Comunidade Obra de Maria em Cabo Verde
Este texto faz parte de um projeto de investigação que tem como finalidade estudar a presença da Igreja católica em Cabo Verde. Não existe nenhuma publicação, nos países africanos de língua portuguesa, que permita ao leitor e investigador consultar informação sobre as congregações e ordens religiosas que se implantaram naqueles territórios. O Dicionário Temático da Lusofonia1 aborda temas respeitantes à língua portuguesa e à cultura, bem como temas económicos, políticos, internacionais, jurídicos, literários e linguísticos.
A entrada do referido Dicionário relativa ao tema “Religiões e Espiritualismo” dedica duas páginas à Igreja Católica em Cabo Verde, realçando a criação, pela Santa Sé, em 1533, da Diocese de Santiago de Cabo Verde, sedeada na vila da Ribeira Grande, assim como a ação missionária naquele arquipélago. O mesmo Dicionário também regista o elenco das congregações religiosas que se estabeleceram no arquipélago antes e depois do Estado Novo – regime político que vigorou em Portugal e nas ex-colónias entre 1933 e 1974 – e que, com a independência política de Cabo Verde, em 1975, se mantiveram no arquipélago, mas já sem os privilégios decorrentes da Concordata e do Acordo Missionário de 1940, bem como outras congregações que se aí implantaram numa altura em que a Igreja em Cabo Verde tinha ganho autonomia. O primeiro bispo natural do arquipélago foi o espiritano D. Paulino Livramento Évora, cuja nomeação pela Santa Sé, em 1975, “sinaliza o nascimento da «Igreja de Cabo Verde»2
Na nota de abertura do livro de Francisco Cerrone3, que surgiu no âmbito das comemorações dos 450 anos da Diocese de Cabo Verde, lê-se: “São simples notas que não pretendem ser exaustivas nem críticas, embora nós tenhamos procurado documentar tanto quanto nos foi possível. Um trabalho mais amplo e crítico esperamos possa vir à luz no futuro.” Francisco Cerrone dá conta da presença, na ilha de Santiago, nos séculos XVI e XVII, dos padres Jesuítas e Capuchos, bem como dos padres Agostinianos, que evangelizaram as ilhas de Santiago e do Fogo; a Cabo Verde chegaram, em 1636, os frades da Ordem Terceira de S. Francisco; em 1656, os Capuchos da Província da Piedade e, em 1674, os da Província da Soledade; estiveram em Tarrafal de Santiago, em 1909, as Irmãs dos Pobres, que trabalharam no ensino de meninas e no hospital da Praia, mas que, após a proclamação da República, em 1910, deixaram Cabo Verde.
O livro de Bernardo Vaschetto4 resulta da sua pesquisa, realizada no âmbito da licenciatura em Missiologia, apresentada na Universidade Gregoriana de Roma em 1981. O livro reúne imensa documentação histórica, civil e religiosa, que ajuda a compreender a história contemporânea de Cabo Verde. Após a assinatura da Concordata e do Acordo Missionário, na década de 40 do século XX, e com a chegada do bispo português Faustino Moreira dos Santos, em 1941, tem início a fase da restauração, que permitiu a chegada dos missionários da Congregação do Espírito Santo, dos missionários Salesianos, das Irmãs do Amor de Deus, dos missionários Capuchinhos da Província de Turim e da Província de Roma, das Irmãs Reparadoras e, mais tarde, as Orionistas e as Adoradoras da Eucaristia.
Bernardino Lima5 retrata a vida do padre Pio, missionário italiano que, durante meio século, viveu entre os cabo-verdianos, tendo sido o fundador do jornal Repique do Sino, órgão de informação e formação cristã, que veio dar origem ao Jornal Terra Nova. O padre Pio, além de ter criado uma tipografia, é o fundador, em 1959, das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição, que, desde 1999, é de direito diocesano.
Hermínia Curado Ferreira6, com base em depoimentos de familiares, de amigos e dos membros das comunidades orientadas pelo padre Custódio Ferreira de Campos (missionário espiritano português em Cabo Verde desde 1954), destaca a atividade missionária daquele padre nos períodos colonial, pós-independência, de partido único e durante a transição de partido único para o regime democrático.
Foi durante o regime democrático que Marina Nogueira, Madriely Paula e Maria Pereira, missionárias brasileiras, chegaram a Cabo Verde em junho de 2015, seguindo o apelo do salmo 99: “Aclamai o Senhor, por toda a terra. Servi o Senhor com Alegria”. A expansão cumpre a “profecia” de Frei Fulgêncio, capuchinho de Maceió, que afirmou: “A Comunidade Obra de Maria crescerá no Brasil e no mundo.”
