Foi para caminhar que aqui cheguei

16.05.2023 | by mariadias | concertos, conferências, conversas, exposições, foi para caminhar que aqui cheguei mostras, Performances, workshops

Programação Alkantara Festival 2022

O Alkantara Festival 2022 aproxima-se. De 11 a 27 de novembro, criamos espaços para a fruição, reflexão e participação em 13 espetáculos, 5 conversas - 4 após espetáculos e uma ágora junto ao rio-, 3 workshops e 3 conferências, 2 festas e ainda 3 partilhas de processos de criações que estreiam no próximo ano. Propostas para que em conjunto possamos observar, caminhar, dançar, experimentar e refletir sobre como podemos agir sobre o passado e construir novos futuros. 

Nesta edição procuramos ainda identificar e diminuir barreiras para que uma maior diversidade de pessoas possa acompanhar o programa, apresentando vários espetáculos com recursos de audiodescrição, LGP e legendas para pessoas surdas. Temos também sessões descontraídas e políticas de bilhetes acessíveis.

Conhece o programa do Alkantara Festival 2022 em alkantara.pt.


28.10.2022 | by Alícia Gaspar | alkantara festival 2022, conferências, conversas, cultura, espetáculos, festival, workshops

Ecologias Imateriais

04 – 06 nov / Entrada livre

Esta programação inclui conversas, concertos, performances, sessões de poesia e outras práticas artísticas em torno de reflexões sobre as dimensões imateriais e espirituais da ecologia.

Com a participação de profissionais de várias áreas, «Ecologias Imateriais» procura pensar as práticas extrativistas para lá do seu significado material, criando um espaço para a partilha e para a discussão de dimensões imateriais e invisibilizadas que nos permitam imaginar outros mundos.

Programa completo aqui.

26.10.2022 | by Alícia Gaspar | concertos, conversas, ecologias imateriais, entrada livre, Gulbenkian, Performances, sessões de poesia

Alkantara Festival 2022

De 11 a 27 de novembro, o Alkantara Festival convida artistas e públicos para uma programação internacional de dança, teatro, performance e encontros, distribuída pela cidade de Lisboa. Apresentam-se projetos que partem de investigações artísticas, políticas, culturais e sociais para experimentar formatos e possibilidades de diálogo. Alimentam-se espaços de reflexão para que o conhecimento e os sentidos ganhem novas estruturas de referência.

No Teatro São Luiz, quatro projetos convocam os públicos para movimentos e experiências: entre diásporas, exílios e sacrifícios; encontros em torno de processos de desflorestação, monoculturas e estratégias de regeneração; e corpos onde as memórias se reinventam a partir dos gestos.

18 a 20 novembro

Conversas
Refloresta
Plataforma Terra Batida
Coordenação: Rita Natálio

 

19 e 20 novembro

Dança
Sacrifico Enquanto Estou Perdido na Terra Salgada
Hooman Sharifi

 

24 a 26 novembro

Teatro
BOCA FALA TROPA
Gio Lourenço

 

26 e 27 novembro

Dança
NEVER ODD OR EVEͶ
De Filiz Sizanli & Mustafa Kaplan / Sofia Dias & Vítor Roriz

Mais informações aqui.

17.10.2022 | by Alícia Gaspar | Alkantara, alkantara festival, artes, conversas, cultura, dança, lisboa, teatro

Alkantara Festival arranca no sábado com quatro espetáculos no mesmo dia

Os primeiros dias do festival são marcados pelas criações de Cherish Menzo, Chiara Bersani, Clara Amaral e Faustin Linyekula.

Alkantara Festival – Festival Internacional de Artes Performativas, que este ano decorre entre 13 e 28 de novembro, arranca no próximo sábado (13 de novembro) com quatro espetáculos, que serão apresentados em quatro palcos lisboetas, nomeadamente da Culturgest, Centro Cultural de Belém (CCB), Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII) e Teatro do Bairro Alto (TBA). O arranque do festival será assinalado pela festa de abertura Meio Fio, com curadoria de Cigarra, que se realiza no Estúdio Time Out (no Time Out Market), a partir das 21h00.

