Figurações de Amílcar Cabral – memória, política e cultura.

O colóquio reúne investigadores de projetos que, a partir de diferentes olhares, estudam e lidam com a figura política, cultural e artística de Amílcar Cabral. Ao longo deste dia, a partir de um ponto de vista interdisciplinar e multiforme, a biografia, o pensamento, a ação política, as imagens e as heranças de Amílcar Cabral, tanto do ponto de vista artístico como político estarão em discussão em mesas redondas temáticas, seguidas de debate. Um debate final reunirá todos os intervenientes.  No próximo dia 22 fevereiro, pelas 9h30, na Sala 1 do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES-Alta).


 

12.02.2019 | by martalanca | Amílcar Cabral, memoirs, memória, política

Hotel Europa / André Amálio Amores pós-coloniais

FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica 2019

MAIO 10 Sex 19.00h & 11 Sáb 22.00h CAMPO ALEGRE Sala-Estúdio 5.00€ • >14

“Amores Pós-Coloniais” inicia um novo capítulo na companhia Hotel Europa, estendendo o ciclo de investigação do colonialismo ao tema do amorEste espetáculo de teatro documental pretende refletir sobre o amor enquanto espaço político, discutindo o que significava amar no espaço colonial e pós-colonial, usando como metodologia um cruzamento entre a pesquisa de arquivo e a recolha de testemunhos reais. Pretende retratar políticas do amor no espaço colonial e perceber como a violência do colonialismo condicionava as relações amorosas. Parte de uma variada e extensa recolha de testemunhos de pessoas que viveram esta realidade, desde antigos soldados portugueses que tiveram filhos com mulheres de África no tempo da guerra a mulheres de origem portuguesa que se apaixonaram por homens negros pertencentes aos movimentos de Libertação. Um olhar também sobre as relações que emergiram entre os países Africanos e os países da Europa de Leste, tentando fazer oescrutínio do que era o amor durante o período Colonial e Pós-Colonial.

Com André Amálio, Tereza Havlíčková, Selma Uamusse, Toni Fortuna, Laurinda Chiungue, Júlio Mesquita /  Criação e Interpretação Musical Selma Uamusse, Toni Fortuna / Cenografia Pedro Silva / Desenho de Luz e Direção Técnica Carlos Arroja / Produção Hotel Europa / ‘1.30h

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Hotel Europa é uma companhia formada por dois artistas de dois países diferentes (Portugal e República Checa) e oriundos das disciplinas da dança edo teatro. André Amálio e Tereza Havlíčková conheceram-se no programa de mestrado MA Performance Making na Goldsmiths University, em Londres. Têm vindo a colaborar juntos, desenvolvendo trabalho que explora as fronteiras entre a dança, performance e teatro num processo de criação coletiva com referências de cultura popular e clássica, criando espetáculos que permitem ao público a oportunidade de viajar entre culturas, tempos e géneros.

08.02.2019 | by martalanca | amor, Hotel Europa

Open Class “Anzaldúa’s Borderlands in the Era of the Border Wall” John Patrick Leary

John Patrick Leary is associate professor of English at Wayne State University in Detroit and a Fulbright fellow in the Faculdade de Letras – 2019. He is a scholar of 19th-, 20th-, and 21st-century US and Latin American culture and the cultural history of capitalism. His first book, A Cultural History of Underdevelopment: Latin America in the US Imagination (Virginia 2016) explored how of US intellectuals have imagined poverty in the Americas. His new book, Keywords: The New Language of Capitalism is a critical lexicon of the popular vocabulary of working life in the 21st century.

15 February 2019 14h, Room 8.2-FLUL

The professor is teaching this semester in the Critical Theory program at the Universidade de Lisboa, and this is the syllabus of the class

Marxism in the 21st century–a syllabus.

 

08.02.2019 | by martalanca | borders, capitalism, critical theory, John Patrick Leary

ATLANTICA: contemporary art from Angola and its diaspora

O Hangar – Centro de Investigação Artística lança o seu primeiro livro, Atlantica: Contemporary art from Angola and its diaspora, assinalando o início da editora Hangar Books, especializada em publicações no contexto das artes contemporâneas, com foco nas epistemologias do sul. O evento conta com uma performance inédita do artista Nástio Mosquito e uma mesa-redonda com diversos autores do livro, como Ana Balona de Oliveira, André Cunha, Afonso Ramos, Marissa J. Moorman, Nadine Siegert e Paula Nascimento, moderada por Paul Goodwin.

In the Days of a Dark Safari, 2017, Kiluanji Kia HendaIn the Days of a Dark Safari, 2017, Kiluanji Kia Henda

O livro é uma co-edição HANGAR – CEC e conta com o apoio da FCT, Orfeu Negro e FAS. Organizado pelo HANGAR.

Artistas: Alice Marcelino, Alida Rodrigues, Ana Silva, Binelde Hyrcan, Délio Jasse, Edson Chagas, Francisco Vidal, Grada Kilomba, Ihosvanny, Januário Jano, Keyezua, Kiluanji Kia Henda, Mónica de Miranda e Yonamine

Ensaios: Adriano Mixingue, Afonso Dias Ramos, Ana Balona de Oliveira, Ana Cristina Cachola, Ashleigh M. Barice, Bruno Leitão, Delinda Collier, Denise Ferreira da Silva, Gabi Ngcobo, Maria-Gracia Latedjou, Marissa J. Moorman, Marta Jecu, Nancy Dantas, Nadine Siegert, Negarra A. Kudumu, Paul Goodwin, Paula Nascimento, Pontus Kyander e Raquel Schefer

LANÇAMENTO, MESA-REDONDA, PERFORMANCE

> 16:30 às 18:30 | Mesa-redonda sobre arte contemporânea Angolana
 > 19:00 às 20:00 | Performance de Nástio Mosquito

Jovens e adultos Duração: 3h30 / Lotação: min. 10 máx. 150
5€ bilhete entrada museu | 50% desconto estudantes, desempregados, seniores Local: MAAT: Museu de Arte, Aquitetura e Tecnologia, Sala dos Geradores Parceria HANGAR – MAAT.

JANTAR E FESTA DE LANÇAMENTO

> 21:00 | Mais informação sobre o jantar e reservas: hangarcia.production@gmail.com > 22:00 | DJ Set Radio Cacheu
Local: Espaço Espelho d’Água

ATLANTICA: CONTEMPORARY ART FROM ANGOLA AND ITS DIASPORA

Hangar – Artistic Research Center launches its first book, Atlantica: Contemporary art from Angola and its diaspora, marking the start of publisher Hangar Books, specialising in publications within the context of contemporary arts, with particular incidence on southern epistemology. The event will include an original performance by artist Nástio Mosquito, as well as a round table with several of the book’s authors, such as Ana Balona de Oliveira, André Cunha, Afonso Ramos, Marissa J. Moorman, Nadine Siegert and Paula Nascimento, moderated by Paul Goodwin.

