As publicações das Falas Afrikanas continuam a acompanhar várias celebrações do centenário de Amílcar Cabral. A convite da Casa da Cultura da Guiné-Bissau estarão presentes no colóquio sobre o legado cultural de Amílcar Cabral esta sexta feira, dia 27 de setembro, das 9.30 às às 18 horas na Torre do Tombo em Lisboa. Acompanharão uma banca de livros de e sobre Amílcar Cabral, de contextos africanos históricos e literários das várias lutas de libertação no continente africano.
A insularidade nas literaturas africanas de língua portuguesa | Colóquio internacional
16 e 17 de maio de 2024 | Centro de Literatura Portuguesa, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
Chamada de trabalhos
A vida em ilhas, sobretudo em ilhas pequenas e remotas, difere em muitos sentidos da vida nos continentes. Por um lado, o menor fluxo de pessoas, bens e tecnologia, e o menor acesso a livros, produtos culturais, formação e empregos diversificados criam uma sensação de isolamento e limitação relativamente às perspetivas de vida dos e das insulares; além disso, condições climáticas particulares, por vezes, põem em risco a segurança alimentar e a saúde populacional. Por outro lado, ilhas também podem albergar centros culturais, fortalezas militares e lugares de concentração de poder político.
Neste colóquio convidamos a estudar e discutir a representação da insularidade nas literaturas africanas de língua portuguesa, com especial ênfase nas literaturas de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, paradigmáticas quanto à tematização do sentimento de isolamento e distância infranqueável. Serão também bem-vindas propostas de comunicação sobre outras ilhas, tais como a Ilha de Moçambique ou as ilhas de Kindonga, no rio Kwanza, ambas centros de poder ou refúgio nas respetivas épocas, ou as ilhas dos Bijagós, conhecidas pelas suas particularidades culturais. Propostas que elaborem sobre a insularidade de forma metafórica ao abordar situações de isolamento social e cultural, e estudos comparativos com outros espaços africanos que escapam ao domínio da língua portuguesa, são igualmente bem-vindas.
Assim, o colóquio tem como objetivo proporcionar um espaço de partilha de resultados de investigação que incidam num leque amplo de autores/as, períodos temporais e géneros literários, e que mostrem a presença da literatura em diferentes ilhas, e a presença da insularidade nestas literaturas. A partir de diferentes olhares e abordagens de professores/as, investigadores/as, discentes, viajantes e aventureiros/as das Letras, perguntar-nos-emos de que forma as nossas investigações, a partir dos lugares sociais que ocupamos, servirão para a construção de novos paradigmas de investigação e conhecimento destas literaturas.
As propostas devem ser enviadas por email às organizadoras.
Há cem anos os modernistas fartaram-se dos “botas-de-elástico” da Sociedade Nacional de Belas-Artes e passaram ao ataque. Almada, Pacheko e Ferro deram guerra sem tréguas. O colóquio NOVOS vs. SNBA explica tudo.
17 DEZEMBRO 2021 LISBOA SEXTA-FEIRA
FACULDADE DE BELAS-ARTES > 10h15 - 12h45
SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES > 15h15 - 18h15
2021 É UM ANO INTENSO em centenários culturais e políticos: Diário de Lisboa, revista Seara Nova, Partido Comunista Português, Noite Sangrenta. Mas há outro acontecimento – nas artes – que não se pode ignorar: a Questão dos Novos e o respectivo Comício dos Novos. Foi o mais violento debate artístico e intelectual desde o escândalo da revista Orpheu em 1915.
Tudo começou quando a Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA) não aceitou o pintor modernista Eduardo Viana na exposição anual da casa, importantíssima na promoção comercial de artistas. Em reacção, alguns nomes da linha- da-frente – à cabeça José Pacheko e Leitão de Barros – lançaram uma proposta de 180 novos sócios, tentativa de takeover da SNBA rechaçada pelos chamados “botas-de-elástico” que dominavam a instituição presidida pelo escultor Francisco dos Santos. Os “inimigos” eram os da arte naturalista, herdeira da tradição. Os jornais encheram páginas com o assunto, conhecido como Questão dos Novos.
A polémica agravou-se e a vanguarda subiu o tom. Em Dezembro desse 1921 organizou no Cinema Chiado Terrasse um ataque inflamado: o Comício dos Novos. Discursaram, entre muitos, Almada Negreiros, António Ferro e Raul Leal. A sala rebentou pelas costuras. O universo da arte portuguesa atingiu ali um ponto de não-retorno.
A SNBA manteve-se impenetrável mas os modernistas continuaram a agitação. Em 1925 o público já não podia ignorá-los, fosse pelas suas obras que passaram a decorar o café Brasileira do Chiado e o Bristol Club ou as exposições em espaços alternativos.
NOVOS vs. SNBA é um encontro inédito que analisa ao pormenor todo o conflito, com investigadores da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa e do Instituto de História da Arte da Universidade Nova (www.novos21.pt/programa).
Nas sessões da manhã, na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, Cristina Azevedo Tavares explica a vida e orgânica da SNBA e como se chegou à polémica. Mariana Pinto dos Santos aborda Almada Negreiros e o que o opôs a Leal da Câmara no Comício dos Novos. Paula Ribeiro Lobo escrutina a participação de António Ferro. Fernando Rosa Dias explora a presença dos intelectuais e artistas do Algarve na questão.
À tarde, na SNBA, João Paulo Queiroz fala de como o processo levou mais tarde à renovação da instituição. Joana da Cunha Leal e Begoña Farré Torras falam de um evento paralelo e importante em 1921: a Exposição de Arte Catalã. João Macdonald desvela um manifesto esquecido do jornalista Augusto d’Esaguy. Raquel Henriques da Silva e Inês Silvestre recentralizam o tema dos painéis da Brasileira do Chiado.
O colóquio NOVOS vs. SNBA será convertido em livro em 1922, juntando todas as comunicações e também vasto material da época - recortes de jornais, fotografias, obras de arte - produzido durante a Questão dos Novos.
The event aims to present its field work in dialogue with members of its consultants, advisory board, and other stakeholders. Its team will thus discuss findings and published insights with activists, journalists, artists, early career scholars and intellectuals from the five case studies: Portugal, Italy, Germany, France and the UK. In this conference, organised with the collaboration of ITM (the Inter-Tematic research group on Migrations at CES), the first day – entirely online – is dedicated to the internationalisation of the project’s research, and the second – mixed format: hosted by the CIUL Lisboa and also accessible online – is dedicated to Portugal.
9, 10 e 11 de novembro de 2021. Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória | Centro de Literatura Portuguesa
Assinala-se este ano o 70.º aniversário do lançamento, em Luanda, da revista Mensagem, que veio agitar as águas da cultura e da literatura em Angola, criando as bases para a afirmação de uma verdadeira literatura angolana. Aconteceu também, em maio do ano passado, o 70.º aniversário do Professor, ensaísta e poeta Pires Laranjeira, cuja jubilação da Universidade de Coimbra não pôde ser devidamente assinalada devido à crise pandémica que então se vivia.
Pretende-se agora, numa iniciativa conjunta das Faculdades de Letras do Porto e de Coimbra, destacar este duplo aniversário, abrindo espaço para uma reflexão alargada sobre as literaturas africanas de língua portuguesa.
