MIGRANT INTEGRATION:WHAT ROAD TO FOLLOW IN LEGISLATION AND MENTAL HEALTH?

INTERNATIONAL SEMINAR CONFERENCE DEBATE 20 de maio 2017 - 09h30-13h00
Morning of conferences and debate with two international specialists about the paradigmatic experiences in Brexit England and in Canada. The European Legislations on Migrants, specifically, irregular migrants (Sarah Spencer), and the promotion of mental health policies for migrant women and children (Nazilla Khanlou).
 Debate on migration and integration in the United Kingdom, Canada and Portugal.
 20 de maio 2017 | 09h30-13h00 | Sala de Exposições
Nazilla Khanlou
Professor and Chair of the Office of Women’s Health Research at York University.
Founder of INYI - International Network of Youth Integration.
 Ontario. Canada
Sarah Spencer
Director of the Global Exchange on Migration and Diversity Centre on Migration, Policy and Society (COMPAS).
 University of Oxford. United Kingdom
 Entrada Livre Mediante Inscrição Para mais informações, contacte: Tel: 21 721 40 00

 saude@ics.lisboa.ucp.pt <mailto:saude@ics.lisboa.ucp.ptwww.ics.lisboa.ucp.pt <http://www.ics.lisboa.ucp.pt/>
Formulário de Inscrição 

02.05.2017 | by martalanca | Conference, integration, migrant

"Aprender a viver com o inimigo" de Pedro Neves Marques

A 19 de maio, o Museu Coleção Berardo inaugura a exposição “Aprender a viver com o inimigo” de Pedro Neves Marques, com curadoria de Pedro Lapa.”Pode a ficção científica ser uma ferramenta para olhar o colonialismo? E pensar o colonialismo em si mesmo enquanto ficção científica? Não é essa ficção, no fim de contas, também movida pela ambiguidade daquilo que é natural e daquilo que é humano?Esta exposição reúne um conjunto de novos filmes e peças de Pedro Neves Marques, uma paisagem enraizada no contexto da extração de recursos naturais no Brasil e na coexistência entre diferentes cosmologias, diferentes mundos: modernos, animistas, tecnofílicos.”A exposição fica patente até ao dia 17 de setembro de 2017.

28.04.2017 | by martalanca | Pedro Neves Marques

Teatros da América Latina - Colóquio Internacional - 4 - 7 Setúbal

28.04.2017 | by martalanca | america latina, tchiloli, Teatros

Questões indígenas: ecologia, terra e saberes ameríndios TMM

Conferencias, debates e filmes em torno das questões ameríndias no Brasil e países vizinhos com alguns dos mais importantes antropólogos e lideranças indígenas. Pensar em solidariedade com os indígenas na América do Sul enquanto conhecemos as suas culturas ou lutas políticas é o grande desafio que propomos neste programa. Éticas ou estéticas indígenas, a Terra como ser sensível e a expressão de potencialidades múltiplas de interação, a Amazónia e a Patagónia como espaço de resistência e confronto, mas também de proposição de formas de viver em conjunto que diferem do modo que ali tem sido imposto pelo projeto colonial serão parte deste diálogo. Ao pensarmos com os indígenas, veremos que a ideia antiga de que culturas, línguas ou sociedades minoritárias indígenas estão ou estiveram em vias de extinção são afinal expressão de ameaças que, ao tocarem um povo indígena, tocam um projeto de mundo sobre o qual iremos debater e no qual nós, Europeus, também estamos implicados.

curadoria: Liliana Coutinho com Susana de Matos Viegas ilustração: Pedro Lourenço

ver programa

28.04.2017 | by martalanca | ameríndias, antropólogos, Brasil, conferências, debates, filmes, índigenas, Teatro Maria Matos

EXPOSIÇÃO Racismo e Cidadania

De 6 de Maio a 3 de SetembroTodos os dias, das 10H00 às 19H00 (última entrada às 18h30) PADRÃO DOS DESCOBRIMENTOS 

A exposição tem por objetivo discutir a relação entre racismo e cidadania num espaço de seis séculos, de 1497 ao presente. A exposição vai estar centrada no caso português, embora abra janelas comparativas para a compreensão do racismo como preconceito relativo a descendência étnica combinado com ação discriminatória. No período considerado, ocorreram a expulsão de muçulmanos, a conversão forçada de judeus, o tráfico de escravos, a colonização de territórios em África, América e Ásia, a abolição da escravatura, a descolonização e o início de um processo inverso de imigração.

A exposição visa estimular o grande público a questionar o passado e o presente das relações entre povos, conjugando emigração com imigração, exclusão e integração, ausência de direitos e acesso à cidadania.

Com curadoria científica e investigação de Francisco Bethencourt(Portugal) 

SEMINÁRIO

RACISMO E CIDADANIA
FRANCISCO BETHENCOURT, JORGE VALA, TERESA BELEZA (PORTUGAL)
SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL
DIA 24 DE MAIO
QUARTA, ÀS 18H00

26.04.2017 | by martalanca | racismo

Testemunhos da Escravatura Memória africana

No século XV, Portugal iniciou aquilo a que podemos chamar de tráfico de escravos a nível mundial. Se é verdade que no nosso território se praticava a escravatura desde sempre, também é verdade que é nesta altura que se inicia o comércio em larga escala e o seu desvio para o Atlântico. Os negros, capturados e depois comprados em África, serviam às tradições escravistas da Europa, mas eram sobretudo mão de obra necessária para a exploração das riquezas dos novos mundos descobertos.

Portugal foi um país esclavagista por mais de quatro séculos. Os portugueses, conjuntamente com os ingleses, franceses, espanhóis, holandeses (e mais brasileiros e norte-americanos), dominaram o tráfico negreiro, transportando um número que se calcula de cerca de 10 a 12 milhões de africanos para a Europa e América. Alterando radicalmente o desenvolvimento futuro dessas regiões.