O primeiro momento do festival está a cargo da artista portuguesa Clara Amaral, que apresenta She gave it to me I got it from her na Biblioteca Palácio Galveias, nos dias 13, 14, 16 e 17 de novembro, uma coprodução do Alkantara com o Teatro do Bairro Alto e a Veem House for Performance (Amesterdão). Clara Amaral tem desenvolvido um trabalho feminista, interseccional e interdisciplinar para explorar o aspeto performativo da leitura e da linguagem. Nos dias 13 e 14 de novembro há sessões às 15h, 16h30, 18h30 e 20h. Na terça e quarta-feira, 16 e 17 de novembro, as sessões decorrem às 17h, 18h30, 20h30 e 22h. No dia 13 de novembro às 18h30 e no dia 16 de novembro às 16h30 as sessões terão interpretação em Língua Gestual Portuguesa.
She gave it to me I got it from her, de Clara Amaral @The Book PhotographerShe gave it to me I got it from her, de Clara Amaral @The Book Photographer
Também com apresentação no primeiro dia do festival, a coreógrafa holandesa Cherish Menzo leva Jezebel ao CCB nos dias 13, 14 e 15 de novembro, às 19h. Aqui, a criadora e intérprete assume-se como protagonista de um universo musical controlado por homens, o hip hop, para desconstruir estereótipos associados ao corpo hipersexualizado da mulher. No dia 15 de novembro, após o espetáculo, haverá, na Black Box do CCB, uma conversa (falada em inglês) com Cherish Menzo e a rapper Chonk Kwong mediada pela tradutora, jornalista e ativista cultural angolana Carla Fernandes.

Jezebel, de Cherish Menzo @Bas De BrouwerJezebel, de Cherish Menzo @Bas De Brouwer

Já no Teatro Nacional D. Maria II, estará Chiara Bersani com Gentle Unicorn  de 13 a 16 de novembro (sábado, segunda e terça-feira, às 19h; domingo às 16h30). A artista italiana reflete sobre o significado político do seu próprio corpo, assumindo-se como agente na criação da imagem que o mundo terá dela. Após a sessão de domingo, dia 14, haverá na Sala Estúdio do TNDMII, uma conversa entre Chiara Bersani e a artista portuguesa Diana Niepce, com moderação de Carla Fernandes. A conversa será em inglês.

Gentle Unicorn, de Chiara Bersani @Alice BrazzitGentle Unicorn, de Chiara Bersani @Alice Brazzit

Ainda no primeiro dia do festival, às 21h00, já na Culturgest, dá-se o espetáculo de abertura oficial do festival, com o bailarino e coreógrafo congolês Faustin Linyekula. Linyekula, que em 2016 foi o artista convidado da Bienal Artista na Cidade, em Lisboa, estreia em Portugal História(s) do Teatro II, peça que revisita a nação congolesa nos anos 70 e a criação do Ballet National du Zaïre com três dos seus membros originais. O espetáculo pode também ser visto no sábado, dia 14 de novembro, às 19h00.

História(s) do Teatro II, de Faustin Linyekula ©Agathe PoupeneyHistória(s) do Teatro II, de Faustin Linyekula ©Agathe Poupeney

Uma festa de abertura repleta de performances

Na noite de sábado, 13 de novembro, o Time Out Market acolhe a festa de abertura da edição deste ano do Alkantara Festival, com curadoria de Cigarra (Ágatha Barbosa) e intitulada Meio Fio. Durante 5 horas, Meio Fio será mais do que uma festa ou pista de dança, assumindo-se como espaço performativo. O programa inclui música, performances, instalações e “degustações sinestésicas” preparadas por Cigarra, Jajá Rolim, Kurup, Jaçira, Eubrite, Muleca XIII, Judas, Paulo Fluxuz_, entre outros artistas. A festa acontece no espaço do Estúdio Time Out, entre as 21h e as 02h. A entrada é livre.

Até ao dia 28 de novembro, a programação do Alkantara Festival vai circular pelas salas dos habituais parceiros do festival, como o Centro Cultural de Belém, a Culturgest, o São Luiz Teatro Municipal, o Teatro do Bairro Alto e o Teatro Nacional D. Maria II, assim como pelo Espaço Alkantara, em Santos, e a Casa da Dança, em Almada.

