Um Mini Museu Vivo de Memórias do Portugal Recente | CCB

Projeto documental, filho do emblemático Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas, este Mini Museu abre os baús e arquivos do Teatro do Vestido no ano em que se comemora o 50.º aniversário do 25 de Abril, o «dia inicial, inteiro e limpo.» Que melhor momento para desenterrar e invocar memórias? Para recitá-las como a uma litania, para reavivá-las e com isso inscrevê-las, que é muito do que a memória pede: inscrição, transmissão. Memórias com futuro, estas. Visitamos aqui histórias que não abordámos no espetáculo-mãe; focamos outros pormenores das fotografias, tocamos outras músicas, fazemos outras perguntas. Começamos pela primeira, primordial: quanto tempo é preciso passar para que possamos falar sobre isto? E terminamos a sarar as feridas do nosso arquivo entretanto inundado e quase perdido, que nos recordou quão frágil é, afinal, a memória dos acontecimentos, e os artefactos de que nos rodeamos para a contar e explicar às gerações futuras.

Construído em resposta ao convite do CCB | Fábrica das Artes, em 2017, e inserido no ciclo Memórias de Intenção Política, a versão de 2024 mergulha mais a fundo numa parte da história colonial portuguesa e na libertação destes territórios, para isso convidando para o palco uma nova arquivista, Dúnia Semedo, aqui habitando e escavando memórias de Cabo Verde lado a lado com Joana Craveiro.

Neste Mini Museu encontramos histórias de pessoas comuns que não foram fixadas nos manuais de história tal como ela é ensinada nas escolas.

Concepção, texto, espaço cénico e direcção Joana Craveiro Interpretação Dúnia Semedo, Joana Craveiro Colaboração criativa Estêvão Antunes, Tânia Guerreiro, Henrique Antunes, Igor de Brito, João Pedro Leitão, Alaíde Costa, João Cachulo – e Rosinda Costa (na versão de 2017) Assistência de encenação Henrique Antunes Figurinos Tânia Guerreiro Desenho de Luz João Cachulo  Assistência e operação de Luz João Pedro Leitão Operação de Som Igor de Brito Operação de Vídeo Henrique Antunes  Direcção de Produção Alaíde Costa
Apoio FXRoadLights
Co-produção Teatro do Vestido e Centro Cultural de Belém | Fábrica das Artes
Um Mini Museu Vivo foi criado originalmente a convite do CCB / Fábrica das Artes em 2017, inserido no ciclo ‘Memórias de Intenção Política’.

BILHETES À VENDA NO CCB E TICKETLINE

28, 29 fevereiro, 1 março de 2024
10:30 ( Sessão de 29 de fevereiro com interpretação em Língua Gestual Portuguesa.)

2 e 3 março de 2024
16:00



23.02.2024 | by Nélida Brito | 25 de abril, CCB, memórias, Museu, Portugal

Inclusão nas salas de cinema: onde reside a responsabilidade?

É com muito prazer que a Acesso Cultura se associa, pela terceira vez, à AMPLA – mostra de cinema. “Tradicionalmente”, a mostra começa uns dias antes da abertura oficial, com um debate ou formação, em co-produção com a Acesso Cultura. Assim, teremos muito prazer em contar convosco no debate deste ano, no dia 28 de Fevereiro (Culturgest, Sala 1, 18h-20h). A entrada será livre, sujeita à lotação da sala.
Para muitas pessoas, a decisão de ir ao cinema é simples. Essencialmente, é preciso escolher o dia e a hora. Será o mesmo para uma pessoa com deficiência visual ou S/surda? Poderá ver qualquer filme? Em qualquer cinema?

Conscientes de que a muitas pessoas em Portugal, desde pequenas, não é permitido desenvolverem o gosto ou o hábito de ir ao cinema, propomos reflectir sobre a(s) responsabilidade(s) por esta continuada exclusão e discriminação. Juntamos espectadores (ou eventuais espectadores…), distribuidoras e exibidoras para discutirmos as razões das barreiras e formas de as ultrapassar.

Pessoas convidadas: Ana Ribeiro (Arte-Educadora), Inês Gonçalves (Actriz), Leonor Silveira (ICA – Instituto do Cinema e do Audiovisual), Pedro Borges (Midas Filmes), Rita Rio de Sousa (Castello Lopes Cinemas), Sebastião Antunes (Músico)

Moderadora: Joana Reais (Cantora)

Sobre a AMPLA

Este ano, a AMPLA – mostra de cinema realiza-se entre os dias 1 e 3 de Março, na Culturgest, em Lisboa. A AMPLA é (ainda) a única mostra de cinema em Portugal cuja programação é totalmente acessível a pessoas com deficiência visual, deficiência auditiva ou Surdas. Haverá ainda algumas sessões descontraídas.

No dia 19 de Fevereiro, realizámos um debate sobre os apoios (ou à falta deles) à maternidade/paternidade no sector cultural. Várias pessoas comentaram depois connosco que foram confrontadas com questões nas quais nunca tinham pensado. Foi apenas um primeiro debate, teremos de lhe dar continuidade. No nosso website, poderão encontrar a gravação e um resumo.

22.02.2024 | by mariana | ampla, Culturgest, debate

Online Panel 2: 'Silencing Sexual Misconduct in Academia: Challenges in academic publishing'

11 March, 12-2pm GMT

In August 2023 the edited book Sexual Misconduct in Academia: Informing an Ethics of Care in the University was withdrawn from publication by Routledge - Taylor and Francis Group, with the publisher stating they had received ‘a series of legal threats from various parties’ in relation to one chapter. Thousands of academics internationally called for its re-publication, yet the entire volume remains un-published with no apparent route forward.

In this webinar, we will discuss the implications of this development for academic writing on sexual misconduct, asking questions such as, ‘If sexual harassment is part of the conditions of production of academic knowledge, how can we create conditions in which it is possible for survivors and scholars to write about it safely?’ and ‘What should academics expect from publishers when writing in this area?’

Speakers: Donya Ahmadi, Alex Petit-Thorne, Tom Dark, Dirk Voorhoof.

