Exterritory Project

Exterritory is a non-profit project that strives to create a platform for knowledge production and exchange in an autonomous space, temporarily free from grounding national restraints. The project was initiated by artists, curators and scholars who believe that utopia exists only without a permanent place and as a constantly dynamic journey. The project wishes to become a platform in transit, sailing on ex-territorial waters and providing space for critical thinking and production in various fields of art and culture.

The practice of Exterritory is mainly based on bringing together artists and scholars who wish to rethink geo-political stipulations and conventions in a non-national space. Exterritory will take form as on-sea events and on the Internet Website. By sailing on ex-territorial waters, we wish to create a space that bypasses the laws of territory and nationality and thus enables temporary emancipation from limiting social interpellations.
Exterritory attempts to create an alternative situation for encounter, research, discussion and art-making and to generate a network of intellectual and professional connections that surpasses national politics and social hierarchies.

The main agenda of Exterritory is to create an open structure for thought that concentrates on exploring the notion of Exterritory in various fields of knowledge. We hope that this unstable, flux and dynamic notion will become both a catalyst and a tool for critically reflecting upon culture’s discriminating geographies, while potentially setting up enclaves of (temporary) freedom.

Join Exterritory

info@exterritory-project.org

15.06.2010 | by martalanca

novo show de Nástio Mosquito

Gente do bem, tenho um novo show no Bahia, em Luanda. Venham curtir 50 minutos de boa vibe e algumas coisas que ainda não me viram fazer em Angola! 6 anos depois de “Beijinho No Rabo” apresento “Dor De Corno Sem Cabeça” às 22h no Espaço Bahia, Luanda, Sábados do mês de Junho.

Seria um prazer ver a vossa chipala por lá!!!  E se querem ter a certeza do tipo de experiência que podem viver no Bahia curtam aqui no dzzzzz. 

Boas vibrações, nástio mosquito.

foto de Cocafoto de Coca

14.06.2010 | by martalanca | Luanda, Nástio Mosquito, performance

Édouard Glissant publica "10 Mai..." sobre as escravaturas

“10 Mai -Mémoires de la traite négrière, de l’esclavage et de leurs abolitions”

Éditions Galaade

Le 10 mai n’est pas une date anniversaire : les abolitions des esclavages se sont succédé sur plus d’un demi-siècle. C’est une date commémorative de ces abolitions : mai 1848, anciennes colonies françaises des Antilles.

De l’esclavage transatlantique, de l’Afrique aux terres d’Amérique, à l’esclavage transsaharien, de cette même Afrique noire vers les pays et les États arabes, ou encore aux formes modernes d’esclavages qui perdurent dans le monde, ce livre, inventé par Édouard Glissant, fait retentir les voix de ceux qui se sont battus pour la liberté : textes d’analyse ou d’action, textes de l’iniquité ou de la libération, proclamations ou ordonnances, confidences ou lamentations, « ce gouffre de la servitude et des libérations est inépuisable ».

14.06.2010 | by martamestre

Exposição de Joalharia Contemporânea de Cabo Verde, de Kwame Gamal

14.06.2010 | by martamestre | cabo verde, joalharia contemporânea, Kwame Gamal

Timbila Tracks - Venancio Mbande Walter Verdin (vidéo) - Matchume Zango (percussions) 14 > 15.06.2010

Matchume ZangoMatchume ZangoOver the last five years, Walter Verdin has been filming the traditional musical culture of Mozambique, which has been on UNESCO’s Intangible Cultural Heritage of Humanity list since 2005. Timbila Tracks is a patchwork of this music and of new compositions based on Verdin’s video recordings. The concert includes a live performance by Matchume Zango, a young Chopi timbila player and percussionist.
The video film includes footage of the eighty-year-old bandleader Venancio Mbande playing music with his sons and talking about culture, music and politics.
Mbande will be in Brussels to talk about the musical culture of the Chopi people and about the dilemma between cultural authenticity and the adaptation to new and different cultures.