Os bilhetes para os espetáculos, cujos preços variam entre os 7 e 16 euros, podem ser adquiridos nas bilheteiras, físicas e online, dos teatros parceiros. Há ainda várias atividades de entrada livre, como performances ou ensaios abertos. A programação completa encontra-se disponível no site do Alkantara Festival: https://alkantara.pt

11.11.2021 | by Alícia Gaspar | alkantara festival, arte, cinema, conversas, cultura, espetáculos, teatro

Arte Participativa – Um Espaço para Todos

Dom, 24 out, 11:00-16:30, Teatro São Luiz, Entrada gratuita

No próximo domingo, o Teatro São Luiz e a EGEAC juntam-se à iniciativa PARTIS da Fundação Calouste Gulbenkian para promover um dia de conversas em torno da Arte Participativa. Diferentes agentes da comunidade artística – programadores, público, jornalistas, artistas profissionais e artistas não-profissionais – são convidados a debater as oportunidades, os desafios e os riscos que nos traz esta forma de arte partilhada.

Estas conversas acontecem a par da apresentação do espetáculo Meio no Meio de Victor Hugo Pontes, no Teatro São Luiz, que resulta de um projeto desenvolvido durante os últimos três anos com o apoio da iniciativa PARTIS.

A sessão terá interpretação em Língua Gestual Portuguesa.

A entrada é gratuita mediante levantamento de bilhete na bilheteira do Teatro São Luiz no próprio dia, a partir das 10:00 (até 2 por pessoa) ou online, na véspera, em bol.pt.

Programa

11:00 – 13:00   Novas vanguardas artísticas e sociais

Com Barbara Pollastri, Carla Flores, Madalena Victorino, Marco Martins, Mavá José, Victor Hugo Pontes / Moderação: Cláudia Galhós 

14:30 – 16:30   Que lugar para a arte participativa na programação cultural?

Com Fátima Alçada, John Romão, Gonçalo Frota, Marta Lança, Marta Martins, Sara Ferreira / Moderação: Hugo Cruz

Mais Info.

19.10.2021 | by Alícia Gaspar | arte, arte participativa, conversas, EGEAC, fundação Gulbenkian, meio no meio, teatro são Luiz

Memória Ambiental — MAAT

29 de Maio | 15.00 - 18.00

Programa: Clima: Emergência > Emergente

Curadora:Margarida Mendes

Com: Boaventura Monjane, Joana Roque de Pinho, João Ruivo, Julia Seixas, proTEJO, Movimento SOS Serra d’Arga

Local: Sala dos Geradores [Central]

João Ruivo, 'Monólitos Solo'João Ruivo, 'Monólitos Solo'

Este fórum composto por dois painéis – integrado na iniciativa de programação do maat Clima: Emergência > Emergente – aborda legados críticos do extrativismo e a atual transição energética propondo futuros restaurativos. O fórum reúne investigadores e ativistas que operam nos campos da engenharia do ambiente, conservação e humanidades, para discutirem o legado colonial da política de recursos e opções alternativas para a utilização da terra e da água.
Cruzando o campo da crítica infraestrutural com o discurso descolonial, Memória Ambiental introduz perspectivas históricas sobre o planeamento agrário, a gestão de recursos e práticas de conservação, definindo um eixo entre a injustiça climática contemporânea e o legado colonial das políticas ambientais, tanto em Portugal como noutros locais. Pondo em causa o extrativismo que permeia os modelos económicos contemporâneos, os convidados analisam a sua origem em regimes prévios de instrumentalização de solos e recursos, fundeando o debate em casos de estudo em territórios previamente colonisados. São também introduzidas perspectivas críticas sobre modelos emergentes para uma transição energética justa, questionando-se o conceito de “energia verde” em relação à manutenção hidrográfica da bacia do Tejo que atravessa a Península Ibérica, e à extração de lítio no Alto Minho.

As conversas (em inglês) contam com a participação de Boaventura Monjane, Joana Roque de Pinho, João Ruivo, Júlia Seixas, proTEJO – Movimento pelo Tejo, Movimento SOS Serra d’Arga, a convite de Margarida Mendes.

Painel 1:
Disputas territoriais em Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal

Com Boaventura Monjane, Joana Roque de Pinho, João Prates Ruivo.
Moderação Margarida Mendes.

Boaventura Monjane fala-nos das dinâmicas agrárias e de extração, de penetração de capital em zonas rurais do Sul Global, olhando em particular para processos de acumulação históricos, mas também dos nossos dias. A conferência traz luz às raízes muitas vezes obscuras do contínuo conflito de Cabo Delgado no norte de Moçambique, ou seja, o modo militarista do extrativismo de enclave, que amplia desigualdades sociais e económicas existentes, e os usuais défices no que diz respeito à tomada de responsabilidade, transversalmente evidentes no sector de extração em África. Monjane fala-nos ainda sobre o que é cunhado por ele como “reações políticas vindas de baixo” para destacar agências rurais (e urbanas) no confronto e resistência ao extrativismo (e militarização).

