LEFFEST 2024 __ Secção Palestina

Nesta edição dedicamos uma secção especial à PALESTINA. Como festival internacional de cinema, consideramos uma obrigação reflectir sobre a história deste país e o seu presente.

Para além de uma selecção de filmes, alguns acompanhados pelos seus realizadores, temos a honra de receber algumas das figuras mais importantes na defesa da causa palestiniana,  e com as quais o público terá a oportunidade de interagir, tal como Leila Shahid, pensadora, antiga representante da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e eterna militante; Elias Sanbar, historiador,  tradutor da obra de Mahmoud Darwish, antigo embaixador da Palestina na UNESCO e tanto mais; e Nida Ibrahim, jornalista e correspondente da Al Jazeera na Cisjordânia, que conversará com a jornalista e escritora portuguesa Alexandra Lucas Coelho.

Este programa contará também com a exposição In-Between, do artista gazeu Khaled Jarada, que explora o desconforto de estar entre mundos, reflectindo sobre o seu próprio exílio. A exposição será inaugurada no dia 10 de Novembro no Teatro do Bairro às 19h, que será seguida de uma noite de poesia na qual Mariam Said recitará poemas inéditos do seu falecido marido, Edward Said. Nesta leitura evocaremos Mahmoud Darwish e daremos voz a poetas palestinianos contemporâneos.

No dia 11 de Novembro poderá assistir a um concerto de solidariedade com o povo palestiniano – Make Freedom Ring – Concerto pela Palestina – cujos fundos reverterão para a organização Médicos Sem Fronteiras.

Aproveitamos também para destacar dois eventos que, apesar de não estarem incluídos no programa dedicado à Palestina, estão interligados e, deste modo, poderão ser de igual interesse:

  • Uma conversa via Zoom com Slavoj Žižek, moderada pelo realizador Udi Aloni, sobre a representação da guerra e do genocídio na imprensa e a influência que essa representação exerce – no dia 9 de Novembro às 19h no Liceu Camões;
  • Uma noite dedicada ao Líbano onde será exibido o filme Whispers de Maroun Bagdadi, seguida de um concerto com Charif Megarbane –  no dia 12 de Novembro às 22h no Teatro do Bairro.

03.11.2024 | by martalanca | leffest, palestina

mesa-redonda Palestina, Liberdade e Universidade, 14/5 às 14h FCSH

“Tem lugar esta terça-feira, 14 de maio, às 14h, na FCSH (Berna), a mesa-redonda Palestina, Liberdade e Universidade. O massacre que o Estado de Israel atualmente realiza na Palestina tem sido contestado por movimentos estudantis um pouco por todo o mundo, com destaque para os EUA. Em Espanha, o Conselho de Reitores das Universidades Espanholas acaba igualmente de posicionar-se sobre o assunto. Em Portugal, alguns grupos de estudantes têm igualmente procurado solidarizar-se com a população palestiniana. Decidimos organizar este evento para participarmos deste gesto de solidariedade, sendo que igualmente nos preocupa o recurso à repressão policial dessa solidariedade e as notícias de diferentes casos de ataque à liberdade de expressão de académicos que, em várias universidades europeias, assumem posições críticas da política do Estado de Israel. Por todas estas razões, apelamos à vossa presença neste encontro com Dima Mohammed (investigadora da FCSH e membro do seu Conselho de Faculdade), Sandra Monteiro (diretora do Le monde diplomatique e ex-estudante da FCSH), Camila Lobo (estudante na FCSH) e Alexandra Lucas Coelho (jornalista, escritora e ex-estudante da FCSH).”

