"Djon África" de Filipa Reis e João Miller Guerra.

O filme acompanha a história de Miguel Moreira, Tibars, filho de cabo-verdianos que nasceu e cresceu na periferia de Lisboa e que toda a vida foi criado pela avó. Tibars, também conhecido como John África, viaja até Cabo Verde para conhecer as suas raízes e encontrar o pai que nunca conheceu. Miguel Moreira, “Djon África”, também participou em “Li Ké Terra” (2010) e “Fora de Vida” (2015), consolidando a estreita colaboração com os realizadores através desta viagem e encontro entre Portugal e Cabo Verde. O filme vai estrear no próximo dia 29 de Novembro de 2018 e terá a sua exibição comercial em diversas salas do país:

Lisboa: Cinema IDEAL e Cinema Medeia Saldanha Monumental Porto: Cinema Trindade Coimbra: Alma Shopping Amadora: Cinema City Alegro Alfragide Leiria: Cinemacity Leiria Setúbal: Cinema City Setúbal

Sinopse

Miguel Moreira, também conhecido como Tibars, também conhecido como Djon África, acaba de descobrir que a genética é madrasta e que a sua fisionomia — bem como alguns traços fortes da sua personalidade — o de- nunciam, ao primeiro olhar, como filho do seu pai, alguém que nunca conheceu.

Essa descoberta intrigante leva-o a tentar saber quem é esse homem. Dele sabe apenas aquilo que lhe conta a sua avó, com quem vive desde sempre.
A curiosidade galopante faz com que decida ir à sua procura. Seguindo o percurso de John Tibars ao encontro do seu pai iremos também ao encontro desse território do sonho que assombra as memórias, os desejos ou as mi- tologias de uma boa parte daqueles que man- têm as suas raízes culturais e a génese da sua identidade no continente africano. Tibars vive duas identidades em conflito e ao mesmo tempo em harmonia. O que é viver num gueto em Portugal e ser africano sem o ser? Esta ambivalência encontra a projecção de toda uma vida nesta aventura. África surge aqui com toda a carga que tem na imaginação, na projecção não só do lugar, como da sua es- sência, da sua pertença.

SYNOPSIS

Miguel Moreira, also known as Tibars, also known as Djon África, learns that genetics can be cruel when his physiognomy — as well as some of his strong personality traits — denounce him, straightaway, as his fa- ther’s son; someone he has never known. This intriguing discovery leads him to try to find out who this man is. All he knows about him is what his grandmother, with whom he has always lived, has told him.

A raving curiosity makes him decide to
go look for him. Following the journey of John Tibars to meet his father we will also encounter the territory of the dream that haunts memories, desires or mythologies of a good part of those who maintain their cul- tural roots and the genesis of their identity in the African continent. Tibars lives two identi- ties in conflict and at the same time in har- mony. What’s living in a ghetto in Portugal and being an African without being it? This ambivalence finds a projection of a lifetime in this adventure. Africa appears here with a whole load of imagination, in the projection not only of the place, but also of its essence, of its belonging.

28.11.2018 | par martalanca | Djon África

Posso saltar do meio da escuridão e morder

O que vive abaixo da superfície da sujeição? A ausência de liberdade pode fazer morrer uma alma? A insubmissão surge como a única possibilidade de sobrevivência para uma mulher, que se descobre mulher e negra no contexto dos lugares estanques da escravatura. O percurso do espectáculo é afinal uma provação como via para a consciência. Entre o imaginário, o simbólico e o real, Daniel, Gio e Zia avançam em direcção à lucidez - na 1ª pessoa, na 3ª pessoa, por vezes em ambas - à própria palavra que gera uma voz e um corpo mineral, vegetal, animal.
Rogério de Carvalho, encenador

A Coisa impossível - traumática provém do Espaço Interior. Inicialmente tudo o que vemos é o Vazio - o Céu escuro, infinito, o abismo sinistramente silencioso do Universo, com estrelas cintilantes dispersas, que são menos objectos materiais do que pontos abstractos; depois, de súbito, ouvimos um som por detrás de nós, do nosso fundo mais íntimo, a que vem juntar-se o objecto visual, a origem desse som - a gigantesca versão dos barcos que transportam escravizados. O objecto - Coisa é assim transmitido como parte de nós mesmos que expelimos para a realidade… Também buscamos. Esta intrusão da Coisa parece trazer o alívio, suprimindo o horror de contemplar o vazio infinito do Universo.

Encenação Rogério de Carvalho Texto selecção e montagem colectiva Actores Daniel Martinho, Gio Lourenço, Zia Soares

Design de som Chullage

Design de luz Jorge Ribeiro

Apoio ao movimento Cláudia Bonina

Espaço cénico e figurinos Teatro GRIOT Fotografia Sofia Berberan Produção Teatro GRIOT

Duração aprox. 1h30  M/14

27.11.2018 | par martalanca | Rogério de Carvalho, teatro griot

Não Ceder Ao Medo

Mostra retrata a violência do ponto de vista de estudantes e professores, no CMAHO

O Centro Cultural Municipal de Arte Hélio Oiticica apresenta do dia 1º de dezembro de 2018 a 28 de janeiro de 2019 a exposição Não Ceder Ao Medo, o mais recente trabalho da artista Elisa Castro. Serão expostas quarenta bandeiras brancas bordadas por estudantes que retratam as suas experiências com a violência diária. 