Através de fotografias e narrativas criadas por um grupo variado de agricultores da Guiné-Bissau que vivem no Parque Nacional de Cantanhez, a apresentação de Joana Roque de Pinho examina as descrições locais de uma paisagem culturalmente muito valorizada e as próprias práticas dos agricultores de conservação de biodiversidade, ambas as quais desafiam narrativas dominantes sobre o parque e os seus residentes.

Partindo de uma leitura crítica da história recente do aproveitamento hidroelétrico, a conferência de João Prates Ruivo foca o papel das missões de reconhecimento pedológico na reconfiguração territorial ocorrida durante o conflito anticolonial em Angola, e refletir hoje sobre as possibilidades de práticas situadas de resistência, no contexto das transformações ambientais decorrentes do projeto de cultivo intensivo da Barragem de Alqueva, no Alentejo.

Painel 2:
Vectores energéticos e modelos de conservação
Com Júlia Seixas, Carlos Seixas (Moviemento SOS Serra d’Arga) and Paulo Constantino (Movimento proTEJO).
Moderação Margarida Mendes.

O uso de recursos energéticos tem aumentado desde a revolução industrial, particularmente depois do fim da Segunda Guerra Mundial, para suportar o número crescente de serviços humanos e sociais. Os modelos de abastecimento de combustível fóssil têm colocado uma enorme pressão ambiental e social em algumas zonas do planeta, nomeadamente em países vulneráveis, com poucos ou nenhuns benefícios para as suas populações. Segundo Júlia Seixas, a transição energética traz um novo modelo muito baseado em recursos energéticos locais, mas muito exigente para com a terra, os minerais e metais. A “velha” relação entre países fornecedores de recursos e países consumidores de tecnologia ainda persiste, dificultando a transição justa desejada pelas novas gerações.

Endereçando a questão da prospecção de lítio em Portugal, Carlos Seixas do Movimento SOS Serra d’Arga esclarece como a população do Minho tem resistido ao projeto governamental de fomento mineiro, expondo como os cidadãos podem combater a mentira da mineração verde e ganhar esta batalha.

proTEJO – Movimento pelo Tejo questiona o conceito de energia verde e irá apresentar a sua posição sobre as questões hídricas e energéticas ligadas à bacia do Tejo, que vem a observar desde 2009. Prestando especial atenção às questões de conservação e salvaguarda da biodiversidade do rio Tejo e seus afluentes, o movimento propõe uma gestão sustentável, transparente e participativa da bacia hidrográfica do Tejo a fim de assegurar a disponibilidade de água em quantidade suficiente e de qualidade tanto para nós como para as gerações futuras. Com este objetivo considera fundamental a defesa dos pilares da vida do rio: a quantidade de água com a circulação de caudais ecológicos, em consonância com os ritmos sazonais e com condições que permitam a migração das espécies; a qualidade da água para suprir as necessidades humanas e ecológicas; e a conectividade fluvial que mantém um rio livre e vivo para assegurar as condições naturais para termos água em quantidade e com qualidade, bem como para preservar a biodiversidade e o património cultural material e imaterial associado.

Sobre o programa
Ao chamar a atenção para a emergência climática, a iniciativa de programa público Clima: Emergência > Emergente estimula análises críticas e propostas criativas que procuram ir além do catastrofismo, fazendo emergir futuros ambientalmente sustentáveis.
De âmbito internacional e interdisciplinar, o programa foi idealizado pelo recém-fundado Coletivo Climático do maat, dirigido por T. J. Demos, e destina-se a reunir diferentes profissionais de cultura que trabalham na interseção das artes experimentais com a ecologia política.

Leia a declaração do Coletivo Climático no maat ext. (em inglês).

25.05.2021 | by Alícia Gaspar | ambiente, angola, conversas, Guiné-Bissau, maat, memória ambiental, Moçambique, Portugal, proTEJO

VOARTE – Dias de Dança, Cinema e Comunidade

1 a 5 de Junho de 2021

Teatro do Bairro


Está a chegar uma semana de programação da VOARTE, com dias dedicados à dança, cinema e comunidade, que visam dar a conhecer o trabalho que a estrutura tem vindo a desenvolver ao longo de 23 anos de projectos artísticos multidisciplinares, inclusivos e inovadores. Decorrerá entre o dia 1 e 5 de Junho, no Teatro do Bairro, e contará com a exibição de filmes, conversas, ações de formação e a estreia do novo espectáculo de dança da CiM – Companhia de Dança.