9 de novembro
Faculdade de Letras da Universidade do Porto Sala de Reuniões (piso 2)
9h30 – 1.a sessão – Vida e obra de Pires Laranjeira – I
Rita Olivieri-Godet (ERIMIT / U. Rennes 2 / IUF) e Pauline Champagnat (ERIMIT / U. Rennes 2) – A dimensão internacional do ensino e da investigação de Pires Laranjeira: um pensamento em constante ebulição
Bárbara dos Santos (LAM / Girlufi – U. Bordeaux Montaigne) – Uma perceção do pensamento de Pires Laranjeira desde a França
Lola Geraldes Xavier (I. P. Macau / I. P. Coimbra) – Pires Laranjeira: cartografia de uma obra, mensagem de uma vida
11h00 – Pausa para café
11h30 – 2.a sessão – Vida e obra de Pires Laranjeira – II
Maria de Lurdes Sampaio (U. Porto) – Horizontes incertos, ideias claras: notas de leitura em torno de algumas lições do mestre Pires Laranjeira
Iris Maria da Costa Amâncio (U. Federal Fluminense) – Ensino e divulgação das literaturas africanas de língua portuguesa no Brasil
Andreia Oliveira – Caminhos desbravados: o projeto “Sexualidades e género nas literaturas africanas e a língua portuguesa”
13h00 – Intervalo para almoço
15h15 – 3.a sessão – Pires Laranjeira no abraço dos escritores angolanos: “Vida, irmão, sempre não é lição de estudar – se aprende é primeiro, o estudo só depois…”
José Luandino Vieira João Melo
José Luís Mendonça Carlos Ferreira
17h00 – Pausa para café
17h30 – 4.a sessão – Nos 70 anos de “Mensagem”
Carmen Lucia Tindó Secco (U. Federal Rio de Janeiro) – Ressonâncias de Agostinho Neto e Mensagem na poesia angolana contemporânea
Sílvia Brunetta – (Re)escrever a nação nos versos: o impulso da revista ‘Mensagem’ para a formação do cânone literário angolano
Francisco Topa (U. Porto) – O projeto da ‘Mensagem’ de Luanda e o seu número de estreia
16h00 – Inauguração da exposição de obras de Pires Laranjeira – Sala do Instituto de Estudos Brasileiros (5.o piso) – presencial
Membro da Comissão Organizadora, Doris Wieser
Casa de Angola em Coimbra, Bento Monteiro
Secretário-Geral da União dos Escritores Angolanos, David Capelenguela Diretor do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas, Osvaldo Silvestre
Leitura de poesia de Pires Laranjeira
Beatriz Laranjeira Coimbra Maria João Simões (U. Coimbra)
17h30 – Doris Wieser (U. Coimbra) – Exibição do documentário Viver e escrever em trânsito: entre Angola e Portugal (Doris Wieser, 2021, 60 min.) – Anfiteatro III (4.o piso)
20h00 – Jantar no Restaurante Papa (inscrições prévias)
11 de novembro
Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra – Sala do ILLP (7.o piso)
9h00 – Sessão de abertura
Membro da Comissão Organizadora, Doris Wieser Diretor do CLP, Carlos Reis
Diretor da FLUC, Albano Figueiredo
9h30 – 5.a sessão – Vida e obra de Pires Laranjeira – III
Vergílio Alberto Vieira – Quando a ocasião se põe em obra: Louvor & Simplificação de J. L. Pires Laranjeira
António Jacinto Pascoal – Pires Laranjeira: o pensador no seu labirinto
Jane Tutikian (U. Federal do Rio Grande do Sul) – O vento que passa: o fim das certezas herdadas
11h00 Pausa para café
11h30 – 6.a sessão – Representações de heróis e da nação
Luís Kandjimbo (U. Óscar Ribas) – Herói épico e personagens autoexistentes nas literaturas orais africanas. Para uma filosofia dos nomes próprios ficcionais
Fátima Mendonça (U. Eduardo Mondlane) – Modelos de herói na moderna narrativa africana
Inocência Mata (U. Lisboa) – Literatura Angolana: a materialidade da escrita da nação
13h00 – Intervalo para almoço
15h00 – 7.a sessão – O ensino das literaturas africanas de língua portuguesa
Catarina Rodrigues – Alcance pedagógico das literaturas africanas de língua portuguesa
Maria Nazareth Soares Fonseca (U. Federal de Minas Gerais) – Ensino e divulgação das literaturas africanas de língua portuguesa no Brasil: notas sobre um período singular
Majda Bojic (U. Zagreb) – (Para além dos) ecos de Angola na Croácia: desdobramentos pedagógico-literários
Solange Luís (ISCED – Lubango) – Aprender e ensinar através do manual de Literaturas
Africanas de Expressão Portuguesa
17h00 – Pausa para café
17h30 – 8.a sessão – As literaturas africanas num mundo em expansão
Ana T. Rocha – “Literaturas africanas de expressão portuguesa”, de Pires Laranjeira: manual e história da literatura
Fabíola Guimarães Mourthé (CEFET-Minas Gerais) – 2 X 70 (septuagésimo duplo de cultura e angolanidade): Pires Laranjeira e a revista “Mensagem”
Alberto Sismondini (U. Coimbra) – Diálogos austrais, a revista ‘Sul’ e a publicação de autores africanos lusófonos
19h00 – Sessão de encerramento, com intervenção de José Luís Pires Laranjeira
Após um ano de leitura coletiva de A queda do céu, livro de Bruce Albert e Davi Kopenawa, a Rede Internacional de grupos de pesquisa “Cosmoestéticas do Sul” convida ao Colóquio Internacional Sonho, mercadoria, mundo: três hipóteses para pensar A queda do céu, a decorrer nos dias 8 e 9 de novembro de 2021.
Mesa 1 - 14h às 16h Difrações preliminares sobre os desenhos em A queda do céu Luís Hirano
Mesa 2 - 16h às 18h Hipóteses para pensar A queda do céu: imagem Carla Damião, Gabriela Milone, Guadalupe Lucero Noelia Billi, Paula Fleisner, Pedro Hussak e Salomé Coelho
9 de novembro
Mesa 3 - 13h às 15h Entrevista com Mariana Lacerda sobre o seu filme Gyuri
Mesa 4 - 15h às 17h Hipóteses para pensar A queda do céu: diplomacia Carla Damião, Gabriela Milone, Guadalupe Lucero Noelia Billi, Paula Fleisner, Pedro Hussak e Salomé Coelho
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Evento de cooperação científica Brasil-Argentina
Universidad de Buenos Aires Universidad Nacional de Córdoba Universidad Nacional de las Artes CONICET Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Universidade Federal de Goiás
Sediados no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, o projeto MEMOIRS – Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias, financiado pelo Conselho Europeu de Investigação e o projeto MAPS – Pós-memórias Europeias: uma cartografia pós-colonial, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, coordenados por Margarida Calafate Ribeiro, desenvolvem investigação pioneira sobre o impacto das heranças coloniais nas segunda e terceira gerações em Portugal, França e Bélgica, ou seja, nas gerações que não viveram diretamente os processos coloniais, mas os herdaram através das memórias familiares e da memória pública. O questionamento destas heranças está a diversificar o debate europeu, a renovar a literatura e a arte europeias, a museografia e a curadoria, e a enriquecer as formas de intervenção individual e coletiva.
Através da apresentação de resultados em vários suportes e de mesas redondas com investigadores, artistas, curadores e diretores de museus, este colóquio constituirá um espaço de debate internacional sobre este tema e anunciará uma das próximas etapas, a exposição internacionalEuropa Oxalá, que estará a decorrer em França (Marselha, MUCEM, outubro 2021 a janeiro de 2022) e, em 2022 e 2023, em Portugal (Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian) e na Bélgica (Tervuren, Museu Real da África Central – AfricaMuseum), com curadoria de António Pinto Ribeiro, Aimé Mpane e Katia Kameli.
