Dossiê “O contemporâneo visto pelo ecrã: Políticas, culturas, memórias e identidades”

Organizadores: Carlos Alberto Máximo Pimenta-Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI- Brasil); Edson Capoano, Pedro Rodrigues Costa e Vítor de Sousa-CECS-Universidade do Minho (Portugal)

Prazo de submissão: 30 de março de 2021

Data prevista de publicação: a partir de abril de 2021

Critérios: - Os textos devem ser escritos dentro das exigências da RCH, conforme diretrizes indicados no endereço: https://www.rchunitau.com.br/index.php/rch/about/submissions

Idiomas: Português (Brasil)/English

Envio de propostas: https://www.rchunitau.com.br/index.php/rch/announcement/view/10?fbclid=IwAR04PpLLC_EGrm9DrwpvLBAgtS78JJT5m7PPvf_yO79xsv3UWY0fE4RDIdc

 

 

Call for papers

 Trata-se de chamada pública de textos para compor o dossiê “O contemporâneo visto pelo ecrã: políticas, culturas, memórias e identidades”, a ser publicado na RCH–Revista Ciências Humanas (e-ISSN 2179-1120) dos Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Humano e em Educação da Universidade de Taubaté. Portanto, este dossiê se propõem reunir reflexões que discutam as inseguranças de nossos tempos que “colocam em xeque” a ordem política, econômica, social, cultural, moral, ética, intelectual, simbólica e subjetiva estabelecida a partir de um consenso cêntrico “ditado” pela cultura ocidental que desfila nos ecrãs (entendido como “tela” de cinema, televisão, computador, celular, tablet, etc.), mas traz, consigo, o fortalecimento do debate sobre a condição humana.

Dessa premissa, impõe leituras distintas da realidade, em que se abrem perspectivas para outros e novos conhecimentos “abafados”, “calados”, “omitidos”, “desprivilegiados”, “subalternizados”, “colonizados” ou para “novas” e “outras” interpretações de distintas formatações de linguagem e comunicação social, diante de um modelo hegemônico de desenvolvimento, crescimento, ordem e progresso aplicados, com maior ou menor grau, a todos, em escala mundial. Abrem-se, por isso mesmo, face às “imposições” dos tempos informacionais e tecnológicos que experimentamos, amplos campos de disputa “dos”, “nos” e “pelos” sistemas de linguagens e de comunicações sociais que “afetam”, para o bem e para o mau, questões de políticas, culturas, memórias e identidades.

Do quadro enunciado, esperamos que este dossiê aglutine um conjunto de textos, pesquisas e pesquisadores que trabalhem temáticas contemporâneas, de caráter interdisciplinar, teórico e empírico, tendo questões e interfaces entre “políticas”, “culturas”, “memórias” e “identidades” vividas e experienciadas que aglutinem preocupações que percebam as disputas no campo das comunicações e linguagens sociais no sentido de constituir outras plataformas de desenvolvimento social, ambiental e econômico, tais como:
(1) problemáticas, desafios e consequências da era digital (participação, formação, educação, ética, violências, subjetividades);

(2) políticas e (bio)diversidades culturais;

(3) inovações, manifestações e processos populares de geração de renda;

(4) Trajetos e trajetórias descolonizadoras do sul ao norte, do “centro” à “periferia”; 

(5) Relações migratórias–travessias, dinâmicas interculturais, identidades transculturais e “artivismo curatorial”.

09.02.2021 | por Alícia Gaspar | Brasil, call for papers, culturas, divulgação, identidades, memórias, política, Portugal, RCH, Revista ciências humanas

"DecliNações: questionando identidades nacionais, género e sexualidade"

Colóquio internacional, 29 e 30 de Outubro de 2018, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

As identidades nacionais têm-se revelado construções homogeneizadoras, orientadas para a obliteração das diferenças, não deixando, contudo, de ser relevantes a nível político (nacional e internacional), social, cultural, etc., apesar dos processos pós-nacionais internacionalizantes em vigor. Tais construções costumam identificar o nacional com certas imagens idealizadas do homem heterossexual em detrimento tanto das mulheres, quanto de outras identidades de género e orientações sexuais. Personagens de identificação nacional têm sido maioritariamente masculinas: soberanos, heróis de guerra, rebeldes que libertam a pátria de opressores, estrelas no desporto, música, pintura e outras artes, escritores e filósofos canônicos etc. Estas personagens masculinas, omnipresentes nas memórias das nações, costumam apresentar, além do mais, uma masculinidade hegemónica que exclui outras formas do masculino e legitima, até certo grau, a discriminação e a violência contra mulheres e os vários sujeitos do vasto leque da dissidência sexo-genérica.

A inclusão das mulheres nos discursos da identidade nacional tem muitas vezes traduzido, em várias e diversas latitudes, o desejo de domesticar a diferença e produzir um sujeito unitário com funções e caraterísticas definidas pelo patriarcado. Casos paradigmáticos são, por exemplo, a imagem generalizada da mulher africana decalcada do conceito de Mãe África, tornando-a guardiã das tradições, transmissora da ‘cultura’ e agente reprodutor, ou o recente enviesamento visível no Brasil, após o golpe de 2016, onde o recato e a domesticidade voltam a ser características enaltecedoras do sujeito mulher (como no caso da descrição da esposa do presidente Temer, pelos media, como “bela, recatada e do lar”).