The book is co-edited by HANGAR – CEC and has the support of FCT, Orfeu Negro and FAS. Organized by HANGAR.

Artists: Alice Marcelino, Alida Rodrigues, Ana Silva, Binelde Hyrcan, Délio Jasse, Edson Chagas, Francisco Vidal, Grada Kilomba, Ihosvanny, Januário Jano, Keyezua, Kiluanji Kia Henda, Mónica de Miranda and Yonamine

Essays: Adriano Mixingue, Afonso Dias Ramos, Ana Balona de Oliveira, Ana Cristina Cachola, Ashleigh M. Barice, Bruno Leitão, Delinda Collier, Denise Ferreira da Silva, Gabi Ngcobo, Maria-Gracia Latedjou, Marissa J. Moorman, Marta Jecu, Nancy Dantas, Nadine Siegert, Negarra A. Kudumu, Paul Goodwin, Paula Nascimento, Pontus Kyander and Raquel Schefer

BOOK LAUNCH, ROUND TABLE, PERFORMANCE

> 4.30PM TO 6.30PM | Round table on Angolan contemporary art > 7.00PM TO 8.00PM | Performance by Nástio Mosquito

Suitable for young people and adults
Duration: 3h30 / Capacity: min. 10 max. 150
5€ museum admission | 50% discount for students, jobseekers, seniors
Local: MAAT: Museum of Art, Architecture and Technology, Turbine Hall [Central] Partnership between HANGAR – MAAT.

DINNER AND LAUNCH PARTY

> 9:00PM | More information about the dinner and reservations: hangarcia.production@gmail.com > 10:00PM | DJ Set Radio Cacheu
Local: Espaço Espelho d’Água

Photo: In the Days of a Dark Safari, 2017 © Kiluanji Kia Henda

07.02.2019 | by martalanca | angola, arte angolana

Call para revista VAZANTES v. 3, n. 1

A Vazantes – Revista do Programa de Pós-Graduação em Artes da UFC, convida propostas de artigos, ensaios, ensaios visuais, escritas experimentais, entrevistas, resenhas, experimentações artísticas, intervenções e demais formatos de contribuição bibliográfica e não-bibliográfica para seu novo número: Vazantes v. 3. n. 1; Junho/Julho de 2019.

Dossiê temático: Imagens Pós-Coloniais, Anti-Coloniais e Decoloniais <<fratura interseccional>>

Editores do dossiê: Michelle Sales (UFRJ), Kaciano Gadelha e Pablo Assumpção PRAZO DE SUBMISSÃO: 01 Março de 2019 (UFC)

Performance 'The Colonial Wound Still Hurts' by Jota Mombaça, Venice, 11 October 2015Performance 'The Colonial Wound Still Hurts' by Jota Mombaça, Venice, 11 October 2015

A colonização, como forma de poder constituinte próprio à modernidade, desencadeou alucinações e paradoxos incalculáveis. Em Crítica da Razão Negra, Achille Mbembe nos ensina que a expansão territorial, econômica e política da Europa através dos vários continentes do planeta arrastou consigo um complexo de fantasias e delírios da onipotência e da imaginação europeia cujos efeitos aparentemente insondáveis coincidiram com o trabalho da morte. O poder da representação na materialidade histórica do colonialismo não se separa facilmente da captura, do esvaziamento e da coisificação dos muitos corpos encontrados pelo caminho, um escândalo que revela a força constitutiva e ao mesmo tempo devastadora dos signos, das ideias e das imagens no campo da economia política. Acreditamos que a crítica da modernidade, do imperialismo e do colonialismo permanecerá inacabada, portanto, enquanto negligenciarmos os diversos modos como a arte e a produção do sensível coincidem com a reprodução escandalosa do “alterocídio” (Mbembe, Crítica da Razão Negra), do racismo e, em última instância, da proliferação da morte como modo de governança.

É com certo atraso histórico que a reflexão sobre o colonialismo no campo das artes no Brasil assume os limites incontornáveis que agora pulsam nas veias produtivas de inúmerxs artistas brasileirxs, ainda marginalizados pelas estruturas hierarquizantes e elitistas da vida artística no país. O senso comum que sempre relegou aos povos originários, aos afrodescendentes e aos negros, o lugar esvaziado da representação/ilustração da vida brasileira é duramente questionado pela potência do debate, por exemplo, em torno da noção do “lugar de fala”. Esse conceito operativo surge no contexto do feminismo interseccional americano para reivindicar a diferença/alteridade dos sujeitos falantes – em detrimento de um sujeito que fala em nome de um saber “universal” – e para reivindicar a diferença reconhecida dos lugares de onde partem os discursos, marcados pela raça, pela classe social, pelo gênero e por outros diversos modos de “negatividade” social.

Algumas artistas e feministas negras brasileiras, como Jota Mombaça e Djamila Ribeiro esgarçam este conceito, levando o questionamento em torno do “lugar de fala” no Brasil para um debate que questiona os traumas, as fobias, os desejos e as pulsões advindas de um passado colonial e o racismo estrutural que marca a sociedade brasileira, heranças do tráfico transatlântico de pessoas escravizadas oriundas de África para as Américas e o Caribe como parte do desenvolvimento do projeto moderno da exploração econômica colonizadora. A certeza de que é preciso, se quisermos romper com o complexo imaginário, simbólico e afetivo da colonização, uma rotura com o modelo colonialista patriarcal, eurocêntrico, judeu-cristocêntrico e heterossexual, move, nos dias de hoje, uma significativa parte da produção artística no Brasil com a qual queremos aqui aprofundar debates e estabelecer leituras.

De forma diferente, porém relacionada, a produção de uma série de artistas africanos move-se também na direção de temáticas e procedimentos que pretendem rever os discursos coloniais e reorganizar as referências culturais, simbólicas e afetivas que fizeram do continente africano, ao mesmo tempo, uma máquina desenfreada da significação onírica europeia e uma ferida aberta na crise moral, política e semiótica das noções modernas de responsabilidade e justiça. Em Angola, por exemplo, artistas como Kiluanji Kia Henda, Yonamine Miguel, Mónica de Miranda, dentre outros, produzem, na diáspora, olhares inquietantes desse passado colonial e, ao serem absorvidos pelo sistema das artes, impõem novos olhares, outras vozes da história e uma produção artística que redimensiona a maneira com a qual o circuito europeu relaciona-se com a arte “africana”.