PROGRAMA
Manhã:
10h00 – Abertura
10h30 – 11h30 – Margarida Calafate Ribeiro (CES-UC) –– Pós-memórias: o passado colonial no presente europeu
11h30 – 12h30 – Fernando Cabral (Sistemas do Futuro) –– Apresentação da plataforma digital de artistas e obras na condição da pós-memória
12h30 – 13h00 – Lançamento de livros coleção Memoirs Pausa para almoço
Tarde:
14h30 – 15h30 – Mesa redonda –– Transmitir a memória
António Sousa Ribeiro (Diretor do CES-UC), Fátima da Cruz Rodrigues (CES-UC), Graça dos Santos (Universidade de Paris-Nanterre), Hélia Santos (CES-UC), Margarida Calafate Ribeiro (CES-UC)
Moderação: Sandra Inês Cruz
15h30 – 16h30 – Mesa redonda –– Representar a memória
Katia Kameli (artista visual), Aimé Mpane (artista visual), Paulo Faria (escritor), Zia Soares (atriz e encenadora), António Pinto Ribeiro (CES-UC e programador cultural)
Moderação: Vitor Belanciano
Intervalo
17h00 – 18h00 – Mesa redonda –– Expor a memória
António Pinto Ribeiro, Katia Kameli, Aimé Mpane; Guido Gryssels (Diretor do Museu Real de África Central/ AfricaMuseum, Tervuren); Miguel Magalhães (Diretor, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa); Jean François Chougnet (Presidente do MUCEM, Marselha)
Moderação: Liliana Coutinho
18h00 – 19h30 – Conferência de encerramento e debate
Michael Rothberg (UCLA-Universidade da Califórnia, Los Angeles) – Cidadania da Memória: Legados Polémicos do Colonialismo e do Genocídio
Em 2011, Yasemin Yildiz e eu publicámos o ensaio “Memory Citizenship: Migrant Archives of Holocaust Remembrance in Contemporary Germany” num número especial da revista Parallax sobre “Memória Transcultural”. Nesse ensaio, recorremos ao conceito de “atos de cidadania” de Engin Isin, especialista do tema da cidadania, para demonstrar como as performances da memória elaboradas pelos imigrantes podem transformar o modo de entender a pertença coletiva. A categoria de “cidadania da memória”, no entanto, permaneceu indefinida. Nesta conferência, vou desenvolver esta categoria em três momentos. Primeiro, irei acrescentar alguma precisão conceptual à noção de cidadania da memória, recorrendo ao trabalho adicional de Isin, bem como ao de Jenny Wüstenberg. Em seguida, irei fazer um levantamento do campo atual da cidadania da memória, com particular referência à Alemanha, mas apontando para as suas implicações transnacionais mais vastas. Na parte final, investigarei a natureza contestada da cidadania da memória, recorrendo ao vídeo da escritora Priya Basil Locked In and Out (2020), estreado na inauguração virtual do controverso Fórum Humboldt, em Berlim. O vídeo de Basil estabelece explicitamente uma ligação entre memória e cidadania numa constelação multidirecional, que envolve o Holocausto e o colonialismo. O vídeo oferece uma oportunidade para refletir sobre as possibilidades e os limites da cidadania como modelo para pensar políticas da memória.
A conferência final está a cargo de Michael Rothberg, da Universidade da Califórnia, um dos mais destacados investigadores da área de estudos comparados, de estudos da memória e do Holocausto e da representação da violência na literatura e na arte.
O colóquio decorre em português, em francês e em inglês. Tradução simultânea de português - francês e francês - português estará disponível.
Notas Biográficas
Aimé Mpane é artista visual e curador. Partilha o seu tempo entre Kinshasa e Bruxelas, e a sua prática artística alicerça-se nas viagens entre a sua África natal e a sua Europa de adoção. Estudou escultura no Instituto de Belas Artes e pintura na Academia de Belas Artes de Kinshasa e na École Nationale Supérieure des Arts Visuels de La Cambre, Bruxelas. A par da escultura, trabalha a instalação e a pintura. Em obras como Congo: Shadow of the Shadow (2005), Ici on crève (2006), J‘ai oublié de rêver (2017), o artista explora as marcas do colonialismo belga e o sofrimento do povo congolês, numa reflexão sobre as heranças do colonialismo e a relação África-Europa. Mpane apela à solidariedade do género humano e à consciência coletiva. As suas obras falam de dignidade humana, de esperança, de coragem, de empatia e perseverança.
António Pinto Ribeiro é investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Foi diretor artístico e curador responsável em várias instituições culturais portuguesas, nomeadamente da Culturgest e da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi comissário-geral de “Passado e Presente – Lisboa Capital Ibero-Americana da Cultura 2017”. Os seus principais interesses de investigação desenvolvem-se na área da arte contemporânea, especificamente africanas e sul-americanas. Das suas publicações destacam-se: Novo Mundo. Arte contemporânea no tempo da pós-memória (2021), Peut-on décoloniser les musées? (2019) e África os quatro rios - A representação de África através da literatura de viagens europeia e norteamericana (2017).
António Sousa Ribeiro é diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e professor catedrático aposentado do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas (Estudos Germanísticos) da Faculdade de Letras da mesma universidade. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas das literaturas e culturas de expressão alemã, dos estudos sobre a violência, dos estudos de memória, dos estudos pós-coloniais e dos estudos culturais comparados. Tem publicado extensamente em áreas muito diversas. Destaque-se Representações da Violência (2013), Geometrias da memória: configurações pós-coloniais(2016);Einschnitte. Signaturen der Gewalt in textorientierten Medien (2016). Dedica-se também à tradução literária, tendo-lhe sido atribuído o Prémio Nacional de Tradução, 2017.
Fátima da Cruz Rodrigues é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, no âmbito do projeto Memoirs e MAPS. Doutorou-se em Sociologia pela Universidade de Coimbra (2013) com a tese Antigos combatentes africanos das Forças Armadas Portuguesas: a Guerra Colonial como território de (re)conciliação, vencedora do Prémio Fernão Mendes Pinto 2014. É docente da Universidade Lusíada do Porto e da Faculdade de Direito da Universidade do Porto. É “vice-chair” da Ação COST: CA18228 - Global Atrocity Justice Constellations. Os seus principais interesses de pesquisa giram em torno de diversas problemáticas relacionadas com as guerras coloniais/guerras de libertação, memória e pós-memória e crimes cometidos em contextos de guerras.
Fernando Cabral é diretor geral da Sistemas do Futuro − Multimédia, Gestão e Arte, Lda., empresa dedicada ao desenvolvimento de software na área da gestão do património cultural e natural desde 1995. É investigador do OCES – Observatório da Ciência e do Ensino Superior de Portugal e membro do Comité Internacional para a Documentação (CIDOC) do International Council of Museums (ICOM) e desenvolve projetos internacionais. Tem colaborado com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra em projetos de investigação envolvendo as humanidades digitais, como o projeto MEMOIRS – Filhos de Império e Pós-memórias Europeias (ERC) e MAPS - Pós-memórias europeias uma cartografia pós-colonial (FCT).
Graça dos Santos é professora catedrática da Universidade Paris-Nanterre, onde é investigadora e diretora do CRILUS (Centre de recherches interdisciplinaires sur le monde lusophone) e do doutoramento em Línguas, Literaturas e Civilizações românicas: Português. É também encenadora, atriz e professora de teatro. É cofundadora da companhia “Cá e Lá” (Compagnie bilingue français/portugais) e diretora de “Parfums de Lisbonne” – Festival d’urbanités croisées entre Lisbonne et Paris. Os seus trabalhos dedicam-se em particular a ditadura salazarista e à censura ao teatro. Tem publicado sobre as noções de corpo físico / corpo social, sobre as representações cénicas do corpo e do povo, a história do espetáculo português e europeu. Entre as suas atuais áreas de interesse, destacam-se os estudos culturais, os estudos pós-coloniais e os estudos sobre migrações.
Guido Gryssels é o diretor-geral do Museu Real da África Central-AfricaMuseum em Tervuren, na Bélgica. O RMCA é um museu e uma instituição científica federal de investigação e disseminação do conhecimento científico nos campos da biologia, ciências da terra, antropologia, história, agricultura e floresta da África Central. Guido Gryssels é doutorado em Ciências Agrícolas, desempenhou vários cargos direção na FAO, Nações Unidas. É membro do Conselho de Administração da Política Federal de Ciência, do Fundo Flamengo para Pesquisa Científica e do Fundo Holandês para Pesquisa Científica. É Presidente do Comité do Programa de Pesquisa em Alimentos e Negócios em Países em Desenvolvimento. É presidente do Consórcio Internacional da Biodiversidade do Congo, presidente do júri do prémio internacional Louis Malassis para a Alimentação e Agricultura e membro do júri do Prémio Internacional do Desenvolvimento Rei Balduíno.
Hélia Santos é investigadora e coordenadora do gabinete de gestão de projetos do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES). Tem mestrado em Sociologia, pelo Programa em “Pós-Colonialismos e Cidadania Global”, CES/Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra. Integra a equipa do projeto MEMOIRS na qualidade de estudante de doutoramento, com uma tese intitulada Paradoxos Coloniais: memória, pós-memória e esquecimento em narrativas de segunda geração. Tem vindo a publicar vários artigos sobre este tópico.
Liliana Coutinho é curadora e programadora de Debates e Conferências da Culturgest. Doutora em Estética e Ciências da Arte pela Universidade Paris 1, é investigadora do Instituto de História Contemporânea, da Universidade Nova de Lisboa. Escreve com regularidade, tendo coeditado o livro Paisagens Imprevistas (2020), e publicado, entre outros, “O delicado fio do comum”, in André Guedes, Ensaios para uma antológica (2016); “On the utility of a universal’s fiction”, in Gimme Shelter, Global Discourses In Aesthetics (2013). É Professora convidada na Pós-Graduação em Curadoria de Arte, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa.