14.06.2010 | by martalanca | Matchume Zango, Moçambique, timbila

Prêmio Nobel da Paz 2011 para as mulheres africanas

A África caminha com os pés das mulheres. No desafio da sobrevivência, todos os dias centenas de milhares de mulheres africanas percorrem as estradas do continente à procura de uma paz duradoura e de uma vida digna. Num continente massacrado há séculos, marcado pela pobreza e sucessivas crises econômicas, o papel desenvolvido pelas mulheres é notório.
A campanha, nascida na Itália, já percorre o mundo para incentivar a entrega do Prêmio Nobel da Paz de 2011 para as mulheres africanas.
A proposta é da CIPSI, coordenação de 48 associações de solidariedade internacional, e da ChiAma África, surgida no Senegal, em Dakar, durante o seminário internacional por um Novo Pacto de Solidariedade entre Europa e África, que aconteceu de 28 a 30 de dezembro de 2008.
Chama a atenção a luta e o crescente papel que as mulheres africanas desenvolvem, tanto nas aldeias, quanto nas grandes cidades, em busca de melhor condição de vida. São elas que sustentam a economia familiar realizando qualquer atividade, principalmente na economia informal, que permite cada dia reproduzir o milagre da sobrevivência.
Existem na África milhares de cooperativas que reúnem mulheres envolvidas na agricultura, no comércio, na formação, no processamento de produtos agrícolas. Há décadas, elas são protagonistas também na área de microfinanças, e foi graças ao microcrédito que surgiram milhares de pequenas empresas, beneficiando o desenvolvimento econômico e social, nas áreas mais remotas até as mais desenvolvidas do continente.
Além de terem destaque cada vez mais crescente na área de geração de emprego e renda, as mulheres, com seu natural instinto materno e protetor, lutam pela defesa da saúde, principalmente, contra o HIV e a malária. São elas, as mulheres africanas, que promovem a educação sanitária nas aldeias. E, além de tudo, lutam para combater uma prática tão tradicional e cruel na região: a mutilação genital.
São milhares as organizações de mulheres comprometidas na política, nas problemáticas sociais, na construção da paz.
Na África varrida pelas guerras, as mulheres sofrem as penas dos pais, dos irmãos, dos maridos, dos filhos destinados ao massacre e sabem, ainda, acolher os pequenos que ficam órfãos. “As mulheres africanas tecem a vida”, escreve a poetisa Elisa Kidané da Eritréia. Sem o hoje das mulheres, não haveria nenhum amanhã para a África.
Em virtude de toda essa luta e para reconhecer o papel de todas elas é que surgiu a proposta de lançar uma Campanha Internacional para dar o Prêmio Nobel da Paz de 2011, a todas as mulheres africanas. Trata-se de uma proposta diferente, já que esta não é uma campanha para atribuir o Nobel a uma pessoa singular ou a uma associação, mas sim, um Prêmio Coletivo, a todas essas guerreiras.
A ideia é lançar um manifesto assinado por milhões de pessoas, por personalidades reconhecidas internacionalmente e criar comitês nacionais e internacionais na África e em outros continentes. Além de recolher assinaturas, a campanha deve estimular também encontros organizados com mulheres africanas, convenções e iniciativas de movimento.
Nós, latino-americanos e latino-americanas, temos muito sangue africano em nossas veias e em nossas culturas. Vamos gritar nossa solidariedade com a África assinando a petição.
A criatividade dos Movimentos Sociais e Populares, das ONGs, grupos religiosos, universidades, sindicatos, etc., pode inventar mil atividades para difundir essa iniciativa e colocar a mulher africana no centro da opinião pública do mundo.
Pode-se criar comitês, eventos com debates sobre a África, show de artistas locais, palestras nas universidades, nos bairros, nas praças, lançamentos da coleta de assinaturas, etc. Nossa criatividade vai fortalecer os caminhos da África.
Os membros da campanha são todos aqueles que assinarem a petição online. E para fazê-lo é simples.
Para mais informações, contate a Campanha pelo endereço: info@noppaw.org ou segretaria@noppaw.org ou no site .

14.06.2010 | by martalanca | mulheres africanas, prémio nóbel da paz

René Tavares

RENÉ TAVARES (1983. São Tomé e Príncipe)

Formou-se na Escola Nacional de Belas-Artes de Dakar, no Senegal. Em 2003, integrou no estágio de pintura, desenho e instalção com a artista Maria Magdalena Campos no projecto 3x3 no âmbito da bienal Dak’art 2004. Já expôs em São Tomé, Paris, Bordeaux, Évora, Oeiras, Dakar, Lisboa, entre outras cidades. Em 2008, participou na V Bienal Internacional de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe. Ganhou recentemente uma bolsa para desenvolver as suas pesquisas plásticas em Rennes (França).