A Comunidade Obra de Maria é um movimento católico que ajuda os cristãos a experimentarem o Pentecostes, tendo Maria como modelo. Foi aprovada pelo Vaticano e a sua sede está localizada na cidade brasileira de São Lourenço da Mata, em Pernambuco, onde foi fundada, por Gilberto Gomes Barbosa e Maria Salomé Ventura da Silva, em 1985, sendo oficializada em 1990. Gilberto Barbosa participou em grupos de Oração da Renovação Carismática, fez parte da Comunidade Canção Nova e da Comunidade Católica Shalom. Gilberto Barbosa nasceu no município de Surubim, Boca de Dois Rios. É casado com Alzira Maria e formado em Filosofia e Teologia pela Escola Teológica do Mosteiro de São Bento, em Olinda, sendo psicanalista clínico com pós-graduação em Psicanálise. É membro da Renovação Carismática Católica, da Internacional de Literatura e Arte e Presidente da Fraternidade Internacional das Novas Comunidades. Maria Salomé Ventura da Silva é originária da Paraíba, é formada em Turismo pela Universidade Católica de Brasília, psicanalista clínica com pós-graduação em Psicanálise, escritora e pregadora de retiros. Faz parte do Movimento Renovação Carismática Católica e da Academia Internacional de Literatura e Arte.
Atualmente, a Comunidade Obra de Maria está presente no Brasil e em vários países, desenvolvendo trabalho missionário e social. Conta com 3000 membros voluntários, espalhados pelo mundo ao serviço da evangelização e do serviço social.
Os seus membros podem optar pelo celibato ou pelo matrimónio para levar a cabo a evangelização através do exercício de piedade e caridade, animação espiritual e social, promovendo a família e o espírito cristão. Os membros consagrados vivem a vida fraterna, estando à disposição da Igreja naquilo que esta necessitar, assumindo na sua consagração a pobreza, a castidade e a obediência através da efusão do Espírito Santo.
Os membros estudam a Bíblia, valorizando a participação na missa e a adoração do Santíssimo Sacramento, procurando estar unidos à Igreja, cultivando o amor a Nossa Senhora através do silêncio, da oração, da devoção a São José, a São João Evangelista, a Santa Teresinha do Menino Jesus, entre outros santos que sustentam a vida espiritual. O jejum ajuda a vencer as limitações, permitindo a busca da santidade.
No Mindelo, os missionários residem na Avenida da Holanda, Monte Sossego, a poucos metros da sede paroquial da Paróquia de S. Vicente7, onde desenvolvem o trabalho missionário, interagindo com os diversos grupos das paróquias da ilha, através de cenáculos, retiros, vigílias, adoração do Santíssimo, momentos de oração, cineteatro, formações, palestras, shows, para além de atividades diversas de cariz social, assim como a evangelização das crianças, jovens, idosos, enfermos, presidiários, famílias de todos os estratos sociais. Uma das prioridades da Comunidade Obra de Maria é a formação dos que estão no discipulado e no pré-discipulado, este com a duração de um ano, para conhecer o carisma; o discipulado, com a duração de dois anos, permite conhecer o magistério da Igreja. A consagração é renovável por cinco anos e, após esse período, o consagrado poderá fazer, conforme a sua vontade, o compromisso definitivo.
A medalha é o símbolo oficial, usada ao peito pelos seus membros. Representa Cristo crucificado, com Maria e o discípulo João aos seus pés. A ideia de conceber a medalha como ícone e rosto da comunidade surgiu na primeira peregrinação à Terra Santa, em 1993, numa peregrinação aos santuários marianos com o fundador da Canção Nova, P.e Jonas Abib. De regresso ao Brasil, Salomé e Barbosa partilharam a experiência vivida e aquilo que os tinha impressionado mais durante a peregrinação. Gilberto Barbosa falou da experiência vivida e da sensação de tocar com a sua mão na rocha onde Jesus havia sido sepultado e donde havia ressuscitado. Mostrou uma fotografia que havia trazido e, por unanimidade, votaram a medalha, cunhada em prata para ser o símbolo da Comunidade Obra de Maria.