 

14.05.2024 | by martalanca | palestina

Exposição “Terra Estreita” inspirada pela poesia árabe de Mahmoud Darwish assinala novo ciclo expositivo do CIAJG

O dia 24 de fevereiro será preenchido pela inauguração de várias exposições na cidade de Guimarães. Às 11h00, o CIAJG apresenta uma exposição que reúne um conjunto de peças recentemente doadas por José de Guimarães ao Município, um momento que contará com a presença do artista. Às 15h00, o Palácio Vila Flor inaugura “Superfícies não orientáveis”, uma mostra concebida pelos artistas Diogo Martins, Igor Gonçalves, João Melo e Mariana Maia Rocha, que se estende ao Palacete de Santiago. O dia culmina às 17h00, novamente no CIAJG, com “Terra Estreita”, uma exposição que reúne obras de Benji Boyadjian, Bisan Abu Eisheh, Emily Jacir, Jean Luc Moulène, Larissa Sansour, Taysir Batniji, Ryuichi Hirokawa e Yazan Khalili, e que apresenta a vitalidade da arte do Médio Oriente. 

 

Inspirado pelo espírito e pela letra do poema de Mahmoud Darwish, “A terra é estreita para nós” (1986), que escrevia “A terra é estreita para nós. Ela encurrala-nos no último desfiladeiro e despojamo-nos dos nossos membros para passar. A terra oprime-nos. […] Para onde iremos, passada a última fronteira? Para onde voarão as aves, após o último céu?”, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) será ocupado por uma nova exposição, com curadoria do coletivo (un)common ground, que reúne obras de artistas de nacionalidades diversas – japonesa, americana, francesa, dinamarquesa, finlandesa e palestiniana – que se debruçam sobre cenários distópicos propondo uma visão impregnada de esperança.

 

“Terra Estreita” aborda questões contemporâneas como o exílio, a pertença à terra, o colonialismo e a geopolítica, através de instalações, vídeos, fotografias, esculturas e obras sonoras de Benji Boyadjian, Bisan Abu Eisheh, Emily Jacir, Jean Luc Moulène, Larissa Sansour, Taysir Batniji, Ryuichi Hirokawa e Yazan Khalili. Coproduzida pel’A Oficina/CIAJG e pelo (un)common ground, um coletivo português que investiga a inscrição artística e cultural dos conflitos do Médio Oriente, a exposição integra obras provenientes dos artistas e da coleção Teixeira de Freitas, e pretende assinalar ainda a comemoração dos 50 anos do 25 de Abril. 

 

A inauguração está marcada para 24 de fevereiro, às 17h00, momento que contará com a leitura de poemas de Mahmoud Darwish pelas vozes de Dima Mohamed, Alexandra Lucas Coelho, Inês Lago, Luiza Teixeira de Freitas, coletivo (un)common ground, entre outras. Um dos mais aclamados poetas árabes, traduzido em mais de 20 línguas, Darwish era um poeta pacifista e queria ser visto como um homem sem fronteiras, dedicado à causa da liberdade e da justiça. A sua poesia tem sido acolhida por leitores de todo o mundo, sendo uma voz absolutamente necessária, e inesquecível uma vez descoberta. 

 

Ao final da tarde, está programada também uma conversa com Alexandra Lucas Coelho que apresentará no CIAJG “Oriente Próximo”, o primeiro livro publicado pela escritora e jornalista, situado entre 2005 e 2007. Agora, numa nova edição pela editora Leya, revista após 7 de outubro de 2023, ao voltar de um mês de reportagem na Cisjordânia Ocupada, no Estado de Israel e em Jerusalém, este livro convida a uma conversa aberta a todos, onde a autora estará presente. 

 

Para celebrar a inauguração de um novo ciclo expositivo, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães irá promover também uma experiência sensorial evocadora de memórias degustativas longínquas e próximas, conduzida por Dima Mohamed e Hindi Mesleh (Zaytouna Lisboa) com Ane Delazzeri e André Pinto (Cantina CAAA, Guimarães). 

 

 Larissa Sansour Olive TreeLarissa Sansour Olive Tree

Na manhã de 24 de fevereiro, o museu abre as suas portas para uma sessão pública de apresentação da mais recente doação de José de Guimarães ao Município. Desde 2012, o CIAJG acolhe uma parte significativa do projeto cultural e do trabalho autoral de José de Guimarães, com base no acordo de comodato firmado entre o artista e o Município de Guimarães. Hoje, o museu expõe em permanência um acervo de 1128 objetos, proporcionando a fruição da obra de José de Guimarães pelo público.