21.02.2024 | by Nélida Brito | academic, sexual misconduct

North-South Feminist Dialogue 2024


Online Panel 1: ‘Silencing Sexual Misconduct in Academia: Naming perpetrators, speaking out’
5 March, 12-2 PM GMT

In the wake of movements like #MeToo, #RuReferenceList, and #NiUnaMenos, students and staff worldwide courageously shared stories of sexual- and gender-based violence (SGBV) in academia. But despite empowering calls to ‘speak out’, survivors often faced severe backlash. Recent cases in the academic community highlight survivors’ challenges in disclosing, even when their accounts are anonymous, and reflect the increasingly prevalent problem of libel law being used to silence SGBV survivors. However, Higher Education (HE) policies and practices rarely consider these factors. This panel will explore from various perspectives the idea of naming perpetrators of SGBV in HE.
Speakers: Kiki Mordi, Joel Quirk, Judith Levine.

Online Panel 2: ‘Silencing Sexual Misconduct in Academia: Challenges in academic publishing’
11 March, 12-2pm GMT

In August 2023 the edited book Sexual Misconduct in Academia: Informing an Ethics of Care in the University was withdrawn from publication by Routledge - Taylor and Francis Group, with the publisher stating they had received ‘a series of legal threats from various parties’ in relation to one chapter. Thousands of academics internationally called for its re-publication, yet the entire volume remains un-published with no apparent route forward.

In this webinar, we will discuss the implications of this development for academic writing on sexual misconduct, asking questions such as, ‘If sexual harassment is part of the conditions of production of academic knowledge, how can we create conditions in which it is possible for survivors and scholars to write about it safely?’ and ‘What should academics expect from publishers when writing in this area?’
Speakers: Donya Ahmadi, Alex Petit-Thorne, Tom Dark, Dirk Voorhoof.

19.02.2024 | by Nélida Brito | ACADEMIA, sexual misconduct

Campanha Neve Insular - exposição pop up e masterclass em Mallorca

Olá, 
É início de semana, e o meu coração segue palpitando para responder a todas as lutas!
Por isso escrevo-vos, para contar duas novidades da Neve Insular em Cabo Verde: uma distinção e uma campanha em que conto convosco!

1. É com grande entusiasmo que partilhamos a notícia de que a exposição + programa de seminário e workshops “Neve Insular 0,0003% - algodão e resistência” foi nomeado ‘Best of’ das artes visuais africana e afrodiaspórica em Portugal em 2023 (Bantumen). Ficamos muito felizes com o reconhecimento da ação conjunta do projeto semente do i2ADS com o coletivo NI! Esta distinção é, também por isso, resultado de todas as ligações que constituem o nosso cultivar relações! Assim esta distinção da Bantumen é para esta constelação.

2. Após essa primeira exposição internacional, estaremos presentes em Mallorca para a apresentação de:


 Neve Insular 0,0003% - algodão e resistência POP UP Exhibition e Master Class 1-13 maio de 2024XTANT, Cidade de Palma, ilha de Mallorca, Espanha


Lançamos um crowdfunding “Neve Insular - utopia a partir do algodão” para reforçar a rede de suporte da Neve Insular. A itinerância da exposição na XTANT-Roots 2024 permitirá alargar o impacto internacional do trabalho que realizamos com a comunidade, especificamente no sector da arte e design. Além disso, dar a conhecer a história cultural de Cabo Verde mediante uma abordagem contemporânea e artística.


 

19.02.2024 | by Nélida Brito | arte, cabo verde, exposição, neve insular, workshop

Exposição “Terra Estreita” inspirada pela poesia árabe de Mahmoud Darwish assinala novo ciclo expositivo do CIAJG

O dia 24 de fevereiro será preenchido pela inauguração de várias exposições na cidade de Guimarães. Às 11h00, o CIAJG apresenta uma exposição que reúne um conjunto de peças recentemente doadas por José de Guimarães ao Município, um momento que contará com a presença do artista. Às 15h00, o Palácio Vila Flor inaugura “Superfícies não orientáveis”, uma mostra concebida pelos artistas Diogo Martins, Igor Gonçalves, João Melo e Mariana Maia Rocha, que se estende ao Palacete de Santiago. O dia culmina às 17h00, novamente no CIAJG, com “Terra Estreita”, uma exposição que reúne obras de Benji Boyadjian, Bisan Abu Eisheh, Emily Jacir, Jean Luc Moulène, Larissa Sansour, Taysir Batniji, Ryuichi Hirokawa e Yazan Khalili, e que apresenta a vitalidade da arte do Médio Oriente. 

 

Inspirado pelo espírito e pela letra do poema de Mahmoud Darwish, “A terra é estreita para nós” (1986), que escrevia “A terra é estreita para nós. Ela encurrala-nos no último desfiladeiro e despojamo-nos dos nossos membros para passar. A terra oprime-nos. […] Para onde iremos, passada a última fronteira? Para onde voarão as aves, após o último céu?”, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) será ocupado por uma nova exposição, com curadoria do coletivo (un)common ground, que reúne obras de artistas de nacionalidades diversas – japonesa, americana, francesa, dinamarquesa, finlandesa e palestiniana – que se debruçam sobre cenários distópicos propondo uma visão impregnada de esperança.

 

“Terra Estreita” aborda questões contemporâneas como o exílio, a pertença à terra, o colonialismo e a geopolítica, através de instalações, vídeos, fotografias, esculturas e obras sonoras de Benji Boyadjian, Bisan Abu Eisheh, Emily Jacir, Jean Luc Moulène, Larissa Sansour, Taysir Batniji, Ryuichi Hirokawa e Yazan Khalili. Coproduzida pel’A Oficina/CIAJG e pelo (un)common ground, um coletivo português que investiga a inscrição artística e cultural dos conflitos do Médio Oriente, a exposição integra obras provenientes dos artistas e da coleção Teixeira de Freitas, e pretende assinalar ainda a comemoração dos 50 anos do 25 de Abril. 

 

A inauguração está marcada para 24 de fevereiro, às 17h00, momento que contará com a leitura de poemas de Mahmoud Darwish pelas vozes de Dima Mohamed, Alexandra Lucas Coelho, Inês Lago, Luiza Teixeira de Freitas, coletivo (un)common ground, entre outras. Um dos mais aclamados poetas árabes, traduzido em mais de 20 línguas, Darwish era um poeta pacifista e queria ser visto como um homem sem fronteiras, dedicado à causa da liberdade e da justiça. A sua poesia tem sido acolhida por leitores de todo o mundo, sendo uma voz absolutamente necessária, e inesquecível uma vez descoberta. 

 

Ao final da tarde, está programada também uma conversa com Alexandra Lucas Coelho que apresentará no CIAJG “Oriente Próximo”, o primeiro livro publicado pela escritora e jornalista, situado entre 2005 e 2007. Agora, numa nova edição pela editora Leya, revista após 7 de outubro de 2023, ao voltar de um mês de reportagem na Cisjordânia Ocupada, no Estado de Israel e em Jerusalém, este livro convida a uma conversa aberta a todos, onde a autora estará presente. 