Dia 1 de Junho (terça-feira) – InShadow _ LittleShadow – teremos uma sessão de animação destinada ao fechada ao público geral e articulada directamente com as escolas, desenvolvida no sentido de suscitar a imaginação e desenvolver a reflexão crítica entre os mais jovens. Um apanhado do melhor que nos tem chegado à Competição Internacional de Animação da secção Little Shadow, em combinação com produções inéditas entre nós. São oito filmes - desde poemas visuais, com o corpo e a abstracção em constante movimento, a apontamentos narrativos de crescente complexidade - assentes em temáticas actuais (da inclusão, à sustentabilidade ambiental), cuja exibição pretende promover o cinema de animação enquanto ferramenta activa no desenvolvimento de mentes e identidades socialmente conscientes.

Dia 2 de Junho (quarta-feira) – Projecto Educativo _ Geração Soma – durante a tarde decorrerá uma ação de formação para professores, sobre práticas artísticas e inclusivas em contexto escola, que terá como ponto de partida o Documentário Geração SOMA. Todas as memórias têm um contexto, um tempo e um espaço. Através do processo criativo do projeto Geração SOMA, iremos explorar um olhar para trás, um mundo onde se multiplicam momentos e uma caixa de memórias onde se somam experiências vividas que resultaram numa aventura inesquecível. Um projeto inclusivo e social que trabalhou com crianças entre os 5 e os 16 anos de escolas do Ensino Básico de Lisboa, integrando também crianças com NEE (Necessidades Educativas Especiais) e os respetivos educadores (professores e pais), através da criação e prática artística. Ao fim do dia, pelas 19h30, será novamente exibido o documentário Geração SOMA, para famílias e público geral.

Dia 3 de Junho (quinta-feira) – Cinema _ Documentário & Vídeo-Dança – Um dia dedicado ao universo cinematográfico de Pedro Sena Nunes, passando pelo formato documentário, pelas 15h - com os filmes A Morte do Cinema e Qualquer Coisa de Belo, que partem da premissa do papel do cinema enquanto potenciador/criador de memórias - e pela sua valência mais cine-coregráfica, às 19h30 – com os filmes Poti Pati, Four Void, Hope e Pequena Desordem Silenciosa, de natureza experimental, povoados pela poesia nas suas mais variadas formas - vocal e imagética, cénica e coreográfica.

Dia 4 de Junho (sexta-feira) – InArt & InShadow _ Documentário & Vídeo-Dança – Um dia dedicado aos Festivais produzidos pela VOARTE, o INART – Community Arts Festival e o InShadow – Lisbon Screendance Festival. A tarde inicia-se às 15h, com os documentários Ícaro e 2 and 2 Are Four de Pedro Sena Nunes, numa alusão ao INART, um festival dedicado à promoção de projectos artísticos baseados na diversidade das comunidades, numa arte plural e participativa. Uma sessão fechada ao público geral e dirreccionada a estudantes de dança. Pelas 19h30, numa exibição dedicada ao Festival InShadow, serão projetados nove vídeo-dança, selecionados de entre aqueles que mais se destacam ao longo de uma década de programação, e que testam os limites da relação cine-coreográfica entre a câmara e corpo nas suas mais variadas formas.

5 de Junho (sábado) – CiM – Companhia de Dança _ Geografia Humana – a fechar a semana, no sábado, às 19h30, haverá a estreia do novo espectáculo produzido pela CiM, Geografia Humana.

“Estudamos as superfícies, um possível território, uma paisagem, um lugar. Observamos a distribuição das coisas, dos movimentos, de fenómenos e ajustamos. Medimos o espaço, criamos memória do corpo que o habita e criamos relações com o meio ambiente. São detalhes em transformação com uma ordem inacabada onde podemos escutar o delicado de um espaço e tempo aberto.”

Gostaria de conhecer melhor os projetos da VOARTE e experienciar uma semana enriquecedora a nível cultural e pessoal? Esperamos por si no Teatro do Bairro, de 1 a 5 de junho!
Bilhetes de cortesia, com preços que variam entre 2€ e 5€, brevemente à venda em teatrodobairro.bol.pt.

