INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO Fotógrafos - Viajantes & Viagens de Fotógrafos

INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO Fotógrafos - Viajantes & Viagens de Fotógrafos, dia 29 de Setembro quinta-feira às 22:00

“O viajante, no seu movimento incessante, vê tudo à distância. Silhuetas recortadas contra a paisagem. Imagens arquitecturais se destacando no horizonte. Pessoas e lugares que pretende encontrar depois da próxima curva. A viagem é produção de simulacros, de um mundo puramente espectral erguido à beira da estrada.1

Em registo fotográfico, presentificam-se as imagens de existências, encenações e/ou simulacros com tópicos de genuinidade. Assim se demonstram subjectividades de autores nos territórios estéticos da fotografia.

Numa fotografia, supostamente, congela-se o tempo e o espaço. Congelam-se as figuras individuadas no tempo pois deixam de ser pessoas e talvez sejam, transitoriamente, personagens. Estas localizam-se ou ausentam-se, consoante os casos e as estratégias estéticas dos autores. Inequívoca é a decisória presença do fotógrafo-viajante, aquele que concretiza acto e obra. Não é verdade?

  • 1. Nelson Brissac Peixoto – “Miragens”, Cenários em ruínas – a realidade imaginária contemporânea, Lisboa, Gradiva, 2010, p.137

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27.09.2011 | par joanapires | exposição, fotografia, viagens

Private Z(oo)M - Tempo de Bichos - Celebrando a Poesia de Arménio Vieira

Mito Elias & Trio Majina apresentam Private Z(oo)M - Tempo de Bichos - Celebrando a Poesia de Arménio Vieira.

1 de Outubro 18:30 – Museu São Roque – Largo Trindade Coelho

Os bilhetes podem ser levantados na recepção do museu a partir do dia 27 de Setembro (terça-feira) no horário de abertura do museu.

Integrando a programação AFRICANDO (semana Africana no Museu São Roque em Lisboa)


27.09.2011 | par joanapires | africando, Arménio Vieira, poesia

FESTin 2012 – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa

O FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa regressa ao Cinema São Jorge, em Lisboa, de 9 a 20 de maio de 2012, incluindo uma Mostra de Cinema Brasileiro Contemporâneo, a propósito do Ano do Brasil em Portugal. 

O Brasil será o país homenageado nesta 3ª edição, sucedendo a Moçambique (2010) e a Portugal (2011), no entanto, a partir do próximo ano, o festival passará a integrar sempre na sua programação a Mostra de Cinema Brasileiro anteriormente produzida pela Fundação Luso-Brasileira.

As inscrições para a Selecção Oficial Competitiva de Cinema de Expressão Portuguesa (longas e curtas metragens) estão abertas até 31 de janeiro de 2012 e o regulamento pode ser consultado no site do FESTin.

Para além das secções competitivas de longas e curtas-metragens e de mostras temáticas paralelas, o FESTin promove ainda debates e oficinas para crianças e jovens. No próximo ano a organização do evento pensa alargar as suas atividades às comunidades de língua portuguesa espalhadas pelo mundo.

O FESTin foi criado em 2010 com o objetivo de celebrar e fortalecer a cultura de expressão portuguesa através do cinema, num ambiente de partilha, intercâmbio e inclusão social. É organizado pela Padrão Actual, em co-produção com a Fundação Luso-Brasileira e a EGEAC – Cinema São Jorge.

Em 2011, a 2ª edição do festival realizou-se entre 26 de Abril e 1 de Maio e exibiu 78 produções dos oito membros da Comunidade de Países da Língua Portuguesa, que foram vistos por mais de 3000 espectadores. A longa-metragem vencedora da 2ª edição foi “Hortas di Pobreza”, da jovem realizadora Sara de Sousa Correia.