Lisboa foi o destino do primeiro carregamento de escravos, muito diminuto no início, mas símbolo do que se veio a tornar depois. Em 1441, chegam a Lisboa dois escravos, capturados a sul do Bojador, acontecimento descrito por Gomes Eanes de Zurara na Crónica dos Feitos da Guiné. O número de escravos negros rapidamente aumenta na cidade, passando a estar presentes em todas as casas, diferenciando-se ricos e pobres apenas pelo número de escravos que possuíam.

A presença dos negros em Lisboa e os testemunhos que a escravatura deixou na memória da cidade são o ponto de partida para este projeto desenvolvido pelo Gabinete de Estudos Olisiponenses, nascido de uma reflexão acerca do que são hoje as sociedades ibero-americanas, dos problemas e desafios que enfrentam.

A identificação de um conjunto de museus, arquivos, bibliotecas e de outras instituições da cidade de Lisboa e a existência de memórias e de património da escravatura, foram o ponto de partida para o convite a estes equipamentos para selecionarem, nas suas coleções, peças e/ou documentação que, de uma forma direta ou indireta, se pudessem relacionar com a escravatura negra.

Estes testemunhos e heranças recuperados, foram objeto de uma abordagem particular que fomentou uma variabilidade de leituras e reflexões relacionadas com o tema.

Mais de duas centenas de peças e documentos mostrados em pequenas exposições, ou destacados nas próprias exposições permanentes, ou ainda disponibilizados apenas em linha, permitem desvendar tópicos sobre o tráfico, o combate e abolição da escravatura, as questões económicas, as vivências e os quotidianos do escravo, o racismo, a legislação, tradições culturais e religiosas, ou ainda, entre outras matérias, olhar para a iconografia do africano. Um vasto património e uma parte da nossa História que se vai desvendando.

Com este projeto, que parte das representações do que a escravatura foi no passado, pretende-se contribuir para uma consciencialização dos equipamentos culturais, bem como contribuir para a construção de uma discussão do que, ainda no presente, significa a escravatura.

ver o site 

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25.04.2017 | by martalanca | escravatura, Memória africana, Testemunhos

The Parliament of Bodies, How does it feel to be a problem?

 

 Kassel April 27–29, 2017  

The Parliament of Bodies, the Public Programs of documenta 14, emerged from the experience of the so-called “long summer of migration” in Europe, revealing the simultaneous failure not only of modern representative democratic institutions but also of ethical practices of hospitality. The Parliament was in ruins. The real Parliament was on the streets, constituted by unrepresented and undocumented bodies resisting austerity measures and xenophobic policies.

The planet is going through a process of “counter-reform” that seeks to reinstall white-masculine supremacy and to undo the democratic achievements that the workers’ movements, the anti-colonial, indigenous, ecologist, feminist, sexual liberation, and anti-psychiatric movements have struggled to grant during the last two centuries. In this context, The Parliament of Bodies becomes a site of activism, alliance, and cooperation.

After eight months of activity in Athens, The Parliament of Bodies is gathering for the first time in Kassel calling for an anti-fascist, trans-feminist, and anti-racist coalition. The Parliament of Bodies takes W. E. B. Du Bois’s question “How does it feel to be a problem?” as a possible interpellation directed today at the “99 percent” of the planet, taking into consideration the process that African philosopher Achille Mbembé has called “becoming black of the world.” Whereas the modern colonial and patriarchal regime invented the “worker,” the “domestic woman,” the “black,” the “indigenous,” and the “homosexual,” today new government technologies are inventing new forms of subjection: from the criminalized Muslim to the undocumented migrant, from the precarious worker to the homeless, from the disabled to the sick as consumers of the industries of normalization to the sexualized worker, and the undocumented transsexual.

This performative gathering establishes no hierarchies between radically different knowledge, languages, and practices, between activism and performance, between theory and poetry, between art and politics: collectively, we experiment with the construction of a public space of visibility and enunciation. This is a gathering of those who have become a “problem” for today’s hegemonic discourse: we don’t share identities, we are bound by different forms of oppression, of displacement and dispossession more than by our skin color, our sex, gender, or sexuality. The Parliament of Bodies is not made of identities but of critical processes of disidentification.

(Paul B. Preciado)

iQhiya, The Portrait, 2016, Performance, photo Stathis Mamalakis iQhiya, The Portrait, 2016, Performance, photo Stathis Mamalakis

PROGRAM

Thursday April 27, 2017

FRIDERICIANUM

3 pm  Introduction by Adam Szymczyk and Paul B. Preciado
3:15 pm  Boris Buden, Fascism: A Crime in Search of Perpetrators
4 pm  iQhiya, Fresh off the Boat
4:45 pm  Ulrich Schneider, Facing History and Ourselves: Preserving Memory—Acting Today—Change for the Future
5:30 pm  Chto Delat, Here Me Burning
6 pm  Evelyn Taocheng Wang, Idle Chatter 2nd – Holzwege

7 pm  BREAK

8 pm  Dimitris Kousouris, Old and New Fascisms and Antifascisms
8:45 pm  Lerato Shadi, Dinonyane tse Pedi
9:15 pm  The Apatride Society of the Political Others (Max Jorge Hinderer Cruz, Nelli Kambouri, Margarita Tsomou), Integrated World Capitalism and the Ithagenia Condition: On Indigenous Knowledge in the European Crisis, Migration and Borders, the Coloniality of Contemporary Capitalism, and Self-Determined Otherness
10 pm  Zoe Mavroudi, The Witch Hunts of Athens: An Experiment for a New Europe
10:45 pm  Raúl de Nieves, La Mosca/The Fly