A veste das missionárias é composta por saias compridas de cor azul-escura, camisola branca de manga curta, com uma frase impressa a azul-escuro: “Servimos ao Senhor com alegria”, lema da obra de evangelização. O vestuário é apenas usado nas consagrações, nas celebrações do pré-discipulado e do discipulado. A medalha e a camiseta não estão à venda, pois são para uso exclusivo dos consagrados da Comunidade Obra de Maria.
As peregrinações são uma das principais missões evangelizadoras, sendo uma forma concreta de evangelização, porque levam as pessoas a visitar os santuários marianos espalhados pelo mundo.
O cenáculo é a forma popular de evangelização, protagonizada pela obra de Maria, definido como inspiração de Deus, ensinando o exemplo de Maria, que saiu da sua casa para visitar a sua prima Isabel. O cenáculo é um momento de oração em casa de família, uma vez por mês, sendo evocado o Espírito Santo, seguindo-se a oração do terço, a meditação da Palavra, momentos de partilha e a oração comunitária. A nível mundial, foram formados vários grupos familiares, nos quais a Comunidade Obra de Maria participa, em missões por todo o mundo, de acordo com a disponibilidade da família que acolhe, uma vez por mês, os missionários, em data concertada previamente.
O principal objetivo do cenáculo é tornar a família orante, integrando-a nas atividades da Igreja local, contando com o “braço forte”, considerado “a mão de Deus” estendida através do outro, a Providência divina, que se manifesta através da generosidade humana, num ato de generosidade dos amigos, benfeitores e sócios, que ajudam a manter as obras sociais e a evangelização. Através do “braço forte”, a comunidade recebe contribuições mensais para a manutenção das obras sociais, de evangelização, doações de alimentos, material didático, de higiene pessoal, móveis, entre outros. Os voluntários colocam-se à disposição para apoio nas diversas atividades desenvolvidas, pois existe reciprocidade de doação. A comunidade recebe não por necessidade própria, mas para doar, como é o caso da casa da Sagrada Família, no Brasil, berço da Comunidade Obra de Maria, onde se desenvolve a recuperação de dependentes de drogas, o atendimento psicológico e apoio social às famílias carentes, assistência às crianças e respetivos familiares carentes de apoios.
No dia 2 de julho de 2015, chegaram ao Mindelo, na ilha de S. Vicente, as missionárias brasileiras, mas o arranque oficial das atividades teve lugar em agosto de 2015, com a organização de um curso de formação para jovens provenientes das ilhas de Santo Antão, São Nicolau, Sal, São Vicente, que estão sob a jurisdição da diocese do Mindelo, criada em 2003 por desmembramento da diocese de Santiago de Cabo Verde, onde a Comunidade Obra de Maria está presente.
Durante uma semana, foram visitadas as Paróquias de São Pedro, em Chã d’Igreja, Mocho, Garça e Cruzinha, onde tiveram lugar a adoração do Santíssimo Sacramento, o cenáculo e o visionamento de alguns filmes religiosos. O cenáculo, momento de oração em casa das famílias uma vez por mês, possibilitou a invocação da presença do Espírito Santo, seguida da oração do terço, da leitura, escuta e meditação de alguns trechos da Bíblia.
No dia 11 de junho de 2016, na Paróquia de São Vicente, teve lugar o primeiro cenáculo, no qual estiveram presentes algumas famílias que costumam acolher mensalmente os momentos de oração em suas casas, para rezarem juntos. Para o casal Isaguy, do Mindelo, os cenáculos são uma “força espiritual que invade a casa e os corações dos presentes”, permitindo o crescimento espiritual, pessoal, familiar e social, com o intuito de aproximar as famílias da comunidade paroquial.
No Natal, costuma ser celebrada a Eucaristia, na qual participam também os alunos da catequese, sendo seguida de um almoço partilhado e de um momento recreativo, em que não falta a recitação de poesias, canções de Natal, jograis, adivinhas e anedotas, distribuição de brindes e um momento de animação musical.
Nas paróquias de S. Vicente e de Santo António, no âmbito da pastoral juvenil, uma das apostas pastorais desenvolvidas, com dinamismo e criatividade, tem sido a preparação de crianças e adolescentes para a Profissão de Fé e para os sacramentos de iniciação cristã (Batismo, Eucaristia, Crisma). Entre outras iniciativas, contam-se: o apoio à educação cristã juvenil, formações, palestras, retiros, visionamento de filmes, mas também momentos lúdicos, como a atividade dançante denominada “Cristoteca”. Esta iniciativa é uma espécie de “balada cristã” para proporcionar aos jovens momentos e espaço de diversão; são realizadas anualmente duas Cristotecas, sendo uma delas no verão, para a formação da juventude, em que os jovens são convidados a divertirem-se sem álcool nem drogas. Outra atividade é a “festa das cores católicas”, em que os jovens publicam, nas redes sociais, fotografias de momento de diversão aliados à fé, protagonizados por esta comunidade.