O contexto cultural de disputa discursiva também se intensifica na antiga metrópole. Apesar dessas questões em solo europeu causarem repercussões distintas, é cada vez mais evidente artistas portuguesas – como Grada Kilomba, Ângela Ferreira e Filipa César, por exemplo – que se posicionam criticamente em relação ao olhar eurocêntrico e, nomeadamente, à branquitude do sistema das artes, complicando as relações culturais já esgarçadas entre a ex-metrópole e as ex-colônias.

A proposta da Revista Vazantes com o dossiê Imagens Pós-Coloniais, Anti-Coloniais e Decoloniais: fratura interseccional, é fomentar e ampliar uma discussão política do campo das artes no espaço linguístico e geopolítico dos países de língua portuguesa mas não só, capaz de fazer levantar não apenas questões estéticas prementes, como também aspectos políticos em comum, remodulando o campo da pesquisa em artes e desenhando um espaço imaginário comum. Os temas de interesse e a formas de publicação para este dossiê são múltiplos e incluem:

.Práticas e poéticas decoloniais e anti-coloniais hoje

.Relações entre África e arte: da representação, da des-fetichizaçãoArte luso/afro/brasileira e racismo
.Branquitude
.Contrametafísicas nativasFeminismos negros, indígenas e descoloniais: contranarrativas e novos espaços de produção e circulação de imagens

.O corpo e o sagrado na arte e na cultura africana e diaspórica
.Teorias e contrateorias da imagem na África e na diáspora

.Comunidades, memórias, saberes ancestrais
.Cinema negro
.Movimentos queer e anticoloniais na arte e na vidaPedagogias anticoloniais e decoloniais

A Revista Vazantes é uma publicação semestral vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Artes, do Instituto de Cultura e Artes, da Universidade Federal do Ceará. Normas de submissão de propostas

Propostas, dúvidas e conversas sobre este número, favor endereçar para:revistavazantes@gmail.com

PRAZO FINAL PARA SUBMISSÃO: 01 de Março de 2019

Michelle Sales: Professora Adjunta da Escola de Belas Artes da UFRJ na área de Teoria da Imagem, exerceu diversas funções na área da gestão, da extensão e da pesquisa em universidades públicas e privadas no Brasil. Desde 2014, quando foi bolsista do Programa para Investigador Estrangeiro da Fundação Calouste Gulbenkian, atua também no campo das artes visuais como curadora independente e pesquisadora. É atualmente investigadora de pós-doutoramento no Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra, e coordena o seminário temático “Cinemas pós-coloniais e periféricos” da Socine, Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, além de integrar a Direção da AIM, Associação de Investigadores da Imagem em Movimento de Portugal. Vive e trabalha entre o Rio de Janeiro e Lisboa. 

Kaciano Gadelha: Sociólogo, pesquisador e curador em arte contemporânea. Foi bolsista PNPD CAPES do Programa de Pós-Graduação em Artes da UFC (2015-2018). Doutor em Sociologia, magna cum laude, pela Universidade Livre de Berlim. Foi docente convidado para o curso “Humilhação, nojo e repúdio no fazer social” no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social – Museu Nacional (UFRJ), em 2017. Participou de festivais, exibições e mostras de arte no Brasil e no exterior como palestrante, tais como transmediale – Festival for Art and Digital Culture (Berlin, 2014), Valongo Festival da Imagem (Santos – 2018), Mostra Motumbá – Memórias e Existências Negras (Sesc Belenzinho, SP, 2017), entre outros.

Pablo Assumpção: Professor do Programa de Pós-Graduação em Artes e da Graduação em Dança da Universidade Federal do Ceará, Coordenador Editorial da Revista Vazantes (PPGArtes UFC). Pesquisa e escreve sobre práticas de etnografia experimental, teorias do corpo, performance, espaço urbano e teorias queer. Atuou em 2017 como Global Visiting Scholar no Center for the Study of Gender and Sexuality da Universidade de Nova York. Vive e trabalha em Fortaleza, Ceará.

Equipe Editorial da Revista Vazantes:

Pablo Assumpção (Coordenador Editorial), Patrícia de Lima Caetano (Editora), Deisimer Gorczevski (Editora) e Claudia Marinho (Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Artes da UFC)

o v.2. n.2 (2018) da Vazantes saiu durante as férias e merece atenção. O dossiê “Políticas do Sensível: Sensorialidades, Sensualidades, Corporeidades” foi editado por Patrícia Caetano e Pablo Assumpção, professores do PPG Em Artes da UFC e traz rico material interdisciplinar para complexificar as discussões sobre estudos somáticos na pesquisa em artes.
ACESSO AQUI
Há traduções de Erin Manning, Jill Green, artigos, ensaios e proposições poéticas de Bia Medeiros e AllA Soub, Beth Pacheco (et al), Walmeri Ribeiro, Andreia Oliveira e Tania Galli, Dani Lima, Luciana Hoppe, Joana Ribeiro, Tiago Fortes, Sofia Karam, Catarina Resende, Ruth Torralba, Patricia Caetano, Carlos Alberto Ferreira, Robson Loureiro (et al), Juliano Gadelha, Mara Leal, Kaciano Gadelha, Silvia Figueroa, Kleyton Ratts, Lailah Garbeiro e Ronaldo Fortes,  Ariel Cheszes, Valéria León, Felipe Andrés e Andrea Rey.

Sobre a Vazanteshttp://periodicos.ufc.br/vazantes/about

Vol. 1 N. 1: http://periodicos.ufc.br/vazantes/issue/view/566

Vol. 1 N. 2: http://periodicos.ufc.br/vazantes/issue/view/567

Vol. 2 N. 1: http://periodicos.ufc.br/vazantes/issue/view/703

Vol. 2 N. 2: http://periodicos.ufc.br/vazantes/issue/view/760

07.02.2019 | by martalanca | Imagens, pós-colonial, vazantes

CATHERINE WOOD, discutir o valor dos museus de arte através da perspetiva da performance

O projeto 10,148,451 de Tania Bruguera – artista emblemática que trabalha com performance como uma prática expandida – realizado em 2018 para a Turbine Hall da Tate Modern é o ponto de partida para discutir o valor dos museus de arte através da perspetiva da performance. Neste trabalho culminam questões centrais do percurso de Bruguera como o cuidado, a intimidade e a empatia, que juntos constroem uma crítica ao sistema de valores corporificado pelos museus.

