Canhão de Boca, de Angelo Lopes é um documentário inserido no Programa CPLP Audiovisuall, produzido pela O2 Cabo Verde
No contexto de luta de libertação de Guiné-Bissau e Cabo Verde, Amílcar Cabral usava a expressão “Canhão de Boca” para se referir à Rádio Libertação como arma mais poderosa do que todo o arsenal de guerra que pudessem possuir. A partir da experiência cabo-verdiana e mas com um olhar sobre o mundo, o documentário “Canhão de Boca” ficciona um programa de rádio com Amélia Araújo, uma das vozes da Rádio Libertação que deu corpo aos programas de difusão dos ideais da luta entre 1964 e 1973; e Rosário da Luz, voz que incorpora a informação crítica como luta da desconstrução contemporânea em Cabo Verde. As suas lutas são próprias de cada tempo, mas são, na sua essência, lutas comuns.
Hoje porque lutamos? Um dos maiores legados filosóficos da luta pela independência é o princípio de que, para sermos livres, precisamos pensar pelas nossas cabeças. Para isso, é essencial combater qualquer tipo de colonialismo e a nossa subjugação a este(s).
Este documentário elege a rádio, meio de comunicação e expressão vinculado à voz, como veículo da discussão contemporânea em torno da utopia da liberdade. A partir de eventuais confrontos, interessam as relações que o espectador reconstrua a partir do seu próprio pensamento.
Com: Amélia Araújo, Rosário Luz e Nuno Andrade Ferreira
Realização: Angelo Lopes Direção de Produção: Samira Pereira Direção de Fotografia: Mamadou Diop Edição de Imagem e Assistente de Camêra: Edson Silva D Sonoplastia: Kisó Oliveira Técnico e Corrector de som: David Medina Correção de Cor: Manuel Pinto Barros Investigação: Celeste Fortes Assistente de Produção: Vanisia Fortes Assistente Administrativa-Financeira: Aldina Simão Design Gráfico: Oficina de Utopias Canhão de Boca é um documentário inserido do Programa CPLP Audiovisual e co-produzido pela O2 Cabo Verde e a (CPLP) Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, em parceria com a RTC - Rádio Televisão de Cabo Verde