico e diversificado que está espalhado por 8 países fazendo uma comunidade de 240 milhões de pessoas, que falam e comunicam através da Língua Portuguesa. Este evento abarca uma série de temáticas: moda, gastronomia, literatura, cinema, científico, música e dança.

Dentro da programação do festival, está a ser realizada uma campanha solidária, com o objectivo de angariar 1 tonelada de produtos culturais para serem doados a países e comunidades carenciadas do espaço lusófono.

Esteja atento ao programa e a todas as actividades deste festival, incluindo a campanha solidária, e participe! Visite o site aqui.

15.06.2012 | par joanapereira | festival, jovens, lusofonia

Festival Fiest’à Sète : une seizième édition aux percussions africaines

Le festival revient du 21 juillet au 8 août 2012.

A l’heure de hisser le pavillon de sa 16ème édition, Fiest’A Sète affiche fièrement un enthousiasme et une détermination intacts ainsi qu’un goût sans cesse renouvelé pour les musiques épicées.

Toujours guidé par ses envies d’ailleurs, de fête et de partage, plus que jamais fidèle à son esprit aventureux, le festival s’attache cette année encore à mettre en lumière la diversité du patrimoine musical mondial, et à partager sans la moindre modération ces immenses richesses.

Après sa traditionnelle série d’escales gratuites tout autour de l’Étang de Thau et dans les quartiers sétois, l’équipage vous invite à embarquer, dans ce majestueux vaisseau de pierre qu’est le Théâtre de la Mer, pour sept soirées magiques, débordantes de vibrations euphorisantes.

Bien sûr, on croisera tout au long de la traversée des voix et des visages amis ; des musiciens dont la seule évocation fait frissonner de plaisir. Manu Dibango, Hugh Masekela et Boubacar Traoré incarneront ainsi les figures tutélaires d’une Afrique enchanteresse aux expressions les plus diverses, tandis que les électrisants Caravan Palace propulseront le swing vintage de Django sur le dancefloor. Quant aux quatre maîtres Jamaïcains que sont Monty Alexander, Ernest Ranglin et les inséparables Sly & Robbie, il y a fort à parier que leur association inédite tournera à la plus magistrale des leçons de musique.

On ne saurait évidemment passer sous silence deux des soirées thématiques les plus attendues, d’une année sur l’autre : tout d’abord, la soirée Soul & Groove qui vous propose en exclusivité, la première apparition européenne des excitants Slim Moore & The Mar-Kays. Ensuite, la soirée Latina, incontournable réminiscence des premières années du festival, qui accueillera le novateur Roberto Fonseca, sans oublier la grande tradition salsa avec Manolito y su Trabuco.

Pour autant, nous ne négligerons pas la découverte. Une idée qui se niche parfois dans les recoins les plus inattendus, comme nous l’ont jadis enseigné Wim Wenders et les papys du Buena Vista Social Club. On vous invite donc à ne manquer sous aucun prétexte El Gusto, réunion de virtuoses du chaâbi algérois des années 50, qui en transcendant toute forme de clivage (politiques, religieux, générationnels), illustrent à merveille ce qui demeure une des plus belles fonctions de la musique” : réunir. Justin Adams et Juldeh Camara en savent quelque chose, eux dont le captivant dialogue guitare/riti (un violon monocorde d’Afrique de l’Ouest) confronte deux univers pour donner naissance à un troisième, unique et envoûtant.

Réunir, partager, voyager” : une triple leçon que Fiest’A Sète a de tout temps retenue, et que nous nous emploierons cette année encore à transmettre au plus grand nombre. Signalons enfin que Georges Moustaki, ami fidèle du festival et amoureux de la Grande Bleue, a réalisé pour nous l’affiche de cette édition 2012.

Et comme s’il fallait quelques raisons de plus pour vous convaincre, nous mentionnerons tous les petits plus du festival : expositions, tchatches musicales, rencontres, “afters” les pieds dans le sable…

Retrouvez toute la programmation du festival sur le site.
Source: Afrik.com.

15.06.2012 | par joanapereira | africaines, festival, percurssions

Nova Galeria Buala de Rui Sérgio Afonso

15.06.2012 | par franciscabagulho | ...