11:15 pm  BREAK

12:30 am  Adespotes Skiles, The Waltz of the Dirty Streets
1:30 am LOTIC

(Mattin, Unscheduled Interventions)

Friday April 28, 2017

FRIDERICIANUM

10 am–3 pm  Georgia Sagri, Attempt. Come
3 pm  Franco “Bifo” Berardi, Questions about the Double-Headed Monster That Is Destroying Life on the Planet, and How to Deal with It
3:45 pm  Grada Kilomba, Illusions
4:15 pm  Tatiana Roque, Back to the Closet! A Backlash Against Emerging Political Subjectivities
5 pm  Zülfukar Çetin, Bodily Autonomy of Refuged Sex Workers and the Moralization of the Sex of the Other
5:45 pm  María Galindo, Manifesto and How to Deal with the Feminist Insurrection

7 pm  BREAK

8 pm–10:30 pm ALLIANCES BETWEEN MINOR INSTITUTIONS
Stavros Stavrides, Emergent Common Spaces: Reinventing the Politics of Sharing
Anna Dević/WHW, From Partisan Exhibitions to Exhibitions of Partisanship
Gigi Argyropoulou, (Im)potential Resistances
Emanuele Braga, Beyond Work and Private Property, the Macao Experience as an Institution of the Commons
Maria Mitsopoulou and Mariza Avgeri, Clercking
Vasyl Cherepanyn, Thinking Under Attack: On the International Principles of Contemporary Antifascism
Olga Lafazani, Subverting the Borders Between Host and Hosted. The Everyday Life in City Plaza Project
Chto Delat (Dmitry Vilensky), To be a Dissident: Screening and Questioning

10:30 pm  BREAK

11:30 pm  Vaginal Davis, No One Leaves Delila
12:15 am  Boris Baltschun and Serge Baghdassarians, Backing Track
12:45 am  The Boy

(Mattin, Unscheduled Interventions)

Saturday April 29, 2017

FRIDERICIANUM

12 pm  Film screening, Aris ChatzistefanouFascism Inc, 2015, Greece, 73 min.   
 Directed by Aris Chatzistefanou, Greek with English/German subtitles

4 pm–6:30 pm ALLIANCES BETWEEN ANTIFASCIST MOVEMENTS FROM ATHENS AND KASSEL
Aris Chatzistefanou
Ayşe Güleç
Dimitris Kousouris
Thanassis Kampagiannis
Kassel postcolonial (Joshua Kwesi Aikins and Evelyn Wangui)
Forensic Architecture (Stefanos Lividis)
Magda Fyssa
Yannis Nifakos
The Society of Friends of Halit and The Initiative of 6th of April (Lilimor Kuht, Serdar Kazak, and Fritz Laszlo Weber)
Eleftheria Tompatzoglou
Natascha Sadr Haghighian
Niovi Zarampouka-Chatzimanou

7 pm  BREAK

8 pm   Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, An Alignment of Contested Bodies and Spaces: On Alterity, Asynchrony, and Heterogeneity
8:45 pm  Alfredo Jaar, It Is difficult
9:45 pm  Cecilia Vicuña, Breaking the Heart of Creation
10:30 pm  Schwabinggrad Ballett & Arrivati, Beyond Welcome

(Mattin, Unscheduled Interventions)

 

22.04.2017 | by martalanca | Documenta, Paul B. Preciado, The Parliament of Bodies

"AAH Room" Sarat Maharaj

 29.04. – 04.06.2017

29.04 | 16h00  Inauguração da exposição|17h00  Conferência: “The World Turned Upside Down: Art and Ethics in the Rise of the Stone Age South’, por Sarat Maharaj


Sarat Maharaj é um conceituado curador, historiador e teórico da arte que, desenvolvendo o seu trabalho entre Londres e Malmö, se dedica com particular enfâse à obra de Marcel Duchamp e de James Joyce. A ideia para o projeto “AAH Room” partiu de Sarat Maharaj, inspirando-se no modelo da sua sala de aulas quando estudava História da Arte numa universidade destinada a “negros de origem indiana” pelo regime do apartheid, em Salisbury Island (Durban, África do Sul), durante os anos de 1960. Na época, a sala revelava-se como um espaço híbrido, exibindo uma “pirâmide evolutiva” de artefactos, obras de arte e culturas que minava a insistência numa clara separação imposta pelo governo do apartheid.

Depois de uma primeira apresentação de “AAH Room” na Academia de Arte de Malmö (Suécia), foi desenvolvida uma nova versão para Lisboa, exibindo obras de arte de Pedro Barateiro, Harun Farocki, Ângela Ferreira, Renée Green, Allan Sekula e Heimo Zobernig, juntamente com artefactos e material documental de diferentes origens. Todos os objetos “equipam” a sala de aula de História da Arte de Sarat Maharaj, para metaforicamente a recriar no espaço Lumiar Cité, transformando uma sala do passado num contexto contemporâneo.

Um internalizado sistema eurocêntrico de classificação, organizando objetos por categorias ou compartimentos segregados, sugere universos paralelos e a sua exibição corporiza essa separação. No espaço Lumiar Cité interessa também perceber a que tipo de leituras e contraposições, provavelmente involuntárias, a que a exposição também se abre. A “AAH Room” torna-se mais híbrida, funcionando como espaço de exposição e, ao mesmo tempo, como sala de seminários, onde Sarat Maharaj, Ângela Ferreira e Manuela Ribeiro Sanches, entre outros, conduzem e discutem num cenário que convida a pensar: Como lidar com uma descolonização do conhecimento numa sociedade de amplo conhecimento, num mundo enciclopédico? Qual o proveito para a ideia de prática artística não como uma realista produção de conhecimento, mas o seu oposto – ignorância conhecedora enquanto método do “ignorantitis sapiens”?

