Sombras do Império: Belém, Projetos, Hesitações e Inércia 1941-1972

Parte 2
Padrão dos Descobrimentos
Inauguração: 29 de outubro, 17h00

Demolição da Fábrica do Gás em BelémDemolição da Fábrica do Gás em Belém

A segunda parte da exposição “Sombras do Império. Belém, - Projetos, Hesitações e Inércia. 1941-1972”, patente ao público a partir de 30 de outubro, revisita alguns projetos do Estado Novo para a Praça do Império e orla ribeirinha de Lisboa.

Sombras do Império. Belém - Projetos, Hesitações e Inércia. 1941-1972, inaugurada a 2 de maio, dá a conhecer a sucessão de planos urbanísticos e projetos de arquitetura cujo centro foi a Praça do Império. Menorizados ou até esquecidos pela historiografia, estes projetos revelam-se hoje particularmente significativos, pela escala e natureza das transformações que anteviam, pela orientação programática que preconizavam, pelo investimento de meios que implicariam, pela extensão do seu período de elaboração, em contraponto com o pouco que foi concretizado.
 
A partir de documentação de natureza diversa – desenhos e memórias descritivas, pareceres, ofícios, legislação, fotografias, bibliografia da época – e de investigação académica recente, a exposição apresenta um percurso cronológico centrado nos projetos para a Praça do Império e área envolvente e para os designados “Palácio do Ultramar” e “Museu do Ultramar”, considerando ainda outras propostas para grandes edifícios públicos a localizar na orla ribeirinha de Lisboa.

Estes projetos são a base para abordagens diversas e complementares, apresentadas por investigadores de diferentes formações disciplinares, que irão aprofundar a contextualização e ensaiar propostas de leitura crítica: Urbanismo, Arquitetura, Paisagismo, Arte Pública, Património, Propaganda e Ideologia Coloniais.

Na segunda fase desta exposição são revistas algumas realizações integradas nos planos para a zona:

. a envolvente da Torre de Belém e a sua extensão à ermida de São Jerónimo, no Restelo;
 
. o Museu de Marinha com o planetário, anexo ao Mosteiro dos Jerónimos;
 
. a reconstrução do Padrão dos Descobrimentos, sobrepondo-se ao projeto vencedor do concurso para um monumento ao Infante D. Henrique, a materializar no promontório de Sagres.
 
A exposição encontra-se organizada em sete núcleos: Cronologia 1941 -1972; Da Praia do Restelo à Praça do Império; A Exposição do Mundo Português e mais além; Uma praça para o Império todo; Da Torre de Belém à ermida de São Jerónimo; Museu de Marinha e Planetário; “Não haverá Mar Novo”.

Sombras do Império 
Belém - Projetos, Hesitações e Inércia 1941-1972

2 de maio de 2022 - 30 de janeiro de 2023
Todos os dias das 10h00 às 18h00 (última entrada às 17h30)
 

João Paulo Martins – Arquiteto, Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa, CIAUD.
Equipa de Investigação
Joana Brites – Historiadora da Arte, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, CEIS20
Natasha Revez – Historiadora da Arte
Pedro Rito Nobre – Arquiteto
Sebastião Carmo-Pereira – Arquiteto Paisagista
Sofia Diniz – Historiadora da Arte
Animações digitais
Planos de Belém
Alice Vieira
João Abrunhosa
Teresa Fernandes

Fotografia
Demolição da Fábrica do Gás em Belém
Câmara Municipal de Lisboa. Repartição dos Serviços Culturais. Secção de Propaganda e Turismo
7 de junho de 1950
PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/SPT/000036
Arquivo Municipal de Lisboa

26.10.2022 | par Alícia Gaspar | arquitetura, Belém, história, mosteiro dos jerónimos, museu da marinha, Padrão dos Descobrimentos, planetário, pós-colonialismo, restelo, Sombras do império

Uma história política da raça pelo historiador Jean-Frédéric Schaub

25.10.2022 | par Alícia Gaspar | história, história política, historiador, iluminismo, Jean-Frédéric Schaub, le monde, livro, ocidente, política, raça

Lançamento: arquivo digital do jornal Nô Pintcha

O Centro de História da Universidade de Lisboa, lança dia 29 de setembro, às 18h00, o arquivo digital do jornal Nô Pintcha, o principal título de imprensa da Guiné-Bissau, reunindo, pela primeira vez, a quase totalidade dos números publicados entre 1975 e 2000.

Nô Pintcha, fundado em 1975, é um dos títulos de maior longevidade da África lusófona. Do fulgor revolucionário dos primeiros anos, em que saía três vezes por semana, às dificuldades das décadas seguintes, nunca deixou de noticiar a vida guineense. A caminho da sua quinta década de vida, acumulou um espólio incontornável para a história do país.

As vicissitudes históricas dispersaram o arquivo dos números publicados, tornando praticamente impossível a sua consulta. Agora, com a colaboração do Estado da República da Guiné Bissau, o Centro de História da Universidade de Lisboa disponibiliza a quase totalidade da coleção do Nô Pintcha, em acesso aberto e sem barreiras. Um arquivo único no mundo, de mais de 1500 números, totalizando para cima de 12 mil páginas.