Para esta exposição,  a artista que também é professora, escutou e coletou histórias sobre medos de crianças e professores de uma comunidade violenta em Niterói, ao longo do ano de 2017. Elisa criou dispositivos para  envolver toda a escola e seu entorno, mobilizando o espaço público através de uma urna com a qual coletava medos escritos e com uma grande faixa na entrada da escola. Abrindo lugar para que alunos pudessem verbalizar seus temores mais particulares no espaço escolar, transformando esse material em bandeiras a partir do desenho e do bordado.

Não Ceder Ao Medo tem como questão central a problemática da conexão com o outro nos espaços de violência social, propondo a análise e o diálogo entre arte e educação, como possibilidades de pensar a história, a sociedade, a política e as relações entre sujeito e espaço. A mostra é fruto de um intenso processo de escuta, como é particular em sua obra.

“A mostra é fruto de intervenções artísticas realizadas durante um ano em uma escola pública localizada em uma comunidade violenta em Niterói, na qual frequentemente estudantes sofrem com intervenções policiais justificadas pelo poder público como “combate” à venda e ao tráfico de drogas. Para iniciar o projeto instalei  uma grande faixa com a frase “Não Ceder Ao Medo”na entrada da escola e  uma urna para que crianças e professores pudessem depositar seus medos. Desta forma, desenvolvi um projeto de escuta, no qual os alunos tinham espaço para falar sobre sua experiência com a violência. Durante as aulas, enquanto se escutavam, cada estudante representava seu medo,  através  de  desenhos bordados sobre tecido. A proposta dessa  exposição é que, como uma criança, pulemos o muro do medo que silencia a violência e produz a inércia. Para “Não Ceder ao Medo” devemos levantar nossa bandeira e mostrar nela o que é mais íntimo em nós, avançando sem temer o porvir”, afirma Elisa Castro.

Elisa Castro é artista, tem como eixo de principal de seu trabalho a escuta como possibilidade poética e prática artística.Desde 2007, participa de exposições nacionais e internacionais, entre elas estão: a 17 Bienal de Cerveira(Portugal), IV Bienal Internacional da Bolívia (La Paz), 7 Bienal deArte do Mercosul: Grito e Escuta (Porto Alegre-BR). Suas obras estão nas coleções permanentes do Museu de Arte do Rio (MAR), Museu de ArteModerna (MAM-RJ) e Fundação Bienal de Cerveira.

Serviço: Exposição Não Ceder Ao Medo

Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica – Galerias 1 e 2

Rua Luís de Camões, 68 – Centro – Rio de Janeiro, RJ Cep: 20060-040

Telefone: +55 21 2242 1012

Abertura: 1º de dezembro de 2018, a partir das 14h.

Visitação: de 1º de dezembro a 28 de janeiro de 2019

Funcionamento: de segunda a sábado, das 12h às 18h. Fechado aos domingos e feriados

Email: cmaho.cultura@gmail.com

Facebook: facebook.com/cma.heliooiticica

Instagram: instagram.com/cma.heliooiticica

 

27.11.2018 | par martalanca | Brasil, Medo, secundaristas

Contar Áfricas!

Exposição partilhada e plural, de 25 de Novembro até 21 de Abril no Padrão dos Descobrimentos. 

fotografia de Luís Pavãofotografia de Luís Pavão
Contar Áfricas! tem a coordenação de António Camões Gouveia e resultada vontade de conhecer uma África múltipla e diversa, as muitas Áfricas que compõem África, os “seus poderes, organizações sociais e culturais, sublinhando as diferenças e a originalidade de um tão vasto território”
A forma de Contar Áfricas! nesta exposição é partilhada. Partilhada porque as peças apresentadas foram escolhidas por dezenas de investigadores das mais variadas áreas e relações com África. Contar Áfricas! é, assim, uma exposição construída por diversas mãos. Todos os detalhes sobre esta nova exposição aqui.
Entretanto e como sempre, do Miradouro vemos Lisboa e no documentário A construção de um símbolo ficamos a saber mais sobre o monumento que marca o perfil da frente ribeirinha de Lisboa.
Para saber tudo o que se passa acompanhe no facebook ou no site do Padrão dos Descobrimentos. 

 

22.11.2018 | par martalanca | Contar Áfricas!, EGEAC, Padrão dos Descobrimentos

Palestra de Françoise Vergès“L’Atelier e outras práticas artísticas decoloniais. Fomentando o anti-capitalismo e o anti-racismo político”

