"Território, imigração e literatura: uma tertúlia-ocupação"

No dia 20 de abril, às 19h, mês simbólico de defesa da liberdade, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães acolhe o evento “Território, imigração e literatura: uma tertúlia-ocupação” que irá promover uma tarde de partilhas sobre a produção da literatura dos imigrantes, bem como as experiências dos autores, curadores e escritores estrangeiros em Portugal. 

O evento inicia-se às 19h00 com uma pequena mostra de vídeos-poemas produzidos por escritores estrangeiros que vivem e trabalham em Portugal, selecionados pelo editor Wladimir Vaz. Segue-se uma tertúlia com moderação da escritora e jornalista Carla Mühlhaus, onde participarão Manuella Bezerra de Melo, escritora, investigadora em Literatura Comparada pela Universidade do Minho, curadora e organizadora da coleção de antologias “Volta para a tua Terra”; e Wladimir Vaz, também organizador da mesma antologia e editor responsável da Urutau em Portugal e Espanha, responsável por trazer ao mercado várias dezenas de títulos de autores estrangeiros em atuação no País. A atividade encerra com um momento de leituras de autoras convidadas a partilharem os seus poemas e contos com o público.

 Entrada gratuita, até ao limite da lotação disponível

Manuella Bezerra de Melo é autora de “Pés Pequenos pra Tanto Corpo” (Urutau, 2019), “Pra que roam os cães nessa hecatombe” (Macabea,2020) e “Um Fado Atlântico” (Urutau,2022) e “Nova Poesia Brasileira: território, disputa e resistência” (Zouk, 2013). Organizou a coleção de antologias “Volta para a tua Terra” (Urutau, 2021; 2022) e participou de outras enquanto autora, entre elas a “Um Brasil ainda em chamas” (Contracapa, 2022) e “A Boca no ouvido de Alguém” (Através, 2023). Tem poemas e contos publicados em revistas literárias no Brasil, Portugal, Argentina, Colômbia, México, Equador e EUA. É graduada em Comunicação Social com especialização em Literatura Brasileira, mestre em Teoria da Literatura e Literaturas Lusófonas e frequenta o Programa Doutoral em Modernidades Comparadas da Universidade do Minho, no norte de Portugal, onde vive desde 2017. 
Wladimir Vaz é graduado em Filosofia (IFCH/Unicamp) e mestre em Artes Visuais (IA/Unicamp). Nasceu em São Paulo, viveu muitos anos na Galiza e hoje reside no Barreiro. Foi editor da editora ‘Medita’ e da revista ‘euOnça’. Desde 2015 é editor da ‘Urutau’. 
Carla Mühlhaus é jornalista e escritora brasileira, nascida no Rio de Janeiro, mas vive no Porto. É mestre em Comunicação e Cultura (UFRJ), especializada em Arte & Filosofia (PUC-RJ) e pós-graduada em Filosofia para crianças e adolescentes (UCP-Lisboa). Entre outros livros de não-ficção, é autora das biografias “A bela menina do cachorrinho” (Ediouro) e “Marilia Carneiro no Camarim das Oito” (Aeroplano / Senac RIo). Estreou-se na literatura com as novelas “À sua espera” (Dublinense) e “Nós vemos em Marduk” (Patuá). Recentemente integrou os dois volumes, poesia e prosa, das antologias “Volta para a tua Terra”: uma antologia antirracista/antifascista de poetas estrangeiros em Portugal (Urutau). É colunista na Revista Pessoa. 
Gabriela do Amaral nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro, mas vive no Porto. É poeta, designer, pesquisadora independente e mestre em Estudos Literários, Culturais e Interartes pela Universidade do Porto (Portugal), cidade onde vive desde 2017. Autora de “Acidentes Tropicais” (Quelônio, São Paulo, 2019 e “Exclamação”, Porto, 2022), Cloro (“Flan de Tal”, Vila do Conde, 2019), “Língua-mãe” (Fresca, Porto, 2021) e “Pequenas Erupções” (Ed.7letras, Rio de Janeiro, 2022). Tem textos publicados nas plataformas portuguesas Gerador e Interruptor. Escreve sobre temas da língua, exílio e maternidade e conduz através de plataformas online encontros sobre escrita, leitura, maternidade e produção feminista. 
Hannah Bastos nasceu na Paraíba, mas reside a Guimarães. Licenciada em Estudos Portugueses pela Universidade do Minho, integra o Grupo de Estudos Brasileiros (GEB) e é pesquisadora autónoma sobre experiências afro diaspóricas e decolonais. O seu eu conto “papas de aveia” foi publicado pela editora Urutau no segundo volume da coleção de antologias “Volta para tua Terra”. Coordena o clube Mulheres do Atlântico, voltado para a literatura afro-diaspórica produzida por mulheres e compõe a equipa que realiza o ‘Minha Poetry Slam’ em Guimarães. 
Jorgette Dumby nasceu em Luanda, na Angola. Tem vários textos publicados, entre eles um poema e um conto nos dois volumes da antologia “Volta para a tua Terra”, para além de dois poemas na antologia “Reconstituição Portuguesa”, publicada pela Companhia das Letras (Penguin). É Slammer, coordenadora do Slam das Minas Coimbra e da Secção de Escrita e Leitura da Associação Académica de Coimbra (SESLA