A digitalização do Nô Pintcha integra-se numa linha mais vasta de publicação de fontes para a história de África, estando já em processo de tratamento o jornal Ecos da Guiné, um dos primeiros títulos publicados na Guiné-Bissau, dos anos 20 do século XX.

O tratamento arquivístico do Nô Pintcha foi coordenado pelo Prof. Augusto Nascimento, docente e investigador da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A coleção foi generosamente cedida pelo Eng. Daniel Nunes, profissional com vasta experiência no setor agrícola em África e um bibliófilo singular e de reconhecido mérito, protagonista do recente documentário Daniel e Daniela, realizado por Sofia Pinto Coelho.

A sessão de lançamento, com a presença dos embaixadores da Guiné-Bissau, Dr. Hélder Vaz Lopes, e de Cabo Verde, Dr. Eurico Correia Monteiro, decorre no Anfiteatro II da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, dia 29 de setembro às 18h00.

O endereço da página será anunciado brevemente.

27.09.2022 | par Alícia Gaspar | Africa, arquivo, arquivo digital, augusto nascimento, daniel nunes, faculdade de letras, história, jornal, nô pintcha, universidade de lisboa

VI Encontro de Cinematecas Ibéricas

Entre 6 e 7 de junho de 2022, às 19h, a Cinemateca acolhe o VI Encontro de Cinematecas Ibéricas, dedicado ao tema Cinema e educação, que serve de pretexto para a exibição numa sessão pública, com apresentação, do filme Révolution École 1918-1939, de Joanna Grudzinska.


Sinopse:

A história de um sonho e da sua parcial (temporária?) derrota. Com base em documentos de arquivo hoje em grande parte esquecidos, Joanna Grudzinska analisa as tentativas radicais de concetualização e construção de uma nova escola que nasceram na Europa no rescaldo da Primeira Guerra Mundial, que foram rapidamente interrompidas pelo contexto da Segunda, e que só parcialmente foram retomadas depois. São abordadas as ideias e as experiências de Rudolf Steiner, Maria Montessori, Célestin Freinet, Alexander S. Neill, Ovide Decroly, Paul Geheeb ou Janusz Korczak – “estes pedagogos que, a contracorrente dos dogmas da sua época, inventam uma educação mista e livre em que a realização plena da criança triunfa sobre a disciplina” (Pierre Ancery).

06.06.2022 | par Alícia Gaspar | cinema, cinemateca, cinematecas ibéricas, educação, história

Visita o Aljube!

Vem conhecer a exposição longa duração do Museu do Aljube Resistência e Liberdade, e as histórias da resistência à ditadura em Portugal até à revolução do 25 de Abril de 1974.

A exposição de longa duração do Museu apresenta aos visitantes no piso -1 uma mostra arqueológica com vestígios encontrados aqui. No piso 0, o memorial de homenagem aos presos políticos e a história do edifício; no piso 1, a caracterização do regime ditatorial português (1926-1974), os seus meios de repressão e opressão (a Censura, as polícias e os tribunais políticos).
No piso 2, a resistência das oposições (semi-legais e clandestinas), a prisão, a tortura, os curros de isolamento.
No piso 3, a luta anticolonial e os movimentos independentistas de libertação, o derrube da ditadura e o 25 de Abril de 1974.

Duração aproximada: 1h

30 DE ABRIL DE 2022 - 10H30
MUSEU DO ALJUBE RESISTÊNCIA E LIBERDADE

Entrada livre, sujeita a inscrição em: inscricoes@museudoaljube.pt

25.04.2022 | par arimildesoares | 25 de abril, história, museu do aljube, Resistência

A Viagem Atlântica da "Chicha" - Seminário

Ancorada no projeto da história atlântica, essa apresentação visa construir novas hipóteses a respeito da chegada à África de uma preparação indígena americana de milho chamada “chicha”, destacando o possível papel da diáspora africana na difusão desse conhecimento.

A chicha é um preparo usado na América Central e do Sul, feito a partir da fermentação dos grãos frescos de “maíz” americano. É uma bebida muito popular pelos benefícios nutricionais que possui e, em estados de alta fermentação, é usada para cerimónias como coroações ou funerais de reis.

De acordo com achados arqueológicos, o uso ritual da chicha na Bacia do Titicaca, Peru, data de 800-250 a.C. Dois mil anos depois, cronistas espanhóis do século XVI como Pedro Cieza de León, descreveram o uso vigoroso da chicha em rituais fúnebres em Nova Granada, Quito, Peru e Bolívia. Prontamente, os africanos, afrodescendentes e mestiços incorporaram essa bebida nas suas práticas cerimoniais, conforme demonstrado por vários julgamentos da Inquisição de Cartagena. Por exemplo, em 1647, a Inquisição acusou Anton Angola em Ocaña, Nova Granada (atual Colômbia), de adorar um crucifixo e oferecê-lo a uma chicha que bebia, enquanto dançava e cantava na sua língua angolana.

Curiosamente, do outro lado do Atlântico, na Ilha de São Tomé, uma narrativa de 1665 descreveu que os africanos produziam um vinho chamado chicha a partir do tipo de “milho” chegado das chamadas Índias Ocidentais. Mais intrigante é saber que a reconstrução genética do “maíz” de São Tomé, Togo, Benin e Angola feita em 2013, o ligou diretamente às variedades do norte da América do Sul e em particular a variedades colombianas.