27.09.2011 | par joanapires | Brasil, cinema, cinema brasileiro contemporâneo, cultura de expressão, festin, Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa

“Arte Vídeo em Trânsito – I Mostra Lusófona de Vídeo Arte”

1 OUTUBRO – 31 OUTUBRO

Chamada para recepção de obras!

 

A Arte Projectada - Actividades para a área dos audiovisuais (Portugal), encontra-se a organizar uma Mostra de Vídeo Arte Lusófona (Arte Vídeo em Trânsito – I Mostra Lusófona de Vídeo Arte), tendo como principal objectivo a cooperação lusófona na promoção cultural e artística e a criação de sinergias entre os diversos agentes promotores de cultura.

Procura com esta Mostra, lançar o debate de ideias resultantes do entrecruzar de diferentes abordagens ao tema “Reflexão em Viagem”, que desde logo suscita um olhar para o mundo, o olhar para o(s) outro(s).

 

Aqui pode consultar o Regulamento Geral e descobrir como participar.

27.09.2011 | par joanapires | arte, videoarte

O BARULHAMENTO DO MUNDO

27.09.2011 | par joanapires | cinema, livro, o barulhamento do mundo, performance

Balanço Literário da Década no Mundo Lusófono

26.09.2011 | par joanapires | literatura

africando

29 de Setembro – quinta-feira

15H30

CINEMA

Tarrafal. Memórias do campo da morte lenta, Diana Andringa (88 minutos).

Projecção seguida de conversa/debate

Neste documentário, Diana Andringa recupera as memórias dos últimos ocupantes da prisão política que recebeu portugueses e africanos que lutaram contra o regime de Salazar e pela independência das ex-colónias africanas. Filmado durante o Simpósio Internacional sobre o Campo de Concentração do Tarrafal, que reuniu na Ilha de Santiago, Cabo Verde, muitos dos que por ali passaram, este documentário é mais um contributo para a memória colectiva portuguesa e um excelente ponto de partida para um debate sobre um tema da maior importância.

Lotação máxima: 50 lugares

Os bilhetes podem ser levantados na recepção do museu a partir do dia 27 de Setembro (terça-feira) no horário de abertura do museu.

18H30

Celina Pereira, Cabo Verde, apontamento musical

MESA REDONDA: cultura contemporânea africana

Celina Pereira (cantora caboverdiana); Filinto Elísio (escritor, poeta caboverdiano); Lúcia Marques, Próximo Futuro, Fundação Calouste Gulbenkian; Marta Lança, Buala; Joana Peres, direcção artística e coreográfica da Allantantou Dance Company, Portugal; José António Fernandes Dias, AFRICA.CONT. Esta mesa redonda/tertúlia tem como objectivo promover a reflexão e o diálogo em torno da produção cultural africana na contemporaneidade, em particular nos países de língua oficial portuguesa, bem como debater as múltiplas formas de relacionamento entre cultura africana e cultura ocidental.

Lotação máxima: 50 lugares

Os bilhetes podem ser levantados na recepção do museu a partir do dia 27 de Setembro (terça-feira) no horário de abertura do museu.

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26.09.2011 | par joanapires | africando, cinema, cultura africana, dança, música

Manger et boire en Afrique avant le xxe siècle - revista Afriques

Afriques est une revue internationale d’histoire des mondes africains, qui privilégie les époques antérieures au XIXe siècle, en dialogue avec d’autres disciplines comme l’archéologie, la philologie, l’anthropologie ou la linguistique.
“Pour une nouvelle histoire des mondes africains avant le XIXe siècle” (lire l’éditorial).

 

Appel à contribution Call for papers

Manger et boire en Afrique avant le xxe siècle.