Post Doctoral/ Pre-Doctoral Fellowships in the Wits Art Museum, University of the Witwatersrand, Johannesburg

‘We invite applications for 2 Fellowship in the WITS ART MUSEUM at the University of the Witwatersrand, Johannesburg. These fellowships are funded by The Andrew W Mellon Foundation and will be situated in the Wits Art Museum. The positions will preferably be filled by Postdoctoral candidates, but we will consider strong applications from candidates with MA degrees intending to enroll for, or currently enrolled for PhDs. The fellows will work with the curators of the Wits Art Museum and the Chair in the Centre for the Creative Arts of Africa on a research-driven re-engagement with the collections of historical and contemporary African arts in the Wits Art Museum. We are therefore looking for fellows with research experience in one or more of the following fields: African visual art, African music, African performance arts, African dress. One of the main tasks of the fellows will be to help academic divisions in Wits and at other institutions access, engage with, and use the collections in teaching and research. They will have to outline and drive a series of seminars which will, at the end of the project, be published as a collection of essays. Fellows will be expected to participate in exhibitions and publications planned within the Wits Art Museum.
Each Fellowship will be for a period of 36 months (although we may consider terms shorter than that) and will include a stipend, a shared office with own computer, library access and a small research grant per year. The fellowship project will start in July 2012, and will end in July 2015.
Applications must be sent to Julia Charlton, (Senior Curator at WAM) Julia.Charlton@wits.ac.za, and should include:
Title and abstract of the doctoral thesis, or master’s thesis/research report
Copies of degree certificate (or a signed letter from a supervisor saying that the degree will be completed before the candidate is due to take up the position)
Copies of completed articles or published essays (if any)
A Curriculum Vitae (Resumé)
A letter of motivation.
The names and email addresses of two referees, one of whom should be the supervisor of the doctorate/MA dissertation.
Submission deadline 15 July 2012.’

15.06.2012 | par joanapereira | Art, Johannesburg, museum, university

Baobá- Moda AfroUrbeBrasileira

‘O baobá é uma árvore milenar que cresce em solo africano, simboliza o conhecimento ancestral.
A BAOBÁ é uma marca de roupas e acessórios, criada em 2006 pela estilista e jornalista brasileira Tenka Dara. 
A marca Inspira-se na relação entre as Áfricas e o Brasil cria pontes entre culturas. 
As roupas e acessórios são feitos com as CAPULANAS, tecidos tradicionais de Moçambique, utilizados por mulheres moçambicanas há muitas gerações. 
As peças da BAOBÁ são exclusivas, as estampas não se repetem no mesmo modelo.
BAOBÁ é um pouco da ÁFRICA no BRASIL.’

Visite o blog e a loja online.

15.06.2012 | par joanapereira | Africa, África-Brasil, Brasil, moda

Homenagem a CESARIA EVORA, LISBOA

15 Junho 2012 | Coliseu dos Recreios

Aquele que viria a ser, o último concerto de Cesaria Evora em Portugal, aconteceu em Maio de 2010 no Coliseu dos Recreios. A emblemática sala de Lisboa, tantas vezes testemunho da sua calorosa presença, é agora escolhida para palco do grandioso espetáculo em sua homenagem, a 15 de Junho 2012.

Como pano de fundo, os seus músicos, aqueles que, tournée após tournée, a acompanharam a levar o seu Cabo Verde à distância da Sodade. O alinhamento, baseado no seu próprio repertório, será alvo de singulares e sentidas interpretações, momentos de espontâneos duetos, nas vozes de Bonga, Celeste Rodrigues, Lura, Maria Alice, Nancy Vieira, Sara Tavares, Teófilo Chantre e Tito Paris..

Lisboa e Mindelo, dois portos de mar no Atlântico, com a Saudade em comum. Dois berços de géneros musicais, que pela comum miscigenação, retratam igualmente a alma e quotidiano dos seus povos: Fado e Morna.

Perpetuar o nome e vontade de Cesaria Evora, continuar a encantar o seu público com as suas melodias, percorrer o caminho que encurtou entre o seu Cabo Verde e o mundo, é hoje também vontade de quantos a rodearam diariamente, da equipa de trabalho, aos músicos, aos artistas, aos próprios produtores de muitas das salas e festivais por onde passou.