Considerando que a Inquisição de Cartagena condenou muitos africanos a remar em galés que certamente voltaram aos portos africanos, a apresentação indaga como a diáspora africana retornada teria influenciado a difusão desta bebida, especialmente durante os séculos XVI e XVII, quando os navios escravistas privilegiaram a rota de São Tomé para Cartagena.

Nota biográfica da conferencista

Paola Vargas realiza o pós-doutoramento Newton da Academia Britânica no King’s College do Londres. A sua investigação concentra-se em compreender as resistências contra a escravidão e as contribuições culturais das mulheres e homens africanos e afrodescendentes nas minas de ouro de Antioquia, em Nova Granada (atual Colômbia), nos séculos XVI e XVII. É colaboradora do projeto Freedom Narratives (https://freedomnarratives.org/) dedicado a disponibilizar na internet as biografias das pessoas africanas que cruzaram o Atlântico durante o período do tráfico. Fez doutorado em História Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro com um ano de pesquisa no Centro de História da Universidade de Lisboa, e mestrado em Estudos Africanos no Colégio de México.

19.10.2021 | par Alícia Gaspar | chicha, FLUL, história, Paola vargas, seminário, viagem atlântica

Apresentação do livro "Fotografia Impressa e Propaganda em Portugal no Estado Novo"

A publicação é um estudo sobre a imagem fotográfica impressa produzida como instrumento de propaganda pelo Estado Novo português. Uma referência para historiadores, investigadores, colecionadores e fotógrafos. 

Através da montagem e da fotomontagem, a fotografia impressa durante o Estado Novo em Portugal explorou as possibilidades narrativas e conotativas da imagem em diferentes media, tornando-se relevante tanto na propaganda oficial como nos discursos de oposição ao regime.

Coordenado por Filomena Serra, o livro inclui 238 reproduções de 50 publicações históricas que vão de 1928 até ao fim da ditadura em 1974 (livros, revistas ilustradas e catálogos), organizadas em quatro capítulos temáticos e acompanhadas por comentários que resumem e contextualizam cada uma das publicações referidas. 

A apresentação terá lugar no sábado 25 de setembro pelas 16 horas no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado. No debate  intervirão Emília Tavares, conservadora e curadora para a área da Fotografia e dos Novos Media do Museu Nacional de Arte Contemporânea; Jacinto Godinho, jornalista da RTP e Professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e investigador do Centro de Estudos de Comunicação e Linguagens; bem como Filomena Serra, historiadora da arte e investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea da NOVA/FCSH; e Leo Simoes, co-director da Editora Muga.

Fotografia impressa e Propaganda en Portugal no Estado Novo já está à venda na web da editora


15.09.2021 | par Alícia Gaspar | arte, Estado Novo, fotografia, fotomontagem, história, livro, Portugal

Memorializar e descolonizar a cidade (pós)colonial - debates

Por ocasião do lançamento do projeto ReMapping Memories Lisboa e Hamburgo, Lugares de Memória (Pós)Coloniais, levado a cabo pelo Goethe-Institut, têm lugar uma série de discussões abertas sobre a cidade. Iremos debater temas como as marcas coloniais visíveis na cidade e nos corpos de quem a habita; a luta anti-colonial e a inscrição africana e afrodescendente no espaço metropolitano; ou, de um modo mais global, políticas, abordagens e desafios do processo de “descolonização” nas cidades europeias. Os debates contarão com estudiosos, ativistas e artistas e podem ser assistidos pela FB do Goethe, do TBA e do BUALA. 

Curadoria Goethe-Institut e Marta Lança 

5, 6 e 7 de maio das 18h00 às 20h00  

Os encontros decorrem em zoom com streaming, são gravados para material do site.

Língua: dia 5 e 6: português, dia 7: alemão e português, com tradução simultânea.

O site ReMapping Memories Lisboa e Hamburgo, Lugares de Memória (Pós)Coloniais resulta de uma pesquisa, mapeamento e análise de lugares em Lisboa e Hamburgo que contam histórias de colonialidade, de resistência e disputa de memória (material e imaterial) no espaço urbano. Num processo entre várias cidades europeias, pretende-se contribuir para o não apagamento da história e da memória colonial e pós-colonial de Lisboa e Hamburgo, defendendo a igualdade na pertença e acesso à cidade, ainda segregada na sua geografia, vivência e representações. 

#ReMappingMemories

5 de maio de 2021 – 18-20h

As marcas coloniais na cidade e no corpo - Moderação: Marta Lança 


Vídeo 1 de Rui Sérgio Afonso

Isabel Castro Henriques -  Percursos históricos dos Africanos em Lisboa (séculos XV-XX)

Mamadou Ba - A geografia racial estrutura a relação entre estar na cidade e ser da cidade

António Brito Guterres - A forma (pós)colonial da Metrópole

Debate 

6 de maio de 2021 – 18-20h 

Vídeo 2 de Rui Sérgio Afonso

Inscrição de uma AfroLisboa  - Moderação: Marta Lança 

Nádia Yracema - Artista mo(nu)mento

Kalaf  Epalanga - A importância de criar um Museu da Kizomba

José Baessa de Pina (Sinho) - Como construir comunidade nos subúrbios de Lisboa 

Debate 

7 de maio 2021 – 18-20h 


Vídeo 3 de Rui Sérgio Afonso

Estratégias para descolonizar a cidade - Moderação: António Sousa Ribeiro  

Miguel Vale de Almeida - “Como abanar estátuas?” os debates sobre Descolonizar a cidade

Maria Paula Meneses - Lisboa: histórias ocultas e linhas contínuas 

Noa K. Ha - O desafio da memória pós-colonial. Legados de colonialidade na cidade

Debate

Sinopse dos debates e bios dos convidados disponível aqui.