 

 

 

13.04.2023 | by martalanca | imigração, literatura:, manuella bezerra de melo, território

Aula aberta com Silvia Rivera Cusicanqui

No dia 18 de Abril, às 18h30, Silvia Rivera Cusicanqui dará uma aula aberta na FCSH - UNL. Socióloga e ativista boliviana de ascendência aymara, vinculada ao movimento indígena katarista e ao movimento dos cultivadores de coca. Em 1983, juntamente com outros intelectuais indígenas e mestiços, fundou o Taller de Historia Oral Andina, grupo que se dedica à oralidade, identidade, direitos e cultura dos povos indígenas e dos movimentos populares, bem como às questões de género, e integra o Colectivo Ch’ixi desde 2008, onde oferece oficinas livres. Professora emérita de sociologia da Universidad Mayor de San Andrés de La Paz, foi professora visitante na Universidade da Columbia, em Nova Iorque, na École des Hautes Études, em Paris, na Universidade do Texas em Austin, na Universidade La Rábida, em Huelva (Espanha) e na Universidade Andina Simón Bolívar, em Quito (Equador). Cusicanqui é autora de vários livros, entre eles “Oprimidos pero no vencidos: Luchas del campesinado aymara y qhechwa de Bolivia, 1900-1980” (1986), “Las fronteras de la coca: epistemologías coloniales y circuitos alternativos de la hoja de coca” (2003), “Sociología de la imagen: miradas ch’ixi desde la historia andina” (2010), “Ch’ixinakax utxiwa. Una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores” (2010), “Violencia (re)encubiertas en Bolivia” (2012), “Repensar el anarquismo en América Latina: Historias, epistemes, luchas y otras formas de organización” (2019), “Ch’ixinakax utxiwa: On Decolonising Practices and Discourses” (2020). É também autora de vários filmes documentais e de ficção, nomeadamente “La Retirada de los Yungas” e “Viaje a la Frontera del Sur”, ambos de 2003, ambos de 2003, e “Fin de Fiesta” e “Sumaj Qhaniri, Chuyma Manqharu” [Tu que iluminas o fundo escuro do coração], em co-realização com Marco Arnéz

 Marta Fiolic Marta Fiolic
E no dia 19 de Abril, pelas 19.30h na Galeria Zé dos Bois (em colaboração com o CRIA), um dos nomes e dos coletivos mais importantes da Performance e dos Estudos da Performance:
Guillermo Goméz-Peña e Balitrónica do coletivo La Pocha Nostra estarão em Coimbra este final de semana, 14 e 15 
https://zedosbois.org/programa/the-pandemia-chronicles-a-divination-ritual/ 

13.04.2023 | by martalanca | america latina, aymara, movimento indígena, Silvia Rivera Cusicanqui

Exposição: … É como trazer à luz a claridade

Inauguração: 29 de abril de 2023 Patente até: 2 de junho de 2023 Local: Galeria Quattro, LeiriaLino Damião nasceu em Luanda em 1977. Encorajado pelo seu pai, começou muito cedo a desenhar e pintar, tendo recebido o seu primeiro prémio em 1989 - Prémio de Pintura na União Nacional de Artistas Plásticos. Tem participado em várias exposições individuais e coletivas: “1a Paragem: Lisboa” 2012, I Festival Literário “Rota das Letras” de Macau 2012, Feira de Arte Contemporânea de Lisboa 2010, I Trienal de Luanda 2007, entre outras. As suas obras estão em coleções públicas e privadas em África, na Europa, Ásia, América do Sul e EUA. Colaborou, desde 1992, com a produtora j.j.jazz em Luanda, na organização de concertos de jazz e exposições de pintura e fotografia subordinadas à mesma temática