Wood propõe olhar para o modo como Bruguera começou por trabalhar de uma forma íntima as práticas de body art e de protesto, que se posicionavam claramente contra certas práticas materiais na Arte (colecionar, vender, etc.), e se moveu em direção ao trabalho sobre o “corpo social”.

A partir do ponto de partida localizado no próprio corpo da artista, interrompendo e intervindo na infraestrutura humana da instituição, o estatuto do museu como um “guardião” de objetos ou espaço de coleção é posto à prova e ampliado.

Catherine Wood (Reino Unido) é curadora sénior de Performance na Tate Modern e curadora da instalação da artista cubana Tania Bruguera (2018) na Turbine Hall. Foi co-curadora da retrospetiva de Robert Rauschenberg (2017), e do programa anual Live Exhibtion in the Tanks, com Fujiko Nakaya e Isabel Lewis (2017) e Joan Jonas e Jumana Emil Abboud (2018). Foi ainda curadora da exposição Yvonne Rainer Dance Works em Londres (2013), entre outras. É autora de Yvonne Rainer: The Mind is a Muscle (2007) e de Performance in Contemporary Art (2018). Escreve regularmente para catálogos e para publicações como Afterall, Artforum Mousse. 

18 FEV 2019 SEG 18:30 Pequeno Auditório da Culturgest Duração 90 min

* Entrada gratuita, em inglês com tradução simultânea

06.02.2019 | by martalanca | CATHERINE WOOD

I Colóquio NÓS Capacitação, Diversidade e Inclusão Social” (Maio/2019)

1. O I Colóquio NÓS de Capacitação, Diversidade e Inclusão Social visa a reflexão da população mundial acerca das problemáticas decorrentes da violência cometida através das diversas formas de exclusão social, política, religiosa, cultural, intelectual ou económica, nomeadamente através da violência de género, da violência doméstica, do preconceito étnico-racial, da discriminação em razão da identidade e expressão de género, das características sexuais, da orientação sexual, e da desigualdade entre classes.

Através da formulação de comunicados e relatórios realizados por profissionais de diversas áreas que estejam atentas/os às necessidades da comunidade, buscamos a formulação de ferramentas que possibilitem a prevenção e a eliminação dessas condutas opressoras, as quais ferem os Direitos Humanos e os princípios de Dignidade da Pessoa Humana; de Igualdade e Não Discriminação; do Livre Desenvolvimento da Personalidade; entre diversos outros preceitos mundialmente defendidos.

2. Chamada de Artigos:

No âmbito do I Colóquio “NÓS - Capacitação, Diversidade e Inclusão social”, que terá lugar nos dias 29, 30 e 31 de Maio de 2019, no ISEG (Rua do Quelhas 6, 1200-781 Lisboa) encontra-se aberto até ao dia 15 de março de 2019, o período para submissão de artigos para comunicação nos seguintes painéis: 

  1. “Inserção do Sistema de Quotas, Equidade e Sociedade Futura”;
  2. “Pluralidade de Identidades no Tecido Social Português”;
  3. “Violência de Género, Violência Doméstica e Violência Policial”
  4. “As invisibilidades nos Media”
  5. “Falta de Mulheres em posições de poder”
  6. “Assédio Sexual”

Os artigos completos e revisados (máximo de 2 autores/as) devem ser enviados para o e-mail: muximabionews@muximabio.com em documento WORD com as seguintes informações:

  • O painel a que se dirige a proposta;
  • O título do artigo que se pretende comunicar;
  • O resumo do artigo que se pretende comunicar com máximo de 200 palavras;
  • 5 palavras-chave;
  • Uma nota biográfica da/o/s autora/o/s com máximo de 100 palavras.

- Não é requisito o ineditismo dos trabalhos, vez que servirão como fonte de consulta para os workshops;

- Trabalhos publicados devem estar acompanhados dos respectivos dados de publicação;

- Apenas UM (A) dos/as autores/as em coautoria poderá realizar a comunicação do artigo, caso o trabalho seja selecionado e atribuído a algum dos painéis.

- Quaisquer conteúdos que não correspondam com os propósitos do colóquio serão excluídos.

- Apenas serão aceites propostas que contenham todos os elementos supra.

- O resultado dos artigos selecionados para comunicação no colóquio será divulgado até ao dia 25 de abril de 2019.

Pela Comissão Organizadora,

Myriam Taylor

06.02.2019 | by martalanca | Capacitação, diversidade, Inclusão Social, Nós

Os muitos Pidjiguitis da História ** Quem tem medo de um sujeito negro?

OS MUITOS PIDJIGUITIS DA HISTÓRIA

conversa e Exposição benefit para o Observatório do Controlo e da Repressão 

8 de Fevereiro, sexta-feira às 18h30 na Biblioteca (49)

Esta sexta-feira, a biblioteca do RDA 49 irá contar com a inauguração da exposição de desenho de Gonçalo Salvaterra, “OS MUITOS PIDJIGUITIS DA HISTÓRIA”. Os donativos oferecidos pelas obras irão reverter na totalidade para o Observatório do Controlo e Repressão (OCR), que tem apoiado o processo judicial dos jovens da Cova da Moura, alvos de uma violência injustificável por parte da PSP. Para sabermos mais sobre este caso, podemos contar com uma conversa com membros do Moinho da Juventude e com membros do OCR. Até lá, ficamos com a apresentação da exposição:
Lembram-se do Pidjiguiti? Provavelmente não. Eu não me lembro, não era nascido, mas a memória histórica deveria existir. E se essa memória histórica não existe, deveríamos perguntar-nos porquê. Um dia, enquanto caminhava pelo porto de Bissau, vi uma escultura. Um punho cerrado, esculpido em homenagem aos mortos no massacre do cais do Pidjiguiti, que a
3 de Agosto de 1959 vitimou às mãos do fascismo e da sua política colonial entre 40 a 70 marinheiros e estivadores. E porquê? porque se manifestavam em torno de melhores salários. Mas que massacre? Porque não aprendi isso na escola? Acima de tudo, que estórias fazem a história de Portugal? Esta exposição que tem como nome, “Os Muitos Pidjiguitis da História” aborda um passado contestado. O passado colonial que tem vindo a ser discutido um pouco por todo o mundo, mas que em Portugal tem sido atrasado pelo mito do “bom” colonizador. Factos históricos como o massacre do Pidjiguiti, tendem a revelar uma outra face do colonialismo, a sua verdadeira face. A versão de um Portugal heróico feito de descobertas, é aqui contestada. Estas figuras grotescas, carregadas de carvão, e quase monocromáticas, puxam o lado sombrio que a história oficial tende a não querer pegar. Não há aqui espaço para um Portugal branco!
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QUEM TEM MEDO DE UM SUJEITO POLÍTICO NEGRO
conversa com militantes de movimentos anti-racistas