01.05.2021 | par Alícia Gaspar | ativismo, cidade, colonialismo, debates, Descolonização, Goethe institut, Hamburg, história, lisboa, memorializar e descolonizar a cidade pós colonial, Portugal, re-mapping memories, ReMappingMemories, sociedade

CIAJG | Novo Ciclo de Exposições: "Nas margens da ficção"

No próximo dia 16 de abril, às 17h00, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) dá início a um novo programa artístico do museu, intitulado Nas margens da ficção, com curadoria geral de Marta Mestre, que será assinalado pela inauguração de 8 exposições inéditas com intervenção de vários artistas e novos diálogos com a coleção permanente de José de Guimarães. As novas exposições poderão ser visitadas gratuitamente no dia de abertura até às 21h00. 

“Nas margens da ficção” sucede a “Para além da história” (2012-2020), programa com a autoria de Nuno Faria e que fundou o carácter reflexivo e curatorial do CIAJG, definindo a sua matriz de exposições inéditas inspiradas nas especificidades do acervo do museu, do território e do mundo.

Os caminhos da ficção, tal como pensados neste novo programa, continuam o carácter reflexivo do CIAJG, ao mesmo tempo que apontam para alternativas à experiência da História. A dimensão subjetiva e irregular da ficção, tal como aqui é entendida, diz respeito ao museu em primeiro lugar. Espaço tradicional da purificação dos discursos, mas também crise entre objetos, subjetividades e ideias, importa repensar o seu sistema de montagem (a tesoura, que aparece amiúde no trabalho de José de Guimarães, é uma das imagens-guia do programa). 

De baixo para cima, do piso -1 ao piso 1, as Exposições que agora se inauguram percorrem várias dimensões da ficção e vão para além da mesma. O tema “fundacional” do Colosso de Pedralva, um caso local de arqueologia especulativa que institui a história como anedota. Um teatro de personagens insólitos, de Fernão Cruz. A máquina do mito, com Horácio Frutuoso, José de Guimarães, Kiluanji Kia Henda, Manoel de Oliveira e Anna Francheschini. As verdades e as ficções do “pasado”, com Rodrigo Hernández. Néons de letras e a desconstrução do signo, por José de Guimarães. “Cosmic Tones”, de Francisca Carvalho. O cinema de Sarah Maldoror em curto-circuito com a Sala das Máscaras. A transmissão e a emancipação nas “maternidades” africanas da coleção de José de Guimarães, e no trabalho de Yasmin Thayná, Maria Amélia Coutinho e Carla Cruz. As tradições do contar e do narrar dos povos de Cabinda em articulação com o “Alfabeto Africano” de José de Guimarães.

Para assinalar este momento, editamos um “Glossário para Nas margens da ficção”, que pode ser descarregado como PDF. Conta com verbetes de autores e autoras de várias nacionalidades, textos inéditos e republicações, tais como, “Monstros” (Eduarda Neves), “Máquina Mitológica” (Vinicius N. Honesco), “FC/SF - Especulações sobre uma ficção científica tecno-afro-xamânica-feminista” (Patrícia Mourão e Luiza Proença), “Anedota” (Eduardo Sterzzi), “Pangolim” (Sénamé Koffi Agbodjinou), “Realidade” (Matheus Rocha Pitta), “Ficção” (Tatiana Salem Levy), “Museu para o séc. XXI” (Pollyanna Quintella), “Narrador Narrações” (José Marmeleira), “Oralidade” (Tiago Pereira), “Storytelling e Antropologia” (Filipe Verde), “Talismã” (Marta Mestre), “Fim do Mundo” (Yuri Firmeza), “Especulação” (Musa Paradisíaca), “Diorama” (Marta Jecu), Bestiário VII. Colosso Colossal (Pedro G. Romero), entre outros.

Há ainda para descarregar em PDF o Jornal de Exposição com os textos de sala e contribuições da artista Carla Cruz e de João Pedro Sousa (Bolsa de investigação em Antropologia CRIA. ISCTE/ CIAJG. Oficina _ FCT).