18h30, 27 de novembro, 2018

Hangar – Centro de Investigação Artística, Lisboa
Françoise Vergès examinará algumas das práticas culturais e artísticas que tem desenvolvido nos últimos quinze anos: o museu sem objectos, “Banana and Imperialism: A Travel Across Time and Space”, “The Slave in the Louvre: An Invisible Humanity”, e L’Atelier, um workshop colectivo e colaborativo com artistas negros em Paris.
Françoise Vergès é uma académica feminista e anti-racista, que tem escrito profusamente sobre Frantz Fanon, Aimé Césaire, memórias da escravatura, o museu decolonial e feminismo. No seu livro mais recente, “The Black Women’s Womb. Capitalism, Race, Feminism” (2017), explora a política racial do controle da natalidade desde o tráfico de escravos até aos dias de hoje, e critica o feminismo branco e burguês.Vergès passou a sua infância na Reunião, e viveu na Argélia, em França, no México, em Inglaterra e nos Estados Unidos. Depois de ter trabalhado como jornalista e editora no movimento feminista francês, mudou-se para os Estados Unidos em 1983, onde trabalhou antes de se inscrever na universidade. Licenciou-se summa cum laude em Ciência Política e Estudos de Género em San Diego, e doutorou-se em Ciência Política em Berkeley, Califórnia (1995). A sua tese “Monsters and Revolutionaries. Colonial Family Romance”, com que obteve o prémio de melhor tese em teoria política, foi publicada pela Duke University Press (1999). Leccionou na Universidade de Sussex e no Goldsmiths College em Inglaterra. Tornou-se membro do Comité pour la mémoire et l’histoire de l’esclavage (Comité para a memória e a história da escravatura) em 2004 (Taubira Act de 2001), e foi sua presidente entre 2009 e 2012. Entre 2003 e 2010, desenvolveu o programa científico e cultural para um museu para o século XXI na Ilha da Reunião. É igualmente membro de várias instituições que trabalham para a prevenção da discriminação e do racismo; pertence à direcção da Galerie Bétonsalon e ao conselho científico da Fondation Lilian Thuram – Éducation contre le racisme. Vergès foi também directora do Programa Global South(s) no Collège d’Études Mondiales de 2014 a 2018. 
As suas publicações incluem: “Décolonisons les Arts!”, L’Arche, Paris, 2018, com Leïla Cukeirman e Gerty Dambury; “Le ventre des femmes. Capitalisme, racialisation, féminisme”, Albin Michel, Paris, 2017; “Exposer l’esclavage: méthodologies et pratiques. Colloque international en hommage à Édouard Glissant”, Africultures, Paris, 2013; “L’Homme prédateur. Ce que nous enseigne l’esclavage sur notre temps”, Albin Michel, Paris, 2011; “Ruptures postcoloniales: Les nouveaux visages de la société française”, com Nicolas Bancel, Florence Bernault, Pascal Blanchard, Ahmed Boubakeur e Achille Mbembe, La Découverte, Paris, 2010. 
Organização: Ana Balona de Oliveira (CEC-FLUL & IHA-FCSH-NOVA).Evento integrado no ciclo de conversas e palestras ‘Pensando a Partir do Sul: Comparando Histórias Pós-Coloniais e Identidades Diaspóricas através de Práticas e Espaços Artísticos’.
Apoio: Centro de Estudos Comparatistas, Universidade de Lisboa; Instituto de História de Arte, Universidade Nova de Lisboa; Fundação para a Ciência e a Tecnologia; Direcção Geral das Artes.

fotografia de Cyrille Choupas. Cortesia Françoise Vergès.fotografia de Cyrille Choupas. Cortesia Françoise Vergès.

Lecture by Françoise Vergès “L’Atelier and other artistic decolonial practices. Fostering anti-capitalism and political anti-racism”

6.30 pm, 27 November 2018 Hangar – Artistic Research Centre, Lisbon.
Françoise Vergès will discuss some of the cultural and artistic practices she has been developing in the last fifteen years: the museum without objects, “Banana and Imperialism: A Travel Across Time and Space”, “The Slave in the Louvre: An Invisible Humanity”, and L’Atelier, a collective and collaborative workshop with black artists in Paris.
Françoise Vergès is an anti-racist feminist scholar who has written extensively on Frantz Fanon, Aimé Césaire, memories of slavery, the decolonial museum, and feminism. In her most recent book, “The Black Women’s Womb. Capitalism, Race, Feminism” (2017), she explores the racial politics of birth control from the slave trade to today, and criticizes white bourgeois feminism.Vergès spent her childhood in La Réunion, and has lived in Algeria, France, Mexico, England and the United States. After having worked as a journalist and editor in the women’s liberation movement in France, she moved to the United States in 1983, where she worked before enrolling in university. She obtained a dual Bachelor’s degree summa cum laude in Political Science and Women’s Studies in San Diego, then a Doctorate in Political Science at Berkeley, California (1995). Her thesis “Monsters and Revolutionaries. Colonial Family Romance”, for which she obtained the award for the best thesis in political theory, was published by Duke University Press (1999). She has taught at Sussex University and Goldsmiths College in England. She became a member of the Comité pour la mémoire et l’histoire de l’esclavage (Committee for the remembrance and history of slavery) in 2004 (Taubira Act of 2001), and was its president from 2009 to 2012. Between 2003 and 2010, she developed the scientific and cultural programme for a museum for the 21st century on the island of La Réunion. She is also a member of several institutions working to prevent discrimination and racism; she sits on the board of the Galerie Bétonsalon and on the scientific council of the Fondation Lilian Thuram – Éducation contre le racisme. Vergès was also chairholder of the Global South(s) Chair at the Collège d’Études Mondiales from 2014 to 2018. 
Her publications include: “Décolonisons les Arts!”, L’Arche, Paris, 2018, with Leïla Cukeirman and Gerty Dambury; “Le ventre des femmes. Capitalisme, racialisation, féminisme”, Albin Michel, Paris, 2017; “Exposer l’esclavage: méthodologies et pratiques. Colloque international en hommage à Édouard Glissant”, Africultures, Paris, 2013; “L’Homme prédateur. Ce que nous enseigne l’esclavage sur notre temps”, Albin Michel, Paris, 2011; “Ruptures postcoloniales: Les nouveaux visages de la société française”, with Nicolas Bancel, Florence Bernault, Pascal Blanchard, Ahmed Boubakeur and Achille Mbembe, La Découverte, Paris, 2010. 
Organisation: Ana Balona de Oliveira (CEC-FLUL & IHA-FCSH-NOVA).Part of the talk and lecture series ‘Thinking from the South: Comparing Post-Colonial Histories and Diasporic Identities through Artistic Practices and Spaces’.
Support: Centre for Comparative Studies, University of Lisbon; Institute for Art History, New University of Lisbon; Foundation for Science and Technology; Direcção Geral das Artes.Photo: © Cyrille Choupas. Courtesy Françoise Vergès.

