CONFERÊNCIA DE IMPRENSA | 26 DE SETEMBRO DE 2011 ÀS 12H |
CINEMA SÃO JORGE – LISBOA
A Associação Cultural Bienal de São Tomé e Príncipe, responsável pela organização do evento, apresenta nesta edição o segundo momento do projecto de reestruturação da Bienal desenvolvido, em 2007, pela curadora Adelaide Ginga, que assume mais esta edição.
A Bienal STP inaugura a 1 de Novembro de 2011, no espaço CACAU, na cidade de São Tomé, e estará patente ao público até 31de Novembro de 2011, envolvendo vários espaços do arquipélago.
A Bienal pretende afirmar-se como uma bienal alternativa às grandes bienais internacionais. Tem por objectivo resgatar o histórico papel de São Tomé e Príncipe como entreposto de comércio de escravos, lugar de encontro de povos e culturas, para o afirmar como entreposto cultural em África, espaço de partilha e conhecimento. Nesta Bienal em construção, procura-se estreitar relações culturais e apostar no conceito de laboratório, estimular a experimentação e a descoberta, através da criação em residência artística e na efectiva partilha cultural entre criadores, curadores, galeristas, críticos, historiadores e demais agentes culturais. Com enfoque em artistas naturais de países da CPLP ( Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e da África Austral, a Bienal mantém a abertura à participação de artistas de outras nacionalidades.
A par das exposições existirão outras actividades culturais, oficinas e ateliers pedagógicos bem como eventos de animação que valorizam as artes performativas tradicionais.
Organização: CIAC – Centro Internacional de Arte e Cultura Curadoria: Adelaide Ginga
Projecto ROÇA LÍNGUA
De 1 a 8 de Novembro 2011, escritores de países falantes do português encontram-se em S. Tomé e Príncipe para criar e pôr em diálogo as suas obras, contribuindo para o intercâmbio e conhecimento deste universo linguístico, e para uma política concertada de valorização e promoção da Língua Portuguesa, tendo S. Tomé e Príncipe como contexto de reinvenção e criação. Na presença destes escritores e de outros convidados, jovens santomenses frequentam oficinas de escrita criativa, jornalismo cultural e artes performativas, coordenados pela organização do evento.
Os escritores participam nestas oficinas e em sessões públicas mas o mais desafiantes é que irão escrever, nesta residência artística, um conto ambientado em São Tomé, a partir de histórias relacionadas com as estruturas e vidas das antigas roças de Cacau. O conjunto dos contos será publicados num livro intitulado ROÇA LÍNGUA.
Queremos partilhar o universo reflexivo da escrita em comunidade na relação com o lugar onde se dá o encontro, percepcionar os diferentes modos de representação num espaço marcadamente diverso, unido sob o signo da língua, património comum, de afectos, criação, história e comunicação. É uma singular oportunidade para estreitar o diálogo entre as narrativas, memórias, oralidades e estéticas dos diferentes universos culturais desta comunidade linguística e cultural.
Na conferência de imprensa este projecto será apresentado pela organizadora Marta Lança. Aí serão anunciados os escritores que participam no Roça Língua.
Concepção e organização: Marta Lança (Portugal), Isaura Carvalho (São Tomé)
Comissariado: José Eduardo Agualusa (Angola)
Comunicação e Assessoria de Imprensa: Patrícia Corrêa | tel. +351 912872843
bienal.sao.tome.principe@gmail.com
martalanca@buala.org