NAS MARGENS DA FICÇÃO

SALAS 1 – 8  
COLEÇÃO 
José de Guimarães  
Arte Africana  
Pré-Colombiana  
e Antiga Chinesa  

SALA 2  
MISTÉRIOS DO FOGO  
A música portuguesa a gostar dela própria  

Carla Cruz  

José de Guimarães  
Maria Amélia Coutinho  
“Maternidades” africanas da coleção de José de Guimarães  
Yasmin Thayná  

SALA 3  
SALA DAS MÁSCARAS CONVIDA…  
Sarah Maldoror  

SALA 4  
COSMIC TONES  
Francisca Carvalho  

SALAS 5 – 6  
SIGNOS SINAIS  
José de Guimarães  

SALAS 7 – 8  
“PASADO”  
Rodrigo Hernández  

SALAS 9 – 11  
MITOS… NON… AVESSO  
Anna Franceschini  
Horácio Frutuoso  
José de Guimarães  
Manoel de Oliveira  
Kiluanji Kia Henda  

SALA 10  
QUARTO BLINDADO  
Fernão Cruz  

SALAS 12 – 13  
COMPLEXO COLOSSO  
Alisa Heil e André Sousa  
Andreia Santana  
Carla Filipe  
Gareth Kennedy  
Jeremy Deller  
José de Guimarães  
Jorge Barbi  
Jorge Satorre  
Lola Lasurt  
NEG: Nova Escultura Galega  
Pedro G. Romero  
SAL Joaquim António Salgado de Almeida  
Taxio Ardanaz  

Curador convidado 

Ángel Calvo Ulloa

Horário 

Terça a Sexta  10h00 – 17h00   
Sábado e Domingo  11h00 – 13h00

13.04.2021 | par Alícia Gaspar | alfabeto africano, Anna Francheschini, ciajg, exposição, história, Horácio Frutuoso, José de Guimarães, kiluanji kia henda, Manoel de Oliveira, marta mestre, Museu, nas margens da ficção

REVOLUÇÃO, HISTÓRIA E DEMOCRACIA - Programa de Iniciativas do IHC pelo Aniversário do 25 de Abril

Ciclo de iniciativas do Instituto de História Contemporânea, a pretexto de mais um Aniversário do 25 de abril de 1974.

Todas as iniciativas serão transmitidas no canal youtube do Instituto. Participam nas iniciativas: José Pedro Castanheira, Amália Rodrigues, Manuel Deniz Silva, Miguel Carvalho, Nuno Domingos, Raquel Ribeiro, Flávio Almada (lbc), Inês Galvão, Amílcar Cabral, Susana Peralta, Ana Ferreira, Cláudia Ninhos, Jorge Pedreira, Inês Brasão, João Leal, Inácia Rezola, Pedro Rei Silva, Edgar Silva, Pedro Ramos Pinto, Madalena Meyer Resende, António Costa Pinto, Pedro Aires de Oliveira, Rita Narra Lucas, Luís Trindade, Ricardo Noronha, Rita Luís, Rui Lopes.

09.04.2021 | par Alícia Gaspar | 1974, 25 de abril, democracia, história, instituto de história contemporânea, liberdade, revolução

Welcome to “Portugal, Race, and Memory: A Conversation, A Reckoning”

24 de março de 2021 das 13:00 às 23:30 EST / 18:00-19:30 Lisboa / 19:00-20:30 Luanda via Zoom

Este evento interdisciplinar e transhistórico, co-patrocinado pela Global Arts + Humanities Discovery Theme e pelo Comitê de Diversidade e Inclusão do Departamento de Inglês, reúne pesquisadores e profissionais de espanhol e português, inglês e história para discutir o uso de narrativas pessoais no acerto de contas com a relação entre o passado e o presente.

O objetivo desta conversa é preencher a lacuna entre os legados portugueses de escravidão e a autoteoria, ou escrita de vida, que posiciona a memória e a personificação dos falantes como ferramentas centrais que nos ajudam a entender as vidas e a vida após a morte da violência racial.

Este evento será moderado pela Professora Lisa Voigt (Espanhol e Português, Universidade Estadual de Ohio).

Os apresentadores incluem Pedro Schacht Pereira (Espanhol e Português, Universidade Estadual de Ohio), Patrícia Martins Marcos (Estudos de História e Ciência, Universidade da Califórnia em San Diego), Kathryn Vomero Santos (Inglês, Universidade Trinity) e Mira Assaf Kafantaris (Inglês, Universidade Estadual de Ohio).

Inscreva-se aqui para este evento virtual.

07.02.2021 | par Alícia Gaspar | colonialismo, conferência, divulgação, história, Kathryn vomero santos, lisa Voigt, memória, mira Assaf kafantaris, palestra, patrícia martins marcos, pedro schacht pereira, Portugal, racismo

"História e Políticas de Memória"

Seminários CH-ULisboa | II Sessão do ciclo: “História e Políticas de Memória” | Memórias de impérios (período colonial e descolonização) | 10 de Fevereiro | 17h30 | Online

Intervenções

Rui Gomes Coelho (UNIARQ-UL)

Elsa Peralta (CEC-UL)

José Damião Rodrigues (CH-ULisboa)

Ligação ZOOM: https://bit.ly/3gTj5RG

ID da reunião: 833 1275 3170

Senha de acesso: 817478

Mais informações sobre este ciclo de seminários: https://bit.ly/3nloZxc

18.01.2021 | par martalanca | centro de história, Descolonização, história, memórias de império, período colonial, políticas de memória, seminário online

História, Género e Conhecimento

O Seminário História, Género, Conhecimento pretende ser uma oportunidade para reflectir sobre a forma como a problematização de género marcou a produção de uma plêiade de autor@s e, também, a forma de produção de conhecimento da História e demais disciplinas. O seminário terá lugar no dia 6 de Fevereiro entre as 14h e as 17h no Colégio Almada Negreiros, Campus de Campolide da Universidade NOVA de Lisboa (Sala 217).

