Ameaça despejo de 450 famílias que vivem há 20 anos numa área em Minas gerais.
Nós, familias do mst do Sul de MG, do Quilombo Campo Grande, queremos denunciar a ação fascista contra a nossa luta de 20 anos.
Aqui, as famílias, depois de tantos anos, já contam com infraestrutura de energia elétrica, casas de alvenaria e produzem uma grande diversidade de produção agroecológica, como café, muitas variedades de milho, feijão, hortaliças, frutas, sementes orgânicas gado, galinhas, porcos. Essas famílias geram, com seu trabalho, soberania alimentar, não apenas para quem produz e vive na terra, mais para milhares de pessoas que passaram a ter acesso a um alimento saudável, sem veneno e de qualidade.
Os acampamentos também geram distribuição de renda. A terra, que era apenas de um dono, agora traz dignidade para quase 450 famílias mais de 2.000 pessoas que estavam quase tendo seu sonho de ter a posse da terra realizado com um decreto estadual.
Mas agora, através de um conluio jurídico entre os grandes fazendeiros, deputados da bancada ruralista e empresas do agronegócio da região, estão organizando um processo de despejo para as famílias que moram e resistem ao longo desses 20 anos de luta.
Inaceitável a situação!
Há 2 meses atrás as famílias quase tinham sido assentadas e agora podem perder tudo o que construíram ao longo desses anos.
Esse é um dos conflitos agrários mais antigos do país.
Pedimos a todas as organizações, apoiadores que enviem o e-mail abaixo para os endereços:
bhe.vagraria@tjmg.jus.br (vara Agrária)
contato@crdhsulmg.com.br (entidade que está acompanhando o caso)
Aos cuidados do Dr. Sr. Juiz Walter Ziwicker Esbaille Junior,
Venho através deste declarar sobre ação de reintegração de posse N° 0024.11.188.917-6 ajuizada em 17.06/2011, meu pedido de indeferimento de ação de reintegração de posse, que estão de acordo com os artigos 22 a 20 da DUDH consubstancia os direitos sociais, o direito ao trabalho, à escolha do trabalho, pois as 450 famílias, mais de 2000 pessoas já estão em posse velha da área a mais de 20 anos, tem suas casas, produção e reprodução da vida neste local.
Pela resolução do conflito e pela permanência das famílias, fazemos esse apelo
Sem mais a declara
Nome / Organização, Estado, país, data
Somos resistência!
A luta pela Adrianópolis é a Luta pela democracia