Para mais informações, por favor contactar:

Carlos Alberto Carrilho | Tel + 351 21 352 11 55 | carlos.carrilho@maumaus.org | www.maumaus.org

Lumiar Cité, Rua Tomás del Negro, 8A

1750-105 Lisboa, Portugal

Terça a Domingo, 15h00 às 19h00 ou através de marcação

Carris: 798 paragem Rua Helena Vaz da Silva, 717 paragem Av. Carlos Paredes

Metro: Lumiar (saída Estrada da Torre)

 

 

21.04.2017 | by martalanca | Art and Ethics, Sarat Maharaj

Álbum de estreia de Nandele

Lançamento a 2 de Maio, no Centro Cultural Franco - Moçambicano 

Depois do aclamado Argolas Deliciosas, o beat maker e artista moçambicano Nandele lança o álbum Likumbi, onde explora “vértices, zonas obscuras que sempre existem”, como revelou numa entrevista.

O álbum cruza sonoridades diversas, influências do Trip hop ao Drum and bass, do
experimental ao Big beat, num percurso profissional de mais de 18 anos. Likumbi (ritos de iniciação no grupo étnico Makonde, em Mueda, de onde é originário o Nandele) é também, simbolicamente, uma iniciação na produção discográfica e uma emancipação numa trajectória que se foi impondo com singularidade no contexto moçambicano e regional. O álbum, que foi produzido nos últimos dois anos e será editado pela Kongoloti Records em Maputo, conta com os trabalhos de mistura e masterização de Grasspopers, participações de embrion e do sul-africano Dion Monti. Com doze faixas, a produção de Likumbi foi, como o ritual que designa, uma experiência com medos, hesitações e aprendizagem, e é também uma
sincera homenagem ao povo Makonde. Nandele diz ter “tido a certeza de que era este o caminho que seguiria ao fim de vários meses de dúvida”, não só pelos compassos que foi tomando como pela integração de elementos sonoros distintos em todo o processo. É, portanto, um álbum que oferece surpressa ao ouvinte,
da primeira à última faixa.
Likumbi, 2 de Maio, Centro Cultural Franco – Moçambicano, 19H30


Info: nandele.bandcamp.com

15.04.2017 | by martalanca | Moçambique, música, Nandele

Exposição "Visão Yanomani", de Claudia Andujar


“Visão Yanomami” é uma seleção do trabalho fotográfico de Claudia Andujar realizado entre os anos 70 e parte dos anos 80 do século XX.
A obra de Claudia Andujar sobre os Yanomami introduz questões da fotografia contemporânea dentro do espectro da iconografia dos povos indígenas no Brasil. A sua narrativa visual trouxe para os campos fotográficos predominantes (fotografia documental clássica, fotografia etnográfica e fotojornalismo) um olhar assumidamente pessoal, aliando intenções documentais a uma busca estética bastante apurada. Segundo a autora, a idiossincrasia da sua obra deve-se essencialmente à sua trajetória pessoal, pautada pela condição de minoria: “Sem dúvida, minha fotografia é marcada pelo meu passado. Um passado de guerra, um passado de minorias. Isso é algo que não só me preocupa, mas me perturba. É parte da minha vida. Me interesso muito pela questão da justiça e das minorias que estão tentando se afirmar no mundo, mas se deparam sempre com um dominador que procura apará-las. Mas existe também um outro lado, que é a estética, o equilíbrio, presentes nas minhas imagens. Nem sempre o lado social pode se juntar ao lado estético. Eu sofro por isso. Quando consigo juntar as duas coisas, me sinto aliviada.” (Andujar in Persichetti, 2000:15)
Curadoria Instituto Inhotim

Gozo, de Claudia Andujar.Gozo, de Claudia Andujar.
Exposição: 11 fevereiro › 15 abril 2017
Arquivo Municipal de Lisboa | Fotográfico
Rua da Palma, 246
Segunda a sábado, das 10h às 19h_tel.218 844 060
https://www.facebook.com/arquivo.mun.lisboa

12.04.2017 | by marianapinho | Brasil, Claudia Andujar, fotografia, indígena, Visão Yanomani

Concerto Ninos du Brasil / Festa do Cinema Italiano

No dia 13 de abril, a 10ª edição da Festa do Cinema Italiano despede-se de Lisboa da melhor forma possível: a dançar! Depois da sessão de encerramento, com o filme “In Guerra per Amore”, apresentado por PIF (realizador do filme), o Cinema São Jorge abre as portas da Sala Manuel de Oliveira aos ritmos quentes do duo italiano Ninos du Brasil que, como o próprio nome indica, é fortemente inspirado pela música brasileira, assim como pela eletrónica e o punk. 
Tendo como base a percussão, os NINOS DU BRASIL assumem-se como uma guerra aberta à superficialidade e estupidez da música Pop, assim como a qualquer tipo de constrangimento na pista de dança. Envoltos em mistério, os seus concertos ao vivo são tão incendiários quanto lendários e o seu som, verdadeiramente particular, chamou a atenção de editoras de renome internacional como a DFA e a Hospital Productions.


ENTRADA LIVRE

mais informações, aqui.

12.04.2017 | by marianapinho | Cinema S. Jorge, Festa do Cinema Italiano, Ninos du Brasil

Open Call / Novos fotográfos

Prazo para candidaturas alargado até dia 10 de Abril.

