Panamérica, lavro e dou fé! Ato 1 – Haiti o Ayiti
Cecilia Lisa Eliceche e Leandro Nerefuh
BANDEIRAS, templo sagrado Na-Ri-VéH, Porto-Príncipe, 2019; @Libidiunga Commons
Ato 1, a começar pelo começo. Haiti, ou melhor, Ayiti, que quer dizer “terra elevada“, foi por milhares de anos uma Meca, território sagrado, lugar de carregos e descarregos cósmicos para os povos Taino, Arawak, Marien, Magua, Maguana, Higuey, Xaragua, Ciboney, Lokono, Inwiti, Lucumi, entre tantes outres.
Foi lá também que tribos européias invadiram, em 1492, dando inicio a hecatombe da colonização e Maafa. Entre as multitudinárias e continuas revoltas que marcaram esses últimos 530 anos, destaca-se Bwa Kayiman, um congresso, conselho de guerra, encontro de dança e cerimônia Vodou, múltiplo no espaço e no tempo, convocado por uma sacerdotisa africana, que deu início à vitoriosa Revolução do Haiti, em 1791.
Com a Revolução Haitiana, projetos e fantasias de emancipação, mistè, e resistência anticolonial convergiram em uma ilha. Mas a abrangência desse imaginário ressoa para muito além desde então. As lutas por liberdade do Rio de la Plata a Nova Orleans também tiveram sua gênese no Haiti. Esse programa ambiental presta homenagem à história de resistência e à riqueza cósmica da ilha do AYITI. AYIBOBO!
Data: 21.05.2022 – 18.09.2022
Horário: Terça a domingo: 10h - 13h e 14h - 18h
Local: Galeria da Boavista