Indépendance Cha Cha, Ângela Ferreira, LISBOA
No espaço Lumiar Cité, 15.04 - 01.06.2014
Inauguração Conferência “Divining the City: Urban Planning and Everyday Life in Central Africa” por Filip De Boeck Conversa com Ângela Ferreira, Jürgen Bock e Elvira Dyangani Ose
Ângela Ferreira apresenta uma nova obra, inspirada pela sua participação na Bienal de Lubumbashi 2013 (República Democrática do Congo), constituída por uma escultura que evoca a arquitetura colonial dos anos 50 presente no centro urbano de Lubumbashi, capital de Katanga, província rica em minerais do então denominado Congo Belga. A escultura é articulada com as condições arquitectónicas do local de apresentação – neste caso, na sua primeira apresentação, o espaço Lumiar Cité – e serve ainda como ecrã para dois vídeos. Um dos vídeos documenta a performance organizada pela artista para a Bienal de Lubumbashi, na qual dois cantores apresentam o poema/canção “Je vais entrer dans la mine”, cantado na antiga língua predominante na região, o Kibemba. A letra fala de um homem que escreve à mãe sobre os seus medos em relação à morte, por ter sido forçado a descer às minas. No segundo vídeo, que dá o título à obra, a banda do Park Hotel de Lubumbashi interpreta “Indépendance Cha Cha”, hino emblemático dos movimentos de independência dos países francófonos, nos anos 60, escrito pelo músico congolês Joseph Kabasele, em Bruxelas, na noite em que foi alcançado um acordo, entre o governo belga e a comitiva congolesa, quanto à data de independência do país africano.
Ângela Ferreira (Moçambique, 1958) vive e trabalha em Lisboa. Entre as suas exposições individuais destacam-se: “Political Cameras”, Stills (Edimburgo, 2013); “Ângela Ferreira– Stone Free”, Marlborough Contemporary (Londres, 2012); “Carlos Cardoso–Straight to the Point”, Galeria Filomena Soares (2011); “Werdmuller Centre and Other Works”, Stevenson (Cidade do Cabo, 2010); “Hard Rain Show”, Museu Coleção Berardo (2008) e La Criée (Rennes, 2008); “Maison Tropicale”, Pavilhão Português da 52a Bienal de Veneza (2007); e “Em Sítio Algum”, Museu do Chiado (2003). Das suas exposições coletivas recentes destacam-se: 3a Bienal de Lubumbashi (2013); “Between Walls and Windows”, Haus der Kulturen der Welt (Berlim, 2012); “Appropriated Landscapes”, The Walther Collection (Neu- Ulm, 2011); “Monument und Utopia II”, Steirischer Herbst Festival (Graz, 2010); “Modernologies”, Museum of Modern Art in Warsaw (Varsóvia, 2010) e MACBA (Barcelona, 2009).
Este projeto resulta de uma parceria com a Fundação EDP e em colaboração com o Africa.Cont. Um agradecimento também à Culturgest pelo amável apoio à produção da exposição.
Lumiar Cité é um espaço da Maumaus.
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