 

Para celebrar a inauguração de um novo ciclo expositivo, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães irá promover também uma experiência sensorial evocadora de memórias degustativas longínquas e próximas, conduzida por Dima Mohamed e Hindi Mesleh (Zaytouna Lisboa) com Ane Delazzeri e André Pinto (Cantina CAAA, Guimarães). 

 

 Larissa Sansour Olive TreeLarissa Sansour Olive Tree

Na manhã de 24 de fevereiro, o museu abre as suas portas para uma sessão pública de apresentação da mais recente doação de José de Guimarães ao Município. Desde 2012, o CIAJG acolhe uma parte significativa do projeto cultural e do trabalho autoral de José de Guimarães, com base no acordo de comodato firmado entre o artista e o Município de Guimarães. Hoje, o museu expõe em permanência um acervo de 1128 objetos, proporcionando a fruição da obra de José de Guimarães pelo público.

 

Este ano, o artista e o Município assinaram um novo acordo, desta vez uma doação de 98 peças, um gesto simbólico que renova o projeto cultural do CIAJG e os desígnios da sua missão, projetando um compromisso para o futuro. A abertura da sala onde vai estar exposta a doação está marcada para as 11h00 e contará com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, e do artista, José de Guimarães.

 

Diogo Martins, Igor Gonçalves, João Melo e Mariana Maia Rocha criam obras para o Palácio Vila Flor e o Palacete de Santiago

Ao início da tarde, é a vez do Palácio Vila Flor (no CCVF) inaugurar “Superfícies não orientáveis”, uma exposição concebida pelos artistas Diogo Martins, Igor Gonçalves, João Melo e Mariana Maia Rocha, que apresenta um percurso imersivo e labiríntico com obras de pintura, desenho, escultura e media art, criadas em residência artística, ao longo do último mês, no território de Guimarães.

 

“Superfícies não orientáveis” desafia os limites convencionais da expressão artística e convida o público a explorar territórios desconhecidos, apreciando as complexidades da condição humana. A nossa humanidade, impactada pela consciência da finitude, do tempo, do controle e da ruína, procura evadir-se dessas realidades desconfortáveis. Nesse contexto, a exposição concentra-se intencionalmente nestes temas que frequentemente evitamos, oferecendo um espaço reflexivo que questiona a complacência habitual e encoraja os espectadores a confrontar as intrincadas complexidades inerentes à nossa existência. Com a cocuradoria d’A Oficina/CCVF e do Guimarães Projet Room, “Superfícies não orientáveis” é marcada por duas aberturas, a primeira terá lugar às 15h00, no Palácio Vila Flor, seguindo o Palacete de Santiago, às 16h00.

17.02.2024 | by martalanca | ciajg, palestina, poesia árabe

Resonance Spiral na Berlinale

Centrifugal movement was an expression once used to describe the tactical, situated beginnings of an anti-colonial armed struggle. In a flow of gestures and recurrences, a building is collectively imagined and constructed by the traditional community of the militant Guinea-Bissauan filmmaker Sana na N’Hada. Future is rejected to make space for what waits ahead. Intertwining local dreams and cine-kin’s visions, Resonance Spiral traverses moments at the newly erected community space in Malafo. Old plans for a videotheque are revisited for the mediateca. The women of the Satna Fai association listen to forgotten voices and rest from millennia of abuse. An informal sewing workshop, an experimental garden, a bibliotera and a pre-school are set up in the space. Adolescents voice a circle and sound self-built instruments. At the well, a discussion is staged about mud medicine. Ciné-kins undermine their own agencies and distrust neo-liberal slogans. With solidary hearts and a desire to flip verticalities into horizon lines, the collective slides through mud. Onshore. Abotcha. Na tchon. Humus, humans, humbled, humiliated by humanity.

74. Berlinale - Forum
mon, 19.02.2024 - 12:30 Safi Faye Saal (World Premiere) - Q&A 

tue, 20.02.2024 - after 21:30 GET-TOGETHER - KUMPELNEST 3000 - Lützowstraße 23, 10785 Berlin

21.02.2024 - 13:00 Kino Arsenal 1 - Q&Athu, 22.02.2024 - 21:00 Kino Betonhalle@silent green - Q&Afri, 23.02.2024 - 13:00 Kino Arsenal 2 (Press Screening) - Q&Asat, 24.02.2024 - 18:45 Kino Arsenal 1  - Q&A
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MoMA Doc Fortnight

tue, 27.02.2024 - 19:00 - MoMA, Floor T2/T1, Theater 2 - Q&A (International Premiere) -The Roy and Niuta Titus Theater 2fri, 01.03.2024 - 16:30  - MoMA, Floor T2/T1, Theater 2 -The Roy and Niuta Titus Theater 2
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Cinema du Reél
thu, 28.03.2024 - 19:00, Forum des images - Salle 300 (French Premiere)sat, 30.03.2024 - 14:30, Centre Pompidou - Cinéma 1 - Q&A

RESONANCE SPIRAL assembled by Filipa César & Marinho de Pina

92’, 2K, colour, stereo, 2024

Portugal/ Guinea-Bissau/ Germany

languages Spoken: Guinea-Bissau Creole, Cape Verdean Creole, French and Portuguese DCP

with Bedan na Onça, Bidan Quelenque, Cristina Mendes, Mû Mbana, N’sai Ndiba, N’sai na Tchuto, João Polido Gomes, Pereira na Onça, Pedro na Onça, Pedro Maia, Sancho Silva, Sana na N’Hada, Satna Fai, Sónia Vaz Borges, Vanessa Fernandes & community of Malafo logline The Mediateca Onshore in Malafo, a village in Guinea-Bissau, is an archive and a hub for agropoetic practices. As Amílcar Cabral talks feminism on tape, ciné-kins speak from the mangroves about the contradictions of their practice.

17.02.2024 | by martalanca | Abotcha, filipa césar, filme, Malafo, Marinho Pina

“Um nome para o que sou”

21 fev 2024 QUARTA- 18:00, 10 mar 2024 DOMINGO- 18:00, 10 abr 2024 QUARTA- 18:00

Local: Auditório 3 Fundação Calouste Gulbenkian

Entrada gratuita: Mediante levantamento de bilhete duas horas antes do início do evento

Exibição do filme sobre o livro “As mulheres do meu país” de Maria Lamas, que reflete sobre a matéria e forma do livro e as leituras e significados que pode trazer na atualidade.