14.06.2010 | by martamestre | René Tavares, S.Tomé e Príncipe

Call for contributions to the bilingual art journal: Savvy – Contemporary African Art

Call for contributions to the bilingual art journal: 

Savvy – Art. Contemporary. African.

Savvy – Kunst. Zeitgenössisch. Afrikanisch.

On September 1st the first edition of this art journal will be launched.

The aim of the journal is to revitalise an open and academic discourse on contemporary artistic positions and art projects related to Africa and its diaspora.

With the first issue entitled ‘Where do we go from here?’ the journal strives, on the one hand, at partaking in and steering the current debate on contemporary African art, and on the other hand at formulating and instigating new critical questions, positions and discourses. The terms “African art” and “contemporary African art” are fiercely debated upon with regards to its “contemporaneousness” and what position can/ should/ must African art claim for itself in the current art world. This journal aims, with zeal and zest, not only at shading light on these

issues but also at paving the way for a new generation, as well as a shift in the subject matter from the defensive ‚colonial, post-/ Neo-colonial’ focus to an offensive, self-confident and interdisciplinary cultural, fine art and art historical nucleus. ‘Where do we go from here?’ is a call for participation in this discussion.

A further focal point lies is the art scene in the German-speaking countries. In the last decades there have been big international and spectacular as well as small innovative exhibitions in these countries with artists from Africa and its diaspora. The differences in the quality of these exhibitions, the perspectives of art and artists, as well as the methodologies of curating contemporary African art have been of enormous divergence.

Savvy – Art. Contemporary. African. aims at establishing a platform, wherein a vent can be created in these deadlocked structures of dealing with contemporary African art. 

articles until 01.08.2010.  in an English and a German version and should not be longer than 3500 words.Contact: editorial.savvy@googlemail.com

The editorial board (Dr. Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, Simone Kraft, Sophie Eliot, Dorina Hecht, Andrea Heister)   Savvy – Art. Contemporary. African. 

14.06.2010 | by franciscabagulho | Call for contributions

Bolsa de pos doc/doc em projecto europeu ICS-UL

VACANCY FOR 1 POSDOCTORAL RESEARCHER – Ref. Nr. 24/2010

Vacancy for 1 Postdoctoral Researcher

Project: Transnational child-raising arrangements between Angola and Portugal

 Here is the pos doc position with an enlarged expiring date. 

 Accepted also candidates with master degree

see


 

Marzia Grassi / Senior Researcher Fellow

Institute of Social Sciences University of Lisbon

Tel: +351 217804700 Fax: +351 217940274

URL: http://www.ics.ul.pt, http://marziagrassi.planetaclix.pt 

14.06.2010 | by cristinasalvador

Senza titolo

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everybody crazy
everybody losing their minds
mammoths eating pianos
birds singing
priests having children for dinner in Soweto
 
teenage chicken dancing
a happy ending
no rules for domestic violence
dreams, just dreams
do you know any solution?

Hermínio Bovino 

 

 

 

 

 

 

14.06.2010 | by herminiobovino

livro do caboverdiano Filinto Elísio lançado em Lisboa

12.06.2010 | by martalanca

saqueadores

“Aquele dedicado bando chamava-se a Expedição Exploradora do Eldorado, e acredito que haviam jurado segredo. A conversa deles, no entanto, era a conversa de sórdido bucaneiros: indiferente sem bravura, ambiciosa sem audácia, e cruel sem coragem; não havia um átomo de previsão ou de intenção séria em todo o bando, e eles não pareciam saber que essas coisas são necessárias para a obra do mundo. Extrair tesouros das entranhas da terra era o que queriam, sem mais moral por trás disso que a de arrombadores que arrombam um cofre.”

