A Segunda Vida de Djon de Nha Bia
Este livro de Nuno Rebocho é uma obra maior da literatura lusófona. É uma grande alegoria das relações de poder entre os homens. A narrativa passa-se num arquipélago imaginário, onde de tudo um pouco acontece. É uma obra que, além de muito divertida, tem um conteúdo político (no sentido nobre, aristotélico, da palavra) muito agudo. Além disso, sendo escrita num português de latitudes mais quentes, é uma lufada fresca de palavras e expressões novas. Um grande livro, sem dúvida!
sobre o autor: Nuno Rebocho nasceu em 1945; opositor do salazarismo, foi jornalista e interventor cultural antes e depois do 25 de Abril. Foi jornalista na RDP, Antena 1 e 2, durante muitos anos. Recentemente passou a viver em Cabo Verde, enraízando-se nesse arquipélago lusófono. Publicou vários livros de poesia e de crónicas. Ultimamente tem desenvolvido uma poderosa linha narrativa em que o Djon é um dos primeiros títulos a ser revelado ao público. Sinopse O livro conta as aventuras de um tipo que sai para fora do caixão no seu próprio velório. Desse acontecimento só há uma testemunha meio bêbeda. A partir daí, o herói desta espécie de fábula irá percorrer a sua ilha, primeiro, e outras ilhas em busca do sentido de estar morto. Nessas ilhas acontece de tudo um pouco: os mortos votam nas eleições, o diabo aparece, há um doutor que faz chantagem e até uma das ilhas tem um rei. Enquanto o herói percorre as ilhas, na sua ilha de origem desenvolve-se todo um culto em torno da sua figura ressuscitada, com templos, restaurantes, e todo um conjunto de actividades económicas associadas ao fenómeno de um local sagrado.
Excerto Quando a carapinha lhe emergiu do caixão, Djon percebeu que estava morto. Fora da sala era a rua e de lá vinha a batida da tabanka, oca e ondeada, e uma voz narradora que entretinha a comezaina aconchegante do velório. Família e demais abancavam no terreiro, digerindo a noite antecedente ao funeral, que seria pela manhã.
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Nono volume da Colecção CCC editado por Marcos Farrajota e Rafael Dionísio, prefácio de Luíz Carlos Amorim, capa de Jucifer, design de João Cunha, ISBN: 978-989-8363-01-5
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PVP: 10€ (50% para sócios, lojas e jornalistas) à venda no site da CCC, Utopia, VOL, CDgo.com, Letra Livre, Casa Ruim, Fábrica Features, Re-Search e Livraria Sá da Costa (R. Garrett, 100) *** E-BOOK: todoebook.com
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Historial: Lançado na XVI Feira Laica … Apresentação pelo Prof. Dr. Luis Filipe Tavares (Universidade Piaget) na Cidade da Praia, Cabo Verde (08/07/10) … brevemente algumas apresentações em Portugal … Apresentação por Rafael Dionísio no Centro Interculturacidade (16/09/19) …
Feedback: primeiro romance da autoria de Nuno Rebocho, escritor português radicado em Cabo Verde. Trata-se de estória salgada de crioulidade, onde o mágico e as driabruras se entrecruzam em artimanhas que envolvem mortos ressuscitados em revolta e o derrube de poderes vivos, santos sem vocação, fundamentalistas irredentos e muita tropelia que fez a vivência de um país chamado Arquipélago, igual a tantos arquipélagos que são países e a países que são, por isso mesmo, arquipélagos. Com humor e ironia, o autor traduz o insólito como realidade, mas onde quaisquer semelhanças com realidades conhecidas são mal-deliberadas coincidências, numa escrita colorida e cáustica para o novo acordo ortográfico adoptado pelos países lusófonos. Porosidade Etérea alegoria política de quem quem quer ajustar contas com o mundo, como “Animal Farm”, de Orwell, ou “Aventuras de João Sem Medo”, de José Gomes Ferreira. Os Meus Livros