Catchupa Factory – Novos Fotógrafos 2017
3 a 17 de Maio
Mindelo, São Vicente
Cabo Verde

https://www.facebook.com/ notes/aoje/ prazo-alargado-convocatória -catchupa-factory-novos-fo tógrafos-2017/ 1277984815649129

Documento PDF: https://www.dropbox.com/s/ xh190r23ec749kl/ CatchupaFactory2017-Convoca toria.pdf?dl=0

mais informações aqui

10.04.2017 | by marianapinho | criação artística, fotografia, John Fleetwood

B.leza Doc's em Abril

Em Abril, o cinema documental voltará a ocupar a sala de concertos do B.leza
B.leza Doc’s é uma iniciativa da associação B.leza, em colaboração com a cooperativa cultural Zebra (responsável pela organização da Mostra de Cinema e Culturas Africanas - África Mostra-se), que conjuga, no mesmo espaço, música e cinema.
A programação do ciclo foi pensada de forma integrada, tendo como foco central temáticas sociais, culturais e históricas relevantes sobre os países africanos representados bem como as suas comunidades.
Pretendemos, assim, reeditar a experiência anterior de exibição de filmes no B.leza, ainda na sua anterior morada, e que nos anos 90 foi marcante para os/as lisboetas. Mais tarde voltou a repetir-se mas desta vez através do África Mostra-se, já no atual espaço do B.leza.
Todas as quartas-feiras, pelas 19h00, ao pôr-do-sol, iremos mostrar ao público novas imagens e sons, num ambiente intimista e privilegiado pela paisagem sobre o Tejo. Acreditamos que o encontro de artistas e o intercâmbio de experiências saem favorecidos com a criação de um ciclo com estas características.


Organização e programação B.leza e Zebra – cooperativa cultural
Apoios RTP África, Apordoc – Associação pelo Documentário, Atera Filmes, Geração 80, Rádio AfroLis, Taluma Filmes

10.04.2017 | by marianapinho | B.Leza, cinema, Mostra de Cinema e Culturas Africanas - África Mostra-se

Call residências projeto A SUL no Lavadouro Público de Carnide

O Teatro do Silêncio realiza em 2017 um ciclo de duas residências de criação para artistas que habitam ou cruzam o espaço Ibero-americano e que tenham um projecto embrionário de investigação e de pesquisa artística.
Períodos de residência:1 Maio – 15 Julho 2017 – 1ª residência15 Julho – 30 de Setembro 2017 – 2ª residência
As residências são abertas a todas as áreas, privilegiando-se os trabalhos site specific, performance, instalação e arte urbana.
Para além da realização de dois dias de apresentação pública do seu trabalho, os artistas são ainda convidados a criarem uma actividade de serviço educativo aberta à comunidade local.
As residências incluem: Apoio de 1000€ (mil euros);Cedência de espaço de trabalho (Lavadouro Público de Carnide);Realização de tutorias artísticas durante o processo de trabalho (a definir com a equipa Teatro do Silêncio);Apoio à produção executiva durante a residência;Articulação entre artista e comunidade local.
CANDIDATURAS: Enviar uma nota biográfica e uma breve descrição do projecto a desenvolver para durante o período da residência para: teatrodosilencio@gmail.com
DATA LIMITE PARA O ENVIO DE PROPOSTAS: 15 Abril de 2017 (1º Período - Prorrogação) e 31 de Maio (2º Período)
As residências inserem-se em A SUL – Plataforma de criação para artistas que habitam ou cruzam o espaço Ibero-americano, direccionada para a pesquisa, a investigação e a experimentação artísticas. A Sul pretende ser ainda um lugar de encontro e de reflexão entre artistas, e entre artistas e a cidade de Lisboa.
Coordenação: Maria Gil | Tutorias: Maria Gil, Marta Lança e Sara Anjo | Produção: Teatro do Silêncio 2017 | Parceria: Projecto Pulsar da Junta de Freguesia de Carnide
+INFO: teatrodosilencio@gmail.com | + 351 91 463 26 75 – Teatro do Silêncio (Maria Gil)
Projecto apoiado pela Câmara Municipal de Lisboa e inserido na Passado e Presente - Lisboa Capital Ibero-americana de Cultura 2017.

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10.04.2017 | by martalanca | A Sul, Carnide, Maria Gil, Teatro do silencio

“Resistência Civil | Acordo com a Natureza: Bicentenário de H. D. Thoreau

Organizado pelo Grupo de Estudos Americanos (GI3) do Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa (CEAUL/ULICES) em parceria com a Biblioteca Nacional de Portugal, o evento “Resistência Civil | Acordo com a Natureza: Bicentenário de H. D. Thoreau” conta com uma exposição biblio-iconográfica e actividades explorando a obra e as repercussões deste autor.

10 de Abril, a exposição abre com uma visita comentada, duas palestras e um debate que encadeará os elos do libertarismo, da ecologia, da objecção de consciência e do estilo e influência do poeta ensaísta.

No dia 26 de Abril, haverá um colóquio com comunicações académicas, incluindo uma palestra por Antonio Casado da Rocha, da Universidade do País Basco, sobre a necessidade de “Humanizar a Ciência”. Para finalizar, faremos leituras da obra do autor, havendo ainda o lançamento de um catálogo e do livro Nada Natural, do poeta Gary Snyder, o grande herdeiro vivo de Thoreau, pela primeira vez editado em Portugal. (BNP)

Para mais informações, consultar o website.

09.04.2017 | by martalanca | H. D. Thoreau, Resistência Civil

Um homem chamado Romeu Correia -

Exposição comemorativa do centenário do nascimento (1917-2017)

A assinalar o centenário do nascimento de Romeu Correia, o Museu da Cidade, na Cova da Piedade, recebe uma exposição que celebra e divulga a sua obra enquanto escritor, desportista, cidadão, cinéfilo e dramaturgo. Inauguração: 8 de abril às 16h.«A exposição organiza-se numa linha de continuidade entre o espaço exterior do jardim e os dois pisos de exposições temporárias, numa abordagem biográfica referenciada ao seu universo literário: objetos, documentos, imagens, citações, que remetem os visitantes para as paisagens, quotidianos, espaços de trabalho, movimento associativo, prática desportiva, festa, resistência e ativismo cívico, organizando narrativas, contando, não “a História” de Romeu Correia, mas as suas “histórias”, que se cruzam com as de outros, em Almada, Portugal, ao longo de quase todo o século XX.
No primeiro piso evoca-se a obra literária, destacando oito títulos (romance, teatro e contos) e no segundo piso desenvolve-se a sua biografia, contextos de intervenção, redes de cumplicidades e afinidades em abordagens temáticas. O design museográfico é de José Manuel Castanheira, sublinhando a importância da experiência do teatro na obra de Romeu Correia e a cenografia como contexto narrativo.»

