Ciclo de Cinema Ambiental - II° Edição

O projecto Cinéfilos & Literatus e EcoAngola, em parceria da KinoYetu, Embaixada dos EUA em Angola (Espaços Americanos), Goethe-Institut Angola e com apoio da Rosalina Express e Refriango, promovem de 11 a 14 de Junho, no Hotel Globo, às 18h30, a segunda edição do Ciclo de Cinema sobre Clima e Educação Ambiental. 
Trata-se de um evento que visa reflectir de maneira crítica temáticas importantes sobre o ambiente, educação e consciência ambiental (ecológica), preservação da biodiversidade, assim como temáticas contemporâneas urgentes relacionadas como sustentabilidade, humanidade, desigualdade de gêneros, direitos humanos, justiça e mudanças climáticas, crimes ambientais e etc. 
Com a curadoria de André Gomes e Mi Medrado, o ciclo acontece anualmente no âmbito das celebrações do dia Mundial do Ambiente (5 de Junho) e Dia Internacional das Alterações Climáticas (21 de Junho), e tem como tema curatorial “Terra e Humanidade” inspirado no livro “Ideias para adiar o fim do mundo” do socioambientalista e escritor brasileiro Ailton Krenak.
Cada sessão conta com uma mesa de conversa conduzida por especialistas. 
Juntem-se a nós, pelo que a entrada é inteiramente gratuita! 

Eliseu Tafári (Designer)Eliseu Tafári (Designer)

10.06.2024 | par martalanca | cinefilos & Literatus, cinema ambiental

Corre, bebé!, de Ary Zara e Gaya de Medeiros, vence a 7.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço

Este anúncio é feito no dia em que “POPULAR”, de Sara Inês Gigante, projeto vencedor da anterior edição da bolsa, se estreia em absoluto no Centro Cultural Vila Flor, no âmbito dos Festivais Gil Vicente, em Guimarães

Corre, bebé!, de Ary Zara e Gaya de Medeiros, é o projeto vencedor da 7.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, uma iniciativa promovida pelo Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa), o A Oficina / Centro Cultural Vila Flor (Guimarães), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo), e o Teatro Viriato (Viseu), com o objetivo de apoiar a produção de espetáculos de jovens artistas e companhias emergentes.
Ary Zara destaca-se como argumentista e realizador de cinema. A sua curta-metragem Um Caroço de Abacate integrou a shortlist para o Óscar de Melhor Curta-Metragem em Imagem Real. Integra o coletivo BRABA como cocriador e interprete das peças Atlas da Boca e BAqUE. É o diretor criativo da Queer Art Lab.
Gaya de Medeiros é atriz, bailarina, produtora e criadora. Desde a sua chegada a Portugal, assinou a criação de Atlas da BocaBAqUE e Pai para jantar, que circularam por vários pontos do mundo. Fundou a BRABA para fomentar ações protagonizadas por pessoas trans e não binárias. A sua pesquisa concentra-se na expansão das narrativas autobiográficas e na tensão entre o corpo, a palavra e o público. 

Corre, bebé! é um projeto multidisciplinar, que cruza performance e cinema. Em palco, estarão Ary Zara e Gaya de Medeiros, para protagonizar uma performance de cerca de 1 hora, que dará depois origem a uma curta-metragem de cerca de 15 minutos, filmada por Rita Quelhas. Esta curta-metragem pretende acompanhar uma mulher trans e um homem trans em torno das problemáticas de gerarem um bebé, pensando as questões da parentalidade.

foto de Cristina Assisfoto de Cristina Assis

O prémio para o projeto vencedor da Bolsa Amélia Rey Colaço traduz-se na atribuição de um valor pecuniário de 24.000€, para além do acesso a várias residências artísticas e da possibilidade de apresentar o espetáculo nos quatro teatros parceiros. Nesta 7.ª edição da Bolsa, foram recebidas 61 candidaturas, que foram submetidas à apreciação de um júri, que pré-selecionou 7 projetos para entrevista, tendo depois escolhido o projeto vencedor. Fizeram parte do júri: Pedro Penim (Diretor Artístico do Teatro Nacional D. Maria II), Sofia Campos (Conselho de Administração do Teatro Nacional D. Maria II), Pedro Barreiro (Diretor Artístico d’O Espaço do Tempo), Patrícia Carvalho (Diretora Executiva do d’O Espaço do Tempo), Rui Torrinha (Diretor Artístico do Centro Cultural Vila Flor – A Oficina), Marta Silva (Educação e Mediação Cultural – A Oficina), Henrique Amoedo (Diretor Artístico do Teatro Viriato) e Carla Augusto (Direção do CAEV).

Criada em 2018, em homenagem à atriz e encenadora Amélia Rey Colaço, pelo seu importante papel na História do Teatro Português, a Bolsa Amélia Rey Colaço, atribuída anualmente, visa apoiar jovens artistas e companhias emergentes, contribuindo para um aumento do seu acesso a meios de produção fundamentais e a espaço de pesquisa, permitindo-lhes com isso consolidar o seu corpo de trabalho.

Em seis anos consecutivos, a Bolsa Amélia Rey Colaço apoiou já a criação de seis espetáculos de jovens artistas: Parlamento Elefante, de Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça (2018), Aurora Negra, de Cleo Diára, Isabél Zuaa e Nádia Yracema (2019), Ainda estou aqui, de Tiago Lima (2020), Another Rose, de Sofia Santos Silva, As Três Irmãs, de Tita Maravilha (2022), e POPULAR, de Sara Inês Gigante, que se estreia agora no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, seguindo depois em digressão e sendo apresentado em Viseu, no dia 14 de junho, no Teatro Viriato, e em Lisboa de 20 a 30 de junho, no Teatro Meridional.