Após uma intervenção inicial, a cargo de Teresa Joaquim, seguir-se-á a discussão de breves textos e/ou imagens a distribuir pelos participantes. A partir dos materiais propostos queremos reflectir de forma crítica sobre estruturas e transmissão do conhecimento, práticas e teorias relacionadas com o ser-mulher, o feminino, a construção dos géneros no debate historiográfico, a par de outras disciplinas.

Este é um evento organizado no âmbito do Grupo “Cultura, Identidades e Poder” do IHC. A convidada para a abertura do seminário, Teresa Joaquim, é Professora Auxiliar da Universidade Aberta e coordenadora do Mestrado de Estudos sobre as Mulheres – Género, Cidadania e Desenvolvimento. É autora, entre outros, de livros como: Dar à luz, ensaio sobre as práticas e crenças da gravidez, parto e pós-parto em Portugal, Publicações D. Quixote, 1983, Menina e Moça, Construção Social da Feminilidade séculos XVII-XIX, Fim de Século, 1997; As causas das Mulheres. A comunidade infigurável, Lisboa, Livros Horizonte, 2004; Cuidar dos outros, cuidar de si – questões em torno da maternidade, Lisboa, Livros Horizonte, 2006 e Masculinidades/Feminilidades. 2010 (org). Porto, Edições Afrontamento.

A participação é livre, mas de inscrição obrigatória via o email culturaidentidadespoder@gmail.com

04.02.2020 | par martalanca | conhecimento, género, história

Debate “História de Angola, as abordagens das diferentes gerações” na UCCLA

No dia 15 de maio, a partir das 17h30, a Mercado de Letras Editores e a UCCLA, a propósito da publicação da 3.ª edição da obra de Alberto Oliveira Pinto - “História de Angola. Da Pré-História ao Início do Século XXI” - propõem-se lançar o debate sobre as perspetivas das diferentes gerações a respeito da História de Angola. Num debate moderado pelo jornalista Fernando Alves, e na presença do Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, vamos contar com os seguintes intervenientes:

- Geração mais jovem: Frederico Lutumba, Helena Wakim Moreno e Júlia Mbumba;

- Geração menos jovem: Adolfo Maria, Alberto Oliveira Pinto, José Ribeiro e Castro e Tomás Gavino Coelho.

08.05.2019 | par martalanca | angola, história

Os muitos Pidjiguitis da História ** Quem tem medo de um sujeito negro?

OS MUITOS PIDJIGUITIS DA HISTÓRIA

conversa e Exposição benefit para o Observatório do Controlo e da Repressão 

8 de Fevereiro, sexta-feira às 18h30 na Biblioteca (49)

Esta sexta-feira, a biblioteca do RDA 49 irá contar com a inauguração da exposição de desenho de Gonçalo Salvaterra, “OS MUITOS PIDJIGUITIS DA HISTÓRIA”. Os donativos oferecidos pelas obras irão reverter na totalidade para o Observatório do Controlo e Repressão (OCR), que tem apoiado o processo judicial dos jovens da Cova da Moura, alvos de uma violência injustificável por parte da PSP. Para sabermos mais sobre este caso, podemos contar com uma conversa com membros do Moinho da Juventude e com membros do OCR. Até lá, ficamos com a apresentação da exposição:
Lembram-se do Pidjiguiti? Provavelmente não. Eu não me lembro, não era nascido, mas a memória histórica deveria existir. E se essa memória histórica não existe, deveríamos perguntar-nos porquê. Um dia, enquanto caminhava pelo porto de Bissau, vi uma escultura. Um punho cerrado, esculpido em homenagem aos mortos no massacre do cais do Pidjiguiti, que a
3 de Agosto de 1959 vitimou às mãos do fascismo e da sua política colonial entre 40 a 70 marinheiros e estivadores. E porquê? porque se manifestavam em torno de melhores salários. Mas que massacre? Porque não aprendi isso na escola? Acima de tudo, que estórias fazem a história de Portugal? Esta exposição que tem como nome, “Os Muitos Pidjiguitis da História” aborda um passado contestado. O passado colonial que tem vindo a ser discutido um pouco por todo o mundo, mas que em Portugal tem sido atrasado pelo mito do “bom” colonizador. Factos históricos como o massacre do Pidjiguiti, tendem a revelar uma outra face do colonialismo, a sua verdadeira face. A versão de um Portugal heróico feito de descobertas, é aqui contestada. Estas figuras grotescas, carregadas de carvão, e quase monocromáticas, puxam o lado sombrio que a história oficial tende a não querer pegar. Não há aqui espaço para um Portugal branco!
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QUEM TEM MEDO DE UM SUJEITO POLÍTICO NEGRO
conversa com militantes de movimentos anti-racistas

9 de Fevereiro, sábado às 21h30, no RDA 69
Os recentes acontecimentos no bairro da Jamaica vieram, mais uma vez, demonstrar a forma de intervenção da PSP em bairros predominantemente habitados por pessoas pobres e negras. Apesar das imagens filmadas a partir de um telemóvel deixarem pouca margem para dúvidas, o teor das mesmas não pareceu demover uma grande parte dos meios de comunicação social e dos partidos políticos de um discurso que, em termos gerais, criminaliza as vítimas e defende os autores das agressões. A alternativa «à esquerda» a esta narrativa, pressionada pelo calendário eleitoral, limita-se a encarar o caso como um excesso que não representa o importante trabalho desenvolvido pelas forças de autoridade. A violência policial é então reduzida a um problema de caráter de dois ou três agentes, e não a um
problema estrutural, ou seja, a uma prática para-institucional que visa um determinado segmento da população: excluída, excedentária e racializada.
Os acontecimentos verificados no centro da cidade de Lisboa, poucos dias após a divulgação destas imagens, traduzem a afirmação de um sujeito político que recusa este tipo de categorização e intervenção. A um ato explícito de violência racista, este organiza-se, mobiliza-se às centenas, e ocupa pontos centrais da metrópole, onde sabe que tem impacto.
Para trocar umas impressões sobre estes assuntos, o RDA convida todas as pessoas interessadas para uma conversa.