 

14.06.2012 | par franciscabagulho | Cabo-verde, Cesaria Evora, música

Exposição: 'Expectations and Vacations' de Eugénia Mussa

Eugénia Mussa (Moçambique, 1978) apresenta numa loja desactivada Expectations and Vacations – uma série de pinturas a óleo sobre papel, produzida em 2012. Estas imagens marcadamente pictóricas, onde o acto de pintar se faz sentir, são de facto, originárias de uma recolha, levada a cabo pela artista, de registos banais de uma ocorrência (expectations and vacations). A figura inserida numa determinada paisagem, sobretudo exteriores intervencionados pelo homem (um campo de jogos, uma piscina, uma avenida ladeada por palmeiras); desenha um território, mais ou menos evidente mais ou menos maioritário, que nos é sugerido pelas acções (os desportos, as cheerleaders, as graduações,  etc.) que nele vemos representadas. No entanto, a morfologia destas  imagens é feita da própria história e anatomia da Pintura,  convocadas  a várias instâncias neste corpo de trabalho.
Veja aqui a exposição online.
Exhibition venue: Rua Nova da Piedade 97, Lisboa, Portugal 

13.06.2012 | par joanapereira | exposição, lisboa, Moçambique

domingo (in) continente Galissa / Bela Nafa no BARTÔ

Bela Nafa vai buscar aos temas tradicionais da cultura Mandinga a sua base de ligação com o continente Europeu. A junção do instrumento tradicional Kora com os instrumentos modernos resulta numa harmonia muito própria que nos transporta para um clima quente e acolhedor, acompanhado de uma energia forte e contagiante que convida à dança. Bela Nafa vai buscar a sua inspiração à música tradicional da Guiné-Bissau, sucessora do Império do Mali, e dos países circundantes na Costa Ocidental de África, tais como o Senegal, Gambia, Costa do Marfim, Gana, Nigéria ou a Guiné-Conacri. Os ritmos são maioritariamente o Gunbé, a Tina e o Djambadon, suportados pelo misticismo e simbologia do Kora. Bela Nafa é uma das grandes surpresas da World Music criada num País de Língua Oficial Portuguesa.

 

dia 17 de junho, a partir das 22h - BARTO - ENTRADA LIVRE

 

 

13.06.2012 | par martalanca | Galissa, Guiné Bissau

17 de Junho| Exposição 'Meu Padinho Padre Cícero', Brasil

Meu Padinho Padre Cícero - Em cada casa um oratório, em cada quintal uma oficina

Espaço Memória do Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas

Campo de São Cristóvão s/nº.  Pavilhão de São Cristóvão - São Cristóvão. RJ.

Abertura: dia 17 de junho - 11h30 – Missa in memoriam.

                                            12h – Abertura da Mostra.

Visitação pública: de 19 de junho a 19 de agosto

Funcionamento: terça, quarta e quinta-feira, das 10h às 18h. Sexta, sábado e domingo, das 10h às 22h.

Classificação: livre.

Entrada franca.

A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Cultura, a RIOTUR, o Centro de Tradições Nordestinas apresentam a exposição “Meu Padinho Padre Cícero - Em cada casa um oratório, em cada quintal uma oficina”, no Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, a partir do dia 17 de junho, às 11h30.  Nesse horário haverá uma missa in memoriam. A abertura da exposição começará ao meio-dia.

Com a curadoria de Emanoel Araújo, diretor-curador também do Museu Afro Brasil de São Paulo, a exposição, de caráter evocativo, retrata sobre a lendária figura de Padre Cícero em Juazeiro do Norte. A exposição apresenta ao público a saga de superação do povo nordestino e da liderança desse personagem religioso e também político.  A devoção do povo, as estratégias criadas por Padre Cícero e os milagres integram a narrativa cultural da mostra.

A mostra, que será distribuída nos dois andares do “Espaço Memória”, faz uma narrativa da presença lendária do líder religioso e político do Ceará, reforçada no imaginário brasileiro por representações de artistas populares. A devoção popular ao Padre Cícero Romão Batista (1844-1934) é retratada em obras, ex-votos, objetos históricos, artísticos e visuais de Padre Cícero, sob a inventividade e ótica do sertanejo. Além dos objetos dos artistas e dos pertences do Padinho Padre Cícero, o  visitante pode conferir ainda uma perspectiva histórica do líder regional, com relatos de contemporâneos através da exibição do documentário mostrando os feitos do Padre Cícero em Juazeiro do Norte e a grande comoção ao redor do seu nome. Nos primórdios da romaria a Juazeiro do Norte, aconteceu o milagre presenciado pela beata negra Maria de Araújo: ao receber a hóstia consagrada do Padre Cícero, esta se transformou em sangue.