in “O Coração das Trevas” de Joseph Conrad

12.06.2010 | by martalanca

Sebastião Vemba ganha prémio CNN em língua portuguesa

O jornalismo angolano conquistou este fim de semana pela segunda vez consecutiva o prémio Jornalista Africano CNN MultiChoice de língua portuguesa com a atribuição do galardão a Sebastião Vemba com um trabalho sobre deslocados.
No conjunto de reportagens “Adeus Ilha”, que Sebastião Vemba escreveu para o Novo Jornal e que lhe permitiu ganhar o prémio da CNN para a categoria de língua portuguesa, conta-se a odisseia de milhares de pessoas que foram obrigadas a deixar a Ilha de Luanda para a área do Zango, na periferia de Luanda.
O prémio, entregue em Kampala, Uganda, na sua 15.ª edição, coloca Angola a ganhar este galardão pela segunda vez consecutiva, depois de em 2009 Ernesto Bartolomeu, da Televisão Pública de Angola, o ter também recebido com um reportagem sobre a batalha do Cuito Cuanavale.
Sebastião Vemba tem 25 anos, é jornalista há quatro, e integra hoje os quadros do “Economia&Mercado”, embora se mantenha como colaborador do jornal onde publicou as reportagens vencedoras.
Após a atribuição deste prémio, a ministra da Comunicação Social, Carolina Cerqueira, felicitou o premiado e disse ser este um incentivo para os jornalistas angolanos participarem nas próximas edições, dignificando o jornalismo nacional.
Sobre Vemba, António Freitas, chefe de redação do Novo Jornal, realçou a “sensibilidade” que o jornalista tem para a reportagem, a sua “capacidade de observação” e como, na construção da narrativa, “transporta com facilidade o leitor para a ação”.
“É um jovem com imenso potencial (tem 25 anos e quatro de profissão), muito empenhado , com uma imensa vontade de aprender e com muito para dar. Vai, na certa, dar que falar no jornalismo angolano”, disse António Freitas.
Também a secretária geral do Sindicato de Jornalistas Angolanos, Luísa Rogério, considerou este prémio como “uma vitória do jornalismo angolano”, que vem “atestar a melhoria do jornalista que se faz no país”.
“O trabalho que conquistou o prémio tem ainda como sublinhado o facto de ser uma chamada de atenção para os problemas sociais do país”, disse. LUSA

… e eu acrescento: esta reportagem, o Vemba fê-la doente. Ter subido ao camião onde as pessoas estavam a ser carregadas como animais para o Zango foi de se aplaudir. Faro jornalístico a toda a prova. O resultado final foi uma supresa grande e representou, sem dúvida, um salto de gigante na forma e conteúdo dos seus textos. Parabéns meu puto! Que orgulho!
tirado de Mukuarimi

12.06.2010 | by martalanca | angola, jornalismo

"Em matéria de língua, nada se faz sem uma sólida base cultural"

Em entrevista ao “Jornal de Letras” recentemente publicada (24/02), o embaixador de Portugal na UNESCO, Manuel Maria Carrilho, recorda uma ideia defendida por Eduardo Prado Coelho: “a estreita articulação que deve existir entre a política da língua e a política de cultura, que devem ser concebidas e activadas como as duas faces da mesma moeda”.

Questionado sobre o que seria essencial fazer para aumentar a projecção da língua portuguesa no mundo, o ex-Ministro da Cultura afirma: “Em matéria de língua, nada se faz sem uma sólida base cultural. O motor de qualquer estratégia de promoção da língua portuguesa está, digamos, fora dela: está na literatura, no cinema, no teatro, na música, no audiovisual, etc. Está nos contactos, nas itinerâncias e nas parcerias que, nestas áreas, têm que ser contínuas, estruturais e exemplares”.
Destacando a importância de duas “ocasiões importantes” para a discussão da política da língua portuguesa que ocorrerão em 2010 - a Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa (em Março, no Brasil) e Cimeira da CPLP (no Verão) - Carrilho defende a necessidade da “construção de um espaço público comum” no seio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

continue a ler

12.06.2010 | by martalanca

Alambamento, de Mário Bastos

A curta intitulada “Alambamento”, do jovem realizador angolano Mário Bastos, já está pronto. O dia de entrega do Alambamento por Matias ao pai da sua namorada é interrompido por um acidente, na complicada Ilha de Luanda que vai por à prova até aonde Matias está disposto a ir pelo seu amor.