8 de abril a 31 de dezembro 2017  / Terça a sábado: 10h às 13h e das 14h às 18h / Museu da Cidade, Cova da Piedade

Sobre Romeu Correia
Com cerca de 41 títulos publicados – contos, novelas, romance, teatro, biografias e divulgação da história local –, colaborador regular de revistas como a Vértice, jornais como a República Jornal do Comércio, Diário Popular, Jornal de Almada, Jornal Record, entre outros.A obra de Romeu Correia é indissociável do imaginário de gerações de almadenses, reconstruindo e fixando paisagens, lugares, personagens e histórias quotidianas que marcam a identidade da cidade, afirmam valores e causas comuns.
Sobre José Manuel Castanheira
Pintor e cenógrafo, é autor de mais de 200 cenografias. Trabalhou com directores como Rogério de Carvalho, Serge Belbel, Jorge ListopadJoão Mota, Aderbal Freire-Filho, Artur Ramos,António FeioJoão Lourenço, Rui Mendes, Graziella Galvanni, Carlos Fernando, Juan Carlos Perez Fuente, João César MonteiroJoão Brites, José Luiz Gomez, Maria Ruiz, Rosário Ruiz Rodgers, Joaquim BeniteFernanda Lapa, Paulo Matos, José Sanchis Sinisterra, Gastão Cruz, Robert Quintana, Carlos Avilez, Rui Sena, Fernanda Lapa, Ricard Salvat, Yannis Kokkos, Paulo Filipe, Eugeni Amaya e Christiane Jatahy.

É autor de 6 livros: 2013 / Castanheira-Cenografia (edição quadrilingue com prefácios de Georges Banu, Marcel Freydefont e João Carneiro), 2014 / Desenhar Nuvens (Manual de sobrevivência de um cenógrafo I), Viriato Rey (edição bilingue), 2016 / O Tempo das Cerejas (Manual de sobrevivência de um cenógrafo II), Frei Luís de Sousa (prefácio de Alberto Pimenta) e 2015 - co-autor com Pedro Castanheira de Viagem a Itália (Edições Caleidoscópio).

09.04.2017 | by martalanca | Almada, José Manuel Castanheira, Rome Correia, teatro

Questões indígenas: ecologia, terra e saberes ameríndios

PORTUGAL, EQUADOR, BRASIL, CHILE, PERU, VENEZUELA

De 5 a 7 e de 26 a 27 de Maio
MARIA MATOS TEATRO MUNICIPAL I LISBOA 

Pensar em solidariedade com os indígenas na América do Sul, enquanto conhecemos as suas culturas ou lutas políticas, é o grande desafio que propomos neste programa. Éticas ou estéticas indígenas, a terra como ser sensível e expressão de potencialidades múltiplas de interação, a Amazónia e a Patagónia, como espaços de resistência e confronto, mas também de proposição de formas de viver em conjunto que diferem do modo que ali tem sido imposto pelo projeto colonial, serão parte deste diálogo. Ao pensarmos com os indígenas, veremos que a ideia antiga de que culturas, línguas ou sociedades minoritárias indígenas estão ou estiveram em vias de extinção é, afinal, expressão de ameaça, uma vez que, ao tocarmos num povo indígena, tocamos um projeto de mundo - sobre o qual iremos debater - no qual nós, europeus, também estamos implicados.

O programa conta com formatos diversificados de diálogos: mesas redondas, conversas com antropólogos americanistas e lideranças indígenas, oficinas e reflexões sobre como os olhares indígenas interpelam a nossa forma de estar no mundo.                 

Programação Liliana Coutinho
Consultadoria Susana Viegas

 

DIA 5 DE MAIO, SEXTA-FEIRA

CONFERÊNCIA
OS INVOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA — SOBRE O CONCEITO E A CONDIÇÃO DE “INDÍGENA” NO MUNDO ATUAL, COM ESPECIAL ATENÇÃO PARA O CASO BRASILEIRO 
EDUARDO VIVEIROS DE CASTRO (BRASIL)
PALCO DA SALA PRINCIPAL
ÀS 18H30

Esta conferência versará sobre a natureza ‘colonial’ da constituição da forma-Estado, em particular do Estado-nação moderno — natureza que se torna muito evidente no caso das antigas possessões coloniais europeias, tornadas Estados-nação soberanos por este mundo fora —, e da contradição irresolúvel desta forma com a condição indígena, ou a ’forma-povo‘. Examinaremos de seguida os projetos-em-ato de criação de formas de constituição de coletivos não-estatais (o caso dos Chiapas, no México, e do Curdistão) baseadas em princípios de confederalismo democrático, municipalismo libertário, ocupações comunais e de outros modos de conjuração do estado de espírito que subjaz ao Estado como forma propriamente ’espiritual‘de captura transcendente dos povos.

