Kabeça Orí
Uma criação de Aoaní e Joyce Souza, o espetáculo terá estreia absoluta n’O Espaço do Tempo, em Montemor-o-novo no âmbito do Festival ETFEST 15 de Novembro às 21h, com reposição no dia 16 às 16h. ENTRADA GRATUITA
Kabeça Orí surge do encontro das artistas transdisciplinares Aoaní, natural de São Tomé e Príncipe e Joyce Souza, nascida no Guarujá-SP, Brasil. Ambas mulheres negras, mestres em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema, doutorandas pela Universidade de Coimbra e que vivem atualmente em Lisboa.
O projeto Kabeça Orí raia depois de ser selecionado pelo programa Kilombo, de curadoria das Aurora Negra para o Alkantara Festival 2023. Foi esta residência artística que possibilitou o desenvolvimento da pesquisa e sua fundamentação teórica. Dela resultou uma vídeo performance que foi apresentada no supracitado festival. Essa pesquisa, orientou a criação do objeto performativo inédito, no caso, o espetáculo teatral que agora apresentamos.
Kabeça Orí é um dos projetos aprovados na 4ª edição das Bolsas de Criação na área das Artes Performativas Contemporâneas, promovidas pelo O Espaço do Tempo, com o apoio do Banco BPI e da Fundação “la Caixa”. O projeto é também financiado pela República Portuguesa - Cultura I DGARTES – Direção Geral das Artes e tem os apoios da Biblioteca de Alcântara, Câmara de Almada, Centro de Experimentação Artística - Câmara da Moita, RDP África, Buala e STP Digital.
Ficha Artística
Criação e performance: Aoaní e Joyce Souza Dramaturgia: Monalisa Silva
Música: Xullaji
Operação de Som: Sara Marita Percussionista: Emile Pereira
Iluminação: Ariene Godoy
Cenário e figurino: Neusa Trovoada
Fotografia: Joniricos
Produção executiva: Nig d’Alva
Produção: Associação Orí - Negritudes em Convergência Espiralar Co-produção: O Espaço do Tempo
Biografias
Aoaní (1984), é atriz, performer, dramaturga, encenadora, produtora e jornalista. Natural de São Tomé e Príncipe, vive em Lisboa. Licenciada em Comunicação Social- Jornalismo, pela FANOR, Fortaleza -CE / Brasil (2009), é Mestre em Teatro – Artes Performativas, pela ESTC, em Lisboa (2022) e Doutoranda em Estudos Fílmicos pela FLUC. Viveu em Angola, onde trabalhou quase uma década na área da comunicação social, atuando como jornalista, editora e assessora de comunicação. Em 2012 publicou uma coletânea de crónicas intitulada Miopia Crónica pela editora Chá de Caxinde. Em 2017 mudou-se para os Estados Unidos da América, onde frequentou aulas de interpretação para teatro e para câmara no Owens Community College e na Starbound Talent - Toledo, Ohio. Desde então tem trabalhado como atriz em teatro, cinema e audiovisual, com nomes como Zia Soares, Xie Xiaodong e Jeremy Meier.
Além dos Estados Unidos, os seus trabalhos também já foram exibidos em Portugal, Alemanha, Itália e China. Mantém-se ligada à comunicação como colaboradora do programa Avenida Marginal, da RDP África e do Buala.
Joyce Souza (1987), artista transdisciplinar e educadora. Natural do Guarujá- São Paulo - Brasil, vive em Almada. Doutoranda em Arte Contemporânea pela Universidade de Coimbra. É mestre em artes performativas (ESTC-IPL). Licenciada em educação artística (FPA) e em teatro (EAD-ECA-USP).
No Brasil atua profissionalmente desde 2009 como atriz, mediadora cultural e docente. Em Portugal desde 2018, publicou artigos ligados a práticas teatrais, educativas e anti-racistas bem como o e-book “Carapinha. Uma encruzilhada Afro Luso Tupiniquim”. Integrou diversos espetáculos teatrais, destacando o projeto “descobri-quê?” dirigido por José Nunes, Cátia Pinheiro e Dori Nigro, inserido na programação da Odisséia Nacional do TNDMII, onde atua como intérprete e formadora. O projeto recebeu o Prémio Acesso Cultura – Mickaella Dantas 2024. Realizadora e performer ao lado de Aoaní Salvaterra da vídeo performance “Kabeça” exibida no Brasil, Austrália, Estados Unidos, Argentina, Roménia, Alemanha, São Tomé e Príncipe. Sendo indicada como melhor curta experimental no Brazil New Visions Film Fest e no festival Pebblesundergroud recebeu o prêmio do Júri e da Audiência. Atualmente ministra a formação “Encruzilhadas Artísticas para Criar, Resistir e Subverter” promovido pelo TNDMII e outros projetos artístico-pedagógicos.