A voarte, com 23 anos, nasceu da vontade de produzir, promover e valorizar a criação contemporânea, através do cruzamento de linguagens artísticas. Desde 2007, produz a CiM - Companhia de Dança que integra profissionais com e sem deficiência, assim como a produção dos festivais InShadow – Lisbon Screendance Festival e o InArt – Community Arts Festival. Sob a Direcção Artística de Ana Rita Barata (coreógrafa) e Pedro Sena Nunes (realizador).

20.05.2021 | by Alícia Gaspar | arte, cinema, conversas, dança, Teatro do Bairro, voarte

Estar em Casa no Teatro São Luiz

SÃO LUIZ APRESENTA

ESTAR EM CASA: DIA MUNDIAL DO TEATRO

PRETEND IT’S A LIFE!

O Teatro São Luiz celebra o Dia Mundial do Teatro com uma nova edição de Estar em Casa, desta vez, em formato online. Com programação de Anabela Mota Ribeiro e André e. Teodósio, nos dias 27 e 28 de março, das 10:00 às 23:00, e com acesso gratuito através do site www.estaremcasa2021.pt ou www.teatrosaoluiz.pt, há propostas para todas as idades e variados gostos.

Ana Kiffer, Ana Gomes, Bárbara Reis, Cláudia Varejão, Rui Horta, Gabriela Moita, Teresa Coutinho, Djaimilia Pereira de Almeida, Fernanda Fragateiro, Clara Ferreira Alves e Paulo Pascoal, entre outros, participam em conversas sobre vários e relevantes temas relacionados com o corpo, a sensorialidade, a sexualidade, o fascismo, o medo, etc., 

CONVERSAS

As conversas são um ponto de honra do Estar em Casa. Porque a falar é que a gente se entende!

#1-Ódios e Fascismos: uma conversa com Ana Kiffer e Ana Gomes, moderada por Bárbara Reis. 

[sábado, 27 março, 14:00, 45’]

#2-Corpo, Sensorialidade, Sexualidade: uma conversa com Gabriela Moita, Cláudia Varejão e Rui Horta, moderada por Teresa Coutinho. 

[sábado, 27 março, 15:00, 45’]

#3-Casa, Célula Cela: uma conversa com Djaimilia Pereira de Almeida e Fernanda Fragateiro, moderada por Paulo Pascoal. 

[sábado, 27 março, 16:00, 45’]

#4-Medo, Doença, Morte: uma conversa com Clara Ferreira Alves e José Gardeazabal, moderada por Pedro Santos Guerreiro. 

[sábado, 27 março, 17:00, 45’]

#5-Cansados vão os Corpos para Casa: uma conversa com Mbate Pedro e Itamar Vieira Júnior, moderada por Ju Torres.

[sábado, 27 março, 18:30, 45’]

A acompanhar tudo isto, há desabafos na página de Facebook do Teatro São Luiz, um diário online onde ficamos a saber os pensamentos mais profundos deste teatro.

Se nas edições anteriores o São Luiz era transformado numa casa, agora, que estamos todos em casa, o teatro contra-ataca, e vai transformar e viver as casas de todos como um espaço de reinvenção, reflexão, prática artística e lugar de aprendizagem. Pretend it’s a life.

Todo o programa é de acesso gratuito através dos sites do São Luiz ou www.estaremcasa2021.pt.

A maioria das atividades tem horário marcado, algumas ficam disponíveis durante todo o evento, nomeadamente Oh, as Casas, as CasasOh, os Teatros, os Teatros, as visitas guiadas, as Comidas de Artistas e os espetáculos do Teatro São Luiz. 

Programa completo, aqui.

25.03.2021 | by Alícia Gaspar | conversas, corpos, dia mundial do teatro, emissão online, evento, sensorialidade, sexualidade, teatro, teatro são Luiz

Lisbon Art Weekend 13-15 Nov 2020

De 13 a 15 de Novembro, Sexta a Domingo, Lisbon Art Weekend (LAW) regressa para o seu segundo ano, mantendo a sua promessa de celebrar o panorama da arte contemporânea Portuguesa, juntando 26 espaços artísticos, que serão abertos ao público para exposições, visitas a estúdios, performances, conversas e muitos outros eventos.