Na noite desta sexta-feira 7 de junho, que marca a estreia absoluta do espetáculo “POPULAR” no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, realiza-se o ato presencial do anúncio do novo projeto vencedor, com a presença dos vários parceiros culturais constituintes da Bolsa Amélia Rey Colaço e das artistas Sara Inês Gigante e Gaya de Medeiros, vencedoras da prévia e atual edição desta bolsa.

 

09.06.2024 | par martalanca | Ary Zara, Gaya de Medeiros

Porto Summer School on Art & Cinema 2024 · Não Foi Cabral

17-21 JUN 2024


A sexta edição da Porto Summer School on Art & Cinema apresenta um programa público, composto por concertos, sessões de cinema e abertura de exposições, nas quais participarão os realizadores/artistas que estão presentes no curso. Este programa é oferecido à cidade e ao seu público cultural e acontecerá na Escola das Artes e em espaços culturais do Porto.
Artistas e curadores convidados:

  • Dino D’Santiago
  • Jaime Lauriano
  • Keila Sankofa
  • Lilia Schwarcz
  • MC Carol

Programa público: Entrada gratuita. +info

 

09.06.2024 | par martalanca | “Não foi Cabral: revendo silêncios e omissões”

O terceiro inconsciente: a psicoesfera na Era Viral, Franco "Bifo" Berardi

O inconsciente não conhece o tempo, não tem antes e depois, não tem uma história própria. No entanto, nem sempre permanece o mesmo. Diferentes condições políticas e econômicas transformam a maneira pela qual o Inconsciente emerge dentro da “psicosfera” da sociedade. No início do século XX, Freud caracterizou o Inconsciente como o lado sombrio do quadro de boa ordem do Progresso e da Razão. No final do século passado, Deleuze e Guattari o descreveram como um laboratório: a força magmática trazendo incessantemente à tona novas possibilidades de imaginação. Hoje, em um momento de pandemias virais e em meio ao colapso catastrófico do capitalismo, o Inconsciente começou a emergir de outra forma. Neste livro, Franco ‘Bifo’ Berardi retrata vividamente a forma em que o Inconsciente se manifestará nas próximas décadas e os desafios que ele representará às nossas possibilidades de ação política, imaginação poética e terapia.

— “Uma ampla exploração do presente e do futuro do Inconsciente”

DESCRIÇÃO

Assumindo uma prévia presunção, Bifo elenca que até ao momento o Inconsciente obteve apenas duas elaborações: primeira, aquela, mais comum, psicanalítica, de Freud, em que a profissão do capitalismo exerce na condição psicológica do sujeito a sua aparente ordem natural de aliança entre Progresso e os processos de racionalização do mundo e de seus fenômenos; segunda, ainda em exercício e em constante questionamento, em que o espaço de manifestação do Inconsciente é um campo de experimentação infinito do sujeito perante a sua potência de subjetivar a si e o mundo, de Deleuze e Guattari. E, para quem imaginou que a pretensão de Bifo se aportaria numa simples enumeração da epistemologia do Inconsciente, se enganou, pois o autor propõe uma terceira via, em construção, a ocorrer, na obscuridade do futuro. O neoliberalismo estaria gerando no Inconsciente, de maneira adversa na contemporaneidade ocidental, comportamentos cada vez mais conscientes, tornando os sujeitos cada vez mais indissociáveis do procedimento necessário do capitalismo na atualidade, e com isso não apenas gerando perda de crenças em outras formas de vida possíveis como também criando modos de eliminá-las. Mas, para quem imagina que Bifo para por aí, numa conjuntura, engana-se, ele ainda nos apresenta representações deste horizonte nebuloso e oferta possibilidades de fuga.

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06.06.2024 | par martalanca | Franco Bifo Berardi, inconsciente, psicoesfera

BIG BANG HENDA de Fernanda Polacow

Cinema Ideal, segunda, 10 Junho, 21:30com a presença de Fernanda Polacow e Kiluanji Kia Henda

2 filmes do Doclisboa 2023, em estreia no cinema Ideal – dias 10, 13 e 16 de Junho, às 21:30
O filme que recebeu, entre outros, o Prémio Fernando Lopes, e uma curta-metragem sobre o artista Kiluanji Kia Henda (que apresenta também agora uma antologia dos seus videos no Museu Arpad Szenes Vieira da Silva, em Lisboa), estreiam agora em Lisboa no Cinema Ideal.
AS MELUSINAS À MARGEM DO RIO de Melanie Pereira, recebeu não apenas o Prémio Fernando Lopes, mas também o Prémio HBO Max e o Prémio Escolas ETIC para Melhor Filme da Competição Portuguesa da última edição do Doclisboa. 
E o filme BIG BANG HENDA, estreado no Doclisboa, uma Menção Especial do Júri no FIFA (festival de filmes sobre arte), Montréal. 

Sinopse Derrubando estátuas e símbolos, construindo novas memórias, enquadrando a paisagem destruída, escrevendo cartas para o futuro, revertendo dinâmicas de poder: Big Bang Henda é um documentário-poesia-manifesto sobre o trabalho do artista angolano Kiluanji Kia Henda. Ele leva-nos numa viagem pelas suas criações e reflexões, que estão na vanguarda do pensamento anticolonial, instando-nos a considerar a forma como as gerações que cresceram durante ou no rescaldo da guerra reinterpretam esse acontecimento.

06.06.2024 | par martalanca | BIG BANG HENDA, kiluanji kia henda