20.11.2018 | par martalanca | decolonial, escravatura, Françoise Vergès, pós-colonial

O Mundo Começou às 5 e 47

Inaugura no próximo dia 24 de novembro, pelas 16h00, no Museu do Neo-Realismo, a terceira exposição coletiva do ciclo de arte contemporânea COSMO/POLÍTICA, intitulada O Mundo Começou às 5 e 47, com trabalhos dos artistas Hugo Canoilas, Miguel Castro Caldas e Tatiana Macedo.

Com curadoria de Sandra Vieira Jürgens e Paula Loura Batista, as obras em exposição respondem às questões suscitadas pela leitura da peça de teatro O Mundo Começou às 5 e 47 de Luiz Francisco Rebello. Neste texto o autor reflete sobre o fim de um mundo e a possibilidade de construção de um novo, como que indagando o que está em declínio e o que está por vir.

20.11.2018 | par martalanca | cosmo/política

Pele de Luz/ Skin of Light de André Guiomar

2018 • Moçambique, Portugal • 19’

Anifa sobrevive a um rapto. Isa cresce envolta no medo. No coração de Maputo, em Moçambique, as duas irmãs enfrentam juntas um lugar onde a crença na magia negra ainda persegue pessoas albinas.


20.11.2018 | par martalanca | albinos, cinema, Pele de Luz

2.ª edição do Curso Livre da História de Angola

Pela segunda vez, a Mercado de Letras Editores e a UCCLA estão a organizar a 2.ª edição do Curso Livre História de Angola. A exigência e a inquietude do seu conhecimento fizeram da 1.ª edição deste curso um enorme sucesso.

Em 2018, entre os meses de abril e julho, ao longo de 14 sessões, numa iniciativa que se mostrou inédita, tentámos contribuir para o entendimento e aprofundamento do conhecimento da realidade política, geográfica e cultural de Angola. Findo o mesmo, a única observação referida pelos alunos relacionava-se com a sua duração - o curso deveria ter uma maior duração, de forma a que o conhecimento sobre a história de Angola fosse mais aprofundado.

Dando azo a essa exigência, num esforço conjunto, e de novo, com a coordenação do Professor Doutor Alberto Oliveira Pinto, a 2.ª edição do Curso Livre História de Angola, prolongar-se-á pelos meses de janeiro a julho de 2019, ao longo de 26 sessões, que decorrerão às terças-feiras de cada semana, às 18 horas.  

À semelhança do que aconteceu na 1.ª edição, também nesta edição, serão convidadas uma série de individualidades cujos nomes serão anunciados tão breve quanto possível. As condições de inscrição encontram-se disponíveis no link

Qualquer questão poderá ser endereçada para o email cursohistoriaangola@gmail.com

Alberto Oliveira Pinto:

Angola, 1962. Licenciou-se em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, em 1986. É Doutorado (2010) e Mestre (2004) em História de África pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde colaborou como docente no Departamento de História. Lecionou igualmente noutras universidades portuguesas. Presentemente é Investigador do Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e do CEsA - Centro de Estudos sobre África e do Desenvolvimento do Instituto Superior de Economia e Gestão.

Como ficcionista publicou diversos romances e é autor de múltiplos livros de ensaio sobre a história de Angola, com destaque para História de Angola. Da Pré História ao Início do Século XXI (2016), primeira experiência no género em 40 anos de Independência de Angola, cuja 3.ª edição se prevê para breve.  

Em 2016, foi presidente do Júri do Prémio Internacional em Investigação Histórica Agostinho Neto da Fundação António Agostinho Neto (FAAN). No mesmo ano foi, pela segunda vez, vencedor do Prémio Sagrada Esperança 2016 com o livro de ensaios Imaginários da História Cultural de Angola.

Em 2018, coordenou o Curso Livre História de Angola/UCCLA/Mercado de Letras Editores, iniciativa igualmente inédita e com enorme adesão, do qual se prepara uma nova edição mais desenvolvida.

UCCLA Avenida da Índia, n.º 110 (entre a Cordoaria Nacional e o Museu Nacional dos Coches), em Lisboa

Autocarros: 714, 727 e 751 - Altinho, e 728 e 729 - Belém Comboio: Estação de Belém Elétrico: 15E - Altinho 

14.11.2018 | par martalanca | Alberto Oliveira Pinto, angola, história de angola, UCCLA – União de Cidades Capitais de Língua Portuguesa

Posso saltar do meio da escuridão e morder

O que vive abaixo da superfície da sujeição? A ausência de liberdade pode fazer morrer uma alma? A insubmissão surge como a única possibilidade de sobrevivência para uma mulher, que se descobre mulher e negra no contexto dos lugares estanques da escravatura. O percurso do espectáculo é afinal uma provação como via para a consciência. Entre o imaginário, o simbólico e o real, Daniel, Gio e Zia avançam em direcção à lucidez - na 1ª pessoa, na 3ª pessoa, por vezes em ambas - à própria palavra que gera uma voz e um corpo mineral, vegetal, animal. 