Ao longo dos três dias, LAW ajudará a exibir e trazer para primeiro plano exposições individuais e colectivas - Ana Jotta (Galeria Miguel Nabinho), Fernanda Fragateiro (Galeria Filomena Soares), Rosana Ricalde (3+1 Arte Contemporânea), Horácio Frutuoso (Balcony Gallery), Ascânio MMM (Galeria 111), Adrien Missika (Galeria Francisco Fino), João Ferro Martins (Galerias Municipais - Pavilhão Branco), António Bolota (Galeria Vera Cortês), Ad Minoliti (Kunsthalle Lissabon), Rodrigo Hernández (Madragoa), Daniel V. Melim (MONITOR Lisbon), Ana Pérez - Quiroga (NO·NO Gallery), Kimiyo Mishima (SOKYO LISBON), Mário Belém e Ana + Betânia (Underdogs Gallery), tal como em AZAN, onde será revelado o trabalho de mais de 30 artistas.

Foto de exposição Galeria Filomena Soares, Fotografia de António Jorge SilvaFoto de exposição Galeria Filomena Soares, Fotografia de António Jorge Silva

São de realçar duas performances que irão acontecer este ano. O artista Gustavo Sumpta irá apre- sentar uma performance de 24 horas (Carpintarias de São Lázaro - Centro Cultural), a começar no dia 14 de Novembro e a acabar no dia seguinte, e Daniel V. Melim irá realizar uma performance sonora, de nome Canto das Imagens (MONITOR Lisbon) no dia 15 de Novembro, o último dia do evento.

A complementar as inaugurações de exposições de arte e visitas a estúdios, haverá também conversas com artistas, nas quais o público poderá deparar-se com os criadores das obras de arte apresentadas - Renzo Marasca e Paulo Brighenti (Galeria Belo-Galsterer), Fernanda Fragateiro (Galeria Filomena Soares), Ana Jotta (Galeria Miguel Nabinho), João Ferro Martins (Galerias Municipais - Pavilhão Branco), Rita GT (Movart), só para nomear alguns. E porque vivemos em tempos de restrições físicas e distanciamento social, algumas conversas e visitas ao redor de alguns espaços participantes serão ou de capacidade limitada, mediante reserva, ou irão acontecer online este ano. Dito isto, a Conversa do LAW e as Visitas Guiadas da ARCO GalleryWalk serão transmitidas online e poderão ser visualizadas nas plataformas de redes sociais do LAW (Instagram e YouTube).

Depois de um primeiro ano muito enriquecedor trazendo para Lisboa o tipo de iniciativa que até ali tinha estado apenas a florescer noutras capitais Europeias, Lisbon Art Weekend prepara-se para levar o público mais uma vez numa aventura em torno de uma colecção dos trabalhos mais diversos e multiculturais, num ano muito atípico.
A acrescentar, é importante salientar que estamos a prestar muita atenção para a situação pandémica em que o país se encontra e gostaríamos de reforçar que todas as medidas de saúde da DGS serão rigorosamente seguidas ao longo do evento.

Lisbon Art Weekend é de entrada gratuita em todas as actividades, e tem o apoio da Fundación ARCO, Art Across Europe, Turismo de Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa e Heden.

Programa completo aqui.

26.10.2020 | by martalanca | câmara municipal de lisboa, conversas, daniel melim, entrada gratuita, exposição, gustavo sumpta, LAW, lisbon art weekend, Performances, turismo de lisboa

O que é o arquivo?

Está hoje em curso um intenso debate sobre as consequências das transformações tecnológicas para a gestão arquivística e para a preservação da memória. A transição para um paradigma digital supõe, no entanto, uma destabilização epistemológica mais profunda, com repercussões que vão além do eventual impacto ao nível da política arquivística. Uma transição que implica a nossa própria relação com os arquivos (pessoais e institucionais) e a sua partilha. É assim a própria noção de Arquivo, nas suas diversas aceções, comuns e especializadas, que é interpelada e de certo modo reconfigurada, quando a realidade do arquivo é literalmente posta em movimento pelo seu devir digital. Seja na sua aceção de coleção de traços do passado, de “conteúdo” de arquivo (documentos e registos propriamente ditos), de estrutura ou ordenação do material de arquivo, a digitalização veio perturbar totalmente a ordem arquivística da qual decorrem as significações desta noção. O que é, então, o arquivo, hoje?