9 de Fevereiro, sábado às 21h30, no RDA 69
Os recentes acontecimentos no bairro da Jamaica vieram, mais uma vez, demonstrar a forma de intervenção da PSP em bairros predominantemente habitados por pessoas pobres e negras. Apesar das imagens filmadas a partir de um telemóvel deixarem pouca margem para dúvidas, o teor das mesmas não pareceu demover uma grande parte dos meios de comunicação social e dos partidos políticos de um discurso que, em termos gerais, criminaliza as vítimas e defende os autores das agressões. A alternativa «à esquerda» a esta narrativa, pressionada pelo calendário eleitoral, limita-se a encarar o caso como um excesso que não representa o importante trabalho desenvolvido pelas forças de autoridade. A violência policial é então reduzida a um problema de caráter de dois ou três agentes, e não a um
problema estrutural, ou seja, a uma prática para-institucional que visa um determinado segmento da população: excluída, excedentária e racializada.
Os acontecimentos verificados no centro da cidade de Lisboa, poucos dias após a divulgação destas imagens, traduzem a afirmação de um sujeito político que recusa este tipo de categorização e intervenção. A um ato explícito de violência racista, este organiza-se, mobiliza-se às centenas, e ocupa pontos centrais da metrópole, onde sabe que tem impacto.
Para trocar umas impressões sobre estes assuntos, o RDA convida todas as pessoas interessadas para uma conversa.

04.02.2019 | by martalanca | colonialismo, história, negro, violência

Affective Utopia I Kadist Paris

Avec Sammy Baloji & Filip De Boeck, Luis Camnitzer, Ângela Ferreira, Alfredo Jaar, Kiluanji Kia Henda, Grada Kilomba, Reynier Leyva Novo et Paulo Nazareth*

KADIST invite Mónica de Miranda et Bruno Leitão, fondateurs et directeurs de Hangar, un centre de recherche artistique situé à Graça (Lisbonne) pour une résidence curatoriale et une exposition.

Développée sur trois chapitres, l’exposition Affective Utopia abordera les questions et les défis relatifs à la production de connaissances artistiques et de pratiques curatoriales en regard des tensions et conflits générés par les problématiques Sud/Nord, des divisions géographiques, de l’assimilation culturelle et du besoin urgent de décoloniser les pratiques curatoriales et artistiques. 

Les artistes de l’exposition abordent différentes façons de penser et d’interpréter la notion d’utopie dans l’art contemporain. Le concept d’utopie implique deux notions liées bien que contradictoires : d’une part l’aspiration à un monde meilleur,  d’autre part le fait qu’elle n’existe dans nos imaginaires seulement qu’à travers les fictions inventées par les artistes. Affective Utopia réfléchit à cette ambivalence et pose la question de comment l’art peut être un outil de réflexion critique sur ses propres processus de socialisation et ses liens avec les concepts géographiques affectifs d’appartenance, d’origine et de diaspora.

Inviter une structure artistique en résidence permet d’expérimenter le déplacement de pratiques contextuelles pour offrir de nouvelles perspectives à des discussions ayant lieu à Paris et à l’international.

A Lisbonne, Hangar conçoit ses expositions comme des espaces d’engagement avec le public afin de depasser sa condition de spectateur, à travers des stratégies génératrices de sociabilité. Les fondateurs de Hangar souhaitent délocaliser cette approche à Paris le temps de l’exposition, en proposant un programme de rencontres en dialogue avec le public dans un autre contexte. 

Hangar est à la fois un espace d’exposition, de recherche et de résidences d’artistes. C’est également un centre éducatif qui organise des temps de discussion dans le but d’unifier les lieux géographiques et de stimuler le développement de pratiques artistiques et théoriques. Hangar cherche à développer des projets artistiques interdisciplinaires qui se concentrent sur la ville de Lisbonne en tant que scène centrale pour la culture contemporaine. La programmation artistique est tournée vers les problématiques Sud/Nord prenant comme référence la position spécifique de cette ville, carrefour géographique ainsi qu’historique.

*Les artistes de l’exposition à KADIST ont tous travaillé avec Hangar à Lisbonne à travers des résidences, des conférences ou des expositions.

With: Sammy Baloji & Filip De Boeck, Luis Camnitzer, Ângela Ferreira, Alfredo Jaar, Kiluanji Kia Henda, Grada Kilomba, Reynier Leyva Novo
and Paulo Nazareth*

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KADIST invites Mónica de Miranda and Bruno Leitão, founders and directors of Hangar, an artistic research center located in Graça, Lisbon, for an art-space residency and exhibition.

Developed over three chapters, the exhibition Affective Utopia will approach questions and challenges relative to the production of knowledge in the arts and curatorial practices: a reflection on the tensions and conflicts generated by South/North issues, geographic divisions, cultural assimilation and the urgent need for decolonization of thought in curatorial processes and artistic production.

The artists in this exhibition discuss the different ways of thinking and performing utopia in contemporary art from a broad range of angles. The concept of utopia entails two related but contradictory perceptions: the aspiration to a better world, and the acknowledgement that its form may only ever live in our imaginations through the artists’ fictional reconstructions of reality. Affective Utopia reflects this general ambivalence, but it also poses the question of how art can be a tool for critical reflection of one’s own socialization process and to one´s connections to affective geographic concepts of belonging, origin and diaspora.

The purpose of the art-space residency is to experiment with delocalizing context relevant practices in order to offer new perspectives on discussions happening in Paris, and internationally. 

Hangar in Lisbon produces exhibitions as spaces of action for public engagement beyond spectatorship and through strategies that produce sociality. 

Delocalized at KADIST during the time of this exhibition, Bruno Leitão and Mónica de Miranda’s project will reframe this approach towards public engagement in another context and towards another audience. 

Hangar is comprised of a center of exhibitions, artistic residencies, and artistic studies. It is also a center of education, talks and conversations that unify geographic locations and stimulate the development of artistic and theoretical practices. It seeks to organize and produce the development of artistic inter-disciplinary projects and visual arts projects that focus on Lisbon as a central backdrop for contemporary culture. Hangar’s artistic program is focused on South/North problematics, taking from the specific position that Lisbon occupies both geographically as well historically.

*The artists in the exhibition have all worked with Hangar in Lisbon through residencies, talks or exhibitions.