Encenação Rogério de Carvalho Texto selecção e montagem colectiva Actores Daniel Martinho, Gio Lourenço, Zia Soares

Design de som Chullage

Design de luz Jorge Ribeiro

Apoio ao movimento Cláudia Bonina

Espaço cénico e figurinos Teatro GRIOT

Fotografia Sofia Berberan

Produção Teatro GRIOT

Duração aprox. 1h30 

M/14

Em cena no Teatro do Bairro - Rua Luz Soriano, 63 (Bairro Alto),1200-246 Lisboa 5 a 16 de Dezembro qua a sáb, 21h30; dom, 17h RESERVAS: 21 347 33 58 | 91 321 12 63 (15h - 19h) Bilhetes:10€, normal7,50€, c/desconto5€, grupos +10 pax

13.11.2018 | par martalanca | teatro griot

Ângela Ferreira, Pan African Unity Mural

Opening 16 November | 5 - 9 pm  Bildmuseet, Umea, Sweden 
“Director Katarina welcomes you to the exhibition at 7 pm followed by a conversation between Ângela Ferreira and museum curator Anders Jansson. The exhibition is inaugurated by vice-chancellor Hans Adolfsson, Umea University. The bar is open 5 - 9 pm. Guest DJ: Jakob Algesten. 


What is a home, and what does belonging mean for a person who is constantly on the move? Ângela Ferreira references South African singer Miriam Makeba and the US fugitive George Wright, interweaving their life stories with her own. The title of the exhibition, Pan African Unity Mural, refers to a mural which Ângela Ferreira created together with thirteen other artists in 1986-87 in Cape Town, South Africa, in protest against the apartheid regime.
Lisbon based artist Ângela Ferreira (b. 1958), Mozambique) is interested in post-colonial issues and how architecture and built environments bear traces of history, politics and ideology. In Pan African Unity Mural, the artists first solo exhibition in Scandinavia, she presents sculptures and murals in different spaces inside Bildmuseet. The exhibition is produced by Bildmuseet in collaboration with MAAT in Lisbon, and runs until 14 April 2019.”
More information: 
http://www.bildmuseet.umu.se/en/exhibition/angela-ferreira/31712

13.11.2018 | par martalanca | ângela ferreira

2nd International Conference ACTIVISMS IN AFRICA

The Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral (Guinea Bissau) is pleased to promote the 2nd International Conference “Activisms in Africa” to be held from 25 to 27 February 2019 in Guinea Bissau.  Following up on the first edition, the aim is to stimulate and deepen the discussions on the nature of social movements – and other forms of collective action – in Africa. In this way, the Academy’s commitment to reflect on these events as more than objects of study imposes the need to bring together researchers and activists to once again debate on the dynamics of social transformation in the continent. This Conference seeks to create synergies between activists and academics, in an egalitarian discussion between the scientific reflection and the actions of social movements.

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Dando continuidade à sua primeira edição, o Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral (Guiné Bissau), em parceria com Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-IUL (Portugal), promove a II Conferência Internacional Ativismos em África, nos dias 25, 26 e 27 de fevereiro 2019, com o objetivo de dar seguimento à reflexão em torno dos movimentos sociais que atuam no continente africano. Desta forma, o comprometimento da Academia em refletir sobre estes movimentos para além de meros objetos de estudo, impõe a necessidade de reunir investigadores e ativistas para, uma vez mais, se debater as dinâmicas de transformação social do continente. Este debate procura criar sinergias entre ativistas e académicos, em um intercâmbio igualitário de conhecimentos e saberes que permitem o arejamento da reflexão científica e da atuação dos movimentos.

12.11.2018 | par martalanca | ativismos

Festa Lançamento do Filme 'Djon África' c/ Pedrinho (ao vivo)

Pedrinho (live) FP.90’z - Apresentação Tape NADA FAZI (live)
Mãe Dela (dj set) Mama Demba (dj set)

  • Sábado, 24 de Novembro de 2018 às 23:30 – 06:30 Titanic Sur Mer
  •   Djon África

A história de Miguel “Tibars” Moreira, mais conhecido como Djon África, filho de cabo-verdianos, que nasceu e cresceu em Portugal. Sem jamais ter conhecido seu pai, acaba descobrindo que ele mora em Tarrafal, e decide aventurar-se além-mar, mesmo sem muitas pistas, à sua procura.

12.11.2018 | par martalanca | Djon África

MARIANA SILVA | Pavilhão das Formas Sociais

Pavilhão das Formas Sociais problematiza a relação histórica entre sociedades animais e humanas, entre o movimento de enxames e multidões, e algumas das suas mutações recentes. O pavilhão compara concepções de coletivos humanos e insetos sociais - como formigas e abelhas - observando como esta relação mimética entre natureza e cultura sempre permeou políticas sociais, noções de tecnologia, e o próprio desenvolvimento da inteligência artificial. Mariana Silva apresenta aqui uma série de novas comissões que se agregam ao corpo de trabalho que tem vindo a desenvolver nos seus mais recentes filmes, animações digitais e instalações.

09.11.2018 | par martalanca | Mariana Silva

_in progress: Seminário Internacional em Ciências Sociais e Desenvolvimento em África

Para falar de Ciências Sociais e Desenvolvimento em África, o ISEG - Lisbon School of Economics and Management da Universidade de Lisboa recebe, nos dias 15 e 16 de novembro de 2018 (Auditório 3, Edíficio Quelhas, nº6, Lisboa), a 3ª edição do _In Progress.

Este seminário apresenta durante dois dias comunicações nos seguintes painéis temáticos: Trabalho de Campo e Questões Metodológicas; Política, Dinâmicas da Sociedade Civil, Desenvolvimento; Cultura, Pensamento e Mudança; Estratégias para a Cooperação e Desenvolvimento; Populações, Mobilidade e Bem-Estar.