Moderação de Susana Matos Viegas (Portugal)

 

FILMES COMENTADOS
O ESPÍRITO DA TV + BICICLETAS DE NHANDERÚ
RODRIGO LACERDA (PORTUGAL), Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa
PALCO DA SALA PRINCIPAL
ÀS 21H30

O cinema indígena faz parte do movimento transnacional de luta indígena que eclode nos anos 50, mas que se intensifica, em particular no Brasil, a partir dos anos 80. O cinema, o vídeo e os média em geral, são utilizados pelos índios enquanto ferramentas de revitalização e reflexão sobre as suas culturas e território, sendo também meios de autorrepresentação e autodeterminação. 

Nesta sessão teremos o visionamento de dois filmes: Espírito da TV é uma reflexão sobre a imagem e Bicicletas de Nhanderú trata das diversas apropriações da imagem - e da atividade de filmar - pelas diferentes comunidades indígenas. O que fazer com esta tenologia mágica?

Os filmes selecionados para a mostra foram produzidos no âmbito daONG Vídeo nas Aldeias, um projeto precursor no Brasil que, desde os anos oitenta, desenvolve um trabalho colaborativo com povos indígenas na área do audiovisual, tendo, a partir de 1997, organizando oficinas de formação de cineastas em aldeias indígenas.

No início da sessão Rodrigo Lacerda irá falar-nos da forma como os olhares cinematográficos dos índios espelham conhecimentos do mundo através das faculdades sensíveis da visão. Após o visionamento dos filmes abrimos o debate ao público. 

Espírito da TV (1990, 17’) Começando com a chegada de canoa da televisão e VCR à sua aldeia, o Espírito da TV documenta as emoções e o pensamento dos Waiãpi, quando pela primeira vez viram a sua própria imagem e a dos outros na televisão, numa gravação da primeira viagem do seu chefe a Brasília para falar com o governo, a difusão de notícias e vídeos sobre outros povos nativos do Brasil.
Realizadores: Vincent Carelli e Dominique Gallois

Bicicletas de Nhanderú (2011, 45’) é um filme sobre a espiritualidade Mbya-Guarani e sobre a exiguidade das terras indígenas no sul do Brasil, o cerco da soja e do homem branco. A aldeia filmada situa-se a poucos quilómetros das ruínas das antigas missões jesuítas de São Miguel Arcanjo, no Rio Grande do Sul.
Realizadores indígenas: Ariel Duarte Ortega e Patrícia Ferreira (Keretxu)

 

DIA 6 DE MAIO, SÁBADO

MESA REDONDA
DA RELAÇÃO COM A TERRA
ALEJANDRO REIG (VENEZUELA), ELISA LOCON ANTILEO (chile) e LUISA ELVIRA BELAUNDE (peru)
PALCO DA SALA PRINCIPAL
ÀS 15H30

Entre as sociedades ameríndias, a terra é sujeito de múltiplas vivências. Iremos aqui focar principalmente duas dimensões dessas vivências: as ligadas à configuração do espaço/território/ambiente e as que associam a vivência da terra à língua que viabiliza a comunicação entre as múltiplas entidades que a formam. Assim, veremos que entre os Yanomami ‘fazer paisagem’, ‘fazer sítio’ e ‘fazer gente’ são dinâmicas interligadas que implicam uma coincidência entre o modelo cultural do ambiente e a convivência próxima, afetiva e quotidiana entre pessoas. Se esse é o questionamento que os Yanomami nos deixam e será trazido a debate por Alejandro Reig, já entre muitos dos povos ameríndios que vivem nas margens do rio Ucayali, no Peru, o rio ganha proeminência na reflexão sobre a terra. Como nos mostrará Luisa Elvira Belaunde, se na história colonial violenta, o rio transportou os toros de madeira e a borracha, ele foi também o espaço de criação dos seres humanos.

Diferentemente da vivência-terra criadora de gente, a vivência-língua criadora de terra será aqui discutida por Elisa Antileo a propósito dos Mapuche, do Chile. Sustentando-se numa cosmogonia geocêntrica em que a terra é vista como mãe e aqueles que a habitam como seus irmãos, o papel da língua Mapuche – a ’língua da terra‘ - como comunicante da diversidade de elementos será aqui sublinhado. Se a fala com os ventos, os rios e as montanhas ocorre por meio de uma língua, perder a língua significa não só perder a comunicação entre os seres humanos, mas também perder as mensagens do canto dos pássaros, do amanhecer, do mar, do vento, das estrelas.

Moderação de Susana Matos Viegas (Portugal)

CONFERÊNCIA E FILME
DO SONHO E DA TERRA (título em confirmação)
AILTON KRENAK (BRASIL)
PALCO DA SALA PRINCIPAL
ÀS 18H30 E ÀS 21H30

 

DIA 7 DE MAIO, DOMINGO

WORKSHOP
ÉTICA DO VIVER
LUISA ELVIRA BELAUNDE (PERU)
SALA DE ENSAIOS
DAS 10H ÀS 17H

Que outras formas existem de criar um coletivo e o que podemos aprender através do contacto com as culturas ameríndias?
Nesta oficina Luisa Elvira Belaunde apresenta-nos formas de conhecer e de sentir em algumas sociedades das terras baixas da Amazónia peruana sustentadas em dois tipos de relações. Primeiro, na relação de subjetividade com plantas e bebidas extraídas dessas plantas. Em segundo lugar com práticas criativas associadas à arte da cerâmica que enfatizam as relações entre escuta, pensamento e ação e estão na base da formação da autonomia pessoal.

Cada sessão incorpora uma exposição de Luisa Elvira Belaunde, seguida do visionamento de excertos de documentários e imagens e de um debate com os participantes.