Entre 1947 e 1949, a escritora Maria Lamas percorreu o país para dar a conhecer a realidade em que viviam as mulheres portuguesas. O resultado deste périplo foi o livro “As mulheres do meu país”. Passados mais de 70 anos, a realizadora Marta Pessoa e a escritora Susana Moreira Marques procuram compreender que livro é este e o que nos pode dizer hoje.

Um nome para o que sou é um filme sobre um livro e sobre o movimento que ele opera em nós quando o lemos.

Na sessão de dia 21 de fevereiro o filme será seguido de uma conversa sobre Maria Lamas e o livro “As mulheres do meu país” com Jorge Calado – curador, Marta Pessoa – realizadora e Susana Moreira Marques – argumentista.

Um nome para o que sou é um filme sobre o livro “As mulheres do meu país”. Mas o que se filma quando se filma um livro?

Setenta anos passados sobre a sua publicação, Marta Pessoa pede a Susana Moreira Marques, jornalista e escritora no Portugal dos anos 20 do século XXI, que se junte a ela na reflexão sobre a própria matéria e forma do livro e as leituras e significados que pode trazer na atualidade.

Em 1947-1949, Maria Lamas foi alguém que se implicou na história das mulheres com que se cruzou, que reportou a sua realidade, que opinou, que interpelou, que confrontou, que quis ir mais fundo. Alguém que, por vezes, se entristeceu e quase sempre se revoltou.

Em 2021, diante da câmara, Susana Moreira Marques procura colocar-se no lugar de Maria Lamas e olhar para o lugar que as mulheres ocupavam antes e ocupam hoje. Uma escritora olha para outra escritora. Uma mulher e outra mulher. Mais de setenta anos as separam. O livro é o mesmo, na sua desmesura.

O que este documentário propõe então, enquanto gesto fílmico, é um diálogo, um jogo de olhares. Há o olhar de Maria Lamas sobre as mulheres, o olhar da escritora sobre Maria Lamas e o livro, e o olhar da realizadora (do filme) que se envolve e simultaneamente observa todo este processo. Há as imagens e as palavras, de antes e de hoje.

https://gulbenkian.pt/agenda/um-nome-para-o-que-sou/

16.02.2024 | by mariana | exibição de filme, Fundação Calouste Gulbenkian, Maria Lamas

CCB - Ciclo de conferências «Outros Espaços» Tema 2024: «As margens da liberdade»

https://www.ccb.pt/evento/ciclo-de-conferencias-outros-espacos/2024-03-0...

 

DATAS / HORÁRIOS

24 fevereiro, 9 março, 13 abril, 11 maio, 22 junho de 202415:00

Auditório do MAC/CCBA participação será gratuita, mediante aquisição do bilhete de entrada no museu.

O ciclo de conferências «Outros Espaços» é uma parceria entre o Centro Cultural de Belém, a Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação (ECATI) e o Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias (CICANT) da Universidade Lusófona — Centro Universitário de Lisboa.

 

Apresentando-se como um espaço de diálogo plural, esta parceria procura ligar a produção académica e científica à comunidade e proporcionar a transmissão de conhecimento. A ação que cada instituição leva a cabo contempla a ativação de sinergias temáticas entre áreas como as artes visuais, o cinema, as artes cénicas e as artes sonoras, a comunicação e a cultura, a arquitetura e os novos dispositivos digitais.

«As margens da liberdade», 2024

 O tema para a programação do ano de 2024 centra-se no pensamento das margens da liberdade em todas as suas vertentes — das artes visuais, passando pelo cinema, à arquitetura, ao conceito do político e à cultura em geral. Num ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, sem nos querermos sobrepor a programações atinentes às celebrações, propomos pensar como, em momentos de cerceamento da liberdade, em espaços de movimento direcionado, o ser humano foi, tanto individualmente como em comunidades constituídas para o efeito, reagindo aos limites que lhe eram impostos. Dessa forma, criaram-se momentos e espaços em que a experiência individual e coletiva, de forma mais explícita ou mais sub-reptícia, soube alargar as imposições que cada instante histórico e os seus lugares iam condicionando.

 

24 de fevereiro | 15:00

Margens da Igreja durante o Estado Novo: D. António Ferreira Gomes e D. Sebastião Soares de Resende

Conferência por Moisés Lemos Martins

 

Quando das eleições para Presidente da República, em 1958, D. António Ferreira Gomes, bispo do Porto, escreveu uma carta a Salazar que lhe valeu dez anos de exílio, entre 1958 e 1968. O bispo reprovava a situação interna do país: o país «do pé descalço, do maltrapilho, do farrapão» era, além disso, um país sem liberdade.

Por outro lado, D. Sebastião Soares de Resende, que foi o primeiro bispo da Beira, entre 1943 e 1967, em Moçambique, logo em 1944 denunciou «a escravatura» que imperava na Beira. E depois, no Concílio Vaticano II (1962–1965), foi o único bispo português a denunciar as ditaduras e o colonialismo. Os dois bispos representavam, todavia, uma Igreja das margens durante o Estado Novo.

 

Em 1949, Salazar escreveu o seguinte: «Portugal nasceu à sombra da Igreja, e a religião católica foi desde o começo elemento formativo da alma da Nação e traço dominante do carácter do povo português. Nas suas andanças pelo Mundo — a descobrir, a mercadejar, a propagar a fé — impôs-se sem hesitações a conclusão: português, logo católico.»

 

Agradecido a Salazar, o episcopado português sempre demonstrou obediência e reverência ao Estado Novo, uma situação a que apenas o 25 de Abril de 1974 veio pôr cobro.

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9 de março | 15:00

Como defender os direitos humanos na era digital?

Conferência por Maria Eduarda Gonçalves

 

A Internet converteu-se no espaço público do século XXI. Inicialmente apresentada como promessa de maior liberdade de expressão e comunicação, a Internet, na era das plataformas digitais, tem visto crescer uma apreensão generalizada não só quanto aos seus impactos potencialmente adversos na saúde pública, na polarização social e na difusão de fake news e discursos de ódio, mas também quanto ao poder excessivo das big tech que a dominam.

Na União Europeia, a resposta a estes desafios encontrou expressão num corpus legislativo inovador no contexto global em domínios como a proteção de dados pessoais e a regulação dos serviços digitais e da inteligência artificial. Naquilo que se revela uma característica assinalável desta legislação, foram delegadas importantes responsabilidades regulatórias aos próprios operadores tecnológicos em detrimento da autoridade pública — uma opção, todavia, controversa.