Cuisines, échanges, constructions sociales

Eating and drinking in Africa before the 20th century:
Cuisines, exchanges, social constructions

Publiée en ligne sur le portail Revues.org depuis avril 2010, Afriques. Débats, méthodes et terrains d’histoire (http://afriques.revues.org) est la seule revue d’histoire à être consacrée à l’Afrique dite « ancienne », c’est-à-dire antérieure au xxe siècle. Pour son cinquième numéro thématique, prévu pour la fin de l’année 2012, Afriques lance un appel à contribution sur le thème : « Manger et boire en Afrique jusqu’au xixe siècle. Cuisines, échanges, constructions sociales ». L’année prochaine, dix ans se seront écoulés depuis la parution de l’ouvrage collectif Cuisine et société en Afrique : histoire, saveurs, savoir-faire (M. Chastanet, F.-X. Fauvelle-Aymar, D. Juhé-Beaulaton, dir., 2002). Resté à ce jour l’un des rares ouvrages d’histoire consacrés à ce thème, il fut l’occasion d’un bilan sur l’histoire des produits, des plats, des boissons et de la commensalité en Afrique. Ce bilan, le cinquième numéro de la revue Afriques voudrait le renouveler en insistant – comme c’est la spécificité de la revue – sur les périodes antérieures au xxe siècle.

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25.09.2011 | par martalanca | afriques

I am Palestine - The Film

ver aqui 

 

25.09.2011 | par martalanca | palestina

Mia Couto fala sobre o Medo

 

aqui

25.09.2011 | par martalanca | Mia Couto

Caipirinha Lounge

É com muito prazer que vos apresento a mais nova mixtape de um dos vossos blogs preferidos. É a terceira edição da Lusofonia Acústica e é uma colecção de 25 canções em que a guitarra e a voz são os principais ingredientes de cada composição. Contém músicas vindas dos quatro cantos do mundo lusófono, com autores como Thiago Pethit, a Tiê, os Kafala Brothers, Ana Moura, Narf & Manecas Costa, e Aline Frazão. 

Welcome to the third edition of Lusofonia Acústica, a collection of 25 acoustic songs from the four corners of the Lusophone world. You’ll hear music by Thiago Pethit, Tiê, the Kafala Brothers, Ana Moura, Narf & Manecas Costa, and Aline Frazão, among many others. 
Lusofonia Acústica, Vol. 3 (link to blog post on Caipirinha Lounge with detailed play order)
Lusofonia Acústica, Vol. 3 (Direct link to playlist)

Caipirinha Lounge / Cláudio Silva

25.09.2011 | par martalanca | música

MINDELACT: "um festival que Cabo Verde se orgulha de ter"

No “balanço pessoal” que faz da última edição do festival Mindelact, que terminou no passado dia 17 de Novembro, João Branco, director artístico do evento desde a sua criação, dá os parabéns à cidade do Mindelo pela forma como acolheu, “de braços abertos”, a 17.ª edição do Festival Internacional de Teatro daquela cidade.

“Há muitos anos que não tinhamos tanta gente a encher todos os espaços da programação”, afirma João Branco, aproveitando para voltar a alertar para a falta de espaços cénicos em São Vicente: “salas cheias, algumas delas a rebentar pelas costuras, vieram mais uma vez lembrar do que se poderia fazer havendo uma sala de espectáculos com mais condições e, principalmente, mais lugares disponíveis para um público crescente e apaixonado”. A este respeito, lembra também a situação do Éden Park, sala fechada há vários anos e que continua com o futuro incerto: “Mais um ano em que o festival mindelact se fez obrigando muita gente a ficar de fora das salas de apresentação por falta de espaço com o cadáver do cine-teatro Éden Park a assistir, impávido e sereno, do alto da principal praça da cidade, ao acontecimento e ao constrangimento”.