Durante os próximos anos, o ciclo O que é o Arquivo? irá organizar uma série de Laboratórios, encontros de trabalho e de discussão, onde, de cada vez, esta pergunta será colocada a partir de práticas e saberes visuais particulares, e de campos de trabalho e investigação específicos. Neste Laboratório I: Arte/Arquivo propomos explorar e mapear as relações entre o Arquivo e a Arte na produção artística contemporânea portuguesa.

Ao longo de três dias, diversos intervenientes na cena artística irão apresentar diferentes abordagens ao tema e partir de zonas e matérias distintas, colocando em questão o cruzamento entre a arte e o arquivo: não só porque, através de um uso específico de materiais arquivados, interrogam a lógica pela qual os documentos são vistos nos arquivos tradicionais e institucionais; mas também porque permitem revelar e auscultar as transformações por que passa o arquivo quando é objeto das operações da arte.

As três mesas de trabalho que constituem este encontro entre os artistas e curadores, arquivistas, historiadores ou investigadores, serão orientadas em cada dia do seu programa por uma pergunta diferente, colocada a cada vez ao Arquivo.

Programa

23 de março, 5ª feira

MESA DE TRABALHO 1 | 15h/18h

O que é o Arquivo? Abordagem epistemológica e ontológica

Com as transformações trazidas pelos novos media sociais deixou de ser claro onde começa e acaba o arquivo ou o que está dentro e fora dele. O poder do arquivo passou a ser exercido por todos, sendo que ninguém o possui em particular. Esta “febre do arquivo” (Derrida, 1995) abre a necessidade de (re)pensar o que é o arquivo na sua relação com a determinação da produção do que e visível e dizível, ou seja, em termos foucauldianos, das condições de saber de um dado momento, o nosso. Trata-se de uma problematização de natureza política, que põe em questão o que deve ser visível e o que é esquecido, e que, no campo artístico, interroga o próprio arquivo e sistema da arte.

Com apresentação de trabalhos por José Luís Neto e Pedro Lagoa. Seguida de discussão com Ana Bigotte VieiraAntónio GuerreiroJoão Oliveira DuarteMaria Filomena Molder.

24 março, 6ª feira

MESA DE TRABALHO 2 | 15h/18h

O que pode o Arquivo? Apropriação e reconfiguração de arquivos

O fascínio pelo arquivo manifesta-se quer na exigência de tomar parte na prática arquivística, através da fundação de toda a espécie de arquivos e de novos tipos de arquivos, quer na demanda de aceder ao que (já) está guardado no arquivo. Neste contexto, as operações que conduzem ao arquivo podem situar-se entre criação e destruição, crítica e fetichismo, reflexão histórica e desvio artístico. O arquivo é encarado, mais do que como repositório do passado, como meio de intervir estética e politicamente no presente.

Com apresentação de trabalhos por Daniel Barroca e Filipa César. Seguida de discussão com José Manuel CostaNuno FariaPatrícia Leal. 

25 março, sábado

MESA REDONDA | 10h/13h

Sintomatologia: o Arquivo na sua relação com as Artes

Estado da Arte das relações entre Arte e Arquivo com apresentações de Ana Janeiro, Anabela Bravo, Antonia Gaeta, Catarina Simão, Célia Ferreira, Elisa Noronha, Filipa Guimarães, Isabel Costa, Magna Ferreira, Maria Ganem, Miguel Bonneville, Rui Dias Monteiro, Rui Mourão, Sandra Camacho e Stefanie Baumann.

MESA DE TRABALHO 3 | 15h/18h

Quando há Arquivo? A tensão institucional na constituição do arquivo

Como se coloca, ao nível das instituições arquivísticas, a decisão/definição do que pode e deve ser arquivado? E como se relaciona este poder com os gestos não institucionalizados de preservação de objetos, obras, imagens, coleções, movidos pelo desejo, as obsessões e idiossincrasias singulares, individuais e privadas? Como se joga o trabalho do artista na transição entre os dois - do arquivo privado ao arquivo institucional? E como se posiciona, nessa transição, o museu, enquanto lugar de reflexão sobre o arsenal de artefactos artísticos, imagens e taxonomias que governam as suas relações?

Com apresentação de trabalhos por André Amálio e André Guedes. Seguida de discussão com Ana GandumDelfim SardoLiliana Coutinho.

ENTRADA LIVRE

Para mais informações:

http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt  | https://www.facebook.com/oqueeoarquivo/

20.03.2017 | by martalanca | arquivo, conversas