 

A este respeito, será legítimo falar de uma mudança do paradigma público convencional do direito e da regulação em virtude de um paradigma de natureza privada? E fará sentido imaginar um novo momento constituinte que permita adaptar às realidades da era digital tanto o regime das liberdades e direitos fundamentais como o controlo dos poderes?

 

https://ciencia.iscte-iul.pt/authors/maria-eduarda-goncalves/cv

https://www.researchgate.net/profile/Maria-Eduarda-Goncalves-2

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13 de abril | 15:00

Novilínguas e Liberdade de Expressão: Novas Margens

Conferência por Teresa Maia e Carmo

 

O logro em que se vem transformando a própria designação da liberdade de expressão — direito constitucionalmente garantido, mas hoje atravessado por diferentes apropriações societais moldadas por algoritmos opacos — convoca um revisitar das novas tessituras entre discurso e poder(es) na contemporaneidade mediática.

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11 de maio | 15:00

Pedagogia da memória, lembrar para desaprender:

Notas a partir do projeto Sala Colonial (Lamego, 2021–2024)

Conferência por Catarina Simão

Em 1980, a direção do antigo Liceu de Lamego entregou ao museu da cidade cerca de 300 artefactos africanos que faziam parte do espólio da Sala Colonial existente naquela escola desde 1938. A Sala Colonial foi um modelo escolar de exaltação nacional que, durante o Estado Novo, serviu a propaganda do «Império Português em África». No pós-25 de abril, a desativação dessa sala constituiu um primeiro gesto para se desembaraçar das marcas desse episódio singular de pedagogia fascista e racista. Mas os problemas profundos ligados à descolonização permaneceram no modelo pedagógico de conhecimento «sobre África», estendendo-se transversalmente às práticas museográficas e de arquivo, absorvidas pela inércia geral do modo pensante cristalizado nos instrumentos de classificação e de acesso. Em 2022, a convite do Museu de Lamego e da Escola Secundária de Latino Coelho — o antigo Liceu de Lamego —, este episódio foi problematizado por via de um projeto iniciado pela artista portuguesa Catarina Simão. 50 anos passados sobre o 25 de Abril de 1974, muito tem falhado no exercício de reconhecer e exorcizar o nosso legado colonial. É no aspeto confessional do seu arquivo, no confronto da sua exposição, que deveria, por fim, residir a força para colocar a nossa história ao serviço das exigências antirracistas de hoje.

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22 de junho | 15:00

Margens de certa maneira: revolução no cinema

Conferência por Maria do Carmo Piçarra

Esta conferência aborda imagens cinematográficas revolucionárias invisibilizadas por um certo modo de «governar a memória». Através da análise de imagens, resgatadas da sua «não-inscrição», proponho considerar persistências e ruturas na projeção — nacional e dos países e territórios da CPLP — através do cinema.

16.02.2024 | by Nélida Brito | arte, cinema, internet, liberdade, memória

A insularidade nas literaturas africanas de língua portuguesa

A insularidade nas literaturas africanas de língua portuguesa | Colóquio internacional

16 e 17 de maio de 2024 | Centro de Literatura Portuguesa, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Chamada de trabalhos

A vida em ilhas, sobretudo em ilhas pequenas e remotas, difere em muitos sentidos da vida nos continentes. Por um lado, o menor fluxo de pessoas, bens e tecnologia, e o menor acesso a livros, produtos culturais, formação e empregos diversificados criam uma sensação de isolamento e limitação relativamente às perspetivas de vida dos e das insulares; além disso, condições climáticas particulares, por vezes, põem em risco a segurança alimentar e a saúde populacional. Por outro lado, ilhas também podem albergar centros culturais, fortalezas militares e lugares de concentração de poder político.

Neste colóquio convidamos a estudar e discutir a representação da insularidade nas literaturas africanas de língua portuguesa, com especial ênfase nas literaturas de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, paradigmáticas quanto à tematização do sentimento de isolamento e distância infranqueável. Serão também bem-vindas propostas de comunicação sobre outras ilhas, tais como a Ilha de Moçambique ou as ilhas de Kindonga, no rio Kwanza, ambas centros de poder ou refúgio nas respetivas épocas, ou as ilhas dos Bijagós, conhecidas pelas suas particularidades culturais. Propostas que elaborem sobre a insularidade de forma metafórica ao abordar situações de isolamento social e cultural, e estudos comparativos com outros espaços africanos que escapam ao domínio da língua portuguesa, são igualmente bem-vindas.

Assim, o colóquio tem como objetivo proporcionar um espaço de partilha de resultados de investigação que incidam num leque amplo de autores/as, períodos temporais e géneros literários, e que mostrem a presença da literatura em diferentes ilhas, e a presença da insularidade nestas literaturas. A partir de diferentes olhares e abordagens de professores/as, investigadores/as, discentes, viajantes e aventureiros/as das Letras, perguntar-nos-emos de que forma as nossas investigações, a partir dos lugares sociais que ocupamos, servirão para a construção de novos paradigmas de investigação e conhecimento destas literaturas.

As propostas devem ser enviadas por email às organizadoras.

OrganizaçãoDoris Wieser: dwieser@uc.pt  

Geni Mendes de Brito: debritogeni@gmail.com

PrazosPropostas de comunicação: 31 de março de 2024 

Comunicação sobre a aceitação: 8 de abril Inscrição: 10 a 30 de abril

Taxas de inscriçãoCom comunicação: 30 € 

Certificado de assistência sem comunicação: 15 €

CfP: https://www.uc.pt/fluc/clp/article?key=a-38bfdf33e3

13.02.2024 | by mariana | colóquio, Faculdade de Letras Universidade de Coimbra, Literaturas Africanas de Língua Portuguesa

Guimarães - dia 24 de fevereiro - exposição TERRA ESTREITA

A exposição “Terra Estreita” cruza a urgência da reflexão e da ação pela paz, com propostas de artistas contemporâneos.

O elo de ligação é o pensamento vertido nos livros e nas traduções de autores como Judith Butler, Ilan Pappe ou Ariela Aïsha Azoulay, entre muitos outros, a que o coletivo português (un)common ground (João Figueira, Marlene Monteiro Freitas, Vitor Silva e Miguel Figueira) tem vindo a traduzir para o português.