O festival foi, ainda assim, um “grande sucesso de público”, em todas as propostas de programação: no palco principal, no festival off, no espaço dedicado às crianças, no ciclo internacional de contadores de histórias. No depoimento que publicou no blog Café Margoso, Branco destaca ainda a intensidade da programação - “cerca de 30 espectáculos de teatro, uma média superior a três apresentações por dia” - , que envolveu “20 companhias oriundas de 12 países”. A procura registada para as oficinas (“superior a noventa por cento”) é outro factor valorizado pelo director do Festival, que afirma: “Acredito, cada vez mais, e tenho tido várias confirmações e testemunhos de quem conhece a realidade africana, que o festival mindelact é hoje o maior evento das artes cénicas africanas”.

notícia retirada de Cena Aberta 

25.09.2011 | par martalanca | cabo verde, Mindelact

depoimento sobre Ruy Duarte de Carvalho

no Festival do Estoril, 2010

 

24.09.2011 | par martalanca | Ruy Duarte de Carvalho

KUDURO EM PARIS

DIA 06 DE OCT NO SHOWCASE LIVE CLUB DE PARIS.

Com: Dj Djeff & Silyvi - Walter e Nicol Ananaz
Puto Portugues & Nacobeta - Noite e Dia
Agre G - Game Walla.
Sem esquecer um dos melhores djs do mundo
Louie VEGA

Reservas: info@dabanda.net

23.09.2011 | par joanapires | kuduro, paris

Marcha em Luanda pela liberdade dos presos

Comunicado de Imprensa Luanda

Somos jovens, membros da sociedade civil de vários estratos sociais, que dentro dos parâmetros da constituição tem vindo a exercer pressão aos líderes políticos angolanos com vista a melhoria do quadro social em que se encontra maior parte da população angolana;

Viemos por este meio, desmentir a informação que tem estado a ser publicada pelo executivo, através dos órgãos de informação segundo a qual, os manifestantes são jovens que têm estado a ser usados pelos partidos da oposição para destabilizar o país e criar um clima de guerra para derrubar o presidente da república e o MPLA.

Assim sendo queremos esclarecer:

1º Estas afirmações não condizem com a realidade e são infundadas na mediada em que as manifestações, foram sempre convocadas de forma aberta, com propósitos bem claros e os seus signatários bem identificados.

 

2º As manifestações nunca foram convocadas com intuito de criar a desordem e a guerra no nosso belo país. Pelo contrário, notamos que a maneira como o executivo tem lidado com as manifestações é que tem provocado alguma desordem.

 

3º As manifestações não têm tido nenhum carácter partidário, mas sim, derivam dos graves e muitos problemas sociais que afligem a maioria do povo angolano, fruto da má governação por todos visíveis. Refira-se que no seio do movimento também existem jovens pertencentes ao MPLA.

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23.09.2011 | par martalanca | manifestações

"Anjos na Guerra", de Susana Torrão (Oficina do Livro)

Anjos na Guerra: A Aventura das enfermeiras paraquedistas portuguesas

A 26 de Setembro nas livrarias

Sobre o Livro
A criação do corpo de enfermeiras paraquedistas da Força Aérea Portuguesa, em 1961, levou pela primeira vez as mulheres para as Forças Armadas.
Estas mulheres que caiam do céu para tratar dos feridos e travar o sofrimento enfrentaram, ao lado dos soldados, a dureza do mato e a violência dos combates. Mas não só. Enfrentaram também o preconceito de uma sociedade conservadora, onde a ideia de enviar mulheres para um cenário de conflito era vista com enorme desconfiança. Em África, as enfermeiras faziam evacuações dos feridos da frente para os hospitais militares e prestavam apoio às populações civis, mas em Lisboa a sua acção era desconhecida para a maioria.
O livro relata a história dessas pioneiras improváveis, que quase passaram despercebidas ao seu país mas que acabaram por lhe dar uma lição de coragem.   

Sobre a Autora
Susana Torrão nasceu em1972 e é jornalista. Licenciada em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, trabalhou no Diário de Noticias, Semanário, Semanário Económico e Focus. Trabalha como freelancer desde 2006 e, ao longo dos últimos anos, escreveu para publicações como Sábado, Exame, Notícias Magazine, NS’, Público ou Fora de Série. Anjos na Guerra é o seu primeiro livro.

