Escritor Caboverdiano ganha Grande Prémio Sonangol
Literatura
Com a obra Percursos & Destinos, o escritor caboverdiano João Lopes Filho, de pseudónimo “Osagyeto Moisés, arrebatou hoje, quinta-feira, em Luanda, o grande prémio Sonangol de Literatura 2011, avaliado em 50 mil dólares norte-americanos.
De acordo com o presidente do júri, o caboverdiano Corsino António Fortes, que fez o anúncio na sala de conferências da Sonangol, o júri atribuiu por unanimidade o prémio a obra “Percursos & Destinos” do escritor João Lopes Filho.
Na sua alocução, Corsino António Fortes fundamentou que o júri atribuiu o prémio pela audácia, pormenor descritivo e qualidade formal com que se retratou o percurso da insularidade, processos sociais, culturais de um determinado histórico da vida do povo cabo-verdiano.
O corpo de jurado da 11ª edição do grande prémio Sonangol de
Literatura 2011 atribuiu menções honrosas às obras Laço de Aço Lasso de Jordão Augusto Trajano, de pseudónimo “Serafim”, de Angola, por constituir uma excelente partitura literária plasmada em sonetos, a ser mandadas editar pela Sonangol.
A outra menção honrosa foi atribuída à obra Filho do Planalto de Marcelo Panguana, de pseudónimo “Zé Chibadura”, de nacionalidade moçambicana, pela coerência interna do seu conteúdo, pertinência, cristalização de formas, estilo e por permitir uma leitura lúdica.
O júri saudou a Sonangol pela criação do prémio “que tem contribuído para incentivar o gosto pela criação estética e produção científica, bem como a troca de experiência múltiplas de modo a potenciar as nossas culturas e os nossos interesses comuns no âmbito das artes e da literatura a nível dos nossos países”.
Por outro lado, congratulou-se com o interesse crescente que o prémio tem despertado, dada a qualidade significativa das obras e o aumento do seu número que se cifrou em mais de cento por cento, entre a edição anterior e a presente.
Explicou que “na sua longa e rica evolução, este projecto restringiu-se a Angola. Com tempo, a Sonangol achou por bem tornar este projecto humanístico, extensivo a Cabo Verde e a São Tomé e Príncipe, e nesta edição a Guiné Bissau e Moçambique, tudo em nome da contribuição para o desenvolvimento da arte, da ciência, e do intercâmbio cultural.
“Regozijamos com a perspectiva que a Sonangol tem de alargar este projecto ao país irmão de Timor Leste”, expressou Corsino Fortes.
O corpo de Júri é constituído pelo presidente, Corsino António Fortes, Cornélio Caley, pela Sonangol, Manuel Muanza, pela União dos Escritores Angolanos, Frederico Gustavo dos Anjos, por São Tomé e Princípe, Francisco Conduto de Pinapela, da Guiné Bissau, Carlos Paradona, de Moçambique e António Fernandes da Costa, pelo Ministério da Cultura de Angola.
O Grande Prémio Sonangol de Literatura foi instituído em 1987 e é entregue no dia 25 de Fevereiro, de cada ano, data de aniversário da Sonangol.
No ano passado o vencedor foi o ex-primeiro ministro de São Tomé e
Príncipe, Rafael Branco, que recebeu 25 mil dólares americanos.
No final da cerimónia, a Sonangol ofereceu a Guiné Bissau, cinco computadores.