“Esta Curta-Metragem relata a história de um homem que tem o “simples” sonho de ficar com a pessoa que ama na complicada e mundana cidade de Luanda. E neste burgo aonde na mesma esquina se cruzam o caos e a paz, o singelo e o feio, a corrupção e a hombridade, que Matias vai ter que, com unhas e dentes, lutar por aquilo que quer.”
“O mundo precisa de ouvir, ler ver e sentir mais histórias Africanas com novos formatos, sem terem necessariamente, as já estigmatizadas, cenas de miséria e guerras como pano de fundo (…)”
Mário Bastos

Visite ALAMBAMENTO TV, para ver  entrevistas, Making Of e muito mais.
 

12.06.2010 | by martalanca | alambamento, angola, Mário Bastos

Conto de Dois Futebois de Antjie Krog no Próximo Futuro nº04

A não perder, no Nº 04 do Próximo Futuro/Next Future, Programa Gulbenkian de Cultura Contemporânea, o Conto de Dois Futebois de Antjie Krog (escritora de África do Sul). Fica aqui um excerto:

“Quando as estruturas do novo estádio se ergueram das ruínas do estaleiro, pudemos observar mais de perto. E, de repente, numa manhã o nosso olhar prende-se numa linha hipermoderna, uma coisa perturbante, deslocada, nada terceiro mundo. E lá estavam táxis estacionados com pessoas dos bairros negros, que vinham ver esta coisa, manifestamente possibilitada por tecnologia de ponta nunca usada nestas paragens. Foi como se um disco voador novo, magnífico, tivesse pousado suavemente no meio de betoneiras, britadeiras, brocas e poeira. Bela novidade: uma coisa desta escala que não era hotel caro, nem um centro comercial para ricos, mas uma coisa para o futebol, para todos, para os negros.”

12.06.2010 | by cristinasalvador

Mi esposa Mbaré

Un corresponsal en el Congo se casa con una mujer para obtener la visa que le permitirá asistir al juicio de un dictador. Ella lo espera para pasar la luna de miel. Él nunca regresa. ¿Qué puede decir ese hombre veinte años después?

Por culpa del periodismo tengo dos esposas. Ésta es la historia secreta de ese delito.

Entre la capital del Congo-Brazaville, donde me encontraba en junio de 1987, y la República Centroafricana, adonde quería ir desesperadamente, sólo había una hora de vuelo. Pero también me faltaba la visa, de lo cual dependía que yo pudiera asistir a presenciar el final del juicio a Jean Bédel Bokassa, uno de los líderes africanos más depredadores y libertinos de la época. Nacido en una aldea de antropófagos, Bokassa se había convertido en presidente de su país luego de un golpe de Estado. Una de sus grandes temeridades fue convertir la República en su imperio personal. Una mañana fastuosa se coronó como Napoleón I

portando en la cabeza una corona de oro que pesaba casi tres kilos y estaba adornada con veinticuatro mil diamantes y otras piedras preciosas. Bokassa coronó a su mujer llamándola Catherine I y conformó su Corte de Honor con sus cuarenta y nueve hijos. Cualquier periodista habría hecho lo imposible por asistir al juicio a ese tirano para poder contar su historia. Yo, que me encontraba en África cubriendo informaciones para el diario donde trabajaba en el Perú, no podía dejar de estar ahí.

Mientras los habitantes de República Centroafricana se morían de hambre, otro era el ambiente que se vivía en la embajada que ese país tiene en el Congo. Allí, yo contaba con los dedos las horas que me quedaban para obtener la visa y poder volar a Bangui, la capital del antiguo imperio de Bokassa. La secretaria del cónsul, una muchacha risueña de unos veinte años, presenciaba los giros de mi desesperación, y me llamó con su dedo índice.

Poco tiempo antes yo había estado en Angola, cubriendo la Conferencia Internacional Sobre Namibia y Contra el Aparheid, cuando el juicio a Bokassa llegaba a su fin. Entonces los corresponsales nos propusimos asistir en grupo, pero cuando nos enteramos de que en Angola no había una embajada de la República Centroafricana, la mayoría se desanimó. Desde Lima, el director de mi diario me exhortaba a cubrir esa noticia de carácter mundial. De manera que de aquel grupo de corresponsales sólo yo viajé hasta el Congo para obtener una visa.