 

Este ano, o artista e o Município assinaram um novo acordo, desta vez uma doação de 98 peças, um gesto simbólico que renova o projeto cultural do CIAJG e os desígnios da sua missão, projetando um compromisso para o futuro. A abertura da sala onde vai estar exposta a doação está marcada para as 11h00 e contará com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, e do artista, José de Guimarães.

 

Diogo Martins, Igor Gonçalves, João Melo e Mariana Maia Rocha criam obras para o Palácio Vila Flor e o Palacete de Santiago

Ao início da tarde, é a vez do Palácio Vila Flor (no CCVF) inaugurar “Superfícies não orientáveis”, uma exposição concebida pelos artistas Diogo Martins, Igor Gonçalves, João Melo e Mariana Maia Rocha, que apresenta um percurso imersivo e labiríntico com obras de pintura, desenho, escultura e media art, criadas em residência artística, ao longo do último mês, no território de Guimarães.

 

“Superfícies não orientáveis” desafia os limites convencionais da expressão artística e convida o público a explorar territórios desconhecidos, apreciando as complexidades da condição humana. A nossa humanidade, impactada pela consciência da finitude, do tempo, do controle e da ruína, procura evadir-se dessas realidades desconfortáveis. Nesse contexto, a exposição concentra-se intencionalmente nestes temas que frequentemente evitamos, oferecendo um espaço reflexivo que questiona a complacência habitual e encoraja os espectadores a confrontar as intrincadas complexidades inerentes à nossa existência. Com a cocuradoria d’A Oficina/CCVF e do Guimarães Projet Room, “Superfícies não orientáveis” é marcada por duas aberturas, a primeira terá lugar às 15h00, no Palácio Vila Flor, seguindo o Palacete de Santiago, às 16h00.

17.02.2024 | by martalanca | ciajg, palestina, poesia árabe

O Tempo que resta de Elia Suleiman

LEFFEST17ºLisboa Film Festival 

Um retrato único, poderoso, semi-biográfico e profundamente pessoal da Palestina, entre 1948 e os dias de hoje. Combinado com memórias de Elia Suleiman com a sua família, o filme procura retratar a vida quotidiana daqueles palestinos que ficaram e que foram rotulados de “árabes israelitas”, vivendo como uma minoria na sua própria pátria.

  • Duração: 109’ Ano de produção: 2009 País: FR, BE, UK Idioma: AR Mais infos.

15.11.2023 | by martalanca | Elia Suleiman, leffest, palestina

Palestina: Colonialismo, Racismo e Resistência

Com intervenções de António Guerreiro, António Louçã, Boaventura Sousa Santos, Bruno Peixe Dias, Carlos Vidal, Inês Espírito Santo, Nuno Teles, Renato Teixeira, Shahd Wadi, Wissam Al-Haj.

Depois do acto falhado dos Acordos de Oslo de 1992 e dos recentes ataques a Gaza em Agosto de 2014, parece-nos que é tempo de voltar a pensar a situação Israelo-Palestiniana, com objectividade mas não, forçosamente, neutralidade. Procuraremos reflectir sobre o contexto histórico que resultou na criação do Estado de Israel nas suas dimensões, contraditórias e problemáticas, nacionalistas e colonialistas, as especificidade das formas de governo e administração que aí se foram desenvolvendo, bem como as estratégias de resistência a essas mesmas forma de governo.
Neste sentido, parece-nos importante trazer à discussão não apenas a actualidade que faz a agenda informativa dos noticiários, mas também os processos históricos que podem contribuir para uma análise crítica do presente; não apenas os aspectos militares do exercício do poder e da ocupação territorial, mas também os aspectos culturais mobilizados para a produção e naturalização de comunidades imaginadas. Daí seguiremos até à situação actual e à discussão das soluções que têm sido avançadas: dois povos dois estados ou um único estado multicultural e multinacional? Porquê e como?

Local: Atelier RE.AL
Rua Poço dos Negros 55, 1200-336 Lisboa
— 
Entrada Gratuita

05.01.2015 | by martalanca | colonialismo, palestina, racismo, Resistência

I am Palestine - The Film

ver aqui 

 

25.09.2011 | by martalanca | palestina