Inspirada pelo espírito e pela letra do poema de Mahmoud Darwish, “A terra é estreita para nós” (1986),  a exposição apresenta obras dos artistas  Benji BoyadjianBisan Abu EishehEmily JacirJean Luc MoulèneLarissa SansourTaysir BatnijiRyuichi Hirokawa e Yazan Khalili, provenientes dos mesmos e da coleção Teixeira de Freitas. A curadoria é do coletivo (un)common ground, com a co-produção do CIAJG . Através desta iniciativa o CIAJG assinala os 50 anos do 25 de Abril.
Em nome pessoal, venho convidar-vos para estarem presentes na Inauguração no dia 24 de fevereiro às 17h, no CIAJG em Guimarães. A vossa presença é importante e necessária!
Inauguração começará às 17h. O programa de abertura conta com um momento de leitura de poemas de Mahmoud Darwish, seguido de uma conversa com a escritora e jornalista Alexandra Lucas Coelho que apresentará no CIAJG a nova edição do livro “Oriente Próximo” (ed. Leya), revista após 7 de outubro de 2023. Para finalizar, Dima Mohamed e Hindi Mesleh juntamente com Cantina CAAA, apresentam Sufret Ardh (Mesa da Terra), uma mesa comunal onde, através da comida, celebraremos o encontro e a luta pela liberdade.

12.02.2024 | by Nélida Brito | 25 de abril, exposição, paz

O GHETTÃO - concerto entrada livre este Sábado

DJ Nigga Fox, DJ Danifox e DJ Firmeza formam o grupo O Ghettão. 

No final de 2022 estrearam-se no Lux Frágil ~ com cenografia criada pelo artista visual e co-fundador da Príncipe, Márcio Matos ~ entregando um concerto electrificante que deixou o público ansiando por mais. Verão de 2023: massagem transcendental no palco Greenhouse no festival Dekmantel.

Com uma actividade sustentada em ensaios e criteriosas actuações ao vivo até agora, entregaram-se a uma residência artística esta semana na Rua das Gaivotas 6. Trabalharam num ambiente de estúdio expandido, motivados em descobrir que proporções podiam tomar as suas composições abertas para um registo final de gravação, com o intuito de uma edição de um álbum na Príncipe num futuro próximo. 

Este Sábado 10 de Fevereiro actuam em concerto às 17h, com entrada livre, na Rua das Gaivotas 6. 

09.02.2024 | by mariana | concerto, Residência Artística

"Clandestina", baseado no livro de Margarida Tengarrinha e realizado por Maria Mire, estreia dia 7 de março nos cinemas

Uma obra que parte do livro “Memórias de uma Falsificadora - A Luta na Clandestinidade pela Liberdade em Portugal” 

O filme “Clandestina” realizado por Maria Mire e produzido pela Terratreme, estreia nas salas de cinema portuguesas a 7 de março. Esta longa-metragem parte da obra “Memórias de uma Falsificadora - A Luta na Clandestinidade pela Liberdade em Portugal” de Margarida Tengarrinha (1928-2023), artista, escritora, professora que antes do 25 de Abril viveu clandestinamente em Portugal e que se tornou falsificadora de documentos por motivos de militância política. Margarida Tengarrinha nasceu em Portimão em 1928 e faleceu no último mês de outubro, na mesma cidade.

“O interesse na realização deste filme prende-se assim tanto com a urgência de tirar da sombra a ação das mulheres que de modo revolucionário combateram neste período negro da história contemporânea portuguesa, assim como o de pensar na dimensão política presente nos pequenos gestos da vida quotidiana.”, afirma Maria Mire, que em 2020 realizou a curta-metragem “Parto Sem Dor”, uma homenagem à médica obstetra Cesina Bermudes (1908-2001), pioneira da introdução do parto sem dor em Portugal e resistente anti-fascista, que ajudou no parto muitas mulheres na clandestinidade.

Esta será a estreia comercial de “Clandestina”, que integrou a secção Competição Portuguesa na última edição do DocLisboa.

No dia 22 de fevereiro, às 11h, no ICA, em Lisboa, vai realizar-se um visionamento deste filme para a imprensa.

 

Teaser aqui: https://youtu.be/9no9asXJytw

Para mais informações e marcações de entrevistas, por favor contactar:

Rita Bonifácio | 918453750 | press.terratreme@gmail.com

 

“CLANDESTINA” 

VISIONAMENTO DE IMPRENSA  

22 de fevereiro, 11h: ICA, Lisboa

 

SINOPSE

Para pensar as atuais práticas de dissidência política, mergulhamos no passado e acompanhamos a vivência de uma jovem artista. Convidada a entrar na clandestinidade em Portugal na segunda metade do século XX, Margarida Tengarrinha, desempenhou um importante papel na resistência antifascista, tornando-se falsificadora por militância política. Através do anacronismo temporal, CLANDESTINA é como uma missiva a um tempo porvir, uma premonição da possibilidade trágica da História se estar a repetir. 

 

FICHA TÉCNICA 

Com Kim Ostrowskij, Rafael Costa, Salomé Saltão, Joana Levi e Ciço Silveira, Dayana Lucas, petra.preta

 

REALIZAÇÃO Maria Mire

ASS. REALIZAÇÃO E DIREÇÃO FOTOGRAFIA Miguel Tavares

1º ASS. IMAGEM Margarida Albino

2º ASS. IMAGEM Giulia Angrisani

DIREÇÃO SOM Ricardo Guerreiro

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO Madalena Fragoso

DIREÇÃO ARTE Maria Mire

ASS. DIREÇÃO ARTE Ana Vala

MONTAGEM Luisa Homem

DESIGN SOM E MÚSICA Ricardo Guerreiro

EFEITOS VISUAIS E CORREÇÃO COR Ana Vala

PÓS-PRODUÇÃO IMAGEM Gonçalo Ferreira, Irmã Lúcia

DESIGN Dayana Lucas

PRODUTORES Luisa Homem, João Matos, Leonor Noivo, Pedro Pinho, Susana Nobre e Tiago Hespanha

 

Maria Mire

Maria Mire (Maputo, 1979) vive e trabalha em Lisboa. O trabalho artístico e de investigação que desenvolve é sobretudo centrado nas questões da percepção da imagem em movimento. Doutorada em Arte e Design pela FBAUP em 2016, com a tese “Fantasmagorias: a imagem em movimento no campo das Artes Plásticas”. É pro- fessora e co-responsável do Departamento de Cinema/ Imagem em Movimento do Ar.Co., em Lisboa. Colabora igualmente no PhD em Arte dos Media e Comunicação da ULHT, assim como no Mestrado de Artes do Som e da Imagem da ESAD.CR. Integrou diversos projetos artísticos colaborativos, dos quais se destacam o Coletivo Embankment, Plataforma Ma ou Patê Filmes. Tem desenvolvido diversos projetos colaborativos de crítica e especulação artística com Aida Castro. Realizou o filme “Parto sem dor”, uma conversa imaginada com Cesina Bermudes, que integrou a seleção oficial do INDIELISBOA 2020, e do Festival Caminhos do Cinema Português, Seleção Outros Olhares 2020, assim como a edição do PORTO FEMME – International Film Festival, onde recebeu o Prémio de Melhor Documentário da Competição Nacional.