O “Espaço Memória”, localizado no Pavilhão São Cristóvão, local considerado o mais importante pólo cultural nordestino na cidade, não poderia ser mais adequado para apresentar uma das sagas mais célebres do povo do Nordeste.

Entre os artistas expostos, encontram-se os escultores Nino e Manuel Graciano Cardoso, a ceramista Ciça (a qual, nos anos 60, esculpiu figuras de santos e cenas regionais como festas populares), o xilogravurista Francisco de Almeida e as Irmãs Cândido (autoras de peças inspiradas em personagens de TV, figuras de livros e revistas).

Folhetos de cordel, oratórios e esculturas complementam esse painel artístico, além da projeção de um documentário sobre a comoção em torno da memória do “Padinho”.

 

Ex-votos

Conhecidos popularmente como “milagres” os ex-votos (do latim: “por voto”, “por promessa”) são objetos variados (pinturas, objetos em cera, placas com inscrições, figuras esculpidas em madeira ou outros materiais) que representam a intenção votiva (promessa) e sua posterior cura. Eles são a própria materialização dessa cura. Ao expormos essa grande quantidade de peças, chamamos a atenção dos visitantes quanto à variedade, singularidade e poder de síntese, além da qualidade estética nas peças de uso prático, demarcando a presença do milagre.

 

Padre Cícero no imaginário dos artistas populares

(gravura, pintura, escultura)

 

Nino (Juazeiro do Norte/CE, 1920-2002)

Escultor. Trabalhou como cortador de cana e como ferreiro e não recebeu educação artística formal antes de iniciar suas atividades como escultor com a produção de brinquedos em lata e madeira, tais como veículos em miniatura. Passou depois à produção de figuras de macacos com partes móveis e caudas de corda, que ele chamava de “dezessete” (número do macaco no jogo do bicho). Por volta de 1980, após se filiar a uma cooperativa de artistas, o que garantiu demanda mais constante e diversificada, passou a aumentar as dimensões de suas esculturas, algumas das quais ultrapassaram um metro de altura.

 

Ciça ou Cícera Lira (Cícera Fonseca da Silva) (1935, Juazeiro do Norce/CE)

Foi por incentivo de um tio que a fez ingressar na arte da cerâmica já aos 10 anos de idade produzindo pequenas pecinhas que eram vendidas em algumas feiras, dentre as quais a feira de Juazeiro do Norte. Durante os anos 60, esculpiu figuras de santos e cenas regionais como festas populares e aspectos da cultura cearense. A pedido de um folião, no carnaval de 1972, Ciça confecciona as máscaras pelas quais ela passou a ser reconhecida como uma das grandes artistas populares do Brasil.

 

Francisco de Almeida (Crateús/CE 1962)

Xilogravurista. Começou a desenhar cedo observado o pai, que era ourives. Mudou-se para Fortaleza aos 15 anos, onde estudou Xilogravura com Sebastião de Paula e frequentou cursos de pintura na Universidade Federal do Ceará e na Universidade de Fortaleza. Participou de exposições em Fortaleza, Sobral, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Argentina e Espanha, com destaque para sua participação no Panorama da Arte Brasileira do MAM (São Paulo, 2005), na Bienal de Valência (2007) e na VII Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2009). Especializou-se em xilogravura e realizou experimentos técnicos para a produção de obras de grandes dimensões e xilogravuras fragmentadas, capazes de produzir variações com a mesma matriz. Sua produção se debruça principalmente sobre a religiosidade nordestina.