O primeiro dia finaliza com a conferência Ciências Sociais e África na Contemporaneidade, de Iolanda Évora, Professora do ISEG e investigadora do CEsA - Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina. E, o segundo dia, com a conferência Estudos Africanos: O Olhar (Neo)Colonial e os Desafios Globais Contemporâneos, de Inocência Mata, Professora da FL e investigadora do CEC - Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa.

A sessão de encerramento estará a cargo de António Mendonça, Professor do ISEG e Presidente do CEsA.

Descarregue o Programa final.

O evento é de entrada livre, mediante registo prévio.

 

 

08.11.2018 | par martalanca | Ciências Sociais e Desenvolvimento em África, in progress, seminário

M-Exhibition | ENERGIAS

Os artistas santomenses da Plataforma Cafuka uniram-se com a missão de projetar a arte e a cultura santomense, e são uma voz ativa no debate sobre o futuro e o desenvolvimento económico e cultural de São Tomé e Príncipe.
Desafiada pela Miranda & Associados a participar no M-Forum e a conceber e organizar a M-Exhibition, a Plataforma Cafuka deu uma resposta curatorial sob o denominador “Energias”.
Para os artistas que fazem parte da Plataforma Cafuka, participar na M-Exhibition e no M-Forum é uma oportunidade para criar, mostrar, preservar e promover, registos plásticos que refletem o quotidiano de São Tomé e Príncipe. 
O eixo central deste projeto é baseado na arte e o seu potencial, não apenas como meio de disseminar o conhecimento dos artistas, mas também como objeto de experiência e oportunidade para gerar uma rutura com o que é conhecido, com o objetivo de refletir sobre o potencial de desenvolvimento do país. 
A Plataforma Cafuka entende ser fundamental a construção de pontes de intercâmbio artístico, através de dinâmicas e parcerias com vista à criação de estruturas  que permitam ampliar a visibilidade dos artistas que integram esta associação. 
Nesse sentido, a parceria com a Miranda & Associados, surge como palco privilegiado para dar voz aos artistas santomenses, contribuindo para o debate de questões fundamentais para a promoção do desenvolvimento das ilhas e do continente Africano em geral.

08.11.2018 | par martalanca | Cafuka, M-exhibition, São Tomé e Príncipe

ARKANE-AFRIKA, International Exhibition of the Art of Africa

1. We have the pleasure to come towards you to suggest joining the session of artistic residence organized by the Association ARKANE. Our ARKANE association, militant association for the art and the sharing of the immaterial heritage of Africa, schedules an artistic residence these next days (Octobre-Novembre on 2018).
The artistic residence takes place at the moment at Sidi Bouknadel (Casablanca - Kenitra, Morocco). The works realized in residence are intended to be exposed within the framework of the events dedicated to the 4th edition of “ARKANE-AFRIKA”, International Exhibition of the Art of Africa, which takes place over several months, in touring in several places and Festivals of Pan-African and international diaspora scales:
- To Dakhla in International FIMA festival of Fashion of Africa from 21 till 24 November 2018
Information: in partnership with FIMA, the association ARKANE, for the promotion of the art and the saving of the cultural heritage, organize:
“ARKANE AFRIKA-DAKHLA”, special edition dedicated in homage to the big artist African stylist ALPHADI.
This exhibition of the contemporary art of Africa calls more than 50 African artists to present more than oeuvres 70 of art.
The event will be held from 21 till 24 November 2018, to Dakhla (Sahara), in concomitance with the FIMA-DAKHLA, International Festival of the African Fashion, introduced by Alphadi to Dakhla,
For that purpose we shall wish to associate you with this big show with high civic connotation and citizenship.
- To Khouribga, International Festival of the Pan-African Cinema in December, 2018
+ more information to come.
2. The Residence Arkane offers to the artists a privileged space of meetings, creation, broadcasting and mediation in the service of the artistic and cultural projects.
The residence ARKANE addresses to international, multidisciplinary artists, who practice in the sphere of the contemporary art, whether it is in the field of the painting, of the sculpture, the design, the installation, etc. …
The artists practicing for at least five years, can apply for a working period in residence. The taken care stays are between 1 week or more according to necessity of the project.
The artists invited by the association Arkane have the opportunity to present and to realize several artistic works within a multicultural environment rich in diversity and in plural and qualitative meetings.
The artists selected and admitted in residence ARKANE will benefit from diverse services, in particular:
· Travel/taken care Flight
· Access to the apartment of residence.
· Half Pension - or Full, according to the convention
· Access to a center/workshop of multidisciplinary creation
· Put at the disposal of products, supplies, materials and accessories necessary for the creation (as far as possible and subject to available tools and material.)
· logistic Support brought by the members of the association
The Arkane association makes a commitment to reserve the best visibility possible for the works of the artist invited in residence through the cycle of exhibitions organized by the association and the tools of promotions which will be realized for that purpose.
3. If you are interested in the participation in this residence which starts from next week , please send us very quickly a presentation of your work, then we will send you the application form to return us duly completed.
Thank you also to specify us quickly your country of departure for the reservation of your flight, as well as the necessity or not to obtain an Entrance visa for Morocco, because the procedure takes time and requires that we get you documents of official invitation.
4. Do not hesitate to follow the following links to discover who is our Arkane association, as well as the events recently organized by the association; the most recent event being the 4th edition of ” ARKANE AFRIKA “: international Exhibition of the Art of Africa in Casablanca.
Page Facebook Association Arkane : https://www.facebook.com/arkane.maroc/
Page Evènement Arkane Afrika - Facebook : https://fr-fr.facebook.com/events/982441765291890/
Album Photo Arkane Afrika 4ème Édition Casablanca Octobre 2018: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.1037458403094473&type=1&l=5e241185a6
Youtubes Channel: https://www.youtube.com/channel/UCvCRyzb5yikjNPR42RALmfg/videos
Twitter / Instagram: #ArkaneAfrika #AssociationArkane
Website => under construction
Mail: association.arkane@gmail.com
We matter on your invaluable implication to make a success together of this beautiful initiative.