09.02.2024 | by Nélida Brito | cinema, clandestinidade, filme, política, Portugal

Preconceito e Discriminação em Portugal

 

 Apresentação de Preconceito e Discriminação em Portugal, no dia 23 de fevereiro, sexta-feira, às 18h30, na sala Âmbito Cultural (Piso 6) do El Corte Inglés, em Lisboa.

Albert Einstein defendeu que «é mais fácil desagregar um átomo do que um preconceito». Os julgamentos antecipados que fazemos sobre os outros marcam a nossa vida em sociedade. Daí até à prática do preconceito e da discriminação, principalmente sobre grupos sociais, vai o passo do enraizamento dos estereótipos e da extensão da permissividade coletiva em relação a eles.
Para diagnosticar a dimensão deste problema em Portugal, convidamos para a conversa Rui Costa Lopes, autor do ensaio Preconceito e discriminação em Portugal, Ana Sofia Antunes, Secretária de Estado da Inclusão, e o antropólogo Miguel Vale de Almeida.

 

 

08.02.2024 | by martalanca | Preconceito e Discriminação em Portugal

Em Memória da Memória. Interrogações e testemunhos pós-imperiais

Episódio #14
“Herdar o Império” 
Conversa com Djamel Kokene-Dorléans 08 de fevereiro de 2024

Djamel Kokene-Dorléans nasceu em 1968 na Argélia, mas foi viver para França com 10 anos de idade, lugar onde vive e trabalha até hoje. A sua obra abrange o desenho, a escultura, a fotografia, a instalação e o vídeo, que usa para explorar as tensões entre a linguagem e a representação, a noção de identidade e de nacionalidade, o papel dos museus e os seus limites, bem como o diálogo entre objetos vivos e inanimados.

A decisão de deixar a Argélia não foi sua, mas dos pais, que tinham terminado o seu casamento quando ele ainda era muito pequeno. Nessa altura, o pai partiu para França e só o voltaria a ver com cerca de nove anos, quando o pai retornou à Argélia para concluir o processo de divórcio. Nessa ocasião, decidiram que para dar melhores oportunidades de futuro a Djamel, que praticamente não tinha ainda frequentado a escola e que passava os dias como pastor, este deveria partir com o pai para França. Aos dez anos deixa, portanto, a Argélia e vai viver para a Bretanha com o pai e a sua nova mulher. A sua história familiar e as vivências da primeira infância e adolescência, diz, marcariam de forma determinante o seu caminho posterior e a sua forma de ver o mundo.

A realização é de Inês Nascimento Rodrigues, a edição de som de José Gomes e a imagem gráfica de Márcio de Carvalho. A dobragem da voz de Djamel Kokene-Dorléans é de Júlio Gomes. Indicativo: voz de Rui Cruzeiro e música original da autoria de XEXA.

08.02.2024 | by martalanca | Djamel Kokene-Dorléans, memória

CANDIDATURAS | Residência Literária em Maputo 2024

A Câmara Municipal de Lisboa e o Camões - Centro Cultural Português em Maputo selecionam um(a) autor(a) de língua portuguesa para a residência literária em Maputo, Moçambique. A residência tem a duração de um mês e realiza-se de 1 a 31 de outubro de 2024.
Este programa de intercâmbio artístico decorre da cooperação entre a Câmara Municipal de Lisboa e o Instituto Camões I.P., através dos seus Centros Culturais Portugueses, com vista à realização de projetos culturais no âmbito de residências artísticas, em Lisboa e no estrangeiro, visando o objetivo comum de potenciar o desenvolvimento de projetos artísticos colaborativos entre criadores portugueses e estrangeiros.

Mais informação aqui

06.02.2024 | by mariana | Camões centro cultural português em maputo, CML, concurso, residência literária

Expurgar Papel: Reconstruindo Narrativas do Colonialismo por Carla Filipe

Inauguração dia 16 de fevereiro, às 19h30, na Sala de Exposições da Escola das Artes no Porto 

Entre Documentos e Diálogos: A Arte Única na Desconstrução do Colonialismo Europeu

Conhecida pela sua envolvente série de trabalhos intitulada “Mastigar papel mastigado, o desejo de compreender o velho continente para cuspir a sua história”, iniciada em 2014 durante sua residência artística na Antuérpia, Carla Filipe apresenta, no dia 16 de fevereiro, na Sala de Exposições da Escola das Artes da Universidade Católica, a sua abordagem distinta com a exposição “Expurgar Papel”. Neste novo capítulo, a artista explora as complexidades do colonialismo europeu, utilizando documentação do séc. XVII ao séc. XX adquirida em alfarrabistas e em mercados de segunda mão. Um trabalho que desafia as convenções artísticas, focando-se exclusivamente na colagem como meio expressivo. No mesmo dia, a anteceder a inauguração da exposição, vai realizar-se uma Conferência de Lilia Schwarcz sobre “Imagens da branquitude: a presença da ausência.”

“A arte é uma jornada complexa e completa, uma privilegiada forma de provocar reflexão e transformar consciências, um passeio fascinante pela mente e pela história. Expurgar Papel é uma contribuição valiosa para o diálogo crítico sobre a história europeia. Através do minucioso trabalho de Carla Filipe, somos convidados a questionar, refletir e, acima de tudo, a compreender as nuances do passado que continuam a moldar o nosso presente”, indica Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa.

 

Carla Filipe trabalha somente em torno desta documentação, sem recorrer ao desenho ou pintura, usando apenas a colagem enquanto veículo e metodologia percorrendo as linhas ténues entre o respeito e o desrespeito do documento muitas vezes considerado uma “entidade imaculada”. Em resumo, esta exposição será um corte e cose de documentos do séc. XVI até à modernidade.

Na construção destas colagens a imaginação é uma constante, a imaginação que vem na ação de combinação de ideias, manipulação de conteúdos, usando o humor, o drama, a realidade. Todos os elementos usados para as colagens são frágeis, onde tudo é informação, desde os vários tipos de papéis usados, como jornais, notas ou papel de fantasia.