23.09.2011 | par joanapires | Africa, guerra colonial

6ª Conferência do Ciclo «1961: o ano de todos os perigos»

6ª Conferência do Ciclo «1961: o ano de todos os perigos», com o título “Portugueses, mas não tanto…”
Sábado, 24 de Setembro de 2011, às 15h00, nas instalações do CES-Lisboa (Picoas Plaza, Rua do Viriato, 13, Lj. 117/118).

Programa: Em Setembro de 1961 é abolido o Estatuto do Indigenato, uma das peças legislativas fundamentais do sistema colonial português em África. Numa altura em que os ventos de mudança sopravam em África, o que significou a abolição do Estatuto?
Orador: Adriano Moreira
Exibição do documentário “Catembe” [Moçambique, 1965, 45’], do realizador Faria de Almeida, que procurou fixar nele o quotidiano de um bairro popular de Lourenço Marques. Antes de ter sido alvo de cortes pela censura do regime salazarista, integrava sequências de ficção com sequências documentais. A sua exibição acabou por ser proibida durante o período do Estado Novo.

Enquadramento do ciclo

O ano de 1961 foi, para o regime salazarista, o ano de todos os perigos, vindo a revelar-se como o annus horribilis do ditador. Em distintos contextos, múltiplos acontecimentos marcariam esse ano, prenúncio do final do regime colonial-fascista português. Porque uma das linhas de orientação temática do CES aposta no aprofundar do conhecimento sobre o espaço de expressão portuguesa – e sobre as suas ligações históricas – este conjunto de sessões procura reflectir sobre um espaço unido por várias histórias e lutas.
Em 2011 passam 50 anos sobre esse ano de todos os perigos. Boa ocasião para recordar factos muitas vezes esquecidos, ouvindo os seus protagonistas, enquadrando-os na história comum que une Portugal e os países em que se transformaram – ou se integraram – as suas possessões coloniais.
Logo no início de Janeiro de 1961 tem lugar em Angola um levantamento de trabalhadores da Cotonang, protestando contra as condições de trabalho impostas pela companhia algodoeira. Os protestos são rapidamente reprimidos pelo exército português, mas anunciam o início da luta armada de libertação de Angola, marcada pelo ataque à cadeia de S. Paulo, em Luanda, a 4 de Fevereiro e pelo levantamento armado – que Mário Pinto de Andrade classificava como “jacquerie” – conduzido pela UPA em 15 de Março.
Entretanto, a 22 de Janeiro, elementos do Directório Revolucionário Ibérico de Libertação – congregando militantes da União de Combatentes Espanhóis e do Movimento Nacional Independente, português – apoderam-se do paquete Santa Maria, da Companhia Colonial de Navegação, que rebaptizam de Santa Liberdade, conseguindo uma cobertura noticiosa internacional e abalando profundamente o regime de Salazar.
Em Abril, a crise vem, não da oposição, mas do interior do regime, através da tentativa de golpe liderada pelo Ministro da Defesa, Júlio Botelho Moniz.
Em Junho, cerca de cem estudantes oriundos das colónias portuguesas em África que se encontram em Portugal abandonam clandestinamente o país, muitos deles para se juntarem aos movimentos de libertação.
A abolição do Estatuto do Indigenato, associado a outras reformas, em Setembro, chega demasiado tarde para travar a acção dos movimentos de libertação das colónias, entretanto reunidos na Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas, CONCP.
A 10 de Novembro, Hermínio da Palma Inácio comanda o desvio do Super-Constellation da TAP Mouzinho de Albuquerque, a fim de lançar sobre Lisboa milhares de panfletos apelando à revolta contra a ditadura.
A 18 de Dezembro, tropas da União Indiana ocupam os territórios de Goa, Damão e Diu. Salazar ordena que as tropas portuguesas lutem até à última gota de sangue, mas o governador, general Vassalo e Silva, recusa-se a obedecer à ordem do Presidente do Conselho e opta pela rendição.
E, na noite de fim de ano, uma tentativa frustrada de assalto ao quartel de Infantaria 3, em Beja, leva à morte do então sub-secretário de Estado do Exército, tenente-coronel Jaime Filipe da Fonseca.