04.02.2019 | par martalanca | colonialismo, história, negro, violência

NAU! Instalação / Conferências / Concertos / Performance

Todos os fins-de-semana de julho
Praia Homem do Leme (Foz do Porto)
Entrada livre 
Instalação 11h00 – 22h00
Atividades paralelas 19h00 
NAU!
Antecipando a comemoração dos 500 anos passados sobre a circum-navegação marítima por Fernão de Magalhães (1519), chegou a altura de lhe fazer perguntas. Continuamos a aceitar uma História escrita sobre os discursos dos outros: uma narrativa de glorificação, expansionista, colonialista, imperialista. O que ficou de fora desta historiografia? NAU! é uma instalação que usa um contentor marítimo como simulacro, um dispositivo imersivo que procura, também, a emersão: o espectador intervém no espaço, trazendo à tona o avesso do discurso historiográfico da circum-navegação. O exterior da instalação serve igualmente de espaço de encontro, de discussão e problematização públicas do colonialismo e da historiografia, convocando conferências e performances abertas a todos. NAU! procura, usando as palavras de Walter Benjamin, “escovar a história a contrapêlo”.

→ 28 JUL, 19h, Rita Natálio | “Geofagia”
Geofagia’ é a vontade ou hábito de comer terra. Alguns papagaios comem argila vermelha num ato de auto-medicação. Um mito Yanomami começa assim: “Essa é a história dos nossos antepassados que aos poucos se multiplicaram. Ela começa na época em que não havia Yanomami como os de hoje. Os comedores de terra sofriam, porque eles comiam terra. Nós também quase teríamos sofrido, como as minhocas, por cavar a terra e tomar vinho de barro, se não fossem os acontecimentos que seguem.” O modelo colonial, iniciado precocemente por Portugal no século XVI, está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento de uma visão da terra como materialidade particular, um bem de natureza possessiva e usado com fins muito precisos: a extração de recursos naturais e a propriedade privada. Terra é posse e pouco mais. Portugal não come literalmente a terra dos povos nativos, mas “come” vorazmente a sua visão da terra, os seus modos de viver e pensar com os pés na terra. Assim, se para muitos o imaginário da colonização tem a ver com mar e navegação, em Geofagia queremos lembrar os Portugueses como grandes “comedores de terra”, num gesto muito mais próximo do transtorno alimentar do que da medicina.

→ 29 JUL, 19h, Mamadou Ba | “Não, Ainda Não Somos Todos Iguais”
Enquanto o debate sobre racismo em Portugal continuar em larga medida no plano da moral, ou seja, na sua dimensão meramente interpessoal, continuaremos a não ser capazes de enfrentar o seu carácter estrutural. Propomos assim discutir a continuidade histórica do racismo nas suas várias formas de expressão hoje, questionar esta continuidade através do atual debate sobre a memória da empresa colonial e os impactos dos seus legados na sociedade atual, quais os desafios que tudo isso suscita e que possíveis caminhos para romper com esta circunstância.
Programa completo: 
https://issuu.com/cct.tep/docs/desdobravela3-nau-defweb
Informações: 
http://www.cct-tep.com/in.htm
Produção: Teatro Experimental do Porto
Co-produção: Cultura em Expansão / Câmara Municipal do Porto

26.07.2018 | par martalanca | expansão, história, NAU!, viagem

“DESCOBRIMENTOS”: POLÍTICAS, MEMÓRIA E HISTORIOGRAFIA

21 de junho | FCSH | Edifício ID | Sala 0.06

Entre finais do século XX e inícios do século XXI, tiveram lugar em Portugal diversas iniciativas de comemoração dos “descobrimentos portugueses”, assinalando-se, nomeadamente, o quinto centenário da descoberta do caminho marítimo de Portugal para a Índia (1498) e a chegada ao Brasil de uma frota liderada por Pedro Álvares de Cabral (1500). As iniciativas foram em boa parte patrocinadas pelo Estado português, que criou a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses (1986-2002) e se empenhou na organização de grandes eventos internacionais como a Expo’98. Organizado pela revista Práticas da História – a Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past, este seminário procura criar um espaço de reflexão em torno desse ciclo comemorativo, para o efeito convocando o testemunho de um dos seus protagonistas, o historiador e comissário da CNCDP (1995-1998) António Hespanha. Ao mesmo tempo, o seminário pretende abrir uma janela de onde é possível igualmente analisar, a partir de quatro estudos de caso, outros tantos contextos de tematização dos “descobrimentos”, da historiografia marítima portuguesa de final do século XIX às políticas museológicas da Lisboa de hoje, passando pelas relações luso-britânicas ao tempo das comemorações henriquinas ou a programação televisiva no Portugal dos anos de 1980.    