Vernissage : le vendredi 8 février 2019
Opening on Friday, February 8, 2019Les chapitres / chapters:
1 — Concrete Utopia 
09.02 — 03.03 Avec / with Sammy Baloji & Filip De Boeck, Ângela Ferreira, Kiluanji Kia Henda
2 —Art as a Critical Tool 07.03 — 24.03 Avec / with Luis Camnitzer, Alfredo Jaar,Reynier Leyva Novo
3 —The Body as a Political Tool
04.04 — 21.04 Avec / with Grada Kilomba andPaulo NazarethLes événements / events*:26.02 Conférence de / talk by Sammy Baloji & Filip De Boeck
07.03 Conférence de / talk by Luis Camnitzer
12.04 Grada Kilomba en conversation avec / in conversationwith Paul Goodwin
*Tous les événements liés à l’exposition auront lieu à 19h au bureau de KADIST. / All associated events will take place at 7 pm, at the KADIST office.

VISIT KADIST, PARIS 19bis/21 rue des Trois Frères 75018 +33 1 42 51 83 49

04.02.2019 | by martalanca | Affective Utopia, Alfredo Jaar, ângela ferreira, Bruno Leitão, Filip De Boeck, Grada kilomba, HANGAR, KADIST, kiluanji kia henda, Luis Camnitzer, Monica de Miranda, Paulo Nazareth, Reynier Leyva Novo, Sammy Baloji

I Mulherio das Letras

Partindo do pressuposto de que as artes e a ciência são ambas um bem colectivo, o I Mulherio das Letras – Portugal acontecerá nos dias 7, 8, 9 e 10 de Março de 2019. O evento tenciona propor uma abordagem da literatura de autoria feminina que possa estabelecer um diálogo entre a academia e a sociedade civil, entre as escritoras e as leitoras. O evento visa alargar as fronteiras da literatura e da arte, bem como perceber dinâmicas identitárias. Neste sentido, abrirá espaço para ouvir e debater a produção literária e académica de escritoras, artistas, investigadoras, jornalistas, etc.

Com actividades descentralizadas, parte do evento terá lugar na NOVA FCSH da Universidade Nova de Lisboa e parte no Palácio Baldaya, com contextual apresentação de duas colectâneas de poesia e prosa de autoria feminina.

Fruto da colaboração entre o CHAM - Centro de Humanidades e o Palácio de Baldaya, o evento enquadra-se no âmbito da linha de Investigação «História das Mulheres e do Género».

O I Mulherio das Letras – Portugal tem como inspiração o I Encontro Nacional do Mulherio das Letras, que ocorreu de 12 a 15 de Outubro de 2017, em João Pessoa, no Nordeste do Brasil.

Compreendemos que os movimentos de mulheres são um componente crucial para qualquer projecto de transformação radical da sociedade. Este evento é, portanto, pensado como uma política de irmandade, como um lugar de retomada de vozes silenciadas e uma ferramenta de discussão e difusão da produção artístico-cultural de autoria feminina.

*

Considering we conceive art and science as common good, the first Mulherio das Letras de Portugal will take place on the 7,8,9 and 10 of March, 2019. The event aims to suggest an approach to feminine literature that can establish a dialogue between the academy and the civil society, between the writers and their readers. The event aims to broaden the borders of art and literature, as well as to understand dynamics of identity. In this regard, there will be space to open and debate the literary and academic production of writers, artists, researchers, journalists.

Being an initiative of the thematic line “History of Women and Gender”, of CHAM - Centre for the Humanities, the event will take place between the NOVA FCSH of the New University of Lisbon and Palácio Baldaya. The first Mulherio das Letras de Portugal is inspired on the first Brazilian national meeting Mulherio das Letras, that took place in João Pessoa (northwest of Brazil) between the 12th and 15th of October, 2017.

We think women’s movements are a crucial part of any project of radical transformation of society. This event is, therefore, conceived as a politic of sisterhood, as a place of recovery of silenced voices and, finally, as a tool of diffusion and discussion of the feminine artistic and cultural production.

Coordenadora Geral: Elizabeth Olegario
Comissão organizadora - CHAM: Elizabeth Olegario e Noemi Alfieri. Comissão Organizadora - Baldaya: Adriana Mayrink.
Organização da exposição: João Luís Lisboa.

Apoios: FCSH, CHAM, FCT, Palácio Baldaya, Associação dos Escritores Portugueses, In- Finita Lisboa.

03.02.2019 | by martalanca | CHAM, literatura, mulheres

"Love, gender, body and sexuality in the Arab-Islamic world and in the Sahara" por Corinne Fortier

[CAPSAHARA Lecture Series ] CNRS, Laboratoire d’Anthropologie Sociale (CNRS-EHESS-Collège de France, Université PSL)
4 February 2019, 4pm > 6pm Room Multiusos 2, ID Building, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - NOVA FCSH
Until recently, scholarship on Arab-islamic countries had largely neglected love and sexuality as topics of inquiry. For a long time, the study of kinship systems and Islamic law overshadowed interest in personal sentiment and sexuality. Moments of closeness between men and women have always been possible, perhaps even more so today, thanks to the spread of mixed-gender social spaces (universities, mixed-gender coffee-shops, etc.) and new communication technologies (the Internet, cell phones, etc.). These discrete dynamics shaping the experience of love deserve attention. Love can be thought of as a sentiment that young people can cultivate before marriage, during marriage or as a feeling typical of extramarital relationships as it is the case in Mauritania. Among saharian Moors the sphere of seduction and passion, very often poetized, coexists in parallel with the marital sphere governed by Muslim jurisprudence (fiqh). Courtship in many societies has commonly been a male prerogative, with women generally supposed to manifest their desires only indirectly. The fact that men are considered the subjects of desire and women its object is a major cross-cultural element which ensures men’s appropriation of women’s bodies and structures relations between people of the opposite sex.
Bionote
Corinne Fortier is a cultural anthropologist and a researcher at the French National Center of Scientific Research (CNRS). She is also a member of the Social Anthropology Lab (LAS) (CNRS-EHESS-Collège de France-Universités PSL, Paris). Bronze Medal 2005 of the French National Center of Scientific Research (CNRS). She conducted research in Mauritania and in Egypt as well as on Islamic scriptural sources related to gender, body, love, and family law.
http://las.ehess.fr/index.php?1916,
https://cnrs-gif.academia.edu/CorinneFortier
Organisation
Francisco Freire (CAPSAHARA PI)
AZIMUT - Studies in Arab and Islamic Contexts
CRIA-Centro em Rede de Investigação em Antropologia

  

 

01.02.2019 | by martalanca | Arab-Islamic, body, gender, love, sexuality

AS CRIANÇAS, UM TEATRO E UMA CIDADE

O LU.CA – Teatro Luís de Camões é o primeiro espaço em Portugal exclusivamente dedicado às artes performativas para a infância e para a adolescência. Esta responsabilidade motivou-nos a propor uma reflexão conjunta com outros programadores de instituições com características semelhantes, artistas com circulação internacional, educadores, académicos e com as próprias crianças.