Organização do ciclo: Maria Paula Meneses e Diana Andringa.
Para mais informações, contactar: ceslx@ces.uc.pt

23.09.2011 | par joanapires | angola, conferência, história, regime salazarista

Mostra de Documentários CPLP na Noite Europeia dos Investigadores

O Concurso Internacional de Seleção de Projetos de Documentário ofereceu aos documentaristas dos países integrantes da Rede DOCTV CPLP a possibilidade de propor uma visão original de processos contemporâneos da diversidade cultural de cada país. A frase “Olhares revelando a comunidade dos países de língua portuguesa” serviu de ponto de partida para as diferentes abordagens adotadas pelos realizadores.

Li Ké Terra
De Filipa Reis / 52 min. / 2009 / Portugal
A história de Miguel e Ruben, descendentes de imigrantes cabo verdianos que vivem em Portugal sem documentos, divididos entre dois países sem pertencer a nenhum, orgulhosos do seu passado e ansiando por um futuro melhor.
15h

Eugénio Tavares, Coração Crioulo
De Júlio Silvão Tavares / 52 min. / 2009 / Cabo-Verde
Trata-se de um filme em que pretendemos conhecer a personagem do poeta, escritor, músico e jornalista Eugénio de Paula Tavares, através da trilogia Ilha, Mar, Amor, três objetos inseparáveis do seu pensamento poético e literário.
20h

Uma Lulik
De Victor de Souza / 52 min. / 2009 / Timor
Na tradição timorense, a Uma Lulik (Casa Sagrada) é o cordão umbilical entre passado e presente. Para os vivos uma reserva segura de memória e sabedoria antiga. Para os mortos o local onde o tempo não passa, onde a história se renova. Após a destruição de grande parte das Casas Sagradas, durante os 24 anos de ocupação Indonésia, a reconstrução da identidade nacional passa pelas aldeias e pelas montanhas, onde o sagrado, pouco a pouco, volta ao seu lugar, à sua casa.
16h

O Rio da Verdade

De Domingos Sanca / 52 min. / 2009 / Guiné
O Parque Natural de Cachéu, situado na fronteira da Guiné-Bissau com o Senegal, sofre alterações que ameaçam seriamente o seu equilíbrio ecológico. O avanço progressivo do deserto do Sahara é uma das principais preocupações das autoridades e da direção do Parque. O filme vai ao encontro destas ações, das soluções praticadas e outras previstas, na perspectiva de contribuir para uma melhor resolução do problema.
21h

Tchiloli Identidade de Um Povo
De Felisberto Branco / 52 min. / 2009 / São Tomé e Príncipe
Tchiloli é o nome crioulo de uma peça de teatro escrita no séc. XVI, pelo dramaturgo português Baltasar Dias. Foi levada da ilha da Madeira para S. Tomé e Príncipe, no início das plantações da cana-de-açúcar. Situado no Golfo da Guiné, o arquipélago foi colónia portuguesa e a sua história está recheada de contornos universais e constituída por um mosaico de culturas, resultante da miscigenação entre europeus, asiáticos e africanos. O Tchiloli é o expoente máximo desta miscigenação.
17h

Timbila e Marimba Chope
De Aldino Languana / 52 min. / 2009 / Moçambique
Timbila é ao mesmo tempo o nome de um instrumento e o nome da dança que o acompanha. Que segredos ou que encantos encerra este instrumento que há quatro séculos, do que há notícia, ocupa tantos técnicos de tantas nações na pesquisa e estudo do seu funcionamento e estrutura? Este filme pretende responder a esta e outras questões, assim como contribuir para o registo cinematográfico de todo o processo místico que é a construção do instrumento.
22h