En la embajada, la secretaria del cónsul debió adivinar el apremio que yo vivía. En cierto momento me habló de la visa, pero luego empezó a preguntarme en inglés quién era yo, cuántos años tenía, de dónde venía, dónde quedaba el Perú, cuál era el idioma, si allí había oro y plata, si había aviones o barcos, y así siguió hasta que una de sus preguntas cambió de golpe mi ánimo y el giro de la conversación:

–¿Eres soltero o casado? –indagó sonriendo.

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11.06.2010 | by martalanca

África do Sul: Há verdade, falta reconciliação

Brancos com medo de negros. Negros com raiva de brancos. Raparigas que trocam sexo por dois euros e não têm coragem de exigir preservativo. Quase seis milhões de seropositivos, sobretudo jovens, sobretudo pobres. Milhões ainda em bairros de lata. Depois do apartheid, a África do Sul viu a verdade. Foi um milagre humano não ter explodido. Mas a reconciliação é urgente. Há homens e mulheres a trabalhar nisso. Desmond Tutu acredita que o país vai dar a volta e o Mundial será um orgulho.

 

ler reportagem da Alexandra Lucas Coelho

11.06.2010 | by martalanca

dia 11 no Parque dos Continuadores (Mao Tse Tung) em Maputo

16:00 - Cerimonia de abertura do Mundial  SOUTH AFRICA 2010 e de seguida o jogo
ÁFRICA DO SUL vs MÉXICO em  Joanesburg - soccer city
Freestyle Soccer - prepara-te!!!

20:30 - URUGUAI vs FRANÇA na  Cidade do Cabo - green point
no Parque dos Continuadores (Mao Tse Tung)

a r t e n o p a r k e

10.06.2010 | by martalanca

A propósito de “Radio Muezzin”, reflexão sobre o som das cidades

No recente alkantara festival, Stefan Kaegi apresentou “Radio Muezzin”: 

 “A cidade do Cairo tem cerca de 30.000 mesquitas. Em cada uma delas, cinco vezes por dia, um muezim chama os fiéis para a oração. Segundo a tradição, o muezim subia e descia as escadas do minarete, até que, nos anos cinquenta, chegam os megafones e microfones para alívio das suas pernas cansadas. O resultado, porém, permaneceu o mesmo: uma cacofonia de diferentes culturas de oração, de diferentes vozes, tempos, interpretações. Contudo, as coisas estão prestes a mudar: o Ministério dos Assuntos Religiosos quer introduzir um sistema de rádio fechado que transmitirá a voz de um único muezim ao vivo e em simultâneo para todas as mesquitas de Estado.”

Em “Radio Muezzin”, quatro muezins do Cairo entram em palco para nos contar as suas histórias e experiências. Entre as suas palavras e as imagens de vídeo do seu quotidiano, emergem novas vozes, que descrevem a transformação do chamamento para a oração, na era da reprodução técnica.”

Ficámos a pensar na diferente percepção que passaremos a ter da cidade do Cairo, depois da alteração relatada no “Radio Muezzin”. Um dos elementos mais fascinantes nas cidades  é “som” quando provocado por grupos de pessoas em actividade. Alguns sons vão ficando associados à nossa memória das cidades, como o dos candongueiros que partem da Mutamba em Luanda a bater na chapa e a chamar: Aeroporto! Aeroporto!, ou a “pressão” dos vendedores, guineenses, gambianos, conakris, senegaleses, do mercado do Bandim em Bissau. A cor desses sons faz a cor de cada uma das cidades.

Não podemos deixar de pensar também  na proibição da construção de minaretes aprovada por refendo, recentemente, na Suíça. Nesse país existem actualmente, 160 mesquitas ou espaços de oração, para cerca de 350 mil muçulmanos, mas só em duas existem minaretes. De qualquer forma não estava em causa o som provocado pelas cinco chamadas diárias à oração, o que motivou o referendo foi o preconceito, a intolerância e o medo. O silêncio cai  sobre as cidades suíças e todos os nossos sentidos devem ficar de alerta.

As regras que se adoptam em cada cidade, que nalguns casos provocam ou são provocadas pela transformação que nelas ocorre, têm muitas vezes repercussões, perdas e ganhos, para além dos seu limites físicos.  É de tudo isto que “Radio Muezzin” nos veio falar.

10.06.2010 | by cristinasalvador