 

Manuel Graciano Cardoso (Santana do Cariri/CE, 1923)

Partiu com a família para Juazeiro do Norte (CE) em 1929. Já aos dez anos trabalhava na madeira esculpindo pilões, gamelas e brinquedos. Depois de casado, começou a produzir ex-votos e presépios e trabalhou na agricultura. Foi o xilógrafo cordelista Abraão Bezerra Batista que o revelou ao público mais amplo, mas isso não o impediu de continuar trabalhando como agricultor familiar. Possui obras no acervo do Museu de Folclore Edison Carneiro (RJ). Participou das exposições Brésil, Arts Populaires (Paris, 1987) e Mostra do Redescobrimento (São Paulo, 2000). Sua escultura, em madeira policromada, é composta de conjuntos de personagens humanos permutáveis e de composições em monobloco de madeira, nas quais prefere figuras animais. O artista prepara suas tintas a partir da anilina misturada a breu e álcool, aplicando as cores à imburana de cambão ou aroeira, madeiras que emprega. Para Lélia Coelho Frota, “tem um veio de humor que pode crescer até o mais flamejante expressionismo em muitos dos seus trabalhos.”

 

As Irmãs Cândido - Juazeiro do Norte (CE)

Maria de Lurdes Cândida (mãe) 1939

Tendo tido onze filhos, transmitiu às filhas mulheres o ofício local “feminino” de trabalhar no barro. Filhos homens como José Cícero Fonseca da Silva, o “Zé Ciço” também seguem a tradição familiar. A pedido do xilógrafo Stênio Diniz, Dona Maria de Lurdes variou o tema de sua produção artesanal de boizinhos, panelinhas, bonecos humanos para placas de tabatinga policromada, com cenas do cotidiano da praça da cidade, temas religiosos católicos ou do candomblé em alto-relevo.

Maria Cândida Monteiro 1961 - Juazeiro do Norte (CE) e Maria do Socorro Cândido 1971 - Juazeiro do Norte (CE)

As Irmãs Cândido assinam seu nome pelas iniciais MCM e MSC para distinguirem-se entre si. Além da temática tradicional desenvolvida pela mãe, elas também produzem peças cuja inspiração se apropria de personagens de TV, figuras de livros e revistas, etc.

 

 

“A exposição dedicada ao Padre Cícero remete a quem visita o seu santuário na cidade cearense de Juazeiro do Norte. A mística que envolve a cidade, as pessoas, as igrejas e o próprio santuário faz deste universo um espaço do sagrado. Essa atmosfera de pura religiosidade vem atraindo romeiros pelos milagres do santo padre, essa grande figura que persiste por mais de 150 anos na idolatria de muitos nordestinos, atraídos ainda pela hóstia transformada em sangue da beata Maria de Araújo e do caldeirão do beato José Lourenço (1872-1946), destruído em 1937 por um bombardeio aéreo”, afirma o diretor-curador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araújo.

 

Para Araújo, “esta é a luta entre a religiosidade e os domínios dos latifundiários que, de certa maneira, sempre tiveram conflitos nessa região sagrada. Padre Cícero Romão Batista foi como todos sabem um homem, um padre, um político, amigo de muita gente, inclusive de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Essa exposição, portanto, revive um dos mais interessantes episódios da vida cearense de Juazeiro do Norte”.

 

13.06.2012 | par joanapereira | Brasil, exposição, padre

"A descoberta das Américas"

Johan Padan está de volta…

foto, Susana Nevesfoto, Susana NevesAtor de “Tropa de Elite 2” vem a Portugal apresentar espetáculo de teatro premiado!
GAIA | COIMBRA | LISBOA
Uma Co-Produção 10PT – Criação Lusófona

… depois de mais de 500 apresentações em 22 estados brasileiros, além de Cabo Verde, Portugal e Angola, o espetáculo de teatro “A DESCOBERTA DAS AMÉRICAS” regressa a Portugal. Já mais de 250 mil pessoas se divertiram e emocionaram com esta épica e rocambolesca história. Padan, virtuosamente interpretado no palco pelo ator Júlio Adrião, é um Zé ninguém, um rústico, malandro e fanfarrão, que em fuga da fogueira da Inquisição embarca em Sevilha numa das caravelas de Cristovão Colombo. Este espetáculo é um dos maiores sucessos teatrais da década e inicia o seu sétimo ano de itinerância!

“A Descoberta das Américas”, de Dario Fo, rendeu o Prêmio Shell de melhor ator a Julio Adrião.