Nos Trilhos Culturais da Angola Contemporânea
De Dias Júnior / 52 min. / 2009 / Angola
Os traços culturais e etnográficos das populações adjacentes ao percurso ferroviário transcontinental. O caminho-de-ferro de Benguela, é retratado em diário de bordo, numa emocionante viagem do ator e investigador Orlando Sérgio. As vivências relatadas pelos passageiros e funcionários da companhia, as manifestações culturais, o comércio, a variação do tipo de infra-estruturas de cada local e a paisagem não tocada pelo homem, levam o investigador a observar a interessante interação dos intervenientes da linha ferroviária.
18h

O Restaurante
De Fernando Eloy / 52 min. / 2009 / Macau
No pequeno território de Macau, coexistem diversos tipos de cultura há séculos. Pessoas de diversas origens combinam as suas vidas num pequeno espaço, que até 1999 esteve sob administração portuguesa. A pretexto da celebração do 20º aniversário de um pequeno restaurante português, este filme segue trechos da vida de 3 dos convidados e do próprio dono do restaurante.
23h

Exterior
De Maíra Buhler e Matias Mariani / 52 min. / 2009 / Brasil
Um líbio descobre durante uma viagem de férias que a sua mulher está com cancro, um sul-africano narra a sua participação na guerra de Angola, um bibliotecário espanhol conta as suas desventuras amorosas, uma checa desenha a sua cela no quadro negro. Fragmentos de histórias reunidas em Exterior, um filme sobre a vida de pessoas muito diferentes que têm em comum o fato de estarem atualmente presas no estado de São Paulo e serem estrangeiras.
19h

Noite Europeia dos Investigadores, 23 de Setembro de 2011

Local: Jardim Botânico Tropical, Palácio dos Condes da Calheta, Sala do Arco

A partir das 15h

23.09.2011 | par joanapires | Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), diversidade cultural, documentários

Colloque Le Studio et le Monde - Enjeux de la création photographique africaine

LE STUDIO ET LE MONDE                                                                                    

Enjeux de la création photographique africaine                                                              

6-7 octobre 2011                                                                                                   

Colloque international organisé par le musée du quai Branly et l’Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne
 

Ce colloque international vise à rassembler les récents travaux consacrés aux enjeux de la photographie africaine et à donner la parole aux créateurs. Dans le cadre de la biennale Photoquai, le musée du Quai Branly et l’Université Panthéon-Sorbonne s’associent pour ouvrir au public le plus large des questions souvent abordées par les seuls spécialistes. De nombreux invités, souvent peu sollicités en France comme en Europe, permettront d’appréhender les principaux aspects d’une histoire en plein développement, de repérer les aventures institutionnelles, d’analyser le rôle des diffuseurs d’images. Ce colloque permettra aussi de questionner les orientations des productions, les relations entre les pratiques vernaculaires et le monde de l’art contemporain. Photographies réalisées en Afrique ou par des Africains des diasporas, les photographies africaines occupent une place dans le paysage de la mondialisation.

A l’échelle d’un continent et au-delà, par les effets de la diversité des situations culturelles, des engagements politiques ou communautaires, par le jeu des choix esthétiques, de la tradition du studio à la performance, les photographies africaines constituent une contribution notable dont l’histoire et l’actualité seront débattues au rythme de conférences, d’entretiens et de tables rondes durant ces deux journées.
Direction scientifique
Christine Barthe : Responsable scientifique de l’Unité Patrimoniale des collections – Photographies
Vincent Godeau : Docteur en histoire de l’art, spécialiste de la photographie africaine
Michel Poivert : Professeur à l’Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne

Contact organisation :                                                                                               