Sandra Inês Cruz é licenciada em Jornalismo pela Escola Superior de Jornalismo do Porto. Integrou a redação da RTP Porto entre 1993 e 2000, e a da TVI entre 2000 e 2003, tendo, a partir daí, trabalhado como freelance na coordenação, apresentação e realização de vários programas de televisão e como autora de vários documentários. Foi docente de Televisão (ESJ - Porto) e de Teorias da Comunicação (Escola Superior Artística do Porto). Fez uma pós-graduação em Direito da Comunicação pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1999), é mestre em Literaturas e Culturas Africanas e da diáspora pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2010) e, atualmente, é estudante de doutoramento em “Pós-Colonialismos e Cidadania Global”, no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É autora de vários livros de ficção.
Katia Kameli é artista visual e curadora. As visitas à Argélia durante a infância e o contacto com a família do pai marcaram-na profundamente. É diplomada pela Escola Nacional de Belas Artes de Bourges e tem uma pós-graduação “Le Collège-Invisible”, na Escola Superior de Artes de Marselha. O seu trabalho encontra visibilidade e reconhecimento na cena artística e cinematográfica internacional, bem como em exposições individuais e coletivas. Expressa-se de forma interdisciplinar através do desenho, fotografia, instalação e cinema. Em obras como Nouba (2000) Bledi a possible scenario (2004), Le Roman Algérien (2016), Stream of Stories (2016-2020) a artista explora conceitos como hibridismo e uma identidade construída entre lugares, a revisitação e reescritura, e o cruzamento entre passado colonial e presente pós-colonial. Vive e trabalha em Paris.
Jean-François Chougnet é Presidente do Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo (MUCEM) em Marselha. É licenciado pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris. Após os seus estudos na École Nationale d’Administration, foi nomeado para o Ministério da Cultura e, desde então, dedicou a sua carreira às políticas culturais. Foi diretor-geral do Parc et de la grande Halle de la Villette (Paris) de 2001 a 2006. De 2007 a 2011, foi diretor da Fundação Berardo, em Lisboa. Em 2011, tornou-se diretor-geral da Associação Marseille-Provence 2013, coordenando os eventos que promoveram a candidatura da cidade de Marselha a Capital Europeia da Cultura em 2013. Em 2014, foi nomeado Presidente do MUCEM, um museu dedicado à preservação, estudo, apresentação e mediação do património antropológico relacionado com a área europeia e mediterrânica.
Margarida Calafate Ribeiro é investigadora-coordenadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e responsável da Cátedra Eduardo Lourenço da Universidade de Bolonha/ Instituto Camões (com Roberto Vecchi). É doutorada pelo King ́s College, Universidade de Londres. Coordena os projetos de investigação MEMOIRS - Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias do Conselho Europeu de Investigação e MAPS – Pós-Memórias europeias uma cartografia pós-colonial (FCT). Das suas diversas publicações destaque-se: Uma história de regressos: Império, Guerra Colonial e pós-colonialismo (2004), e a co-organização de Geometrias da memória: Configurações pós-coloniais (2016), com António Sousa Ribeiro e Heranças pós-coloniais
Michael Rothberg é professor catedrático de Inglês e Literatura Comparada no Departamento Literatura Comparada na Universidade da Califórnia, Los Angeles. Coordena a Cátedra de Literatura Comparada e a Cátedra 1939 Society Samuel Goetz em Estudos do Holocausto, na mesma universidade. Os seus interesses de investigação passam pelos direitos humanos, estudos culturais, estudos do Holocausto, estudos de memória e trauma, literatura contemporânea e teoria crítica. Entre as suas publicações destacam-se The Implicated Subject: Beyond Victims and Perpetrators (2019), Multidirectional Memory: Remembering the Holocaust in the Age of Decolonization (2009) e Traumatic Realism: The Demands of Holocaust Representation(2000). Co-organizou diversas publicações como The Holocaust: Theoretical Readings (2003), e números especiais de revistas como Trump and the “Jewish Question”(Studies in American Jewish Literature), Noeuds de Mémoire: Multidirectional Memory in Postwar French and Francophone Culture (Yale French Studies), Between Subalternity and Indigeneity: Critical Categories for Postcolonial Studies(Interventions),States of Welfare(Occasion) eTranscultural Negotiations of Holocaust Memory (Criticism). O seu trabalho está traduzido em diversas línguas e publicado em algumas das mais conceituadas revistas científicas.
Miguel Magalhães é Diretor do Programa Gulbenkian Cultura desde 2021. Esteva na Delegação da Fundação Calouste Gulbenkian em França entre 2011 e 2021, assumindo as funções de diretor a partir de 2017. Licenciado em Direito (Universidade Católica Portuguesa), fez um Master em Arts Management (City University, Londres) e integrou o Advanced Management Program na escola de negócios INSEAD (Fontainebleau, França). Foi membro da comissão de mecenato da Fondation nationale des arts graphiques et plastiques (França) durante o biénio 2016-2017, sendo atualmente membro do Conselho de Administração da Fondation Mattei Dogan (França). Foi professor convidado em diferentes universidades em Portugal e integrou a equipa docente do Curso de Gestão/Produção das Artes do Espetáculo do Fórum Dança (Lisboa).
Paulo Faria é escritor e tradutor literário. Licenciado em Biologia, dedica-se à tradução literária de autores como George Orwell, Jack Kerouac, James Joyce, Don DeLillo e Cormac McCarthy. Venceu, em 2015, o Grande Prémio de Tradução APT/SPA, com História em duas cidades, de Charles Dickens. Autor de crónicas publicadas no Público, revista Ler e Newsletter Memoirs, estreia-se no romance com Estranha guerra de uso comum (2016) um romance que constitui um exercício de resgate do passado paterno no conflito colonial em África. Esta busca continua, com uma viagem a Moçambique, no segundo romance, Gente acenando para alguém que foge (2020). Publicou recentemente Em todas as ruas te encontro (2021).
Vítor Belanciano é jornalista cultural, crítico de música e cronista. Está no jornal Público há mais de vinte anos. Tem formação em Antropologia e Sociologia. Viveu parte da infância em Niza, cresceu no Barreiro, vive em Lisboa, sente-se do Alentejo. Foi sendo, ao longo dos anos, ator, DJ, cientista social ou professor. Tem estado mais no jornalismo, mas não pratica imparcialidade e neutralidade. Acredita, isso sim, em escolhas, no rigor, na transparência, em expor pluralidade, na análise, no questionamento e na possibilidade de, através da cultura, misturar assuntos, atravessar linguagens, seja política, economia, sociedade, música, arte e ideias. É daí que nasce Não dá para ficar parado. Música afro-portuguesa − celebração, conflito e esperança (2020), onde tanto é observador distanciado como ator ciente. A música é o ponto de partida.
Zia Soares é atriz, encenadora e diretora artística do Teatro GRIOT. Foi uma das atrizes fundadoras do Teatro Praga, onde trabalhou de 1994 a 2000, como diretora, encenadora e atriz. Trabalha regularmente em Portugal, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. O seu percurso artístico passou pelo ballet e pela percussão com a Companhia Nacional de Ballet da Guiné-Bissau, pelas artes circenses, com a Amsterdam Balloon Company, e pelo teatro, com a Companhia de Teatro “Os Sátyros”, de São Paulo, Brasil. Em 2018 e 2019, criou e dirigiu as primeiras performances produzidas e interpretadas por mulheres negras em Portugal − “Gestuário I”, produção INMUNE (Instituto da Mulher Negra em Portugal), e “Gestuário II”, coprodução INMUNE/BoCA-Biennial of Contemporary Arts, as peças Luminoso Afogado e O Riso dosNecrófagos, e a performance MachimGang. Em cinema, trabalhou com João Botelho, Pedro Filipe Marques, Pocas Pascoal, Romano Casselis e Uli Decker. Colabora em projetos dos artistas visuais Kiluanji Kia Henda, Mónica de Miranda e Sofia Berberan.
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CURADORIA: Projeto MEMOIRS — Filhos do Império e Pós-memórias Europeias e MAPS - Pós-memórias Europeias: uma cartografia pós-colonial Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra
MEMOIRS é financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC) no âmbito do Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação Horizonte 2020 da União Europeia (n.o 648624); MAPS é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT - PTDC/LLTOUT/7036/2020). Os projetos estão sediados no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.
Fundação Calouste Gulbenkian, sala 1 (zona de Congressos), 5-6 Dezembro 2019, 9h Tradução simultânea para o português e inglês. Entrada gratuita
Comissão Organizadora: Ana Mafalda Leite (FLUL-CESA) Joana Pereira Leite (CESA/ISEG) Jessica Falconi (CESA/ISEG) Elena Brugioni (IEL/UNICAMP e CESA) Giulia Spinuzza (CESA/ISEG) Instituição Proponente: CEsA/CSG, ISEG, Universidade de Lisboa Evento realizado no âmbito do Projecto NILUS-Narrativas do Oceano Índico no Espaço Lusófono, financiado pela FCT (PTDC/CPC-ELT/4868/2014) e coordenado pela Professora Ana Mafalda Leite (CEsA/CSG e FLUL)
O evento, inédito em Portugal, propõe-se reunir professores, investigadores, escritores, poetas e artistas de diversas áreas do Oceano Índico.
Objectivo do Colóquio é:
- reflectir sobre as representações e circulações culturais no Oceano Índico
- fortalecer a colaboração académica, cultural e artística internacional no quadro dos Indian Ocean Studies.
PROGRAMA 5 de Dezembro 9h Abertura 9h30-10h30 - Conferência de Abertura: “Coolitude, quand l’engagisme réécrit l’océan Indien et l’Histoire en résistances et créativités incessantes” Khal Torabully (Maurícias e França) _______________
10h45-12h15 - Painel Circulações no Oceano Índico “Literatura de viagens e matriz colonial na periferia do oceano Índico. De Moçambique a Timor” Manuel Lobato (FLUL, Portugal) “Pela voz das mulheres. Nação e nacionalismo na Índia portuguesa” Rosa Maria Perez (CRIA, ISCTE, Portugal) “Conceptualização, imaginação e experiência do Índico na imprensa goesa: um inquérito” Sandra A. Lobo (CHAM, FCSH, Portugal) _________________
14h-15h30 - Narrativas do Oceano Índico no Espaço Lusófono “O projecto de investigação NILUS” Apresentação: Giulia Spinuzza e Jessica Falconi (CEsA/CSG, ISEG-ULisboa, Portugal) __________________
16h-18h - Diálogos literários do Índico 16h-17h Sessão I João Paulo Borges Coelho (Moçambique) e Barlen Pyamootoo (Maurícias) 17h-18h Sessão II Luís Carlos Patraquim (Moçambique) e Khal Torabully (Maurícias e França)
6 de Dezembro 9h-10h - Conferência Plenária / Keynote 2 “Ficções do Índico Moçambicano” João Paulo Borges Coelho (Moçambique) ______________________
10h30-12h - Painel Representações do Oceano Índico e debate “Moving frames and circulating subjects: photographic reflections on Indian Ocean Africa” Meg Samuelson (University of Adelaide, Australia) “Moving Still: Bicycles in Ranchhod Oza’s Photographs of 1950s Stone Town (Zanzibar)” Pamila Gupta (WISER, WITS University, South Africa) “Crossing frontiers: the writings, collections and travels of a Bombay scholar and doctor (1860-1900)” Filipa Lowndes Vicente (ICS, ULisboa, Portugal) _______________
14h-15h – Diálogos literários do Índico Jessica Faleiro (Goa, Índia) e Luís Cardoso (Timor-Leste) _______________ 15h-16h Lançamento da Antologia de Textos Teóricos em Português sobre o Oceano Índico Lançamento do website NILUS _____________
16h30-17h30 – Conferência de Encerramento “I am an Ocean Artist” Subodh Kerkar (Goa, Índia)
Colóquio internacional, 29 e 30 de Outubro de 2018, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
As identidades nacionais têm-se revelado construções homogeneizadoras, orientadas para a obliteração das diferenças, não deixando, contudo, de ser relevantes a nível político (nacional e internacional), social, cultural, etc., apesar dos processos pós-nacionais internacionalizantes em vigor. Tais construções costumam identificar o nacional com certas imagens idealizadas do homem heterossexual em detrimento tanto das mulheres, quanto de outras identidades de género e orientações sexuais. Personagens de identificação nacional têm sido maioritariamente masculinas: soberanos, heróis de guerra, rebeldes que libertam a pátria de opressores, estrelas no desporto, música, pintura e outras artes, escritores e filósofos canônicos etc. Estas personagens masculinas, omnipresentes nas memórias das nações, costumam apresentar, além do mais, uma masculinidade hegemónica que exclui outras formas do masculino e legitima, até certo grau, a discriminação e a violência contra mulheres e os vários sujeitos do vasto leque da dissidência sexo-genérica.
A inclusão das mulheres nos discursos da identidade nacional tem muitas vezes traduzido, em várias e diversas latitudes, o desejo de domesticar a diferença e produzir um sujeito unitário com funções e caraterísticas definidas pelo patriarcado. Casos paradigmáticos são, por exemplo, a imagem generalizada da mulher africana decalcada do conceito de Mãe África, tornando-a guardiã das tradições, transmissora da ‘cultura’ e agente reprodutor, ou o recente enviesamento visível no Brasil, após o golpe de 2016, onde o recato e a domesticidade voltam a ser características enaltecedoras do sujeito mulher (como no caso da descrição da esposa do presidente Temer, pelos media, como “bela, recatada e do lar”).
Este colóquio propõe releituras críticas do nacional, em termos de género. No foco de interesse estarão países de língua oficial portuguesa – Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe – mas também as dinâmicas diaspóricas, regionais ou continentais nas quais estes países se inscrevem. Os feminismos, maioritariamente os do sul, constituem abordagens privilegiadas de análise, bem como os estudos queer, as epistemologias do sul ou a perspetiva decolonial.
Ana Paula Tavares (CLEPUL, ULisboa) Catarina Martins (CES, UCoimbra) Denilson Lopes (ECO, UFRJ) Fernanda Gil Costa (CEC, ULisboa) Inocência Mata (CEC, ULisboa) Isabel Maria Casimiro (CEA, U Eduardo Mondlane) Joacine Katar Moreira (ISCTE, IULisboa) Luísa Afonso Soares (CEC, ULisboa) M. Felisa Rodríguez Prado (U Santiago de Compostela) Teresa Cunha (CES, UCoimbra)
Conferencistas e palestras confirmadas/os:
Ana Paula Tavares (CLEPUL, ULisboa), “Identidade e poesia. Construções, revisitas e tempo: Angola, discurso e pratica” Catarina Martins (CES, UCoimbra), “Rompendo os corpus das literaturas nacionais africanas – corpos nus de mulheres negras” Denilson Lopes (ECO, UFRJ), “Por uma historiografia queer das sensações” Isabel Maria Casimiro (CEA, U Eduardo Mondlane), “‘Cinderelas do nosso Moçambique’: confrontando diálogos entre jovens feministas e veteranas da luta armada” Joacine Katar Moreira (ISCTE, IULisboa), “Narrativas interseccionais negras em Portugal” Teresa Cunha (CES, UCoimbra), “Podem as Sindarelas falar? DecliNações Feministas e pós-coloniais: Moçambique, Timor-Leste”
Entre finais do século XX e inícios do século XXI, tiveram lugar em Portugal diversas iniciativas de comemoração dos “descobrimentos portugueses”, assinalando-se, nomeadamente, o quinto centenário da descoberta do caminho marítimo de Portugal para a Índia (1498) e a chegada ao Brasil de uma frota liderada por Pedro Álvares de Cabral (1500). As iniciativas foram em boa parte patrocinadas pelo Estado português, que criou a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses (1986-2002) e se empenhou na organização de grandes eventos internacionais como a Expo’98. Organizado pela revista Práticas da História – a Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past, este seminário procura criar um espaço de reflexão em torno desse ciclo comemorativo, para o efeito convocando o testemunho de um dos seus protagonistas, o historiador e comissário da CNCDP (1995-1998) António Hespanha. Ao mesmo tempo, o seminário pretende abrir uma janela de onde é possível igualmente analisar, a partir de quatro estudos de caso, outros tantos contextos de tematização dos “descobrimentos”, da historiografia marítima portuguesa de final do século XIX às políticas museológicas da Lisboa de hoje, passando pelas relações luso-britânicas ao tempo das comemorações henriquinas ou a programação televisiva no Portugal dos anos de 1980.
10h45 | Abertura do seminário, por Elisa Lopes da Silva e José Ferreira (Práticas da História, ICS-UL)
11h | Jaime Rodrigues, Vicente de Almeida d’Eça e a historiografia marítima em 1898. Comentário de Amélia Polónia.
12h | Stefan Halikowski-Smith e Benjamin Jennings, Prince Henry the Navigator and Portuguese maritime enterprise at the British Museum: an exhibition to celebrate the quincentenary of the Infante’s death. Comentário de Pedro Aires de Oliveira.
13h | pausa para almoço
14h30 |Marcos Cardão, “A Grande Aventura”. Televisão, nacionalismo e as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Comentário de Tiago Baptista.
15h30 | José Neves, Capitalizar a globalização: uma exposição recente em torno da Lisboa Renascentista. Comentário de Nuno Senos.
16h30 | pausa para café
17h | António Hespanha, Comemorar como política pública. A Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, ciclo 1997-2000. Comentário de Robert Rowland.
Organização: Práticas da História | CHAM | IHC
Coordenação: Elisa Lopes da Silva, José Ferreira, José Neves e Pedro Martins.
24 e 25 de novembro de 2017, 9h Faculdade de Economia da UC
Apresentação
O centenário da Revolução Russa serve de ocasião para o CES promover uma reflexão alargada sobre os caminhos emancipatórios que atravessaram o mundo no século XX e sobre as suas heranças, legados e limites. Enquanto lugar-símbolo das esperanças e dos impasses de um novo modelo socialista, 1917 constitui uma oportunidade analítica para pensar experiências e projetos que, na sua esteira e fora dela, foram construindo trajetórias alternativas ao capitalismo, ao colonialismo e ao patriarcado. Num tempo em que as hipóteses emancipatórias parecem pulverizadas, este encontro internacional procurará refletir criticamente sobre as mudanças ocorridas ao longo do século XX e sobre o lugar e a natureza dos imaginários de transformação social e libertação nos dias de hoje.
Mesas
É tão difícil imaginar o fim do capitalismo como imaginar que o capitalismo não tenha fim? Esta sessão transforma em pergunta uma constatação feita por Boaventura de Sousa Santos. A experiência soviética inscreveu as alternativas sistémicas ao capitalismo no campo das possibilidades. O colapso da União Soviética pareceu validar a ideia de que o capitalismo seria afinal o último estádio da evolução histórica. Praticamente sem freios e contrapesos, o desenvolvimento do capitalismo alimentou desde aí crises sem fim. A catástrofe ambiental eminente é naturalmente uma das mais importantes, mas não é a única. Torna-se de novo urgente pensar criticamente sobre o capitalismo e sobre outros ismos, esconjurando o espectro da barbárie.
Litografia 'Beat the Whites with the red wedge!' de El Lissitzky (1920)
Adeus Lenine? A história dos ideais socialistas é uma história feita de vitórias e derrotas, de esperanças e tragédias, de conquistas e de bloqueios. A evocação do nome do líder soviético - e do conhecido filme de Wolfgang Becker - permite-nos aqui equacionar as heranças políticas e ideológicas que a revolução russa pode suscitar, bem como reimaginar a possibilidade das hipóteses socialistas nos tempos de hoje.
Colonialismo, não passará? As lutas anticoloniais têm outro nome que não pode ser esquecido: as lutas de libertação nacional. Este jogo de espelhos reflete os lugares de enunciação a partir dos quais se olham e se pensam essas dinâmicas de emancipação que foram decisivas para a história do século XX e para a reimaginação do mundo no nosso século. Nessas lutas de libertação nacional e nas independências que se lhe seguiram estão inscritas muitas das energias criadas e alimentadas pelos ideais do socialismo e da revolução russa. Contudo, hoje em dia, a pergunta sobre se o ciclo colonial já passou adquire novos sentidos face aos desenlaces pós-democráticos e neoliberais que invadem e povoam os horizontes políticos de uma boa parte da humanidade.
Pode a subalterna falar? Ainda que os ideais emancipatórios propagados pela revolução russa e pelos seus legados tivessem dado atenção à subalternidade das mulheres nas várias esferas da vida, não conseguiram tornar irreversível um imaginário feminista capaz de romper com os múltiplos sexismos que continuam a permear as sociabilidades. Partindo da assunção de que as mulheres não são uma minoria entre outras que têm sido oprimidas e discriminadas, colocar a questão no feminino, tal como é feito, obriga-nos a uma atenção epistemológica sobre todos os sistemas de opressão. Neste sentido, esta é a abordagem feminista que propomos e que, qualquer revolução, de ontem ou de hoje, deveria assumir como sua.
Comissão organizadora João Rodrigues, Miguel Cardina, Teresa Almeida Cravo e Teresa Cunha
Comissão científica António Sousa Ribeiro, Boaventura de Sousa Santos, Carlos Fortuna, Catarina Martins, Diana Andringa, Elísio Estanque, Isabel Caldeira, José António Bandeirinha, José Manuel Mendes, José Reis, Licínia Simão, Manuel Carvalho da Silva, Maria Paula Meneses, Nuno Teles, Pedro Hespanha, Rui Bebiano, Sara Araújo, Silvia Rodríguez Maeso e Teresa Maneca Lima
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL), 26 de maio 2017 / 09h 30m
Um colóquio multidisciplinar que assinala a passagem de 40 anos dos acontecimentos de 27 de Maio de 1977 em Angola, cujas consequências perduram até hoje na sociedade angolana. A necessidade de se criar um espaço de reflexão no meio académico serviram de mote aos organizadores para proporem a realização de um colóquio, no qual os investigadores pudessem partilhar e debater as suas pesquisas com a comunidade científica e a sociedade em geral.
A participação de investigadores de diferentes áreas do conhecimento permitirá uma abordagem multidisciplinar, para uma melhor compreensão deste fenómeno histórico angolano, através das suas múltiplas dimensões: política, social e cultural. Por isso, participam investigadores da história, da música, da antropologia, dos direitos humanos e da justiça.
Pretende-se que esta problemática saia da penumbra e do mujimbosocial em que tem estado confinada e reduzida até hoje na sociedade angolana, para que seja incluída como tema próprio nas discussões académicas das Ciências Sociais, nomeadamente dos Estudos Africanos, da História de África e, em particular, da História de Angola.
Comissão Organizadora: Myriam Taylor de Carvalho, Verónica Leite de Castro, Edson Vieira Dias Neto, Pedro Aires Oliveira
PROGRAMA
9h 30m – Receção, inscrição, Venda de livros
10h / 10h 20m – Boas vindas e apresentação do evento
Pedro Aires Oliveira (IHC-FCSH-UNL)
Verónica Leite de Castro (Membro da Organização)
1º Painel – 10h 20m / 12h 20m
Moderador Michel Cahen (CNRS / Casa Velazques)
Mabeko Tali (HUW)
O 27 de Maio, 40 anos depois: uma exégese do discurso nitista.
Margarida Paredes (UFBA)
Uma narrativa silenciada, a liderança das mulheres na revolta do 27 de Maio de 1977. O caso do ‘Destacamento Feminino’ das FAPLA.
Leonor Figueiredo (Investigadora Independente)
A importância das fontes orais na abordagem ao «27 de Maio».
Francisco Júnior (FLUC)
Cânticos silenciados em 1977: Lembranças musicais de Artur Nunes, David Zé e Urbano de Castro.
12h 20m / 13h 30m – Debate
13h 30m / 15h – Almoço livre
2º Painel – 15h – 17h
Moderador José Pedro Castanheira (Jornalista)
Marcolino Moco (Ex primeiro Ministro de Angola)
O 27 de Maio. Problema angolano no contexto africano. Que tipo de justiça?
Benja Satula (UCAN – UCP)
“Do processo ao não processo”, a irracionalidade dos“guerrilheiros da razão”.
Está aberto até 15 de Maio o prazo para a apresentação de propostas de comunicações para participar no colóquio internacional “Teatro: Estética e Poder”, organizado pelo Centro de Estudos de Teatro e o Centro de Estudos Clássicos da FLUL – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que terá lugar nos dias 21 e 22 de Novembro de 2013. Este colóquio, organizado em sessões plenárias, com participantes convidados, e em sessões paralelas de comunicações por inscrição, pretende constituir ocasião propícia a uma reflexão sobre o teatro nas suas múltiplas dimensões performativa, literária, filosófica, histórica, ideológica, política e social e a sua relação com as outras artes. As comunicações terão uma duração de 20 minutos e poderão ser apresentadas em várias línguas: português, inglês, francês, espanhol e italiano. Na sequência do colóquio, será publicado um volume com uma selecção dos textos apresentados.
Os interessados poderão obter mais informações aqui.
Ricardo Achiles Rangel (Lourenço Marques, 15 de fevreiro de 1927- Maputo, 11 de junho de 2009), foi um fotojornalista e fotógrafo moçambicano.
AKulungwana e o Centro Cultural Brasil Moçambique organizamcolóquio sobre a obra de Ricardo Rangel, no dia 17 de Julho de 2012, com início as 14h30, assim como no cocktail de encerramento, nas instalações do CCBM.
PROGRAMA 14h30 Saudação aos participantes Henny Matos, Directora Executiva da Kulunguana 14h40 Abertura do Colóquio José Luis Cabaço, Presidente do Colóquio 14h50 Primeiro Painel Raul Calane da Silva: “A Geração de Ricardo Rangel” José Mota Lopes: “Ricardo Rangel, nos textos dos seus contemporâneos” Debate 15h55 Segundo Painel Rui Assubuji: “Ricardo Rangel - uma visão crítica da sua arte” Nelson Saute: “Foto-jornalismo, ontem e hoje” Debate 17h00 Terceiro Painel Drew Thompson “Iconicity of Ricardo Rangel and the Production of Mozambican History” José Teixeira “O pão nosso de cada noite: ousadia datada ou tema actual?” Debate 18h00 Encerramento do Colóquio José Luis Cabaço Agradecimento aos participantes Cocktail Local: Centro Cultural Brasil-Moçambique, MAPUTO Av. 25 de Setembro, 1728 Entrada livre
Já esta segunda-feira, 14 de Maio, no Porto, o espaço Maus Hábitos (em frente ao Coliseu) acolhe a segunda edição do “Tinha Paixão? - Literaturas Brasileira e Africana”. À semelhança da primeira edição, mantém como objectivo principal partilhar com o público alguns dos grandes nomes das literaturas brasileira e africana dos séculos XX e XXI. Arrancou no passado dia 26 de Abril e prevê cinco sessões de colóquios, a decorrer todas as segundas-feiras, em espaços diferentes, até dia 28 de Maio. Esta edição está marcada para as 18h30 e tem como convidados Ana T. Rocha, que falará sobre a poeta são-tomense Conceição Lima, Pires Laranjeira, que falará sobre o poeta angolano João-Maria Vilanova e Vanessa Rodrigues, que falará sobre a escritora brasileira Andrea del Fuego.
Na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa acontece a 16 de Maio, pelas 16 horas, o colóquio intitulado “Literatura e Culturas Africanas – Perspectivas de Ensino”, com as intervenções de Ana Mafalda Leite, Ana Paula Tavares, Fátima Mendonça, Inocência Mata, Luís Dias Martins e Pires Laranjeira.
Lisboa, 21 - 23 de Junho de 2012 ISCSP-UTL, Auditório Piso 0
O Colóquio Internacional Cabo Verde e Guiné-Bissau: Percursos do Saber e da Ciênciaresulta de uma parceria entre investigadores do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) e do Centro de Administração e Políticas Públicas do Instituto de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP-UTL) no quadro de programas de investigação em curso, e visa criar um fórum para investigadores das várias áreas do saber científico apresentarem e partilharem estudos e resultados de projectos sobre Cabo Verde e a Guiné-Bissau.
Reflectindo em simultâneo uma história partilhada imposta pela presença colonial Portuguesa e uma evolução diferenciada em função de condições específicas e percursos próprios, Cabo Verde e a Guiné-Bissau, são hoje uma referência fundamental no mundo Atlântico e na África Ocidental atestada pelo crescente número de trabalhos de investigação e de projectos de cooperação. Nesse sentido, este Colóquio pretende dar maior visibilidade à investigação que tem vindo a ser feita contribuindo para dinamizar o interesse por estes dois países e sublinhando o papel desempenhado pela investigação científica e pelo envolvimento directo no desenvolvimento e na cooperação.
Privilegiar-se-á uma abordagem comparativa e interdisciplinar que tenha em conta perspetivas históricas, antropológicas, sociológicas, culturais, económicas, políticas, biológicas e ambientais, que permita não só uma visão histórica e multidisciplinar em termos regionais e mundiais mas também em termos do reconhecimento da importância dos saberes e do conhecimento científico no contexto actual destas sociedades. Espera-se que através de uma análise histórica mais global e abrangente, seja possível uma melhor compreensão da situação presente destes dois países, ajudando a identificar dificuldades actuais e a cooperar na sua resolução.
Áreas temáticas propostas: Ocupação, História colonial e Escravatura Etnicidade, Sociedades crioulas e Diáspora Colonialismo moderno, Descolonização e Período pós-colonial Biodiversidade, Etnobotânica, Medicina tradicional Gestão, Conservação e Uso Sustentável de Recursos Naturais Práticas humanas, Alterações climáticas e Impactos ambientais Saúde, Alimentação e Ambiente Literatura, Cultura e Educação Desenvolvimento e Cooperação (apresentação de projectos)
De 27 a 29 de Março de 2012 no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa.
O Colóquio Internacional São Tomé e Príncipe numa perspectiva interdisciplinar, diacrónica e sincrónica resulta de uma parceria entre investigadores do Centro de Estudos Africanos do ISCTE ‐ Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE‐IUL) e do Investigação Científica Tropical (IICT) no quadro de programas de investigação em curso, e visa apresentar e partilhar estudos e resultados de projectos sobre São Tomé e Príncipe, nas várias áreas do saber científico.
COLÓQUIO INTERNACIONAL CABO VERDE E GUINÉ BISSAU: PERCURSOS DO SABER E DA CIÊNCIA LISBOA, 21-23 DE Junho de 2012 ISCSP-UTL, Auditório Piso 0 O Colóquio Internacional Cabo Verde e Guiné-Bissau: Percursos do Saber e da Ciência resulta de uma parceria entre investigadores do Programa de Desenvolvimento Global do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) e do Centro de Administração e Políticas Públicas do Instituto de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP-UTL) no quadro de programas de investigação em curso, e visa criar um fórum para investigadores das várias áreas do saber científico para apresentarem e partilharem estudos e resultados de projetos sobre Cabo Verde e a Guiné-Bissau. Refletindo em simultâneo uma história partilhada imposta pela presença colonial Portuguesa e uma evolução diferenciada em função de condições específicas e percursos próprios, Cabo Verde e a Guiné-Bissau, são hoje uma referência fundamental no mundo Atlântico e na África Ocidental atestada pelo crescente número de trabalhos de investigação e de projetos de cooperação. Nesse sentido, este Colóquio pretende dar maior visibilidade à investigação que tem vindo a ser feita contribuindo para dinamizar o interesse por estes dois países e sublinhando o papel desempenhado pela investigação científica e pelo envolvimento direto no desenvolvimento e na cooperação. Privilegiar-se-á uma abordagem comparativa e interdisciplinar que tenha em conta perspetivas históricas, antropológicas, sociológicas, culturais, económicas, políticas, biológicas e ambientais, que permita não só uma visão histórica e multidisciplinar em termos regionais e mundiais mas também em termos do reconhecimento da importância dos saberes e do conhecimento científico no contexto atual destas sociedades. Espera-se que através de uma análise histórica mais global e abrangente, seja possível uma melhor compreensão da situação presente destes dois países, ajudando a identificar dificuldades atuais e a cooperar na sua resolução. Áreas temáticas propostas: Ocupação, História colonial e Escravatura Etnicidades, Sociedades crioulas e Diáspora Colonialismo moderno, Descolonização e Período pós-colonial Biodiversidade, Etnobotânica, Medicina tradicional Gestão, Conservação e Uso Sustentável de Recursos Naturais Práticas humanas, Alterações climáticas e Impactos ambientais Saúde, Alimentação e Ambiente Literatura, Cultura e Educação
Desenvolvimento e Cooperação (apresentação de projetos) Comissão Organizadora
Fernando Serra (ISCSP-UTL) José da Silva Horta (FLUL)
João Carlos Garcia (UP)
Leopoldo Amado (CES - UC)
Luís Catarino (JBT – IICT-IP)
Mamadú Jao (INEP – Guiné Bissau)
Maria Cristina Duarte (IICT)
Maria Emília Madeira Santos (IICT-IP)
Olga Silva (FFUL)
Pedro Borges Graça (ISCSP-UTL)
Vítor Rosado Marques (IICT-IP)
Wilson Trajano Filho (UB, Brasil) Secretariado
Teresa Vilela (IICT) Lívia Ferrão (IICT) Carolina Barata (ISCSP-UTL) Suelen Tavares (ISCSP-UTL) O Colóquio é aberto a todos os interessados, investigadores e público em geral. As propostas de comunicação deverão ser enviadas, sob forma de resumo, em português ou inglês, para coloquio.CVGB@gmail.com até 30 de Março de 2012, sendo os resultados da avaliação comunicados até 30 de Abril de 2012. As comunicações terão uma duração de 20 minutos e poderão ser apresentadas em português ou em inglês embora não seja possível a tradução simultânea. Informações e normas para a apresentação de resumos em http://coloquiocvgb.wordpress.com/ A inscrição é obrigatória e gratuita, não sendo possível à organização custear despesas de deslocação e estadia.
International Conference on Cape Verde and Guinea Bissau: Paths of Knowledge and Science LISBON, 21-23 June 2012 ISCSP-UTL, Auditório Piso 0 The International Conference on Cape Verde and Guinea Bissau: Paths of Knowledge and Science, is the result of the collaboration between the Global Development Programme of the Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) and the Centro de Administração e Políticas Públicas of the Instituto de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP-UTL) in Lisbon in the context of ongoing research projects, and aims to provide a platform for scholars from a wide range of disciplines to discuss their work on Cape Verde and Guinea Bissau. Reflecting at the same time the shared history imposed by the Portuguese colonial presence, and the distinct evolution of the territories and their populations each with their own particular dynamics, Cape Verde and Guinea Bissau today constitute a fundamental reference for the Atlantic World and West Africa in view of the growing body of scientific knowledge and development projects. As a result, the International Conference intends to give greater visibility to research on these territories and societies, thereby contributing to boost the interest in the two countries and focus on the roles played by scientific research and international cooperation. The International Conference will give priority to comparative and interdisciplinary approaches that take into account historical, anthropological, sociological, cultural, economic, political, biological and environmental perspectives, as well as local, regional and global aspects of these countries’ past and present. By recognizing the importance of indigenous and scientific knowledge, the meeting expects to contribute towards a better understanding of the present situation of these countries, help identify certain issues and problems and discuss possible solutions. Proposed topics:
Occupation, Colonial History and Slavery Ethnicity, Creole Societies and Diaspora Modern Colonialism, Decolonization and Post-Colonial Development Biodiversity, Ethnobotany, Indigenous Medicine Management, Conservation and Sustainable Use of Natural Resources Climate Change, Human Intervention and Environmental Impact Health, Nutrition and Environment Literature, Culture and Education Development and Cooperation Organising Committee
Ana Cristina Roque (IICT-IP) António Nóbrega (ISCSP-UTL) Celeste Quintino (ISCSP-UTL) Cristina Branquinho (CBA-FCUL) Eduardo Leitão (IICT-IP) Fernando Serra (ISCSP-UTL) José da Silva Horta (FLUL) João Carlos Garcia (UP) Leopoldo Amado (CES - UC) Luís Catarino (JBT – IICT) Mamadú Jao (INEP – Guiné Bissau) Maria Cristina Duarte (IICT-IP) Maria Emília Madeira Santos (IICT-IP) Olga Silva (FFUL) Pedro Borges Graça (ISCSP-UTL) Vítor Rosado Marques (IICT-IP) Wilson Trajano Filho (UB, Brasil) Secretariat
Teresa Vilela (IICT-IP)
Lívia Ferrão (IICT-IP)
Carolina Barata (ISCSP-UTL)
Suelen Tavares (ISCSP-UTL) The International Conference is open to all interested parties, researchers and the general public. Paper proposals should be submitted, in English or Portuguese, to the following e-mail address coloquio.CVGB@gmail.com. The deadline for the submission of abstracts is 30th March 2012; notifications of acceptance will be sent out by the 30th of April. Maximum allotted time for presentations is 20 mins. Other information and rules of submission of paper proposals available at http://coloquiocvgb.wordpress.com/ Registration is obligatory and free; the organizers of the International Conference cannot provide funding for travel and accommodation expenses.
Colóquio Internacional São Tomé e Príncipe numa perspectiva interdisciplinar, diacrónica e sincrónica
Lisboa, ISCTE‐IUL, 27 e 28 de Março de 2012
O Colóquio Internacional São Tomé e Príncipe numa perspectiva interdisciplinar, diacrónica e sincrónica resulta de uma parceria entre investigadores do Centro de Estudos Africanos doISCTE ‐ Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE‐IUL) e do Programa de Desenvolvimento Globaldo Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) no quadro de programas de investigaçãoem curso, e visa apresentar e partilhar estudos e resultados de projectos sobre São Tomé ePríncipe, nas várias áreas do saber científico.
Reflectindo a sua pequena dimensão, em termos quantitativos a produção científica relativamente a São Tomé e Príncipe não é comparável com a de outros países africanos lusófonos maiores, como Angola ou Moçambique. Contudo, nos últimos anos o número dos trabalhos de investigação relacionados com o pequeno arquipélago no Golfo da Guiné tem aumentado consideravelmente, tanto nas áreas das Ciências Sociais, como das Ciências
Naturais. Nesse sentido, este Colóquio pretende dar maior visibilidade à investigação que tem vindo a ser feita, criando oportunidades para os investigadores das diversas áreas científicas apresentarem os seus trabalhos e contribuírem, deste modo, para dinamizar o interesse por São Tomé e Príncipe e pelo papel desempenhado pela investigação científica.
Privilegiar‐se‐á uma abordagem comparativa e interdisciplinar que tenha em conta perspectivas históricas, antropológicas, sociológicas, culturais, económicas, políticas, biológicas e ambientais, que permita não só uma perspectiva histórica em termos globais e ao nível da relação do arquipélago com o continente Africano e com o mundo, mas também em termos do reconhecimento da importância dos saberes no contexto actual desta sociedade. Espera‐se que através de uma compreensão histórica mais aprofundada da realidade deste arquipélago, seja possível uma melhor compreensão da situação presente deste país, ajudando a identificar dificuldades actuais e a cooperar na sua resolução.
Áreas temáticas:
Ocupação e história colonial, história da escravatura e da economia de plantação
Génese da sociedade, insularidade, sociedades crioulas
O colonialismo moderno, o mundo das roças, descolonização
O período pos‐colonial, transições políticas, políticas económicas, diáspora
Línguas, literatura e cultura
Biodiversidade, etnobotânica, medicina tradicional, circulação de saberes….
Desenvolvimento e Cooperação (apresentação de projectos)
Comissão Organizadora
Ana Cristina Roque (IICT)
Gerhard Seibert (CEA)
Vítor Rosado Marques (IICT)
João Dias (CEA/ISCTE‐IUL)
Secretariado
Teresa Vilela (IICT)
Fernanda Alvim (CEA/ISCTE‐IUL)
Contacto:
coloquio.stp@gmail.com
Ana Cristina Roque, tel. +351 213600580/1/2
Gerhard Seibert, tel. +351 21 790 39 03
O Colóquio é aberto a todos os interessados, investigadores e público em geral. As propostas de comunicação deverão ser enviadas, sob forma de resumo, em português e inglês, para coloquio.stp@gmail.com, até 15 de Dezembro de 2011, sendo os resultados da avaliação comunicados até final de Janeiro de 2012. As comunicações terão uma duração de 20 minutos e poderão ser apresentadas em português e inglês embora não seja possível a tradução simultânea.
A inscrição é obrigatória e gratuita, não sendo possível à organização custear despesas de deslocação ou estadia.
Normas para a apresentação de resumos:
Os resumos devem ter entre 300 e 500 palavras e podem ser apresentados em português ou inglês. Texto em fonte Calibri, tamanho 11, com espaço entre linhas de 1,5 e espaço duplo entre as secções do texto. Palavras‐chave: mínimo 2 e máximo 5.
Nome(s) do(s) autor(es) e da instituição a que estão vinculados, bem como o endereço electrónico (e‐mail) do(s) autor(es).