Será um expressionismo abstracto de cariz lírico. Ou um vocabulário visual enraizado na abstracção vagamente gestual. Será isso ou não será exactamente isso porque prevalece uma certa ambiguidade na dinâmica das implicações visuais incorporadas na pintura. Luz, textura, transições do fluxo da cor nas superfícies lisas definem o critério estético. Há uma articulação de carácter intimista entre a tinta e a tela com uma certa abertura à narrativa, permitindo assim o improviso. A narrativa ainda que elusiva está lá. Projecta basicamente sentimentos conflituantes do artista numa determinada situação. Talvez na captura da história pessoal incorporada num contexto onde aflora a sua identidade que permanece imersiva. Um sentimento forte e abrangente que se intromete no caos estrutural oculto que sustenta a obra. Contraste O nosso olhar atento tropeça nas teias cromáticas da pintura onde descortinamos coisas reais ou imaginárias. Descobrimos ciclos de vida já extintos, sugestões de mudança sem mudança no contexto temporal, anímico e vivencial. Linhas e manchas indicam a leveza de um esboço mais complexo que transparece na exuberância das cores em contraste. Na verdade oferecem uma atmosfera que proporciona uma legibilidade possível, penetrando nas ideias que o artista tinha em mente quando arquitectou a composição aleatória. Um abstracto atraente pode ser como a realidade. E até transmitir uma sensação tangível de optimismo nas sombras luminosas. A finalidade da arte é produzir uma emoção, seja de que ordem for. Mutação Música, poema, natureza densa e memórias conjugam-se na linguagem contaminada por diferentes nuances. Ar, terra e água. Ou, melhor dito, a sensação de um rumor da água imaginado. Vestígios deixados pela passagem do tempo. É o que vejo ali. Pinceladas estratégicas evocando por vezes folhagens no emaranhado da superfície da tela onde se desenrolam os gestos hábeis que controlam o caos. Verificase uma continuidade no movimento exercido na tela. A acção que se desenvolve de uma forma rápida é como se fosse uma voz de timbre poético que se quer fazer ouvir. Sugere mutações inesperadas, luz e sombra, e uma certa instabilidade que se vai atenuando. No enredo imagético ressaltam pinceladas de amarelo, verde-escuro e as tonalidades de azul que, por vezes, são dominantes na paleta convocada. Sempre vislumbres de tons quentes. Traços ou gestos que divergem e convergem. No espaço pictórico onde acontece a dinâmica da composição do quadro. Atmosfera Estas pinturas reflectem um padrão visual onde se projecta com alguma subtileza a temática supostamente abordada. A sinfonia das cores que se torna ressonante domina as representações abstractas. A visão sensorial do artista desliza obviamente para um assunto que envolve aspectos de ordem biográfica. Existe uma identidade que se vai construindo numa lógica consistente. Sensações atmosféricas, percepções do mundo geográfico onde o artista se insere. Recordações muito físicas de um universo marcante que está sempre presente, ainda que invisível. É essa energia que se insinua na linguagem respiratória da pintura deste artista africano. Já agora gostaria de lembrar que a convocação destas metáforas não é inocente. Permitem tornar visível o invisível.

13.04.2023 | by mariadias | arte, estética, exposição imersiva, luz, pintura, sombra, textura

3º Encontro com a Cultura sob o tema Arquivo e Tradição Oral na Guiné-Bissau

No próximo dia 13 de abril, iremos realizar o 3º Encontro com a Cultura sob o tema Arquivo e Tradição Oral na Guiné-Bissau, na Sala 1 da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Esta atividade será dinamizada no âmbito do projeto “Ur-GENTE – Centro de Artes Cénicas Transdisciplinar de Bissau” apoiado pelo PROCULTURA (financiado pela União Europeia e gerido e cofinanciado pelo Camões, IP.), e implementado na Guiné-Bissau pela ONGD VIDA, em estreita parceria com diversas entidades.

Os “Encontros com a Cultura” são uma atividade integrada neste projeto, tendo iniciado em novembro de 2022 na Guiné-Bissau. Com frequência regular, reúnem um coletivo diversificado que se encontra – em presença ou digitalmente – para debater, refletir e gerar novos olhares que resultam do cruzamento que interliga o contexto e vozes da Guiné-Bissau, ao mundo. Com foco em temáticas relacionadas com as áreas artísticas, culturais e sociais, pretendem gerar um movimento contínuo de pensamento, que inspire ações democráticas e inclusivas no planeamento e no desenho estratégico da política cultural da Guiné-Bissau. O 3º Encontro com a Cultura conta com a parceria do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e será dinamizado a partir da Fundação Calouste Gulbenkian em simultâneo com o Centro Cultural Português em Bissau.