Nesta singular exposição temos igualmente representada a revolução industrial, onde o papel tem outra manufatura, que distingue a sua durabilidade enquanto documento, sendo o elemento mais contemporâneo assim como, a introdução do cabelo, que também é arquivo (ADN).

A inclusão do cabelo relaciona o trabalho com o corpo, que também é um “arquivo”, fazendo ligação ao próprio título “mastigar” e “cuspir”; o acto de mastigar é também um acto de mascar, criando saliva misturada com a matéria sem engolir. É triturar toda a documentação entre os dentes, e cuspir este arquivo sem organização, sem categorias e sem preservação.

Seguindo a mesma ideia de repulsa, temos igualmente o “escarro” devido à inalação do pó desta documentação que acumula e necessitamos de expurgar (para não ficarmos contaminados: limpeza). Como se a artista quisesse adquirir todo a documentação possível e mastigar tudo para um novo início, através de uma ação de repulsa e de libertação transformando toda a matéria que é expulsa da sua boca numa espécie de cola que fica peganhenta na superfície. Tomando assim, consciência de que o arquivo é colonizador.

Esta é a primeira de quatro exposições do ciclo “Não foi Cabral: revendo silêncios e omissões”, um programa em co-curadoria entre Lilia Schwarcz e Nuno Crespo, que contempla uma agenda de concertos, conferências, exposições e performances, que vão decorrer entre 16 de fevereiro e 24 de maio. O ciclo é organizado pela Escola das Artes, em parceria com a Universidade de São Paulo (Brasil) e a Universidade de Princeton (EUA). A exposição de Carla Filipe estará patente ao público entre 16 de fevereiro e 15 de março.

Mais informações: https://artes.porto.ucp.pt/pt-pt/art-center/conferencias/programa-de-concertos-conferencias-exposicoes-e-performances-2024/programa

05.02.2024 | by martalanca | Carla Filipe, escola das artes, “Não foi Cabral: revendo silêncios e omissões”

Tarrafal book - 9 days left

Dear friends and colleagues,

The last three weeks since I last wrote you, have been incredible. Tarrafal went on a pre-sale campaign, and in only 14 days, we have reached 100% of the requested funds that will allow the book to go to print. I was both humbled and thrilled that so many people responded and decided to buy advanced signed copies among other exclusive Kickstarter rewards, such as prints and special editions of my previous books Condor and 46750. 


You still have 9 days left to buy advanced copies of Tarrafal in both the English or Portuguese editions, published by GOST and Tinta-da-China respectively. Even if we have already reached the funding goal, your contribution will still be extremely helpful to cover extra costs (including test prints and translation costs to name a few) but also it will provide extra resources to increase the print-run and make the book more accessible to a wider audience, like public libraries and universities. You can find out more about this project by clicking here to see all the details of the Kickstarter campaign. 


Thank you to the more than 160 people who have supported the book. You have already made the past 4 and half years that I have dedicated to Tarrafal, completely worth it! 
Bellow I am sharing with you some of the book spreads:

The Book

284 pages 
76 photographs printed in tritone
86 photographs printed in color
4 fold-outs
2 gate-folds
100 pages of documents and written correspondence
All books and other rewards will be shipped in May 2024. To learn more about this project check out this short video

05.02.2024 | by Nélida Brito | Books, tarrafal

Convite | Seminário "Caminhos para a Historiografia do Tráfico Atlântico e Escravizados"

O Reitor da Universidade de Lisboa, Luís Ferreira, convida V. Exa. a estar presente no Seminário “Caminhos para a Historiografia do Tráfico Atlântico e Escravizados “, que terá lugar no Salão Nobre da Universidade de Lisboa, no dia 6 de Fevereiro, às 14h30.

03.02.2024 | by mariana | seminário, universidade de lisboa

Áfrika Aki - concerto de reentré 2024 no B.Leza

ÁFRIKA AKI, uma proposta de Alcides Nascimento/ Monte Cara

Clube B.LEZA, Lisboa
23 FEV, 23h

Noite de encontro das sonoridades da Guiné-Bissau, Angola e Cabo Verde com a Banda Monte Cara, Micas Cabral, Mario Marta e Chalo Correia

Heading

 

“Em Lisboa é frequente assistirmos a um angolano a tocar uma morna, a um cabo-verdiano a tocar um gumbé, a um guineense a tocar um semba… Quando estes músicos se juntam, conseguem harmonizar os ritmos e as formas de fazer música, muito próprias de cada um e de cada cultura, daí resultando algo único e novo que só poderia acontecer na capital portuguesa.

 

Três artistas de três países africanos e uma banda mítica.É este o mote de “Áfrika Aki” que pretende fazer do BLeza, em Lisboa, o ponto de encontro perfeito para o perfeito encontro entre a música de origem africana feita em Lisboa.

De Cabo-Verde para Angola para a Guiné, esta é uma noite que é muito mais que um intercâmbio de culturas e sons.

Nesta ocasião especial, juntam-se a Banda Monte Cara, que, sob a direção musical de Toy Vieira é formada pela fusão de veteranos músicos que actuaram no Clube Monte Cara, de Bana - espaço de referência em Lisboa, nos anos 70 e 80 - com elementos da nova geração, o que, de si, promete desde logo uma performance vibrante; Micas Cabral, uma das vozes mais bonitas da Guiné-Bissau e vocalista da carismática banda Tabanka Djazz; Mario Marta, a grande revelação da música de Cabo Verde, premiado pelo seu primeiro disco que conta com a colaboração de Lura no funaná “Guenta”; e Chalo Correia, cantautor com uma sonoridade que recebe o legado dos “clássicos de Angola” como Ngola Ritmos, David Zé, Urbano de Castro e Kiezos. O mestre de cerimónias é Alcides Nascimento, músico e nome incontornável da promoção de música africana em Lisboa.

A reunião de todos estes artistas, e das suas formas próprias de fazer música, é uma oportunidade única de vivenciar a autenticidade e a energia contagiante da música africana, e de reviver o ambiente do mítico Clube Monte Cara, celebrando a herança cultural e a inovação musical que continua a florescer em Lisboa.

Energético, harmonioso e irrepetível. Assim é “Áfrika Aki”, uma proposta de Alcides Nascimento/ Monte Cara com estreia marcada para 23 de Fevereiro, no B.Leza.

As portas abrem as 22h30 e o concerto tem início às 23h.

Os bilhetes custam 13 euros e estão à venda na Ticketline.

03.02.2024 | by mariana | concerto, evento, música, música africana