Os enigmas das monjas

Os enigmas das monjas No século XVII, freiras portuguesas amantes da literatura criaram uma relação especial com uma religiosa erudita do México colonial, Sor Juana Inés de la Cruz. Com poesia e enigmas de amor, defenderam o direito das mulheres ao conhecimento. Os escritos das religiosas ganharam pó por 300 anos na Biblioteca Nacional, em Lisboa. Até que um investigador tropeçou nas folhas soltas.

Corpo

21.08.2020 | por Pedro Cardoso

Se morro longe de ti

Se morro longe de ti A pandemia e esta loucura universal microscópica. Milhares de migrantes mexicanos e centro-americanos estão a morrer nos Estados Unidos. Os corpos perdem-se na burocracia, nas valas comuns e nas estatísticas. Não voltam mais a casa. No México, há quem faça enterros com caixões vazios.

A ler

20.07.2020 | por Pedro Cardoso

Mascogos. Os índios africanos cantam blues

Mascogos. Os índios africanos cantam blues Quando a liberdade é questão de vida ou morte, a Humanidade supera-se sem filtros. Há 170 anos, escravos africanos e tribos de índios uniram-se numa fuga desesperada dos Estados Unidos para o México. Em serras áridas na linha de fronteira, construíram uma comunidade com língua e cultura próprias. El Nacimiento é ainda hoje a casa dos Mascogo, os índios negros com blues na voz.

Jogos Sem Fronteiras

10.05.2020 | por Pedro Cardoso

Piratas das Caraíbas, a frota dos EUA ao largo da Venezuela

Piratas das Caraíbas, a frota dos EUA ao largo da Venezuela Nas águas quentes das Venezuela, lançaram âncora navios de guerra norte-americanos. Prontos para desmantelar a rota de cocaína que sai deste país para os EUA, via ilhas caribenhas. Os piratas ou cowboys do século XXI, como lhes chamou Nicolás Maduro, cercam de mansinho o regime venezuelano. Distraído, confinado e monotemático, o mundo quase nem deu por isso.

Mukanda

11.04.2020 | por Pedro Cardoso

Os versos de Cardenal

Os versos de Cardenal A confusão instalou-se. Estalou o copo na mão de Cardenal, verteu-se o rum no cetim do féretro aos solavancos na fuga em ombros pela catedral, antes de ser cinza. E ouviu-se então, num exercício de imaginação, o último grito contrapoder do rebelde num verso-único: "Tu não mereces sequer um epigrama."

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10.03.2020 | por Pedro Cardoso

E o muro o vento levou

E o muro o vento levou Na linha da fronteira, a terra tem a mesma cor, os rios correm na mesma direção. Ainda que não pareça. Entre o México e os Estados Unidos, a frontera-border é um livro surpreendente de histórias. Mais que os mortos do Rio Bravo, as crianças migrantes enjauladas ou a cidade-pecado de Tijuana. Muito mais. Um anedotário mexicano que, com galhofa e bazófia, resiste ao avançar da sombra.

Jogos Sem Fronteiras

07.02.2020 | por Pedro Cardoso

Não é uma caravana de migrantes, mas um novo movimento social que caminha para uma vida suportável

Não é uma caravana de migrantes, mas um novo movimento social que caminha para uma vida suportável Quando os líderes de opinião e os especialistas em mobilidade humana e relações internacionais descartaram a autoridade e a autonomia política de quem se move em colectivo, desafiando os trajectos do terror, perdemos a preciosa oportunidade de construir - replicando a imaginação política do que são os migrantes e os deslocados - um movimento político anti-racista no México.

Jogos Sem Fronteiras

07.11.2018 | por Amarela Varela

O terceiro género - Muxes de Juchitán, México

O terceiro género - Muxes de Juchitán, México Não são mulheres nem homens. Não são heterossexuais, bissexuais, nem gays. Rompem identidades a preto e branco e assumem-se em tonalidade maquilhada. São os muxes de Juchitán. Sexualidade cruzada no México tropical.

Corpo

25.10.2014 | por Pedro Cardoso

Luta, Sangue e Liberdade

Luta, Sangue e Liberdade No século XVII um escravo de Angola ajudou a criar o primeiro território livre das Américas. Esta é a história de Matoza e do seu chefe político, Yanga.

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24.02.2014 | por Pedro Cardoso

Um fantasma que vive no coração da selva

Um fantasma que vive no coração da selva Mais de 5 mil activistas do planeta acorreram à selva para discutir com os zapatistas um conjunto de acções internacionais. Sindicalistas, anarquistas, terceiro-mundistas, ecologistas e alguns astronautas viveram durante uma semana nas aldeias de Oventic, La Garrutcha e La Realidad. Foi nesta última que se deu a conferência de imprensa final. Os jornalistas aproveitaram a ocasião para perguntar a Marcos qual era a sua reacção às declarações do então líder do Partido dos Trabalhadores, Lula da Silva, que se manifestava contra os movimentos de guerrilha e achava que a conferência intergaláctica tinha querido concorrer com o Fórum de São Paulo, encontro de partidos de esquerda de todo o mundo que organizava o PT. Marcos olhou com cara de espanto para os jornalistas, "Fórum de São Paulo? Não conheço, julgava que a gente concorria com os Jogos Olímpicos de Atlanta". Nesta altura, como agora, as revoltas não se decretam, fazem-se, e às vezes acontecem. A força dos zapatistas não estava nas suas armas, mas nas suas ideias e nas populações indígenas que são o próprio movimento.

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07.01.2014 | por Nuno Ramos de Almeida