Os jovens das paróquias da ilha de São Vicente realizaram, no dia 1 de maio, a caminhada ao Monte Verde, tendo sido acompanhados por uma equipa pastoral. O ponto alto do encontro foi a celebração da Eucaristia, altura em que os jovens experimentam uma vivência diferente, num ambiente sem álcool e drogas, aproveitando para caminhar juntos, rezar e criar um espírito de união e de comunhão. Neste momento é-lhes dirigido um apelo para não procurarem a felicidade no álcool, nas drogas e no sexo.
A jornada interparoquial da juventude, em Santo Antão, em torno do tema da misericórdia, durou três dias; o encontro com os jovens teve como tema: “Um Krê bá mais longe8. Misericordiosos como o Pai”. Houve a realização de missões porta a porta, na zona de Campinho, e visitas mensais à cadeia da Ribeirinha, onde foram batizados alguns reclusos e um dos jovens se tornou membro da comunidade paroquial. Os projetos de cariz social permitiram doar bens de primeira necessidade às pessoas carenciadas e dar conforto às pessoas fragilizadas e vítimas de violações sexuais, gravidez precoce e presos.
As missionárias participaram no 33.º Festival Internacional de Música, na Baía das Gatas, na ilha de S. Vicente, que teve lugar nos dias 11 a 13 de agosto de 2017; apoiaram a festa de Santa Terezinha, na zona de Ribeira de Vinha, em São Vicente, com uma exposição intitulada: “A carmelita que se tornou a padroeira das missões e doutora da Igreja”.
O encontro vocacional na Paróquia de S. Vicente, Monte Sossego, por ocasião do mês das vocações, contou com a participação do grupo de jovens da zona, Sal da Terra. “No bá parká ne B. Leza”9 teve lugar no dia 28 de maio, às 16h00, uma iniciativa apoiada pelo Secretariado da Juventude de São Vicente, realizado na praça B. Leza. A praça B. Leza foi palco do Luau “Quero ser de Deus” e contou com muita dinâmica e conversa aberta ao luar. Os jovens rezaram o terço, que foi seguido da conversa “papo aberto”, na qual os padres Lino Paulino e Paulo Vaz falaram da infância e da adolescência, da família e de como surgiu a sua vocação sacerdotal.
Durante o mês de maio, foram intensificados os cenáculos e a participação na Eucaristia; foi realizado um acampamento jovem de três dias sob o lema: “Maria, a fiel esposa do Espírito Santo”. Segundo a tradição brasileira, foi organizada, no Mindelo, a oração de 1000 ave-marias, durante cinco horas, rezando pela Igreja e por todos os que pedem oração. Em cada mistério, em vez de 10, são rezadas 50 ave-marias, para se chegar a 1000.
Os seminaristas da diocese do Mindelo e a Comunidade Obra de Maria participaram no acompanhamento semanal, no qual estiveram presentes alguns reclusos da cadeia da Ribeirinha, que participaram na celebração da Eucaristia. O grupo preparado para receber os sacramentos de iniciação cristã foi presenteado pela comunidade com kits contendo 20 bíblias, 20 dias santificados e 20 liturgias diárias, para os ajudar durante a fase do catecumenato. Os artigos religiosos foram conseguidos graças à sensibilização feita no Brasil.
Ao completar um ano de missão no Mindelo, na ilha de São Vicente, Marina Nogueira, responsável da comunidade, através da sua página no Facebook agradeceu o empenho de todos, por tudo o que tem acontecido na missão em São Vicente. O aniversário da presença em S. Vicente foi comemorado com a celebração da Eucaristia dominical, presidida pelo bispo de Mindelo, Dom Ildo Fortes, na qual as três jovens iniciaram a fase de discipulado e cinco jovens o pré-discipulado, para conhecerem melhor o carisma da Comunidade Obra de Maria.
Os doentes também fazem parte da atividade missionária e não foram esquecidos. As missionárias rezaram com os doentes das enfermarias de medicina do Hospital Dr. Baptista de Sousa, celebraram o dia mundial do doente, que se comemora a 11 de fevereiro. Segundo a responsável das missionárias no Mindelo, tem sido “uma experiência muito boa e um desejo de repetir mais vezes”. A ajuda do diácono José Brito, membro da Pastoral da Saúde, e da irmã Vera permitiu a realização do evento, que foi do agrado dos doentes: gostaram da visita e de ouvir palavras de esperança.