07.11.2018 | par martalanca | ARKANE, Marrocos

Ameaça despejo de 450 famílias que vivem há 20 anos numa área em Minas gerais.

Nós, familias do mst do Sul de MG, do Quilombo Campo Grande, queremos denunciar a ação fascista contra a nossa luta de 20 anos.

Aqui, as famílias, depois de tantos anos, já contam com infraestrutura de energia elétrica, casas de alvenaria e produzem uma grande diversidade de produção agroecológica, como café, muitas variedades de milho, feijão, hortaliças, frutas, sementes orgânicas gado, galinhas, porcos. Essas famílias geram, com seu trabalho, soberania alimentar, não apenas para quem produz e vive na terra, mais para milhares de pessoas que passaram a ter acesso a um alimento saudável, sem veneno e de qualidade.

Os acampamentos também geram distribuição de renda. A terra, que era apenas de um dono, agora traz dignidade para quase 450 famílias mais de 2.000 pessoas que estavam quase tendo seu sonho de ter a posse da terra realizado com um decreto estadual.

Mas agora, através de um conluio jurídico entre os grandes fazendeiros, deputados da bancada ruralista e empresas do agronegócio da região, estão organizando um processo de despejo para as famílias que moram e resistem ao longo desses 20 anos de luta.

Inaceitável a situação!

Há 2 meses atrás as famílias quase tinham sido assentadas e agora podem perder tudo o que construíram ao longo desses anos.

Esse é um dos conflitos agrários mais antigos do país.

Pedimos a todas as organizações, apoiadores que enviem o e-mail abaixo para os endereços:

bhe.vagraria@tjmg.jus.br (vara Agrária)
contato@crdhsulmg.com.br (entidade que está acompanhando o caso)

Aos cuidados do Dr. Sr. Juiz Walter Ziwicker Esbaille Junior,

Venho através deste declarar sobre ação de reintegração de posse N° 0024.11.188.917-6 ajuizada em 17.06/2011, meu pedido de indeferimento de ação de reintegração de posse, que estão de acordo com os artigos 22 a 20 da DUDH consubstancia os direitos sociais, o direito ao trabalho, à escolha do trabalho, pois as 450 famílias, mais de 2000 pessoas já estão em posse velha da área a mais de 20 anos, tem suas casas, produção e reprodução da vida neste local.

Pela resolução do conflito e pela permanência das famílias, fazemos esse apelo

Sem mais a declara

Nome / Organização, Estado, país, data

Somos resistência!

A luta pela Adrianópolis é a Luta pela democracia

01.11.2018 | par martalanca | Brasil, MST, quilombolas, terra

Revista Sintidus I Guiné Bissau

Informa-se a comunidade de investigadores, docentes, técnicos, estudantes e restante sociedade civil que o número 1 da Sintidus, Revista de Estudos Científicos e Interdisciplinares da Universidade Lusófona da Guiné, está agora disponível em suporte físico. Os exemplares podem ser adquiridos na sala da Sintidus (edifício Mavegro nas instalações da Universidade Lusófona da Guiné) por 5,000 XOF para não-estudantes e por 3,000 XOF para estudantes. Para quem estiver em Bissau, é possível fazer chegar o(s) exemplar(es) a local a combinar. Mais informações sobre esta possibilidade contactar sintidus.revista@gmail.com ou 955977108. Para quem estiver em Lisboa os exemplares podem ser adquiridos em mão em local a combinar ou enviados por correio em Dezembro próximo. Para quem estiver noutro país é possível enviar por correio internacional também em Dezembro. Não hesitem em contactar em qualquer dos casos.
Abaixo o índice do número 1.
O número 2 encontra-se neste momento em revisão e promete mais uma dose de bons artigos, comunicações curtas e ensaio fotográfico!

Índice

Nota editorial: Os sentidos do primeiro número

Comunicação curta

O olhar de Álvares d’Almada sobre os Rios da Guiné

Raul Mendes Fernandes

Artigo de investigação

Algumas considerações sobre o fim do Kaabu

e as relações de fulas com mandingas

Manuel Bívar e Sadjo Papis Mariama Turé

Recensão

Por uma práxis onírica e realista:

incursões pela poética de Rui Jorge Semedo

Jorge Otinta

Artigo de investigação

30º aniversário da grafia “oficial” do crioulo guineense

Luigi Scantamburlo

Artigo de investigação

Justiça estatal e justiça tradicional na Guiné-Bissau

Sara Guerreiro

Artigo de investigação

Indicadores das mudanças climáticas na zona leste da Guiné-Bissau

e estratégias de adaptação dos camponeses

Orlando Mendes

Ensaio Fotográfico

Onde mora Bissau? Nunde ki Bissau mora nel?

Guto Lopes Pereira e Ana Filipa Lacerda

Notas biográficas dos autores

Abstracts

Instruções para autores

01.11.2018 | par martalanca | revista, Sintidus

Responsabilidades Coloniais: legados e perspectivas

No dia 22 de novembro, pelas 19h00, no Goethe-Institut em Lisboa. Debate com dois especialistas em colonialismo, nomeadamente Andreas Eckert, da Universidade Humboldt (atualmente Universidade de Princeton) e António Sousa Ribeiro, da Universidade de Coimbra. O evento será moderado por Elsa Peralta, da Universidade de Lisboa.