 

 

Digressão
14 e 15 de Junho || Gaia 21h30 .Teatro Eduardo Brazão 18 de Junho || Coimbra 21h30 . TAGV 21 e 22 de Junho || Lisboa 21h30 . Teatro A Barraca.

“O trabalho de Julio Adrião é de primeira ordem, uma obra de ourivesaria…”
Bárbara Heliodora, O Globo.

“Jamais em toda a minha vida vi o clássico e o popular, o épico e o romântico em tão perfeita harmonia como neste espetáculo. ” Fausto Wolff, Jornal do Brasil.

Ficha Técnica
Texto original de Dario Fo
Direção de Alessandra Vannucci
Performance de Julio Adrião
Co-Produção 10pt – Criação Lusófona e EmCartaz Empreendimentos Culturais LTDA.
Realização JÁ Produções Artísticas
Apoios. Gaianima, Cine Teatro Eduardo Brazão, Teatro A Barraca

Sinopse
Johan Padan a La Descoverta de La Americhe é o título original do texto que Dario Fo apresenta em 1992, por ocasião dos festejos de 500 anos da descoberta da América. Não é a história oficial, mas as aventuras de um malandro que, fugindo da Inquisição, entra no navio de Colombo sem conhecer o seu destino. O anti-herói sobrevive a um naufrágio, aprende a língua dos nativos e testemunha sua matança; é preso, escravizado e quase devorado por canibais, dos quais se salva por um golpe de sorte e muita artimanha. Venerado por supostamente ler as mensagens da lua, ele treina e guia os índios num exército de libertação que expulsa os espanhóis invasores.

a 10PT – CRIAÇÃO LUSÓFONA é uma Associação sem fins lucrativos e tem como objetivo a criação, a produção e divulgação de atividades artísticas que contribuam ativamente para o surgimento e afirmação de novas dinâmicas culturais e sociais de âmbito lusófono.

foto, Susana Nevesfoto, Susana Neves

“Gente, Julio Adrião é pop!”
Ailton Magioli, EM Cultura
Julio Adrião (1960) é carioca, ator, produtor e diretor teatral. Formado em teatro no Brasil, trabalhou seis anos na Itália com o Teatro Potlach de Fara Sabina. De volta ao Brasil em 94, dirigiu e atuou em vários espetáculos. Em 2005, com o solo narrativo “A descoberta das Américas” ganhou o Prêmio Shell/RJ de melhor ator. Em 2010, foi o Governador Gelino em “Tropa de Elite 2”.

Segundo Adrião, “Sabíamos que tínhamos um espetáculo que iria agradar algumas pessoas, mas ficar 7 anos ininterruptamente, fazer mais de 500 apresentações para mais de 250 mil pessoas em 22 estados do Brasil e mais Portugal, Cabo Verde, Angola,… Isso jamais poderia ter sido planejado. É uma dádiva”.

web

11.06.2012 | par herminiobovino | teatro brasileiro

I Kuma? Da Cidade dos Anjos à Cidade dos Homens

I Kuma? é uma fanzine de publicação incerta, com edição AFL & Mc Mars.

O primeiro número, de Fevereiro de 2012, é dedicado ao Tabaski, uma celebração muçulumana de grande importância em países como a Guiné-Bissau.

“Celebra-se no 10º dia do 12º mês do calendário islâmico e organiza-se em torno da Hada (conselho familiar), da Fanata (obrigação) e da Suna (conselho comunitário). Em 2011, coube ao dia 7 de Novembro esta reunião.

Cada núcleo familiar vai ao encontro da obrigação de não se esquecer do momento em que o profeta Muhammad em Meca, a cidade dos anjos, professa o seu amor incondicional por Deus: pede a paz por e para os homens, segundo o ritual de sacrifício do profeta Abraão. Um homem que teria sido capaz de sacrificar o que tinha de mais caro - o seu único filho - para obedecer ao seu Senhor.

Da Guiné-Bissau partiram em 2011 cerca de 300 guineenses para Meca, em grande parte cus-teados pela igreja muçulmana local e por apoios a esta. Num país onde as religiões coabitam pacificamente, a convivência entre os diferentes credos é ainda uma agradável surpresa.”

Benvindo, de religião católica, e Sónia e Issuf, de religião muçulmana sentam-se à mesa para falar do Tabaski e do diálogo entre homens e mulheres de diferentes credos.