Portanto, o sustento dos missionários em Cabo Verde conta com o apoio do “braço forte”, à semelhança do que acontece no Brasil, em que os seus membros desenvolvem atividades idênticas, envolvendo as comunidades e os membros locais, de forma que o carisma seja devidamente respeitado e seguido. Além das ajudas mensais dos amigos, fazem exposição de terços, bíblias, livros, quadros religiosos, tardes de chá, sorteios, objetos de material reciclado que são vendidos.
Nas outras ilhas, os cenáculos, a adoração do Santíssimo, a catequese e a infância missionária seguem o mesmo modelo que em S. Vicente. Quanto à pastoral juvenil, o Acampajovem, que teve lugar na Calheta de São Miguel, na ilha de Santiago, contou com a participação de duas missionárias naturais de Angola, residentes no Brasil, de passagem por Cabo Verde, onde foi celebrada também a festa de Nossa Senhora da Aparecida, padroeira do Brasil, no dia 12 Outubro 2017, tendo sido realizado o Luau Jovem, na Cruz do Papa, com teatro, oração, adoração, partilha e muita animação, durante quatro dias no mês de agosto. Na Paróquia de Nossa Senhora da Luz, em Milho Branco, no interior de Santiago, o Acampajovem juntou 40 jovens, que participaram num retiro formativo e espiritual com duração de três dias de reflexão, tendo participado jovens das paróquias do Sagrado Coração de Jesus, das ilhas de São Vicente e do Fogo, o que permitiu aos participantes viver uma experiência única.
A formação relativamente ao namoro cristão teve lugar na ilha de Santiago, no Centro Paroquial Nossa Senhora da Graça, com o lema: “Namoro cristão: namoro certo dá certo”, pois, para a Comunidade Shalom, “o namoro é um caminho de amizade, onde cada um cresce ajudando o outro. É partilhar o dia a dia de um com o outro.”
Gilberto Barbosa visitou Cabo Verde, em 28 de março de 2018, por ocasião da celebração dos 27 anos da Comunidade Obra de Maria, tendo participado nas celebrações da Eucaristia de ação de graças na capela de Santa Terezinha, comunidade de Safende, na ilha de Santiago, mas também nas ilhas do Fogo, de Santiago e São Vicente, onde a Comunidade Obra de Maria tem como objetivo despertar a consciência do dever cristão na família, entre os vizinhos, junto dos colegas de trabalho e da escola, e junto dos amigos, tendo como modelos Jesus Cristo e Maria. Esta obra também pretende abrir uma comunidade nas ilhas de Santo Antão e do Sal, estando em curso o projeto de criação de um Centro de Espiritualidade em São Pedro, em Santiago, para continuar a desenvolver — entre as crianças, jovens, adultos e idosos — atividades como teatro, dança, música, trabalhos com presidiários, catequese, momentos de oração, entre outras atividades.
- 1. Fernando Cristóvão, Dicionário Temático da Lusofonia, Lisboa: Texto Editores, 2007.
- 2. Adilson Filomeno Carvalho Semedo, Religião e Política: O Governo da Diocese perante as Mudanças Políticas em Cabo Verde (1975-2001), Praia: Editorial Sotavento, 2015, p. 274.
- 3. Frederico Cerrone, História da Igreja de Cabo Verde (subsídio). Diocese de Cabo Verde, S. Vicente: Gráfica do Mindelo, 1983, p. 5.
- 4. Bernardo P. Vaschetto, Ilhas de Cabo Verde. Origem do Povo Cabo-Verdiano e da Diocese de Santiago de Cabo Verde. Situação Humana e Eclesial (1973-1986) à Luz duma Documentação Histórica (1460-1700), Boston: Farol, 1987.
- 5. Bernardino V. Lima, Nhô Pio. Uma Gota de Sorriso no Coração dos Cabo-Verdianos, Brockton, 2007.
- 6. Hermínia Curado Ferreira, Padre Campos. O Missionário do Espírito Santo, s/l: Imprensa Nacional de Cabo Verde, 2016.
- 7. Uma das três paróquias que fazem parte da Diocese de Mindelo, cujo bispo é Dom Ildo Fortes, sendo pároco o padre Paulo Borges.
- 8. Eu quero ir mais longe.
- 9. Vamos acampar na praça B. Leza.