10h45 | Abertura do seminário, por Elisa Lopes da Silva e José Ferreira (Práticas da História, ICS-UL)

11h | Jaime RodriguesVicente de Almeida d’Eça e a historiografia marítima em 1898. Comentário de Amélia Polónia.

12h | Stefan Halikowski-Smith e Benjamin JenningsPrince Henry the Navigator and Portuguese maritime enterprise at the British Museum: an exhibition to celebrate the quincentenary of the Infante’s death. Comentário de Pedro Aires de Oliveira.

13h | pausa para almoço

14h30 | Marcos Cardão“A Grande Aventura”. Televisão, nacionalismo e as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Comentário de Tiago Baptista

15h30 | José Neves, Capitalizar a globalização: uma exposição recente em torno da Lisboa Renascentista. Comentário de Nuno Senos.

16h30 | pausa para café

17h | António HespanhaComemorar como política pública. A Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, ciclo 1997-2000. Comentário de Robert Rowland.

Organização: Práticas da História | CHAM | IHC

Coordenação: Elisa Lopes da Silva, José Ferreira, José Neves e Pedro Martins.

www.praticasdahistoria.pt

12.06.2018 | par martalanca | colóquio, descobrimentos, história, memória, seminário

Seminário "As Construções da História de Angola", no ISEG

 

01.03.2016 | par claudiar | história, iseg, seminário

Congresso Internacional "Saber Tropical em Moçambique: História, Memória e Ciência", no IICT

Congresso Internacional Saber Tropical em Moçambique: História, Memória e Ciência resulta de uma parceria interna entre vários projectos do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT), financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) no âmbito do Programa História da Ciência, e visa apresentar e partilhar estudos e resultados de trabalhos de investigação em curso sobre Moçambique, nas várias áreas do saber científico, parte dos quais desenvolvidos em parceria com instituições moçambicanas.

Refletindo uma história de séculos de contactos, influências e intercâmbios com o Oriente e o Ocidente, Moçambique assume-se no contexto da África Austral como um espaço privilegiado de articulação do continente africano com o Índico e com o Atlântico, atestado pelo crescente número de trabalhos de investigação e de projetos de cooperação. Nesse sentido, este Congresso pretende dar mais visibilidade à investigação que tem vindo a ser feita, criando oportunidades para os investigadores das diversas áreas científicas apresentarem os seus trabalhos contribuindo para dinamizar o interesse por Moçambique e sublinhando o papel desempenhado pela investigação científica e pelo envolvimento direto no desenvolvimento e na cooperação.

Privilegiar-se-á uma abordagem comparativa e interdisciplinar que tenha em conta perspetivas históricas, antropológicas, sociológicas, culturais, económicas, políticas, biológicas e ambientais, incluindo ainda aspetos técnicos do tratamento e preservação do património, que permita não só uma perspetiva histórica em termos regionais e mundiais mas também em termos do reconhecimento da importância dos saberes e do conhecimento científico no contexto atual desta sociedade; sendo que, para tal, o Congresso será também enquadrado por uma mostra documental e material que testemunha e reflete a diversidade e transversalidade da abordagem proposta e a riqueza do património documental e material em que se apoia uma boa parte do trabalho de investigação.

Deste modo, espera-se que este Congresso contribua para uma compreensão mais global e abrangente, que permita uma melhor percepção da situação presente de Moçambique, ajudando a identificar desafios atuais e a cooperar na sua resolução.

Palácio dos Condes de Calheta, Lisboa, 24-26 de Outubro de 2012.
Agenda/Programa
web1, web2
Contacto | IICT/DCH, +351 213600580/1/2
E-mail | congresso.mz@gmail.com

21.10.2012 | par herminiobovino | ciência, conferência, história, Moçambique

Kuxa Kanema - Debate Cinema/ História com Margarida Cardoso e Carlos Maurício

O último debate do ciclo CINEMA/HISTÓRIA é nesta quarta-feira, dia 23, às 18h, na sala multiusos 2 do piso 4 do Edifício I&D da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova.
Margarida Cardoso e o historiador Carlos Maurício debatem “Kuxa Kanema”, documentário da autoria da primeira.Antes do debate será projectado um excerto do filme.Sinopse do filme:A primeira acção cultural do governo moçambicano, logo após a independência, em 1975, foi a criação do Instituto Nacional de Cinema (INC).
O novo presidente, Samora Machel, tinha especial consciência do poder da imagem e de como utilizá-la para construir uma nova nação socialista.
«Kuxa Kanema» quer dizer o nascimento do cinema e o seu objectivo era: filmar a imagem do povo e devolvê-la ao povo.
Mas hoje a República Popular de Moçambique passou a ser, simplesmente, República de Moçambique.
Da grande empresa que foi o INC não sobra quase nada.
Destruído por um fogo em 1991, só restam do edifício as salas e os corredores abandonados, onde alguns funcionários esperam pacientemente a reforma.
Num anexo, apodrecem, esquecidas, as imagens que são o único testemunho dos onze primeiros anos de independência, os anos da revolução socialista. 

22.05.2012 | par joanapereira | cinema, debate, história