Ethnologisches Museum/Martin FrankenEthnologisches Museum/Martin Franken

Frantz Fanon, precursor da descolonização, descreveu de modo contundente a Europa como “criação das colónias”. De fato, as ex-colónias e a Europa estão tão intimamente interligadas que o seu desenvolvimento histórico não pode ser considerado isoladamente. A expansão europeia mudou o mundo e, com ele, a Europa. Não apenas moldou as áreas conquistadas e colonizadas no Ultramar, mas também os próprios estados europeus. Os especialistas consideram, portanto, que o confronto social com o colonialismo é uma das questões futuras da Europa.

Esta revisão tornou-se um tópico virulento nos últimos anos, que está a ser debatido em muitos países europeus pela primeira vez também a nível político. Na Alemanha, em particular, o debate que se arrasta sobre o projetado “Fórum Humboldt” no reconstruído palácio da cidade no centro de Berlim levou a um debate social fundamental. Questões de restituição de artefactos roubados de África, Ásia e América Latina têm um papel tão importante quanto o futuro dos museus etnológicos, o manuseio do material de arquivo e os resíduos do período colonial nas cidades europeias. Em Portugal, por sua vez, a discussão sobre o planeado “Museu dos Descobrimentos” intensificou o debate, trazendo-o a público. Embora o conflito com o passado colonial na Alemanha e em Portugal tenha sido até agora lento, como em muitos países europeus, parece ganhar agora novo impulso e urgência.
O painel de discussão visa identificar os desafios enfrentados pelas ex-potências coloniais europeias no processo de revisão do legado colonial, tomando Portugal e a Alemanha como exemplos. O tema do debate é deliberadamente amplo: questões relativas à forma como lidar com artefatos etnológicos e artísticos saqueados serão refletidas, bem como a perceção do passado colonial “próprio” e o confronto sobre os lugares de memória colonial. Serão igualmente abordados o estado atual da investigação científica e das questões do “como” e da “autoria” deste confronto.

Andreas Eckert é historiador e investigador em Estudos Africanos. De 2000 a 2002, fez parte dos quadros científicos do Departamento de Estudos Africanos da Universidade Humboldt, em Berlim, onde concluiu o pós-doutoramento em 2002. Em 2006, foi Directeur d’Etudes da Maison Des Sciences De l’Homme, em Paris. De 2002 a 2007, lecionou na Universidade de Hamburgo como Professor de História Moderna, incidindo sobre a História de África. Em 2007, foi professor convidado da Universidade de Harvard. Desde outubro de 2008, é Diretor Executivo do Instituto de Estudos Asiáticos e Africanos da Universidade Humboldt de Berlim. Atualmente, leciona no Institute for Advanced Study de Princeton.

António Sousa Ribeiro é professor catedrático do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas (Estudos Germanísticos) da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Foi, entre outros, Presidente do Conselho Consultivo Científico da Faculdade de Letras, Presidente do Conselho Científico do Centro de Estudos Sociais e Diretor do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas da Faculdade de Letras. Publicou sobre Literatura Comparada, Teoria Literária, Estudos Culturais e Pós-colonialismo. Em 2016, publicou o livro “Geometrias da Memória: Atitudes Pós-coloniais”.

Elsa Peralta é doutorada em Antropologia e investigadora FCT do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. O seu trabalho baseia-se em perspetivas cruzadas da antropologia, estudos de memória e estudos pós-coloniais e centra-se na intersecção entre os modos privados e públicos de recordação de eventos passados, nomeadamente dos passados coloniais. As suas obras incluem vários artigos e livros, com destaque para os volumes Heritage and Identity: Engagement and Demission in Contemporary Society, Routledge, 2009 e A​Cidade e Império: Dinâmicas coloniais e reconfigurações pós-coloniais, Edições 70, 2013.

30.10.2018 | par martalanca | debate, Goethe Institute Lisboa, legado colonial

Para além da idade das luzes: mudanças sísmicas, imagética urbana

31 OUT 2018 QUA 10:30–18:00 Pequeno Auditório Entrada gratuita*

Um simpósio de um dia para abordar a relação ativa entre a prática fotográfica e a forma como a história das cidades se exprime no seu urbanismo, que culmina com a apresentação do artista curdo-iraquiano Hiwa K ao fim do dia. Tendo como referência a cidade de Lisboa e as reverberações culturais e sociais que, ainda hoje, ecoam do terramoto de 1 de novembro de 1755 – um acontecimento que despertou a imaginação de filósofos, pensadores e artistas por toda a Europa – conta com a participação de fotógrafos, artistas e pensadores ligados à geografia, à história e a outras ciências sociais. Identidade, pós-colonialismo, circulação de imagens, pessoas e culturas, a visibilidade e invisibilidade das populações imigrantes no urbanismo e o quotidiano da cidade são os temas em debate. 

Este simpósio integra o programa Cities of Light organizado pela Urban Photographers Association (UPA) que se realiza em 2018 em várias cidades europeias.

PARTICIPANTES

Hiwa K, Victor Jeleniewski Seidler, Ana Cristina Araújo, Paul Halliday, David Kendall, Kiluanji Kia Henda, António Brito Guterres, Stefano Carnelli, Álvaro Domingues, Mónica de Miranda, Liliana Coutinho, Susana S. Martins, Carla de Utra Mendes, Ana Balona de Oliveira, Susana de Sousa Dias

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29.10.2018 | par martalanca | simpósio, urbanização