Este colóquio propõe releituras críticas do nacional, em termos de género. No foco de interesse estarão países de língua oficial portuguesa – Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe – mas também as dinâmicas diaspóricas, regionais ou continentais nas quais estes países se inscrevem. Os feminismos, maioritariamente os do sul, constituem abordagens privilegiadas de análise, bem como os estudos queer, as epistemologias do sul ou a perspetiva decolonial.

CFP disponível aqui.

Equipa organizadora:
Doris Wieser (CEC, ULisboa)
Jessica Falconi (CEsA, ISEG, ULisboa)
Luciana Moreira (CES, UCoimbra)
Raquel Lima (CES, UCoimbra)
Simone Cavalcante (CEC, ULisboa)

Comissão científica:

Ana Paula Tavares (CLEPUL, ULisboa)
Catarina Martins (CES, UCoimbra)
Denilson Lopes (ECO, UFRJ)
Fernanda Gil Costa (CEC, ULisboa)
Inocência Mata (CEC, ULisboa)
Isabel Maria Casimiro (CEA, U Eduardo Mondlane)
Joacine Katar Moreira (ISCTE, IULisboa)
Luísa Afonso Soares (CEC, ULisboa)
M. Felisa Rodríguez Prado (U Santiago de Compostela)
Teresa Cunha (CES, UCoimbra)

Conferencistas e palestras confirmadas/os:

Ana Paula Tavares (CLEPUL, ULisboa), “Identidade e poesia. Construções, revisitas e tempo: Angola, discurso e pratica”
Catarina Martins (CES, UCoimbra), “Rompendo os corpus das literaturas nacionais africanas – corpos nus de mulheres negras”
Denilson Lopes (ECO, UFRJ), “Por uma historiografia queer das sensações”
Isabel Maria Casimiro (CEA, U Eduardo Mondlane), “‘Cinderelas do nosso Moçambique’: confrontando diálogos entre jovens feministas e veteranas da luta armada”
Joacine Katar Moreira (ISCTE, IULisboa), “Narrativas interseccionais negras em Portugal”
Teresa Cunha (CES, UCoimbra), “Podem as Sindarelas falar? DecliNações Feministas e pós-coloniais: Moçambique, Timor-Leste”

Esta atividade insere-se no âmbito dos projetos Feminismos e dissidência sexual e de género no Sul Global e Identidades nacionais em diálogo: construções de identidades políticas e literárias em Portugal, Angola e Moçambique (1961-presente), do grupo CITCOM do Centro de Estudos Comparatistas, FLUL.

Para mais informações sobre o evento, por favor seguir este link, ou o evento de facebook.

 

24.10.2018 | por martalanca | colóquio, género, identidades

Fronteiras e Identidades em África - LISBOA

Conferência 10 -12 de Dezembro no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL)

As comunicações relacionadas com o tema, que ocupa um importante lugar no debate académico, serão apresentadas por investigadores com vasta experiência e um longo percurso na exploração das questões ligadas às fronteiras em África: Gregor Dobler (Universidade de Freiburg), Wolfgang Zeller (Universidade de Edinburgh) e Paul Nugent (Universidade de Edinburgh). Todos eles fazem parte da rede ABORNE (African Borderlands Research Network) e desenvolvem as suas pesquisas em várias regiões fronteiriças de África.

10 DEZ Sala C301
18h GREGOR DOBLER
Where do borderlands end? Towards a conceptual framework
11 DEZ Sala C104
17h Apresentação do Documentário
“Esta Fronteira Não Existe”
12 DEZ sala C104
17h WOLFGANG ZELLER
Why the Namibia-Zambia border is neither blurred nor porous
18h PAUL NUGENT
Why Should Africanists Care About Borderland Studies?

A conferência pretende ser um ponto de encontro entre os investigadores, os estudantes e todos os interessados, e um lugar de debate e reflexão acerca das fronteiras e identidades em África.

O filme Esta fronteira não existe será apresentado no segundo dia da Conferência é uma colecção de testemunhas e reflexões dos actores locais sobre a fronteira entre Angola e Namíbia. Se o filme, por um lado, fala sobre a irrelevância da fronteira para as fortes e activas relações entre as populações fronteiriças, particularmente para o povo Kwanhama – dividido pela demarcação colonial da fronteira – por outro lado, demonstra como as linhas moldam e transformam essas mesmas relações ao longo do tempo.

“Aqui no Cunene a fronteira apareceu mais tarde…
Passou mesmo no meio de uma família.” 

“As fronteiras oficiais são sobretudo porosas e fluidas. Há áreas sociais, culturais e de trocas intensas nas zonas de fronteira que não se regem pelas linhas estabelecidas nos mapas.”

Mais info

30.11.2012 | por martalanca | Africa, fronteiras, identidades