Queremos ouvir e pensar em conjunto sobre como é criar, construir e programar para e com as crianças e adolescentes; que opções culturais existem para esta faixa da população e que implicações têm nas cidades. Como são pensados e que lugares de escuta são dados a cada criança; que formas de fazer educação são mais amigas de uma educação integral e partilhada entre escolas, comunidades familiares (ou outras) e instituições culturais; o que tem trazido aos artistas o trabalho para estes públicos e, finalmente, mas da máxima importância, o que pensam as crianças e adolescentes de tudo isto? Que contributos podem dar para construir um espaço que lhes é dedicado?

Catarina Sobral (ilustradora/PT), Cristina Costa (professora Escola Básica Homero Serpa/PT), Fabrice Melquiot (diretor do Théatre Am Stram Gram/SW), Gabriela Trevisan (professora Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti/PT), Gino Coomans (BRONKS Theater for a Young Audience/BE); Helena Singer (socióloga/BR), Jorge Ramos do Ó (professor Instituto da Educação UL/PT), Manuel Sarmento (professor e investigador Instituto da Educação UM/PT), Pedro Penim (ator e encenador/PT), Virgílio Varela (facilitador nas áreas da Capacitação, Participação e Criatividade/PT).

PROGRAMA:

5.ª feira, 24 janeiro 2019

14h00 -14h30

ABERTURA

Susana Menezes (diretora artística do LU.CA – Teatro Luís de Camões) e Liliana Coutinho (curadora e investigadora IHC)

14h30 – 16h00

TEATROS PARA INFÂNCIA E PÚBLICO JOVEM

Oradores:

Fabrice Melquiot – Théâtre Am Stram Gram, Teatro para a Infância e para a Juventude, Genebra/Suíça

Gino Coomans, Bronks – Teatro para o Público Jovem, Bruxelas/ Bélgica

Susana Menezes – moderação

16h30 -17h00

O QUE DIZEM AS CRIANÇAS

Coordenado por Virgílio Varela.

Com alunos do 4.º ano da Escola Básica Homero Serpa de Lisboa e a colaboração da professora Cristina Costa.

17h00 – 18h00

CRIAR PARA CRIANÇAS

Oradores:

Catarina Sobral, ilustradora e autora de livros infantis, Portugal

Pedro Penim, ator e encenador, Portugal

Susana Menezes – moderação

6.ª feira, 25 janeiro 2019

10h00 – 13h00, Casa da América Latina

ESCUTA E PARTILHA

Virgílio Varela – moderação

Sessão prática de debate e diálogo participativo, através da metodologia World Café

14h30 – 16h30

A CIDADE, UM TEATRO E A EDUCAÇÃO

Oradores:

Manuel Sarmento – professor e investigador, Portugal

Helena Singer – socióloga, Brasil

Jorge Ramos do Ó – professor, Portugal

Liliana Coutinho – moderação

17h00 – 18h00

RELATO E CONCLUSÕES

Oradora:

Grabriela Trevisan, investigadora e professora, Portugal

ENCERRAMENTO

Susana Menezes e Liliana Coutinho

Download do programa completo da conferência As crianças, um teatro e uma cidade

INFORMAÇÕES ARTÍSTICAS

CURADORIA LILIANA COUTINHO E SUSANA MENEZES 

25.01.2019 | by martalanca | infância, teatro

Op-Film: Uma Arqueologia da Ótica

no HANGAR de 23 de Janeiro | 18h até 20 de Abril | Quarta-feira a Sábado, 15:00 – 19:00 (ou por marcação através do geral@hangar.com.pt) I Entrada Livre I Op-Film: An Archaeology of Optics é uma exposição colaborativa dos artistas e cineastas Filipa César e Louis Henderson.

A exposição é composta por um filme e uma instalação baseados num processo de investigação em curso que explora de que forma as tecnologias óticas de design militar e colonial – das lentes de Fresnel aos sistemas globais de navegação por satélite – informam e são informadas pelos modelos de conhecimento ocidentais. Através de uma abordagem crítica às ideologias por trás do desenvolvimento destes instrumentos de orientação e vigilância, os artistas consideram que os gestos imperiais de descoberta, revelação e posse estão embutidos em associações entre o ver e entender, a projeção de luz e iluminação.

O filme Sunstone (2017) acompanha as lentes de Fresnel desde o local de produção até à sua exposição num museu de faróis e dispositivos de navegação. Simultaneamente, examina os diversos contextos sociais nos quais a ótica está implicada, contrastando o sistema de comércio triangular que se seguiu às primeiras chegadas europeias ao ‘Novo Mundo’ com o potencial político visto na Op art na Cuba pós-revolucionária. Incorporando imagens de celuloide de 16mm, capturas digitais de ambientes de trabalho e CGI 3D, o filme mapeia igualmente uma trajetória tecnológica: dos métodos históricos de navegação ótica aos novos algoritmos de localização, da projeção singular às visões satélites de múltiplas perspetivas. Registando estes avanços técnicos progressivamente através dos materiais e meios de produção dos seus filmes, os artistas desenvolvem o que eles descrevem como “um cinema de afeto, um cinema de experiência – um Op-Film”.

Juntamente com este trabalho, a instalação Refracted Spaces (2017) reúne materiais documentais importantes que sustentam suas pesquisas até o momento, incluindo imagens arquivísticas, mapas oceânicos, plantas de faróis, luzes e fragmentos de lentes de Fresnel. Após a Bienal de Contour em Março de 2017, a instalação viajou para a Gasworks (Londres), para a Temporary Gallery (Colónia) e Khiasma (Paris). A exposição é pensada como uma plataforma de investigação contínua pelos dois artistas e cria, em cada contexto, eventos públicos, projeções e conversas que estendem a exposição.

Filipa César é uma artista e cineasta interessada nos aspetos ficcionais do documentário, nas fronteiras porosas entre o cinema e sua receção, e nas políticas e poéticas inerentes à imagem em movimento. O seu trabalho toma os media para expandir ou expor contra narrativas de resistência ao historicismo. Desde 2011, César tem estudado as origens do cinema na Guiné-Bissau como parte do Movimento de Libertação Africano. Uma seleção de exposições e projeções foram realizadas em: 29th São Paulo Biennial, 2010; Manifesta 8, Cartagena, 2010; Haus der Kulturen der Welt, Berlin, 2011–15; Jeu de Paume, Paris, 2012; Kunstwerke, Berlin, 2013; SAAVY Contemporary, Berlin 2014–15; Futura, Prague 2015; Tensta konsthall, Spånga, 2015; Mumok, Vienna, 2016, Contour 8 Biennial; Mechelen and Gasworks, London; MoMA, New York, 2017.