Muito gostaríamos de contar com a sua participação! Para se inscrever (apenas para quem assiste presencialmente desde Lisboa), deverá preencher o formulário aqui.


12.04.2023 | by mariadias | cultura, Guiné Bissau, ONGD Vida, tradição oral

Visita guiada ao Alentejo da Reforma Agrária

A Cultra e a campanha Abril é Agora organizam no próximo dia 15 de abril uma visita guiada ao Alentejo da Reforma Agrária. Inscrições e programa completo aqui
A reforma agrária que ocorreu no período subsequente a abril de 1974, por iniciativa dos assalariados rurais dos campos do Sul, configurou uma revolução dentro de uma revolução mais geral vivida pelo país neste período. Na sua concretização e desenvolvimento, com o enquadramento de uma arquitetura legislativa elaborada pelo IV Governo Provisório, que legalizou a situação edificada no terreno, os trabalhadores rurais fizeram seus mais de 1 milhão e meio de hectares de terra que exploraram de forma coletiva sob a forma de cooperativas e UCPs (Unidades Coletivas de Produção), na esperança de com isso poderem vir a ter uma vida melhor.


Pela ação dos vários governos que se formaram a partir de 1976, a reforma agrária passou a ser alvo de um ataque sistemático comandado por uma contra revolução legislativa aplicada pela força, através da GNR, ofensiva que foi desarticulando a conquista da terra feita pelos trabalhadores, apesar da resistência destes.
De mais de 1 milhão e meio de hectares de terra, integrando UCPs e cooperativas, dando emprego, em 1976, a 71 776 assalariados rurais (46 257 homens e 25 529 mulheres) passou-se, em 10 anos (1975/76 a 1985/86), para 360 000 hectares controlados pelos trabalhadores, área que, com o decorrer dos anos, foi diminuindo até
ser meramente residual.
Lembrar a reforma agrária pelo testemunho de alguns dos seus protagonistas que ainda hoje resistem, de que são exemplos as cooperativas “Seara de Vento”, de Albernoa, e “Monte Coito”, de Ourique, é, pois, o objetivo desta visita guiada. Visita Guiada ao Alentejo da Reforma Agrária onde os assalariados rurais foram derrotados com a devolução das terras aos grandes proprietários, mas que foram vencedores no plano da vida social e da cidadania com a destruição da ordem latifundista, como sublinha o Professor Fernando Oliveira Baptista. “A democracia só consolidou o que a reforma tinha conquistado”.

Para sabres de mais iniciativas segue-nos nas redes: 

Site: https://abrilagora.pt Facebook: https://www.facebook.com/abrilagora Twitter: https://twitter.com/AbrilAgora  Instagram: https://www.instagram.com/abril_agora/

08.04.2023 | by martalanca | Alentejo, Reforma Agrária

Tributo a Azagaia - Povo no Poder

O concerto em homenagem ao rapper moçambicano de intervenção social que perdeu a vida no passado dia 9 de março, em Maputo, vai realizar-se na Casa Independente, em Lisboa, no dia 6 de abril, às 21h.

Cerca de 22 músicos vão reunir-se na próxima quinta-feira, dia 6 de abril, às 21h, na Casa Independente, para homenagear a vida e obra do músico e ativista moçambicano Azagaia. Consagrado herói nacional pelo povo moçambicano e com repercussão internacional, Edson da Luz deixa um legado e reportório musical que desconstrói o período pós-colonial e o presente de descolonização, transversal a Portugal e a todos os países de expressão portuguesa.

O concerto vai contar com a as vozes de Valete, Sérgio Godinho, Paulo Flores, MCK, Maria João, Luiz Caracol, João Afonso, Mirza, Prodígio, Papillon, Batida, Milton Gulli, Karyna Gomes, Scuru Fitchadu, Ikonoklasta, Prince Wadada, Conductor, Bruno Huca, Chullage, Phoenix RDC e Lancelot e Hindira Mateta no Dj Set.

A curadoria está a cargo do rapper Valete, da empresária Inês Valdez, do músico Milton Gulli, da jornalista Magda Burity e da empresária Lídia Amões.

Uma homenagem que celebra a sua vida e obra, pautada pela luta pelos direitos universais da dignidade humana, pela resistência e solidariedade, acrescidas de uma construção lírica que reúne consenso no panorama musical nacional e não se resume só a Moçambique.