 

retirado do blog Stress.Fm
I Kuma?  ANO 1. N1. FEVEREIRO 2012

11.06.2012 | par herminiobovino | Guiné Bissau, islão

Valete e Azagaia

11.06.2012 | par martalanca | Azagaia, Valete

LBC

Esta é capa oficial desenhada por Moises Furtado “Black Moses”.

ouvir aqui 

11.06.2012 | par martalanca | hip hop, LBC

FESTA BUALA + lançamento de "Racismo e Imigração em Portugal"

6ª feira, 15 de Junho, entre as 21h30 e as 3h da manhã no Zona Franca no Bartô (Chapitô) LISBOA 

Bruno Peixe Dias, Nuno Domingos, K-beça, Badiu Branku são os djs da noite!!!!

Os dois anos de existência do Buala e o lançamento de um livro sobre racismo e imigração são o pretexto para esta grande noite!

Um livro que revisita a agenda política, mediática e social-científica da imigração em Portugal e desconstroi as categorias operadas na construção de identidades, procurando identificar os pontos frágeis das descriminações.

Uma plataforma de cultura africana contemporânea, BUALA, que implica as diásporas negras e também reflecte sobre a relação de Portugal com a sua imigração. 

Conversa/apresentação do livro com o filósofo André Barata, o rapper LBC e os coordenadores do livro (Bruno Peixe Dias e Nuno Dias), música (do black atlantic e não só), imagens e encontros, são o que lhe oferecemos nesta noite.


11.06.2012 | par martalanca | buala, imigração, racismo

Santos Crioulos - noite de Funaná no Café Tati, LISBOA

3ª feira, 12 de Junho, 23h

O Café Tati vai celebrar o Santo António com uma noite de Funaná!

Música para dançar nascida nos meios rurais da ilha de Santiago em Cabo Verde, o Funaná conquistou depois as cidades, espalhou-se pelas outras ilhas e chegou ao estrangeiro.

No caminho foi incorporando novos instrumentos mas no Tati vamos ter a base tradicional do Funaná: a gaita (concertina), o ferro e a voz.

Julinho da Concertina - gaita (concertina)

António Tavares - voz e ferro

A entrada é livre. Café Tati - Rua da Ribeira Nova 36 (nas traseiras do Mercado da Ribeira, Cais do Sodré)  *  tel: 213 461 279

11.06.2012 | par franciscabagulho | Funáná

"VANESSAS" (performance/statement)|Arte&Manha

Domingos 10, 17, 24 de Junho e 1 de Julho | 22h | Arte&Manha

Bilheteira de 5€

 

Cinco atrizes, com cinco testemunhos serão a narrativa de uma só mulher.   Ela não está em lado algum em específico, mas está por todo o lado. Está no back e front-stage da nossa imaginação, num qualquer palco, no plateau, no campo de batalha do showbiz e suas redes adjacentes. Uma Vanessa cansada de se sentir “objetizada”, incomodada pelas barreiras não visíveis. Reage em silêncio e resignação? Às vezes! Noutras também fala, recorda o que passou, o que ouviu, o desconforto de sentir desconforto.Vanessa vai-se expor, vai-se expressar, recordar, criticar… Ela existe e exibe-se aqui como musa também.


O   E S P E C T Á C U L O

45 minutos de instalação, performance, vídeo e música. De um laboratório artístico no espaço Arte&Manha resulta um espetáculo multi-disciplinar que é ao mesmo tempo intalação/performance/statement destas Vanessas. O video e a música visitarão o seu imaginário,surgindo como sub-texto.

 

Com um nome tão comum nasce uma “Vanessa”. Mulher, mestiça ou negra, que veio de Angola criança sem ter podido escolher estar longe “dos seus”. Cresce em Lisboa e ai debate-se com situações de intolerância que a deixam baralhada, desintegrada, muitas vezes não sabendo onde buscar as suas referências: se na escola, se no amor, se na família, no trabalho… Diariamente Vanessa enfrenta, como tanta gente, o estigma associado à sua origem, género e até profissão (intérprete, produtora) vivendo com a esperança do reconhecimento.

Tantas questões relacionadas com esta personagem fazem dela categoricamente uma minoria?

 


10.06.2012 | par martacacador | arte&manha, teatro