 

DIA 26 DE MAIO, SEXTA

CONFERÊNCIA
A HUMANIDADE E A ANIMALIDADE NO UNIVERSO INDÍGENA AMAZÓNICO
APARECIDA VILAÇA (BRASIL)
PALCO DA SALA PRINCIPAL
ÀS 18H30

Como pensar um mundo em que a humanidade não é uma condição, mas uma posição?  Em que o parentesco não está relacionado à reprodução, mas é produzido por atos quotidianos de cuidado e alimentação? Em que os animais se vêem a si próprios como humanos e tomam as pessoas por presas? Nesta conferência vamos entrar no mundo amazónico, particularmente no dos Wari’, povo que vive na fronteira entre o Brasil e a Bolívia, com o objetivo de questionar as nossas atuais noções de humanidade, animalidade e parentesco. 

 

DIA 27 DE MAIO, SÁBADO

CONFERÊNCIA
RESISTÊNCIA POLÍTICA AMERÍNDIA
FELIPE MILANEZ (BRASIL), JOSÉ BENGOA (CHILE) e RAÚL LLASAG FERNANDEZ (EQUADOR)
PALCO DA SALA PRINCIPAL
ÀS 17H

A história do colonialismo na América Central e do Sul mostra que os processos políticos e religiosos que foram aí instalados provocaram o desaparecimento de milhões de pessoas, seja por doença, seja por violências várias. A mobilização em defesa de um sistema que, legalmente e na prática, seja capaz de assegurar o direito dos povos indígenas continua a ser necessário.
Décadas depois da implementação da Carta dos Direitos Humanos e de um extenso debate na área dos estudos pós-coloniais de consciencialização acerca do que foi essa época da história, continua a ser necessário estar e ser vigilante para que a descolonização dos gestos e do pensamento e, acima de tudo, da nossa relação com outras formas de fazer e de estar no mundo, tenha lugar. Exemplos concretos de movimentos políticos indígenas em prol do reconhecimento dos seus direitos, assim como o trabalho que ao nível constitucional se tem feito em prol dos direitos indígenas, irão estar presentes neste debate.
Poderão os movimentos políticos que se organizam em torno destas comunidades permitir-nos um olhar renovado sobre as políticas e práticas sociais, económicas e ambientais que têm dominado as culturas europeias? Existindo em territórios geográficos cuja definição é alheia a processos de organização do estado territorial moderno, que desafios colocam a este tipo de organização? Considerando que uma das questões transversais às culturas indígenas é a relação viva com a Mãe-Terra – e a mãe não se divide, não se vende, não se explora, não se destrói – que interrogações trazem a uma economia e a uma gestão do território baseada na exploração dos recursos naturais?

Moderação de Liliana Coutinho (Portugal)

06.04.2017 | by martalanca | ameríndios, ecologia, índigenas, terra

Theatre and Migration: Creative Encounters

Monday,17 April 2017 ¦ 19h• workshop ¦ 21h• public debate

This event explores emerging theatrical responses to migration in light of recent migration and shifts in global politics and economics. We aim to survey new theatrical forms of migrant representation and to talk about possible impacts on national theatre cultures in shaping the perception of non-European migrants and migrant cultures. The event will bring together academic and practitioners’ perspectives and is designed to look at migrant perspectives on the grounds of theatre making, creating a platform where creative practices as well as cultural, theoretical and policy perspectives can meet and be debated.

[workshop] 

Led by Fadi Skeiker, Syrian theatre practitioner and scholar (Visiting Associate Professor of Theatre, University of Minho), this practice-led, participatory workshop will use applied theatre techniques to approach topics of exile, refugedom and asylum in performance. The workshop will use textual and physical elements in an experimental way.

Participants are asked to read the following two articles in advance and to bring a printed copy to the workshop:

¦ Important information¦

Registration via email: ruadasgaivotas@teatropraga.com

Tickets: €10

Duration: 2 hrs

[public debate]

This panel discussion will focus on modalities of migrant representation in current theatre productions, cultural initiatives, multi-arts projects and editorial practices. The discussion will be opened up to the public in an extended Q&A session as part of the debate.

Speakers:

Fadi Skeiker (University of Minho)

André Amálio (Hotel Europa Theatre)

Ana Bigotte Vieira (IFILNOVA/ IHC /CET, Buala.org)

Szabolcs Musca (University of Lisbon/ New Tides Platform, UK)

[organisers and partners]

The event is jointly organised by New Tides PlatformRua das Gaivotas 6 and CET- Centro de Estudos de Teatro (University of Lisbon)

PartnersBUALA Cultural Association/ Buala.org and Hotel Europa Theatre

04.04.2017 | by martalanca | migration, Theatre

UTOPIAS > António Alvarenga discute o futuro do capitalismo > 5 abril 18h30

03.04.2017 | by martalanca | António Alvarenga, capitalismo, Teatro Maria Matos, Utopias

Colóquio Internacional: "Império e Arte Colonial"

Oradores: Eduardo Lourenço, Geoffrey Quilley, Guilherme d’Oliveira Martins, Nuno Júdice, Pedro Lapa, Rui Zink

No âmbito do projeto ArTravel, o Centro de História d´Aquém e d´Além Mar (CHAM) organiza o Colóquio Internacional Império e Arte Colonial, evento que conta com a vinda de conferencistas dos quatro cantos do mundo e que parte da necessidade de refletir sobre o modo como a deslocação entre as ex-colónias europeias e a metrópole inspirou a criação de uma arte que se implantou não só no território nacional mas igualmente se estruturou a partir das antigas províncias ultramarinas.

Partindo da crescente visibilidade do tema a nível internacional, e enquadrando-se o programa numa matriz sedimentada na História da Arte Contemporânea que tem em conta as especificidades da cultura nacional, propõe-se refletir sobre a triangulação Viagem – Criação Artística Colonial – Cultura Contemporânea, feita não só a partir do contexto geopolítico europeu mas igualmente de perspetivas de uma mundivência autoral que permite a mudança de paradigma.

Entrada livre.

VER PROGRAMA

03.04.2017 | by marianapinho | arte colonial, império