Anna Gianotti Laban                                                                                         

responsable de la coordination des manifestations scientifiques                        

département de la recherche et de l’enseignement                                                              

* m u s é e  d u  q u a i  B r a n l y
222 rue de l’Université
75343 Paris cedex 07
 Tél. 01 56 61 70 24
Courriel : anl@quaibranly.fr
 www.quaibranly.fr

23.09.2011 | par joanapires | colloque international, photographie africaine

Conferência de Imprensa - VI Bienal de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe + ROÇA LÍNGUA

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA | 26 DE SETEMBRO DE 2011 ÀS 12H |

CINEMA SÃO JORGE – LISBOA

A Associação Cultural Bienal de São Tomé e Príncipe, responsável pela organização do evento, apresenta nesta edição o segundo momento do projecto de reestruturação da  Bienal desenvolvido, em 2007, pela curadora Adelaide Ginga, que assume mais esta edição.
A Bienal STP inaugura a 1 de Novembro de 2011, no espaço CACAU, na cidade de São Tomé, e estará patente ao público até 31de Novembro de 2011, envolvendo vários espaços do arquipélago.
A Bienal pretende afirmar-se como uma bienal alternativa às grandes bienais internacionais. Tem por objectivo resgatar o histórico papel de São Tomé e Príncipe como entreposto de comércio de escravos, lugar de encontro de povos e culturas, para o afirmar como entreposto cultural em África, espaço de partilha e conhecimento. Nesta Bienal em construção, procura-se estreitar relações culturais e apostar no conceito de laboratório,  estimular a experimentação e a descoberta, através da criação em residência artística e na efectiva partilha cultural entre criadores, curadores, galeristas, críticos, historiadores e demais agentes culturais. Com enfoque em artistas naturais de países da CPLP ( Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e da África Austral, a Bienal mantém a abertura à participação de artistas de outras nacionalidades.
A par das exposições existirão outras actividades culturais, oficinas e ateliers pedagógicos bem como eventos de animação que valorizam as artes performativas tradicionais.

Organização: CIAC – Centro Internacional de Arte e Cultura Curadoria: Adelaide Ginga


Projecto ROÇA LÍNGUA

De 1 a 8 de Novembro 2011, escritores de países falantes do português encontram-se em S. Tomé e Príncipe para criar e pôr em diálogo as suas obras, contribuindo para o intercâmbio e conhecimento deste universo linguístico, e para uma política concertada de valorização e promoção da Língua Portuguesa, tendo S. Tomé e Príncipe como contexto de reinvenção e criação. Na presença destes escritores e de outros convidados, jovens santomenses frequentam oficinas de escrita criativa, jornalismo cultural e artes performativas, coordenados pela organização do evento.
Os escritores participam nestas oficinas e em sessões públicas mas o mais desafiantes é que irão escrever, nesta residência artística, um conto ambientado em São Tomé, a partir de histórias relacionadas com as estruturas e vidas das antigas roças de Cacau. O conjunto dos contos será publicados num livro intitulado ROÇA LÍNGUA.

Queremos partilhar o universo reflexivo da escrita em comunidade na relação com o lugar onde se dá o encontro, percepcionar os diferentes modos de representação num espaço marcadamente diverso, unido sob o signo da língua, património comum, de afectos, criação, história e comunicação. É uma singular oportunidade para estreitar o diálogo entre as narrativas, memórias, oralidades e estéticas dos diferentes universos culturais desta comunidade linguística e cultural.
Na conferência de imprensa este projecto será apresentado pela organizadora Marta Lança. Aí serão anunciados os escritores que participam no Roça Língua.

Concepção e organização: Marta Lança (Portugal), Isaura Carvalho (São Tomé) 

Comissariado: José Eduardo Agualusa (Angola)                                               

Comunicação e Assessoria de Imprensa: Patrícia Corrêa |  tel. +351 912872843
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22.09.2011 | par joanapires | artistas africanos, artistas de países da CPLP, Bienal de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe