Legado cultural de Amílcar Cabral, 27 de setembro

As publicações das Falas Afrikanas continuam a acompanhar várias celebrações do centenário de Amílcar Cabral. A convite da Casa da Cultura da Guiné-Bissau estarão presentes no colóquio sobre o legado cultural de Amílcar Cabral esta sexta feira, dia 27 de setembro, das 9.30 às às 18 horas na Torre do Tombo em Lisboa. Acompanharão uma banca de livros de e sobre Amílcar Cabral, de contextos africanos históricos e literários das várias lutas de libertação no continente africano.

25.09.2024 | por martalanca | Amílcar Cabral, colóquio, Falas Afrikanas

A insularidade nas literaturas africanas de língua portuguesa

A insularidade nas literaturas africanas de língua portuguesa | Colóquio internacional

16 e 17 de maio de 2024 | Centro de Literatura Portuguesa, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Chamada de trabalhos

A vida em ilhas, sobretudo em ilhas pequenas e remotas, difere em muitos sentidos da vida nos continentes. Por um lado, o menor fluxo de pessoas, bens e tecnologia, e o menor acesso a livros, produtos culturais, formação e empregos diversificados criam uma sensação de isolamento e limitação relativamente às perspetivas de vida dos e das insulares; além disso, condições climáticas particulares, por vezes, põem em risco a segurança alimentar e a saúde populacional. Por outro lado, ilhas também podem albergar centros culturais, fortalezas militares e lugares de concentração de poder político.

Neste colóquio convidamos a estudar e discutir a representação da insularidade nas literaturas africanas de língua portuguesa, com especial ênfase nas literaturas de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, paradigmáticas quanto à tematização do sentimento de isolamento e distância infranqueável. Serão também bem-vindas propostas de comunicação sobre outras ilhas, tais como a Ilha de Moçambique ou as ilhas de Kindonga, no rio Kwanza, ambas centros de poder ou refúgio nas respetivas épocas, ou as ilhas dos Bijagós, conhecidas pelas suas particularidades culturais. Propostas que elaborem sobre a insularidade de forma metafórica ao abordar situações de isolamento social e cultural, e estudos comparativos com outros espaços africanos que escapam ao domínio da língua portuguesa, são igualmente bem-vindas.

Assim, o colóquio tem como objetivo proporcionar um espaço de partilha de resultados de investigação que incidam num leque amplo de autores/as, períodos temporais e géneros literários, e que mostrem a presença da literatura em diferentes ilhas, e a presença da insularidade nestas literaturas. A partir de diferentes olhares e abordagens de professores/as, investigadores/as, discentes, viajantes e aventureiros/as das Letras, perguntar-nos-emos de que forma as nossas investigações, a partir dos lugares sociais que ocupamos, servirão para a construção de novos paradigmas de investigação e conhecimento destas literaturas.

As propostas devem ser enviadas por email às organizadoras.

OrganizaçãoDoris Wieser: dwieser@uc.pt  

Geni Mendes de Brito: debritogeni@gmail.com

PrazosPropostas de comunicação: 31 de março de 2024 

Comunicação sobre a aceitação: 8 de abril Inscrição: 10 a 30 de abril

Taxas de inscriçãoCom comunicação: 30 € 

Certificado de assistência sem comunicação: 15 €

CfP: https://www.uc.pt/fluc/clp/article?key=a-38bfdf33e3

13.02.2024 | por mariana | colóquio, Faculdade de Letras Universidade de Coimbra, Literaturas Africanas de Língua Portuguesa

NOVOS vs. SNBA - 100 Anos da polémica que abalou a arte

Há cem anos os modernistas fartaram-se dos “botas-de-elástico” da Sociedade Nacional de Belas-Artes e passaram ao ataque. Almada, Pacheko e Ferro deram guerra sem tréguas. O colóquio NOVOS vs. SNBA explica tudo.


17 DEZEMBRO 2021 LISBOA SEXTA-FEIRA

FACULDADE DE BELAS-ARTES > 10h15 - 12h45 

SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS-ARTES > 15h15 - 18h15

2021 É UM ANO INTENSO em centenários culturais e políticos: Diário de Lisboa, revista Seara Nova, Partido Comunista Português, Noite Sangrenta.
Mas há outro acontecimento – nas artes – que não se pode ignorar: a Questão dos Novos e o respectivo Comício dos Novos. Foi o mais violento debate artístico e intelectual desde o escândalo da revista Orpheu em 1915. 

Tudo começou quando a Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA) não aceitou o pintor modernista Eduardo Viana na exposição anual da casa, importantíssima na promoção comercial de artistas. Em reacção, alguns nomes da linha- da-frente – à cabeça José Pacheko e Leitão de Barros – lançaram uma proposta de 180 novos sócios, tentativa de takeover da SNBA rechaçada pelos chamados “botas-de-elástico” que dominavam a instituição presidida pelo escultor Francisco dos Santos. Os “inimigos” eram os da arte naturalista, herdeira da tradição. Os jornais encheram páginas com o assunto, conhecido como Questão dos Novos.

A polémica agravou-se e a vanguarda subiu o tom. Em Dezembro desse 1921 organizou no Cinema Chiado Terrasse um ataque inflamado: o Comício dos Novos. Discursaram, entre muitos, Almada Negreiros, António Ferro Raul Leal. A sala rebentou pelas costuras. O universo da arte portuguesa atingiu ali um ponto de não-retorno.
A SNBA manteve-se impenetrável mas os modernistas continuaram a agitação. Em 1925 o público já não podia ignorá-los, fosse pelas suas obras que passaram a decorar o café Brasileira do Chiado e o Bristol Club ou as exposições em espaços alternativos.

NOVOS vs. SNBA é um encontro inédito que analisa ao pormenor todo o conflito, com investigadores da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa e do Instituto de História da Arte da Universidade Nova (www.novos21.pt/programa).

Nas sessões da manhã, na Faculdade de Belas-Artes de LisboaCristina Azevedo Tavares explica a vida e orgânica da SNBA e como se chegou à polémica. Mariana Pinto dos Santos aborda Almada Negreiros e o que o opôs a Leal da Câmara no Comício dos Novos. Paula Ribeiro Lobo escrutina a participação de António Ferro. Fernando Rosa Dias explora a presença dos intelectuais e artistas do Algarve na questão. 

À tarde, na SNBA, João Paulo Queiroz fala de como o processo levou mais tarde à renovação da instituição. Joana da Cunha Leal e Begoña Farré Torras falam de um evento paralelo e importante em 1921: a Exposição de Arte Catalã. João Macdonald desvela um manifesto esquecido do jornalista Augusto d’Esaguy. Raquel Henriques da Silva e Inês Silvestre recentralizam o tema dos painéis da Brasileira do Chiado.

O colóquio NOVOS vs. SNBA será convertido em livro em 1922, juntando todas as comunicações e também vasto material da época - recortes de jornais, fotografias, obras de arte - produzido durante a Questão dos Novos.

WWW.NOVOS21.PT

10.12.2021 | por Alícia Gaspar | almada negreiros, António ferro, colóquio, faculdade de belas artes, Raul leal, Sociedade nacional de belas-artes

(De)Othering Final Conference

The event aims to present its field work in dialogue with members of its consultants, advisory board, and other stakeholders. Its team will thus discuss findings and published insights with activists, journalists, artists, early career scholars and intellectuals from the five case studies: Portugal, Italy, Germany, France and the UK. In this conference, organised with the collaboration of ITM (the Inter-Tematic research group on Migrations at CES), the first day – entirely online – is dedicated to the internationalisation of the project’s research, and the second – mixed format: hosted by the CIUL Lisboa and also accessible online – is dedicated to Portugal. 

Find the programme here:https://www.ces.uc.pt/en/agenda-noticias/agenda-de-eventos/2021/de-othering/programa

Day 1 - 18 November 2021 | From 09:00 (GMT)

To enter in the zoom room
https://us02web.zoom.us/j/88605558713?pwd=SHBzRzFtZ0RLSk93VWVTQldLdDhwZz09
ID: 886 0555 8713 | Password: 193779

Day 2 – 19 November 2021 | From 09:30 (GMT)
CIUL – Centro de Informação Urbana de Lisboa + | Free registration, but mandatory > deothering@gmail.com
To enter in the zoom room
Online
zoom | https://us02web.zoom.us/j/87392343510?pwd=cFp4emg3R09qaEY2blpjUHdYMWtNQT09
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05.11.2021 | por Alícia Gaspar | (De)Othering final conference, colóquio, evento online, zoom

Colóquio de homenagem a Pires Laranjeira

9, 10 e 11 de novembro de 2021. Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória | Centro de Literatura Portuguesa


Assinala-se este ano o 70.º aniversário do lançamento, em Luanda, da revista Mensagem, que veio agitar as águas da cultura e da literatura em Angola, criando as bases para a afirmação de uma verdadeira literatura angolana. Aconteceu também, em maio do ano passado, o 70.º aniversário do Professor, ensaísta e poeta Pires Laranjeira, cuja jubilação da Universidade de Coimbra não pôde ser devidamente assinalada devido à crise pandémica que então se vivia.

Pretende-se agora, numa iniciativa conjunta das Faculdades de Letras do Porto e de Coimbra, destacar este duplo aniversário, abrindo espaço para uma reflexão alargada sobre as literaturas africanas de língua portuguesa.

9 de novembro

Faculdade de Letras da Universidade do Porto Sala de Reuniões (piso 2)

Link Zoom: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/89100543517

9h00 – Sessão de abertura

Diretora da FLUP, Fernanda Ribeiro

Coordenadora do CITCEM, Amélia Polónia

Membro da Comissão Organizadora, Francisco Topa

9h30 – 1.a sessão – Vida e obra de Pires Laranjeira – I

Rita Olivieri-Godet (ERIMIT / U. Rennes 2 / IUF) e Pauline Champagnat (ERIMIT / U. Rennes 2) – A dimensão internacional do ensino e da investigação de Pires Laranjeira: um pensamento em constante ebulição

Bárbara dos Santos (LAM / Girlufi – U. Bordeaux Montaigne) – Uma perceção do pensamento de Pires Laranjeira desde a França

Lola Geraldes Xavier (I. P. Macau / I. P. Coimbra) – Pires Laranjeira: cartografia de uma obra, mensagem de uma vida

11h00 – Pausa para café

11h30 – 2.a sessão – Vida e obra de Pires Laranjeira – II

Maria de Lurdes Sampaio (U. Porto) – Horizontes incertos, ideias claras: notas de leitura em torno de algumas lições do mestre Pires Laranjeira

Iris Maria da Costa Amâncio (U. Federal Fluminense) – Ensino e divulgação das literaturas africanas de língua portuguesa no Brasil

Andreia Oliveira – Caminhos desbravados: o projeto “Sexualidades e género nas literaturas africanas e a língua portuguesa”

13h00 – Intervalo para almoço

15h15 – 3.a sessão – Pires Laranjeira no abraço dos escritores angolanos: “Vida, irmão, sempre não é lição de estudar – se aprende é primeiro, o estudo só depois…”

José Luandino Vieira João Melo

José Luís Mendonça Carlos Ferreira

17h00 – Pausa para café

17h30 – 4.a sessão – Nos 70 anos de “Mensagem”

Carmen Lucia Tindó Secco (U. Federal Rio de Janeiro) – Ressonâncias de Agostinho Neto e Mensagem na poesia angolana contemporânea

Sílvia Brunetta – (Re)escrever a nação nos versos: o impulso da revista ‘Mensagem’ para a formação do cânone literário angolano

Francisco Topa (U. Porto) – O projeto da ‘Mensagem’ de Luanda e o seu número de estreia

19h00 – Encerramento dos trabalhos do 1.o dia

20h00 – Jantar (no Hotel Ipanema)

10 de novembro

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Link Zoom para os dias 10-11: https://videoconf-colibri.zoom.us/j/89100543517

[ID da reunião: 842 7385 6954]

16h00 – Inauguração da exposição de obras de Pires Laranjeira – Sala do Instituto de Estudos Brasileiros (5.o piso) – presencial

Membro da Comissão Organizadora, Doris Wieser

Casa de Angola em Coimbra, Bento Monteiro

Secretário-Geral da União dos Escritores Angolanos, David Capelenguela Diretor do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas, Osvaldo Silvestre

Leitura de poesia de Pires Laranjeira

Beatriz Laranjeira Coimbra Maria João Simões (U. Coimbra)

17h30 – Doris Wieser (U. Coimbra) – Exibição do documentário Viver e escrever em trânsito: entre Angola e Portugal (Doris Wieser, 2021, 60 min.) – Anfiteatro III (4.o piso)

20h00 – Jantar no Restaurante Papa (inscrições prévias)

11 de novembro

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra – Sala do ILLP (7.o piso)

9h00 – Sessão de abertura

Membro da Comissão Organizadora, Doris Wieser Diretor do CLP, Carlos Reis 

Diretor da FLUC, Albano Figueiredo

9h30 – 5.a sessão – Vida e obra de Pires Laranjeira – III

Vergílio Alberto Vieira – Quando a ocasião se põe em obra: Louvor & Simplificação de J. L. Pires Laranjeira

António Jacinto Pascoal – Pires Laranjeira: o pensador no seu labirinto

Jane Tutikian (U. Federal do Rio Grande do Sul) – O vento que passa: o fim das certezas herdadas

11h00 Pausa para café

11h30 – 6.a sessão – Representações de heróis e da nação

Luís Kandjimbo (U. Óscar Ribas) – Herói épico e personagens autoexistentes nas literaturas orais africanas. Para uma filosofia dos nomes próprios ficcionais

Fátima Mendonça (U. Eduardo Mondlane) – Modelos de herói na moderna narrativa africana

Inocência Mata (U. Lisboa) – Literatura Angolana: a materialidade da escrita da nação

13h00 – Intervalo para almoço

15h00 – 7.a sessão – O ensino das literaturas africanas de língua portuguesa

Catarina Rodrigues – Alcance pedagógico das literaturas africanas de língua portuguesa

Maria Nazareth Soares Fonseca (U. Federal de Minas Gerais) – Ensino e divulgação das literaturas africanas de língua portuguesa no Brasil: notas sobre um período singular

Majda Bojic (U. Zagreb) – (Para além dos) ecos de Angola na Croácia: desdobramentos pedagógico-literários

Solange Luís (ISCED – Lubango) – Aprender e ensinar através do manual de Literaturas

Africanas de Expressão Portuguesa

17h00 – Pausa para café

17h30 – 8.a sessão – As literaturas africanas num mundo em expansão

Ana T. Rocha – “Literaturas africanas de expressão portuguesa”, de Pires Laranjeira: manual e história da literatura

Fabíola Guimarães Mourthé (CEFET-Minas Gerais) – 2 X 70 (septuagésimo duplo de cultura e angolanidade): Pires Laranjeira e a revista “Mensagem”

Alberto Sismondini (U. Coimbra) – Diálogos austrais, a revista ‘Sul’ e a publicação de autores africanos lusófonos

19h00 – Sessão de encerramento, com intervenção de José Luís Pires Laranjeira

04.11.2021 | por Alícia Gaspar | colóquio, língua portuguesa, literaturas africanas, Luanda, pires laranjeira, revista mensagem

Três hipóteses para pensar 'A Queda do Céu'

Após um ano de leitura coletiva de A queda do céu, livro de Bruce Albert e Davi Kopenawa, a Rede Internacional de grupos de pesquisa “Cosmoestéticas do Sul” convida ao Colóquio Internacional Sonho, mercadoria, mundo: três hipóteses para pensar A queda do céu, a decorrer nos dias 8 e 9 de novembro de 2021.

Evento com transmissão ao vivo pelo YouTube Filo UBA

Programação

8 de novembro 

Mesa 1 - 14h às 16h
Difrações preliminares sobre os desenhos em A queda do céu
Luís Hirano 

Mesa 2 - 16h às 18h
Hipóteses para pensar A queda do céu: imagem
Carla Damião, Gabriela Milone, Guadalupe Lucero
Noelia Billi, Paula Fleisner, Pedro Hussak e Salomé Coelho

9 de novembro

Mesa 3 - 13h às 15h
Entrevista com Mariana Lacerda sobre o seu filme Gyuri

Mesa 4 - 15h às 17h
Hipóteses para pensar A queda do céu: diplomacia
Carla Damião, Gabriela Milone, Guadalupe Lucero
Noelia Billi, Paula Fleisner, Pedro Hussak e Salomé Coelho

–––

Evento de cooperação científica Brasil-Argentina

Universidad de Buenos Aires
Universidad Nacional de Córdoba
Universidad Nacional de las Artes
CONICET
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Universidade Federal de Goiás

02.11.2021 | por Alícia Gaspar | a queda do céu, colóquio, cultura, literatura

Colóquio | Constelações da pós-memória na Europa pós-colonial

© Mauro Pinto, Sem título da série C’est pas facile [cortesia do artista]© Mauro Pinto, Sem título da série C’est pas facile [cortesia do artista]

Culturgest, Lisboa, 4 de Novembro de 2021

Sediados no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, o projeto MEMOIRS – Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias, financiado pelo Conselho Europeu de Investigação e o projeto MAPS – Pós-memórias Europeias: uma cartografia pós-colonial, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, coordenados por Margarida Calafate Ribeiro, desenvolvem investigação pioneira sobre o impacto das heranças coloniais nas segunda e terceira gerações em Portugal, França e Bélgica, ou seja, nas gerações que não viveram diretamente os processos coloniais, mas os herdaram através das memórias familiares e da memória pública. O questionamento destas heranças está a diversificar o debate europeu, a renovar a literatura e a arte europeias, a museografia e a curadoria, e a enriquecer as formas de intervenção individual e coletiva. 

Através da apresentação de resultados em vários suportes e de mesas redondas com investigadores, artistas, curadores e diretores de museus, este colóquio constituirá um espaço de debate internacional sobre este tema e anunciará uma das próximas etapas, a exposição internacionalEuropa Oxalá, que estará a decorrer em França (Marselha, MUCEM, outubro 2021 a janeiro de 2022) e, em 2022 e 2023, em Portugal (Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian) e na Bélgica (Tervuren, Museu Real da África Central – AfricaMuseum), com curadoria de António Pinto Ribeiro, Aimé Mpane e Katia Kameli. 

PROGRAMA

Manhã:

10h00 – Abertura

10h30 – 11h30 – Margarida Calafate Ribeiro (CES-UC) –– Pós-memórias: o passado colonial no presente europeu

11h30 – 12h30 – Fernando Cabral (Sistemas do Futuro) –– Apresentação da plataforma digital de artistas e obras na condição da pós-memória

12h30 – 13h00 – Lançamento de livros coleção Memoirs Pausa para almoço

Tarde:

14h30 – 15h30 – Mesa redonda –– Transmitir a memória

António Sousa Ribeiro (Diretor do CES-UC), Fátima da Cruz Rodrigues (CES-UC), Graça dos Santos (Universidade de Paris-Nanterre), Hélia Santos (CES-UC), Margarida Calafate Ribeiro (CES-UC)

Moderação: Sandra Inês Cruz

15h30 – 16h30 – Mesa redonda –– Representar a memória

Katia Kameli (artista visual), Aimé Mpane (artista visual), Paulo Faria (escritor), Zia Soares (atriz e encenadora), António Pinto Ribeiro (CES-UC e programador cultural)

Moderação: Vitor Belanciano 

Intervalo

17h00 – 18h00 – Mesa redonda –– Expor a memória

António Pinto Ribeiro, Katia Kameli, Aimé Mpane; Guido Gryssels (Diretor do Museu Real de África Central/ AfricaMuseum, Tervuren); Miguel Magalhães (Diretor, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa); Jean François Chougnet (Presidente do MUCEM, Marselha)

Moderação: Liliana Coutinho

18h00 – 19h30 – Conferência de encerramento e debate

Michael Rothberg (UCLA-Universidade da Califórnia, Los Angeles) – Cidadania da Memória: Legados Polémicos do Colonialismo e do Genocídio

Em 2011, Yasemin Yildiz e eu publicámos o ensaio “Memory Citizenship: Migrant Archives of Holocaust Remembrance in Contemporary Germany” num número especial da revista Parallax sobre “Memória Transcultural”. Nesse ensaio, recorremos ao conceito de “atos de cidadania” de Engin Isin, especialista do tema da cidadania, para demonstrar como as performances da memória elaboradas pelos imigrantes podem transformar o modo de entender a pertença coletiva. A categoria de “cidadania da memória”, no entanto, permaneceu indefinida. Nesta conferência, vou desenvolver esta categoria em três momentos. Primeiro, irei acrescentar alguma precisão conceptual à noção de cidadania da memória, recorrendo ao trabalho adicional de Isin, bem como ao de Jenny Wüstenberg. Em seguida, irei fazer um levantamento do campo atual da cidadania da memória, com particular referência à Alemanha, mas apontando para as suas implicações transnacionais mais vastas. Na parte final, investigarei a natureza contestada da cidadania da memória, recorrendo ao vídeo da escritora Priya Basil Locked In and Out (2020), estreado na inauguração virtual do controverso Fórum Humboldt, em Berlim. O vídeo de Basil estabelece explicitamente uma ligação entre memória e cidadania numa constelação multidirecional, que envolve o Holocausto e o colonialismo. O vídeo oferece uma oportunidade para refletir sobre as possibilidades e os limites da cidadania como modelo para pensar políticas da memória.

A conferência final está a cargo de Michael Rothberg, da Universidade da Califórnia, um dos mais destacados investigadores da área de estudos comparados, de estudos da memória e do Holocausto e da representação da violência na literatura e na arte. 

O colóquio decorre em português, em francês e em inglês. Tradução simultânea de português - francês e francês - português estará disponível. 

Notas Biográficas

Aimé Mpane é artista visual e curador. Partilha o seu tempo entre Kinshasa e Bruxelas, e a sua prática artística alicerça-se nas viagens entre a sua África natal e a sua Europa de adoção. Estudou escultura no Instituto de Belas Artes e pintura na Academia de Belas Artes de Kinshasa e na École Nationale Supérieure des Arts Visuels de La Cambre, Bruxelas. A par da escultura, trabalha a instalação e a pintura. Em obras como Congo: Shadow of the Shadow (2005), Ici on crève (2006), J‘ai oublié de rêver (2017), o artista explora as marcas do colonialismo belga e o sofrimento do povo congolês, numa reflexão sobre as heranças do colonialismo e a relação África-Europa. Mpane apela à solidariedade do género humano e à consciência coletiva. As suas obras falam de dignidade humana, de esperança, de coragem, de empatia e perseverança. 

António Pinto Ribeiro é investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Foi diretor artístico e curador responsável em várias instituições culturais portuguesas, nomeadamente da Culturgest e da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi comissário-geral de “Passado e Presente – Lisboa Capital Ibero-Americana da Cultura 2017”. Os seus principais interesses de investigação desenvolvem-se na área da arte contemporânea, especificamente africanas e sul-americanas. Das suas publicações destacam-se: Novo Mundo. Arte contemporânea no tempo da pós-memória (2021), Peut-on décoloniser les musées? (2019) e África os quatro rios - A representação de África através da literatura de viagens europeia e norteamericana (2017). 

António Sousa Ribeiro é diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e professor catedrático aposentado do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas (Estudos Germanísticos) da Faculdade de Letras da mesma universidade. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas das literaturas e culturas de expressão alemã, dos estudos sobre a violência, dos estudos de memória, dos estudos pós-coloniais e dos estudos culturais comparados. Tem publicado extensamente em áreas muito diversas. Destaque-se Representações da Violência (2013), Geometrias da memória: configurações pós-coloniais(2016);Einschnitte. Signaturen der Gewalt in textorientierten Medien (2016). Dedica-se também à tradução literária, tendo-lhe sido atribuído o Prémio Nacional de Tradução, 2017. 

Fátima da Cruz Rodrigues é investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, no âmbito do projeto Memoirs e MAPS. Doutorou-se em Sociologia pela Universidade de Coimbra (2013) com a tese Antigos combatentes africanos das Forças Armadas Portuguesas: a Guerra Colonial como território de (re)conciliação, vencedora do Prémio Fernão Mendes Pinto 2014. É docente da Universidade Lusíada do Porto e da Faculdade de Direito da Universidade do Porto. É “vice-chair” da Ação COST: CA18228 - Global Atrocity Justice Constellations. Os seus principais interesses de pesquisa giram em torno de diversas problemáticas relacionadas com as guerras coloniais/guerras de libertação, memória e pós-memória e crimes cometidos em contextos de guerras. 

Fernando Cabral é diretor geral da Sistemas do Futuro − Multimédia, Gestão e Arte, Lda., empresa dedicada ao desenvolvimento de software na área da gestão do património cultural e natural desde 1995. É investigador do OCES – Observatório da Ciência e do Ensino Superior de Portugal e membro do Comité Internacional para a Documentação (CIDOC) do International Council of Museums (ICOM) e desenvolve projetos internacionais. Tem colaborado com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra em projetos de investigação envolvendo as humanidades digitais, como o projeto MEMOIRS – Filhos de Império e Pós-memórias Europeias (ERC) e MAPS - Pós-memórias europeias uma cartografia pós-colonial (FCT). 

Graça dos Santos é professora catedrática da Universidade Paris-Nanterre, onde é investigadora e diretora do CRILUS (Centre de recherches interdisciplinaires sur le monde lusophone) e do doutoramento em Línguas, Literaturas e Civilizações românicas: Português. É também encenadora, atriz e professora de teatro. É cofundadora da companhia “Cá e Lá” (Compagnie bilingue français/portugais) e diretora de “Parfums de Lisbonne” – Festival d’urbanités croisées entre Lisbonne et Paris. Os seus trabalhos dedicam-se em particular a ditadura salazarista e à censura ao teatro. Tem publicado sobre as noções de corpo físico / corpo social, sobre as representações cénicas do corpo e do povo, a história do espetáculo português e europeu. Entre as suas atuais áreas de interesse, destacam-se os estudos culturais, os estudos pós-coloniais e os estudos sobre migrações. 

Guido Gryssels é o diretor-geral do Museu Real da África Central-AfricaMuseum em Tervuren, na Bélgica. O RMCA é um museu e uma instituição científica federal de investigação e disseminação do conhecimento científico nos campos da biologia, ciências da terra, antropologia, história, agricultura e floresta da África Central. Guido Gryssels é doutorado em Ciências Agrícolas, desempenhou vários cargos direção na FAO, Nações Unidas. É membro do Conselho de Administração da Política Federal de Ciência, do Fundo Flamengo para Pesquisa Científica e do Fundo Holandês para Pesquisa Científica. É Presidente do Comité do Programa de Pesquisa em Alimentos e Negócios em Países em Desenvolvimento. É presidente do Consórcio Internacional da Biodiversidade do Congo, presidente do júri do prémio internacional Louis Malassis para a Alimentação e Agricultura e membro do júri do Prémio Internacional do Desenvolvimento Rei Balduíno. 

Hélia Santos é investigadora e coordenadora do gabinete de gestão de projetos do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES). Tem mestrado em Sociologia, pelo Programa em “Pós-Colonialismos e Cidadania Global”, CES/Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra. Integra a equipa do projeto MEMOIRS na qualidade de estudante de doutoramento, com uma tese intitulada Paradoxos Coloniais: memória, pós-memória e esquecimento em narrativas de segunda geração. Tem vindo a publicar vários artigos sobre este tópico. 

Liliana Coutinho é curadora e programadora de Debates e Conferências da Culturgest. Doutora em Estética e Ciências da Arte pela Universidade Paris 1, é investigadora do Instituto de História Contemporânea, da Universidade Nova de Lisboa. Escreve com regularidade, tendo coeditado o livro Paisagens Imprevistas (2020), e publicado, entre outros, “O delicado fio do comum”, in André Guedes, Ensaios para uma antológica (2016); “On the utility of a universal’s fiction”, in Gimme Shelter, Global Discourses In Aesthetics (2013). É Professora convidada na Pós-Graduação em Curadoria de Arte, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. 

Sandra Inês Cruz é licenciada em Jornalismo pela Escola Superior de Jornalismo do Porto. Integrou a redação da RTP Porto entre 1993 e 2000, e a da TVI entre 2000 e 2003, tendo, a partir daí, trabalhado como freelance na coordenação, apresentação e realização de vários programas de televisão e como autora de vários documentários. Foi docente de Televisão (ESJ - Porto) e de Teorias da Comunicação (Escola Superior Artística do Porto). Fez uma pós-graduação em Direito da Comunicação pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1999), é mestre em Literaturas e Culturas Africanas e da diáspora pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2010) e, atualmente, é estudante de doutoramento em “Pós-Colonialismos e Cidadania Global”, no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É autora de vários livros de ficção. 

Katia Kameli é artista visual e curadora. As visitas à Argélia durante a infância e o contacto com a família do pai marcaram-na profundamente. É diplomada pela Escola Nacional de Belas Artes de Bourges e tem uma pós-graduação “Le Collège-Invisible”, na Escola Superior de Artes de Marselha. O seu trabalho encontra visibilidade e reconhecimento na cena artística e cinematográfica internacional, bem como em exposições individuais e coletivas. Expressa-se de forma interdisciplinar através do desenho, fotografia, instalação e cinema. Em obras como Nouba (2000) Bledi a possible scenario (2004), Le Roman Algérien (2016), Stream of Stories (2016-2020) a artista explora conceitos como hibridismo e uma identidade construída entre lugares, a revisitação e reescritura, e o cruzamento entre passado colonial e presente pós-colonial. Vive e trabalha em Paris. 

Jean-François Chougnet é Presidente do Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo (MUCEM) em Marselha. É licenciado pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris. Após os seus estudos na École Nationale d’Administration, foi nomeado para o Ministério da Cultura e, desde então, dedicou a sua carreira às políticas culturais. Foi diretor-geral do Parc et de la grande Halle de la Villette (Paris) de 2001 a 2006. De 2007 a 2011, foi diretor da Fundação Berardo, em Lisboa. Em 2011, tornou-se diretor-geral da Associação Marseille-Provence 2013, coordenando os eventos que promoveram a candidatura da cidade de Marselha a Capital Europeia da Cultura em 2013. Em 2014, foi nomeado Presidente do MUCEM, um museu dedicado à preservação, estudo, apresentação e mediação do património antropológico relacionado com a área europeia e mediterrânica. 

Margarida Calafate Ribeiro é investigadora-coordenadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e responsável da Cátedra Eduardo Lourenço da Universidade de Bolonha/ Instituto Camões (com Roberto Vecchi). É doutorada pelo King ́s College, Universidade de Londres. Coordena os projetos de investigação MEMOIRS - Filhos de Império e Pós-Memórias Europeias do Conselho Europeu de Investigação e MAPS – Pós-Memórias europeias uma cartografia pós-colonial (FCT). Das suas diversas publicações destaque-se: Uma história de regressos: Império, Guerra Colonial e pós-colonialismo (2004), e a co-organização de Geometrias da memória: Configurações pós-coloniais (2016), com António Sousa Ribeiro e Heranças pós-coloniais 

Michael Rothberg é professor catedrático de Inglês e Literatura Comparada no Departamento Literatura Comparada na Universidade da Califórnia, Los Angeles. Coordena a Cátedra de Literatura Comparada e a Cátedra 1939 Society Samuel Goetz em Estudos do Holocausto, na mesma universidade. Os seus interesses de investigação passam pelos direitos humanos, estudos culturais, estudos do Holocausto, estudos de memória e trauma, literatura contemporânea e teoria crítica. Entre as suas publicações destacam-se The Implicated Subject: Beyond Victims and Perpetrators (2019), Multidirectional Memory: Remembering the Holocaust in the Age of Decolonization (2009) e Traumatic Realism: The Demands of Holocaust Representation(2000). Co-organizou diversas publicações como The Holocaust: Theoretical Readings (2003), e números especiais de revistas como Trump and the “Jewish Question”(Studies in American Jewish Literature), Noeuds de Mémoire: Multidirectional Memory in Postwar French and Francophone Culture (Yale French Studies), Between Subalternity and Indigeneity: Critical Categories for Postcolonial Studies(Interventions),States of Welfare(Occasion) eTranscultural Negotiations of Holocaust Memory (Criticism). O seu trabalho está traduzido em diversas línguas e publicado em algumas das mais conceituadas revistas científicas. 

Miguel Magalhães é Diretor do Programa Gulbenkian Cultura desde 2021. Esteva na Delegação da Fundação Calouste Gulbenkian em França entre 2011 e 2021, assumindo as funções de diretor a partir de 2017. Licenciado em Direito (Universidade Católica Portuguesa), fez um Master em Arts Management (City University, Londres) e integrou o Advanced Management Program na escola de negócios INSEAD (Fontainebleau, França). Foi membro da comissão de mecenato da Fondation nationale des arts graphiques et plastiques (França) durante o biénio 2016-2017, sendo atualmente membro do Conselho de Administração da Fondation Mattei Dogan (França). Foi professor convidado em diferentes universidades em Portugal e integrou a equipa docente do Curso de Gestão/Produção das Artes do Espetáculo do Fórum Dança (Lisboa). 

Paulo Faria é escritor e tradutor literário. Licenciado em Biologia, dedica-se à tradução literária de autores como George Orwell, Jack Kerouac, James Joyce, Don DeLillo e Cormac McCarthy. Venceu, em 2015, o Grande Prémio de Tradução APT/SPA, com História em duas cidades, de Charles Dickens. Autor de crónicas publicadas no Público, revista Ler Newsletter Memoirs, estreia-se no romance com Estranha guerra de uso comum (2016) um romance que constitui um exercício de resgate do passado paterno no conflito colonial em África. Esta busca continua, com uma viagem a Moçambique, no segundo romance, Gente acenando para alguém que foge (2020). Publicou recentemente Em todas as ruas te encontro (2021). 

Vítor Belanciano é jornalista cultural, crítico de música e cronista. Está no jornal Público há mais de vinte anos. Tem formação em Antropologia e Sociologia. Viveu parte da infância em Niza, cresceu no Barreiro, vive em Lisboa, sente-se do Alentejo. Foi sendo, ao longo dos anos, ator, DJ, cientista social ou professor. Tem estado mais no jornalismo, mas não pratica imparcialidade e neutralidade. Acredita, isso sim, em escolhas, no rigor, na transparência, em expor pluralidade, na análise, no questionamento e na possibilidade de, através da cultura, misturar assuntos, atravessar linguagens, seja política, economia, sociedade, música, arte e ideias. É daí que nasce Não dá para ficar parado. Música afro-portuguesa − celebração, conflito e esperança (2020), onde tanto é observador distanciado como ator ciente. A música é o ponto de partida. 

Zia Soares é atriz, encenadora e diretora artística do Teatro GRIOT. Foi uma das atrizes fundadoras do Teatro Praga, onde trabalhou de 1994 a 2000, como diretora, encenadora e atriz. Trabalha regularmente em Portugal, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. O seu percurso artístico passou pelo ballet e pela percussão com a Companhia Nacional de Ballet da Guiné-Bissau, pelas artes circenses, com a Amsterdam Balloon Company, e pelo teatro, com a Companhia de Teatro “Os Sátyros”, de São Paulo, Brasil. Em 2018 e 2019, criou e dirigiu as primeiras performances produzidas e interpretadas por mulheres negras em Portugal − “Gestuário I”, produção INMUNE (Instituto da Mulher Negra em Portugal), e “Gestuário II”, coprodução INMUNE/BoCA-Biennial of Contemporary Arts, as peças Luminoso Afogado O Riso dosNecrófagos, e a performance MachimGang. Em cinema, trabalhou com João Botelho, Pedro Filipe Marques, Pocas Pascoal, Romano Casselis e Uli Decker. Colabora em projetos dos artistas visuais Kiluanji Kia Henda, Mónica de Miranda e Sofia Berberan. 

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CURADORIA: Projeto MEMOIRS — Filhos do Império e Pós-memórias Europeias e MAPS - Pós-memórias Europeias: uma cartografia pós-colonial Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra

MEMOIRS é financiado pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC) no âmbito do Programa-Quadro Comunitário de Investigação & Inovação Horizonte 2020 da União Europeia (n.o 648624); MAPS é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT - PTDC/LLTOUT/7036/2020). Os projetos estão sediados no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.

CULTURGEST

MEMOIRS

27.10.2021 | por Alícia Gaspar | colóquio, Europa, maps, memoirs, pós-colonialismo, pós-memória

Colóquio Internacional Oceano Índico: Circulações e Representações

Fundação Calouste Gulbenkian, sala 1 (zona de Congressos), 5-6 Dezembro 2019, 9h Tradução simultânea para o português e inglês. Entrada gratuita

Comissão Organizadora:
Ana Mafalda Leite (FLUL-CESA)
Joana Pereira Leite (CESA/ISEG)
Jessica Falconi (CESA/ISEG)
Elena Brugioni (IEL/UNICAMP e CESA)
Giulia Spinuzza (CESA/ISEG)
Instituição Proponente:
CEsA/CSG, ISEG, Universidade de Lisboa
Evento realizado no âmbito do Projecto NILUS-Narrativas do Oceano Índico no Espaço Lusófono, financiado pela FCT (PTDC/CPC-ELT/4868/2014) e coordenado pela Professora Ana Mafalda Leite (CEsA/CSG e FLUL)

O evento, inédito em Portugal, propõe-se reunir professores, investigadores, escritores, poetas e artistas de diversas áreas do Oceano Índico.

Objectivo do Colóquio é:

- reflectir sobre as representações e circulações culturais no Oceano Índico 

- fortalecer a colaboração académica, cultural e artística internacional no quadro dos Indian Ocean Studies.

PROGRAMA
5 de Dezembro

9h Abertura
9h30-10h30 - Conferência de Abertura: “Coolitude, quand l’engagisme réécrit l’océan Indien et l’Histoire en résistances et créativités incessantes” Khal Torabully (Maurícias e França)
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10h45-12h15 - Painel Circulações no Oceano Índico
“Literatura de viagens e matriz colonial na periferia do oceano Índico. De Moçambique a Timor” Manuel Lobato (FLUL, Portugal)
“Pela voz das mulheres. Nação e nacionalismo na Índia portuguesa” Rosa Maria Perez (CRIA, ISCTE, Portugal)
“Conceptualização, imaginação e experiência do Índico na imprensa goesa: um inquérito” Sandra A. Lobo (CHAM, FCSH, Portugal)
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14h-15h30 - Narrativas do Oceano Índico no Espaço Lusófono
“O projecto de investigação NILUS” Apresentação: Giulia Spinuzza e Jessica Falconi (CEsA/CSG, ISEG-ULisboa, Portugal)
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16h-18h - Diálogos literários do Índico
16h-17h Sessão I João Paulo Borges Coelho (Moçambique) e Barlen Pyamootoo (Maurícias)
17h-18h Sessão II Luís Carlos Patraquim (Moçambique) e Khal Torabully (Maurícias e França) 

6 de Dezembro
9h-10h - Conferência Plenária / Keynote 2 “Ficções do Índico Moçambicano” João Paulo Borges Coelho (Moçambique)
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10h30-12h - Painel Representações do Oceano Índico e debate
“Moving frames and circulating subjects: photographic reflections on Indian Ocean Africa” Meg Samuelson (University of Adelaide, Australia)
“Moving Still: Bicycles in Ranchhod Oza’s Photographs of 1950s Stone Town (Zanzibar)” Pamila Gupta (WISER, WITS University, South Africa)
“Crossing frontiers: the writings, collections and travels of a Bombay scholar and doctor (1860-1900)” Filipa Lowndes Vicente (ICS, ULisboa, Portugal)
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14h-15h – Diálogos literários do Índico
Jessica Faleiro (Goa, Índia) e Luís Cardoso (Timor-Leste)
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15h-16h Lançamento da Antologia de Textos Teóricos em Português sobre o Oceano Índico
Lançamento do website NILUS _____________

16h30-17h30 – Conferência de Encerramento
“I am an Ocean Artist” Subodh Kerkar (Goa, Índia)

02.12.2019 | por martalanca | colóquio, Oceano Índico

"DecliNações: questionando identidades nacionais, género e sexualidade"

Colóquio internacional, 29 e 30 de Outubro de 2018, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

As identidades nacionais têm-se revelado construções homogeneizadoras, orientadas para a obliteração das diferenças, não deixando, contudo, de ser relevantes a nível político (nacional e internacional), social, cultural, etc., apesar dos processos pós-nacionais internacionalizantes em vigor. Tais construções costumam identificar o nacional com certas imagens idealizadas do homem heterossexual em detrimento tanto das mulheres, quanto de outras identidades de género e orientações sexuais. Personagens de identificação nacional têm sido maioritariamente masculinas: soberanos, heróis de guerra, rebeldes que libertam a pátria de opressores, estrelas no desporto, música, pintura e outras artes, escritores e filósofos canônicos etc. Estas personagens masculinas, omnipresentes nas memórias das nações, costumam apresentar, além do mais, uma masculinidade hegemónica que exclui outras formas do masculino e legitima, até certo grau, a discriminação e a violência contra mulheres e os vários sujeitos do vasto leque da dissidência sexo-genérica.

A inclusão das mulheres nos discursos da identidade nacional tem muitas vezes traduzido, em várias e diversas latitudes, o desejo de domesticar a diferença e produzir um sujeito unitário com funções e caraterísticas definidas pelo patriarcado. Casos paradigmáticos são, por exemplo, a imagem generalizada da mulher africana decalcada do conceito de Mãe África, tornando-a guardiã das tradições, transmissora da ‘cultura’ e agente reprodutor, ou o recente enviesamento visível no Brasil, após o golpe de 2016, onde o recato e a domesticidade voltam a ser características enaltecedoras do sujeito mulher (como no caso da descrição da esposa do presidente Temer, pelos media, como “bela, recatada e do lar”).

Este colóquio propõe releituras críticas do nacional, em termos de género. No foco de interesse estarão países de língua oficial portuguesa – Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe – mas também as dinâmicas diaspóricas, regionais ou continentais nas quais estes países se inscrevem. Os feminismos, maioritariamente os do sul, constituem abordagens privilegiadas de análise, bem como os estudos queer, as epistemologias do sul ou a perspetiva decolonial.

CFP disponível aqui.

Equipa organizadora:
Doris Wieser (CEC, ULisboa)
Jessica Falconi (CEsA, ISEG, ULisboa)
Luciana Moreira (CES, UCoimbra)
Raquel Lima (CES, UCoimbra)
Simone Cavalcante (CEC, ULisboa)

Comissão científica:

Ana Paula Tavares (CLEPUL, ULisboa)
Catarina Martins (CES, UCoimbra)
Denilson Lopes (ECO, UFRJ)
Fernanda Gil Costa (CEC, ULisboa)
Inocência Mata (CEC, ULisboa)
Isabel Maria Casimiro (CEA, U Eduardo Mondlane)
Joacine Katar Moreira (ISCTE, IULisboa)
Luísa Afonso Soares (CEC, ULisboa)
M. Felisa Rodríguez Prado (U Santiago de Compostela)
Teresa Cunha (CES, UCoimbra)

Conferencistas e palestras confirmadas/os:

Ana Paula Tavares (CLEPUL, ULisboa), “Identidade e poesia. Construções, revisitas e tempo: Angola, discurso e pratica”
Catarina Martins (CES, UCoimbra), “Rompendo os corpus das literaturas nacionais africanas – corpos nus de mulheres negras”
Denilson Lopes (ECO, UFRJ), “Por uma historiografia queer das sensações”
Isabel Maria Casimiro (CEA, U Eduardo Mondlane), “‘Cinderelas do nosso Moçambique’: confrontando diálogos entre jovens feministas e veteranas da luta armada”
Joacine Katar Moreira (ISCTE, IULisboa), “Narrativas interseccionais negras em Portugal”
Teresa Cunha (CES, UCoimbra), “Podem as Sindarelas falar? DecliNações Feministas e pós-coloniais: Moçambique, Timor-Leste”

Esta atividade insere-se no âmbito dos projetos Feminismos e dissidência sexual e de género no Sul Global e Identidades nacionais em diálogo: construções de identidades políticas e literárias em Portugal, Angola e Moçambique (1961-presente), do grupo CITCOM do Centro de Estudos Comparatistas, FLUL.

Para mais informações sobre o evento, por favor seguir este link, ou o evento de facebook.

 

24.10.2018 | por martalanca | colóquio, género, identidades

“DESCOBRIMENTOS”: POLÍTICAS, MEMÓRIA E HISTORIOGRAFIA

21 de junho | FCSH | Edifício ID | Sala 0.06

Entre finais do século XX e inícios do século XXI, tiveram lugar em Portugal diversas iniciativas de comemoração dos “descobrimentos portugueses”, assinalando-se, nomeadamente, o quinto centenário da descoberta do caminho marítimo de Portugal para a Índia (1498) e a chegada ao Brasil de uma frota liderada por Pedro Álvares de Cabral (1500). As iniciativas foram em boa parte patrocinadas pelo Estado português, que criou a Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses (1986-2002) e se empenhou na organização de grandes eventos internacionais como a Expo’98. Organizado pela revista Práticas da História – a Journal on Theory, Historiography and Uses of the Past, este seminário procura criar um espaço de reflexão em torno desse ciclo comemorativo, para o efeito convocando o testemunho de um dos seus protagonistas, o historiador e comissário da CNCDP (1995-1998) António Hespanha. Ao mesmo tempo, o seminário pretende abrir uma janela de onde é possível igualmente analisar, a partir de quatro estudos de caso, outros tantos contextos de tematização dos “descobrimentos”, da historiografia marítima portuguesa de final do século XIX às políticas museológicas da Lisboa de hoje, passando pelas relações luso-britânicas ao tempo das comemorações henriquinas ou a programação televisiva no Portugal dos anos de 1980.    

10h45 | Abertura do seminário, por Elisa Lopes da Silva e José Ferreira (Práticas da História, ICS-UL)

11h | Jaime RodriguesVicente de Almeida d’Eça e a historiografia marítima em 1898. Comentário de Amélia Polónia.

12h | Stefan Halikowski-Smith e Benjamin JenningsPrince Henry the Navigator and Portuguese maritime enterprise at the British Museum: an exhibition to celebrate the quincentenary of the Infante’s death. Comentário de Pedro Aires de Oliveira.

13h | pausa para almoço

14h30 | Marcos Cardão“A Grande Aventura”. Televisão, nacionalismo e as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Comentário de Tiago Baptista

15h30 | José Neves, Capitalizar a globalização: uma exposição recente em torno da Lisboa Renascentista. Comentário de Nuno Senos.

16h30 | pausa para café

17h | António HespanhaComemorar como política pública. A Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, ciclo 1997-2000. Comentário de Robert Rowland.

Organização: Práticas da História | CHAM | IHC

Coordenação: Elisa Lopes da Silva, José Ferreira, José Neves e Pedro Martins.

www.praticasdahistoria.pt

12.06.2018 | por martalanca | colóquio, descobrimentos, história, memória, seminário

Cem anos que abalaram o Mundo: hipóteses emancipatórias

24 e 25 de novembro de 2017, 9h Faculdade de Economia da UC

Apresentação

O centenário da Revolução Russa serve de ocasião para o CES promover uma reflexão alargada sobre os caminhos emancipatórios que atravessaram o mundo no século XX e sobre as suas heranças, legados e limites. Enquanto lugar-símbolo das esperanças e dos impasses de um novo modelo socialista, 1917 constitui uma oportunidade analítica para pensar experiências e projetos que, na sua esteira e fora dela, foram construindo trajetórias alternativas ao capitalismo, ao colonialismo e ao patriarcado. Num tempo em que as hipóteses emancipatórias parecem pulverizadas, este encontro internacional procurará refletir criticamente sobre as mudanças ocorridas ao longo do século XX e sobre o lugar e a natureza dos imaginários de transformação social e libertação nos dias de hoje. 

Mesas

É tão difícil imaginar o fim do capitalismo como imaginar que o capitalismo não tenha fim?
Esta sessão transforma em pergunta uma constatação feita por Boaventura de Sousa Santos. A experiência soviética inscreveu as alternativas sistémicas ao capitalismo no campo das possibilidades. O colapso da União Soviética pareceu validar a ideia de que o capitalismo seria afinal o último estádio da evolução histórica. Praticamente sem freios e contrapesos, o desenvolvimento do capitalismo alimentou desde aí crises sem fim. A catástrofe ambiental eminente é naturalmente uma das mais importantes, mas não é a única. Torna-se de novo urgente pensar criticamente sobre o capitalismo e sobre outros ismos, esconjurando o espectro da barbárie.

Litografia 'Beat the Whites with the red wedge!' de El Lissitzky (1920)Litografia 'Beat the Whites with the red wedge!' de El Lissitzky (1920)

Adeus Lenine?
A história dos ideais socialistas é uma história feita de vitórias e derrotas, de esperanças e tragédias, de conquistas e de bloqueios. A evocação do nome do líder soviético - e do conhecido filme de Wolfgang Becker - permite-nos aqui equacionar as heranças políticas e ideológicas que a revolução russa pode suscitar, bem como reimaginar a possibilidade das hipóteses socialistas nos tempos de hoje.

Colonialismo, não passará?
As lutas anticoloniais têm outro nome que não pode ser esquecido: as lutas de libertação nacional. Este jogo de espelhos reflete os lugares de enunciação a partir dos quais se olham e se pensam essas dinâmicas de emancipação que foram decisivas para a história do século XX e para a reimaginação do mundo no nosso século. Nessas lutas de libertação nacional e nas independências que se lhe seguiram estão inscritas muitas das energias criadas e alimentadas pelos ideais do socialismo e da revolução russa. Contudo, hoje em dia, a pergunta sobre se o ciclo colonial já passou adquire novos sentidos face aos desenlaces pós-democráticos e neoliberais que invadem e povoam os horizontes políticos de uma boa parte da humanidade.

Pode a subalterna falar?
Ainda que os ideais emancipatórios propagados pela revolução russa e pelos seus legados tivessem dado atenção à subalternidade das mulheres nas várias esferas da vida, não conseguiram tornar irreversível um imaginário feminista capaz de romper com os múltiplos sexismos que continuam a permear as sociabilidades. Partindo da assunção de que as mulheres não são uma minoria entre outras que têm sido oprimidas e discriminadas, colocar a questão no feminino, tal como é feito, obriga-nos a uma atenção epistemológica sobre todos os sistemas de opressão. Neste sentido, esta é a abordagem feminista que propomos e que, qualquer revolução, de ontem ou de hoje, deveria assumir como sua.

Comissão organizadora
João Rodrigues, Miguel Cardina, Teresa Almeida Cravo e Teresa Cunha

Comissão científica
António Sousa Ribeiro, Boaventura de Sousa Santos, Carlos Fortuna, Catarina Martins, Diana Andringa, Elísio Estanque, Isabel Caldeira, José António Bandeirinha, José Manuel Mendes, José Reis, Licínia Simão, Manuel Carvalho da Silva, Maria Paula Meneses, Nuno Teles, Pedro Hespanha, Rui Bebiano, Sara Araújo, Silvia Rodríguez Maeso e Teresa Maneca Lima

Programa

23.11.2017 | por martalanca | CES, colóquio, Revolução Russa

Colóquio Memória, História, Esquecimento. O 27 de Maio de 1977 em Angola

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL),  26 de maio 2017 / 09h 30m   

Um colóquio multidisciplinar que assinala a passagem de 40 anos dos acontecimentos de 27 de Maio de 1977 em Angola, cujas consequências perduram até hoje na sociedade angolana. A necessidade de se criar um espaço de reflexão no meio académico serviram de mote aos organizadores para proporem a realização de um colóquio, no qual os investigadores pudessem partilhar e debater as suas pesquisas com a comunidade científica e a sociedade em geral.

A participação de investigadores de diferentes áreas do conhecimento permitirá uma abordagem multidisciplinar, para uma melhor compreensão deste fenómeno histórico angolano, através das suas múltiplas dimensões: política, social e cultural. Por isso, participam investigadores da história, da música, da antropologia, dos direitos humanos e da justiça.

Pretende-se que esta problemática saia da penumbra e do mujimbosocial em que tem estado confinada e reduzida até hoje na sociedade angolana, para que seja incluída como tema próprio nas discussões académicas das Ciências Sociais, nomeadamente dos Estudos Africanos, da História de África e, em particular, da História de Angola.

Comissão Organizadora: Myriam Taylor de Carvalho, Verónica Leite de Castro, Edson Vieira Dias Neto, Pedro Aires Oliveira

PROGRAMA 

9h 30m – Receção, inscrição, Venda de livros

10h / 10h 20m – Boas vindas e apresentação do evento

Pedro Aires Oliveira (IHC-FCSH-UNL)

Verónica Leite de Castro (Membro da Organização)

1º Painel – 10h 20m / 12h 20m  

Moderador Michel Cahen (CNRS / Casa Velazques)

Mabeko Tali (HUW)

O 27 de Maio, 40 anos depois: uma exégese do discurso nitista.

Margarida Paredes (UFBA)

Uma narrativa silenciada, a liderança das mulheres na revolta do 27 de   Maio de 1977. O caso do ‘Destacamento Feminino’ das FAPLA.

Leonor Figueiredo (Investigadora Independente)

A importância das fontes orais na abordagem ao «27 de Maio».

Francisco Júnior (FLUC)

Cânticos silenciados em 1977: Lembranças musicais de Artur Nunes, David Zé e Urbano de Castro.      

12h 20m / 13h 30m – Debate 

13h 30m / 15h – Almoço livre

2º Painel – 15h – 17h  

Moderador José Pedro Castanheira (Jornalista)

Marcolino Moco (Ex primeiro Ministro de Angola)

O 27 de Maio. Problema angolano no contexto africano. Que tipo de justiça?

Benja Satula (UCAN – UCP)

“Do processo ao não processo”, a irracionalidade dos“guerrilheiros da razão”.

Fernando Macedo (UCT)

A Barbárie do 27 de Maio e o Direito à Memória.

Joaquim Sequeira Carvalho (ISP-UKB)

“O 27 de Maio de 1977”

17h – 18h Debate

– Encerramento

- Venda livros, coffee break

19.05.2017 | por martalanca | 27 de maio 1977, Agostinho Neto, angola, colóquio, desaparecidos, fracionismo, genocídio, memória, política, trauma

Lançar Diálogos: Crítica de Artes do Espetáculo e Esfera Pública

O colóquio internacional de crítica de teatro, a decorrer nos dias 8 e 9 de junho, pretende lançar a crítica na esfera pública e contribuir para o diálogo entre quem cria, escreve e produz. Artistas, académicos, críticos profissionais e interessados poderão debater acerca da criação teatral contemporânea e as suas múltiplas manifestações.
Serão dois dias de encontro em Lisboa (8 e 9 de junho) e dois dias no Porto (10 e 11 de junho), durante os quais a substância dos trabalhos incluirá vários formatos, como conferências, comunicações, mesas redondas, masterclasses e vários espetáculos no âmbito da programação do FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica).

Entrada livre.

Para mais informações, consulte o site.

 

29.05.2016 | por claudiar | artes performativas, colóquio, teatro

Colóquio "Penetrable Traversable Habitable"

Nos próximos dias 19 e 20 de maio, entre as 10h00 e as 18h00, irá decorrer o colóquio internacional “Penetrable/ Traversable / Habitable”, que terá lugar no CAM – Galeria de Exposições Temporárias e Sala Polivalente.

O colóquio pretende explorar, numa perspetiva transcultural, a mobilização do espaço no trabalho de mulheres artistas ao longo das décadas de 1960 e 1970, com um enfoque particular na criação de ambientes.

A entrada é livre.

Para mais informações, ver aqui.

 

18.05.2016 | por claudiar | colóquio

V Colóquio Internacional "O que é a Arte?"

A Associação Filosófica O que é? com o apoio do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, convida a assistir a mais um colóquio em que se tenta responder à questão que dá título ao V colóquio sobre o mesmo tema. Desta vez será em Sintra, dia 14 de maio pelas 10h, e o filósofo Nigel Warburton é o convidado inaugural desta sessão.

Para mais informações, ver aqui.

11.05.2016 | por claudiar | arte, colóquio

Feitiço do Batuque no Bairro da Cova da Moura

A Associação Cultural Moinho da Juventude tem o prazer de apresentar o colóquio “A cultura e o Inconsciente Coletivo de Povos que foram Colonizados” no dia 22 de abril de 2016,  para o evento Feitiço do Batuque no Bairro da Cova da Moura que se realiza no dia seguinte, dia 23 de abril. dia 22 de abril 2016 no Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, na Avenida Ilha da Madeira, 1400-203 Lisboa. Solicitamos a confirmação da vossa presença no dia 22 de abril para o seguinte email (dir-acmj@moinhodajuventude.pt), indicando o nome, contacto e eventualmente a organização a que pertence, até ao dia 18 de Abril de 2016.

O Evento Feitiço do Batuque, terá lugar no dia 23 de Abril no Bairro da Cova da Moura na Amadora e no Polidesportivo da Cova da Moura de acordo com a programação. No dia 23 de abril poderá almoçar num restaurante da Cova da Moura. Caso esteja interessado pedimos que se inscrevam através do seguinte email (dir acmj@moinhodajuventude.pt). Posteriormente será informado em que restaurante saboreará um prato Cabo-verdiano. As inscrições  serão até ao dia 18 de abril de 2016.

 

06.04.2016 | por claudiar | colóquio, moinho da juventude

Apresentação de propostas de comunicações para o colóquio internacional “Teatro: Estética e poder”

Está aberto até 15 de Maio o prazo para a apresentação de propostas de comunicações para participar no colóquio internacional “Teatro: Estética e Poder”, organizado pelo Centro de Estudos de Teatro e o Centro de Estudos Clássicos da FLUL – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que terá lugar nos dias 21 e 22 de Novembro de 2013.

Este colóquio, organizado em sessões plenárias, com participantes convidados, e em sessões paralelas de comunicações por inscrição, pretende constituir ocasião propícia a uma reflexão sobre o teatro nas suas múltiplas dimensões performativa, literária, filosófica, histórica, ideológica, política e social e a sua relação com as outras artes.

As comunicações terão uma duração de 20 minutos e poderão ser apresentadas em várias línguas: português, inglês, francês, espanhol e italiano. Na sequência do colóquio, será publicado um volume com uma selecção dos textos apresentados.

Os interessados poderão obter mais informações aqui.

19.02.2013 | por herminiobovino | colóquio, lisboa, teatro

COLÓQUIO sobre Ricardo Rangel, 17 de Julho, MAPUTO

RICARDO RANGEL

Ricardo Achiles Rangel (Lourenço Marques, 15 de fevreiro de 1927- Maputo, 11 de junho de 2009), foi um fotojornalista e fotógrafo moçambicano.

A Kulungwana e o Centro Cultural Brasil Moçambique organizam colóquio sobre a obra de Ricardo Rangel, no dia 17 de Julho de 2012, com início as 14h30, assim como no cocktail de encerramento, nas instalações do CCBM.

PROGRAMA
14h30 Saudação aos participantes
Henny Matos, Directora Executiva da Kulunguana
14h40 Abertura do Colóquio
José Luis Cabaço, Presidente do Colóquio
14h50 Primeiro Painel
Raul Calane da Silva: “A Geração de Ricardo Rangel”
José Mota Lopes: “Ricardo Rangel, nos textos dos seus contemporâneos”
Debate
15h55 Segundo Painel
Rui Assubuji: “Ricardo Rangel - uma visão crítica da sua arte”
Nelson Saute: “Foto-jornalismo, ontem e hoje”
Debate
17h00 Terceiro Painel
Drew Thompson “Iconicity of Ricardo Rangel and the Production of Mozambican History”
José Teixeira “O pão nosso de cada noite: ousadia datada ou tema actual?”
Debate
18h00 Encerramento do Colóquio
José Luis Cabaço
Agradecimento aos participantes
Cocktail
Local: Centro Cultural Brasil-Moçambique, MAPUTO
Av. 25 de Setembro, 1728
Entrada livre

09.07.2012 | por candela | colóquio, fotografia, fotojornalismo., Maputo, RICARDO RANGEL

Colóquios sobre Literaturas de Língua Portuguesa em Lisboa e no Porto

Já esta segunda-feira, 14 de Maio, no Porto, o espaço Maus Hábitos (em frente ao Coliseu) acolhe a segunda edição do “Tinha Paixão? - Literaturas Brasileira e Africana”. À semelhança da primeira edição, mantém como objectivo principal  partilhar com o público alguns dos grandes nomes das literaturas brasileira e africana dos séculos XX e XXI. Arrancou no passado dia 26 de Abril e prevê cinco sessões de colóquios, a decorrer todas as segundas-feiras, em espaços diferentes, até dia 28 de Maio. Esta edição está marcada para as 18h30 e tem como convidados Ana T. Rocha, que falará sobre a poeta são-tomense Conceição Lima, Pires Laranjeira, que falará sobre o poeta angolano João-Maria Vilanova e Vanessa Rodrigues, que falará sobre a escritora brasileira Andrea del Fuego.

Na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa acontece a 16 de Maio, pelas 16 horas, o colóquio intitulado “Literatura e Culturas Africanas – Perspectivas de Ensino”, com as intervenções de Ana Mafalda Leite, Ana Paula Tavares, Fátima Mendonça, Inocência Mata, Luís Dias Martins e Pires Laranjeira.

13.05.2012 | por joanapereira | colóquio, língua portuguesa, lisboa, literatura, porto

Colóquio Internacional Cabo Verde e Guiné-Bissau: percursos do saber e da ciência

Lisboa, 21 - 23 de Junho de 2012
ISCSP-UTL, Auditório Piso 0

Colóquio Internacional Cabo Verde e Guiné-Bissau: Percursos do Saber e da Ciênciaresulta de uma parceria entre investigadores do Instituto de Investigação Científica Tropical (IICT) e do Centro de Administração e Políticas Públicas do Instituto de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP-UTL) no quadro de programas de investigação em curso, e visa criar um fórum para investigadores das várias áreas do saber científico apresentarem e partilharem estudos e resultados de projectos sobre Cabo Verde e a Guiné-Bissau.

Reflectindo em simultâneo uma história partilhada imposta pela presença colonial Portuguesa e uma evolução diferenciada em função de condições específicas e percursos próprios, Cabo Verde e a Guiné-Bissau, são hoje uma referência fundamental no mundo Atlântico e na África Ocidental atestada pelo crescente número de trabalhos de investigação e de projectos de cooperação. Nesse sentido, este Colóquio pretende dar maior visibilidade à investigação que tem vindo a ser feita contribuindo para dinamizar o interesse por estes dois países e sublinhando o papel desempenhado pela investigação científica e pelo envolvimento directo no desenvolvimento e na cooperação.

Privilegiar-se-á uma abordagem comparativa e interdisciplinar que tenha em conta perspetivas históricas, antropológicas, sociológicas, culturais, económicas, políticas, biológicas e ambientais, que permita não só uma visão histórica e multidisciplinar em termos regionais e mundiais mas também em termos do reconhecimento da importância dos saberes e do conhecimento científico no contexto actual destas sociedades. Espera-se que através de uma análise histórica mais global e abrangente, seja possível uma melhor compreensão da situação presente destes dois países, ajudando a identificar dificuldades actuais e a cooperar na sua resolução.

Áreas temáticas propostas:
Ocupação, História colonial e Escravatura
Etnicidade, Sociedades crioulas e Diáspora
Colonialismo moderno, Descolonização e Período pós-colonial
Biodiversidade, Etnobotânica, Medicina tradicional
Gestão, Conservação e Uso Sustentável de Recursos Naturais
Práticas humanas, Alterações climáticas e Impactos ambientais
Saúde, Alimentação e Ambiente
Literatura, Cultura e Educação
Desenvolvimento e Cooperação (apresentação de projectos)

30.03.2012 | por herminiobovino | Cabo-verde, colóquio, Guiné Bissau