“Azagaia”, através do rap e do uso da língua portuguesa, conseguiu ser transversal, unindo gerações, independentemente de “estratos sociais” ou cor da pele. Nunca antes tinha aparecido, em Moçambique, um artista que estivesse tão em sintonia com a alma do seu povo e da sua nação, qual um Bob Marley ou um Fela Kuti, que carregasse nas costas toda a frustração de uma geração pós-colonial e que retratasse de forma certeira os anseios, desilusões e sonhos do povo moçambicano.” , Milton Gulii - Rimas e Batidas

Edson da Luz nasceu a 6 de Maio de 1984, na Namaacha, mesmo ao lado da fronteira com Eswatini (antiga Suazilândia). Filho de pai cabo-verdiano e mãe moçambicana, mudou-se com a mãe aos 10 anos para a cidade de Maputo, depois da separação dos seus pais. Concluiu o ensino médio e ingressou na faculdade, no curso de Geologia, tendo ainda passado pelo Desportivo de Maputo, na equipa de basquetebol.

Em 2007 edita o seu primeiro álbum a solo: Babalaze (ressaca na língua changana), pela editora Cotonete Records, que atingiu um recorde de vendas no dia do lançamento. O primeiro single, “As Mentiras da Verdade”, põe Azagaia no mapa pela forte crítica política e representa um marco na história da música de intervenção e na defesa da liberdade de expressão em Moçambique. Pela primeira vez, surge um artista que fala aquilo que toda a gente pensa, mas ninguém tem coragem de verbalizar.

Cubaliwa, que significa renascimento na língua sena, é editado em 2013 pela Kongoloti Records, editora criada por Milton Gulli e pelos cineastas Pipas Forjaz e Mickey Fonseca. Para este disco, Azagaia reuniu alguns dos mais proeminentes beatmakers moçambicanos: Guto, Jay Leopard (Scam), Mr. Dino, Black Snow, Mak Da P, Proofless, entre outros. O álbum conta com as participações de vários cantores e rappers moçambicanos como Guto, Júlia Duarte, Dama do Bling, Bhaka, Stewart Sukuma, Tira-Teimas e ainda com as participações internacionais de Hélio Bentes (Ponto de Equilíbrio), MCK e Valete, companheiros habituais em vários projetos.

Contatos

Comunicação: Magda Burity - 930 524 843 Artistas - Milton Gulli - 910 993 314

madamecomunicacao@gmail.com

04.04.2023 | by martalanca | Azagaia, Moçambique, rapper

Não é portuguesa o suficente

A artista de banda desenhada, Amanda Baeza, não foi considerada “portuguesa o suficiente” para poder participar na criação de cartazes comemorativos do 25 de Abril deste ano na Amadora.Convidada pela organização do AmadoraBD para participar num grupo de artistas na criação de cartazes comemorativos do 25 de Abril naquele município, Amanda Baeza foi depois “desconvidada” com um argumento insustentável.

Pedro Moura, colaborador esporádico do Buala, e investigador dedicado à banda desenhada, escreveu um artigo no site da especialidade Bandas Desenhadas, no qual expõe toda a situação. Sendo um tema muito caro à missão do Buala, divulgamos aqui o mesmo.

Ler aqui 

 Amanda Baeza Amanda Baeza

04.04.2023 | by martalanca | Amanda Baeza, banda desenhada, nacionalidade, Pedro Moura, Portugalidade, xenofobia

WOMAN IS POWER! de Raquel Lima e Kwame Write

Woman is Power é uma homenagem às mulheres ancestrais, aquelas queestão/foram/estarão presentes em todo o universo e além, com e sem úterobiológico, cujas vozes moldam a dinâmica das nossas vidas partilhadas, cujotrabalho de amor dá origem a revoluções e tece a cultura de resistência, àspioneiras da linguagem da civilização e comunidade de frente unida.Depois de se encontrarem em festivais de poesia no Rio, Madrid, Lisboa e maisadiante em Tema, Raquel Lima e Kwame Write constroem ritmos e anos de contribuiçãocomo artesãos de palavras e sons, enriquecidos por suas origens únicas em buscade libertação, humanidade e amor, face ao excessivo domínio patriarcal das nossassociedades.Todos os aspetos de Woman is Power resultam de um encontro cósmico que desafiaa temporalidade, a espacialidade e a espontaneidade da vida, mergulhadas no picodo tear colaborativo de artistas no Gana, São Tomé e Príncipe.

Oiça na integra AQUI!

03.04.2023 | by mariadias | arte, Kwame Write, mulheres, música, poesia, Raquel Lima, Woman is power