Louis Henderson é um artista e cineasta cujas obras investigam conexões entre colonialismo, tecnologia, capitalismo e história. A sua pesquisa procura formular um método arqueológico dentro da prática cinematográfica, refletindo sobre o materialismo animista. Henderson mostrou o seu trabalho em espaços tais como: Rotterdam International Film Festival, Doc Lisboa, CPH:DOX, New York Film Festival, The Contour Biennial, The Kiev Biennial, The Centre Pompidou, SAVVY Contemporary, The Gene Siskell Film Centre e Tate Britain. Em 2015, recebeu o Prémio Barbara Aronofsky Latham como Artista Vídeo Emergente no 53º Ann Arbor Film Festival, EUA, e o Prémio European Short Film – Festival Internacional de Cinema New Horizons, Wroclaw, Polónia. O seu trabalho é distribuído pela LUX (UK) e pelo Video Data Bank (EUA).

22.01.2019 | by martalanca | filipa césar, filme, HANGAR, Louis Henderson

Ciclo de Debates | NARRATIVAS AFRO-EUROPEIAS

O Ciclo de Debates “Narrativas Afro-Europeias” (de janeiro a junho 2019 na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - NOVA FCSH) abordará a ligação das culturas europeias e africanas na Europa de hoje, enraizada não apenas na história e na memória coletivas, mas também na origem e experiências atuais de muitos cidadãos europeus. Valorizando o debate público e a cidadania como vocações fundamentais do conhecimento, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa promoverá o diálogo com um conjunto alargado de interlocutores acerca da interculturalidade afro-europeia, a partir da realidade portuguesa. Em foco, estarão temáticas como: o acesso à educação pelas gerações afrodescendentes; a importância das artes na produção de um imaginário pós-colonial; as narrativas como mediação entre diferentes vozes, raízes e experiências; o reconhecimento da diversidade e o combate à discriminação; a língua portuguesa como língua comum a várias culturas e nações; a cidadania europeia e a interculturalidade como política.
1ª EDIÇÃO | 30 Janeiro 2019 | 16 horas / NOVA FCSH | Torre B, Auditório 1
“AFRODESCENDÊNCIA E SISTEMA EDUCATIVO”

Haverá periferias no sistema educativo português? O Sistema Educativo é a base fundamental da coesão social nas sociedades democráticas, promovendo a igualdade de oportunidades e, ao mesmo tempo, o respeito pelas diferenças. Está o sistema educativo em Portugal preparado para responder aos desafios sociais e culturais de uma sociedade cada vez mais diversa? De que modo tem o sistema educativo português respondido às exigências de uma condição pós-colonial? Quais os obstáculos no acesso à universidade para os estudantes afrodescentes? Haverá periferias e discriminação no sistema educativo e na vida escolar?

PROGRAMA:
Abertura Francisco Caramelo (Diretor da NOVA, FCSH)
Susana Trovão (Subdiretora para a Investigação da NOVA)
Painel
Beatriz Gomes Dias (Presidente da DJASS - Associação Afrodescendentes)
Cristina Roldão  (Investigadora do CIES - IUL)
David Justino  (Ministro da Educação do XV Governo Constitucional, Professor da FCSH, investigador do
CICS.NOVA)
Fernanda Rollo (Secretária Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, do XXI Governo Constitucional 2015-18; Professora da FCSH, investigadora do HIC)
Sónia Magalhães  (Diretora do PRSD – Provedores de Respostas Sociais Para o Desenvolvimento)
Convidados (Debate): Ariana Furtado (Professora, 1º ciclo); Elisa Valério (Professora de PLNM, 2º ciclo e Secundário); Luís Vitorino (Presidente da Associações de Estudantes Angolanos de Lisboa); Smith Mendes (Núcleo de Estudantes Africanos e Lusófonos - AE FCSH); Tiago Fortes (Núcleo de Estudantes Africanos - AE FCT-UNL); Alberto Junior (Presidente da Associação de Estudantes da Guiné Bissau no Porto (AGBP).
Moderação: Alexandra Prado Coelho (Jornalista)
Contacto
Projeto African-European Narratives, ICNOVA - Instituto de Comunicação, NOVA FCSH, FCSH - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Av. de Berna, 26 C, 1069-061 Lisboa info@africaneuropeanarratives.pt WWW.AFRICANEUROPEANARRATIVES.EU
Narrativas Afro-Europeias é um projeto do Programa “Europa Para os Cidadãos” que se associa também à proclamação pelas Nações Unidas da Década Internacional da Afrodescendência (2014-2025).

21.01.2019 | by martalanca | afro-descendentes, NARRATIVAS AFRO-EUROPEIAS

Alda e Maria: por aqui tudo bem, de Pocas Pascoal

Sessão do ciclo Ciências Sociais e Audiovisual: consequências da Guerra 24 de Janeiro, 18h Auditório Sedas Nunes (ICS-ULisboa) I Entrada Livre

A projecção da longa de ficção realizada por Pocas Pascoal, Alda e Maria: por aqui tudo bem é o mote para debater o cruzamento entre consequências da guerra civil de Angola (1976-2002), género e migração. Situado na década de 1980, o filme narra a história de duas irmãs adolescentes que rumam até Lisboa, na esperança de um futuro mais promissor.

A projecção é seguida de debate, entre a realizadora de origem Angolana e Marzia Grassi, investigadora em estudos africanos, género, migração. 

Alda e Maria: por aqui tudo bem foi produzido em 2011, Portugal, 94 min. Teve distribuição comercial em Portugal, circulou em vários festivais (Brasil, Alemanha, Burkina Faso, Suíça, França, Emirados Árabes Unidos), tendo sido premiado tanto no IndieLisboa em 2012, como a Melhor Longa Metragem Portuguesa de Ficção, como no Festival FIC Luanda em 2011 como a melhor Longa Metragem Angolana. Mais detalhes sobre o filme aqui.

Pocas Pascoal nasceu em Luanda em 1963, tendo migrado para Portugal (Lisboa) em 1983 e mais tarde França (Paris), onde estudou cinema. Memórias de Infância (2000), Há sempre alguém que te ama (2003), Amanhã será diferente (2009) são outros filmes que realizou. 

O ciclo Ciências Sociais e Audiovisual explora o valor analítico e metodológico das imagens em movimento para o trabalho desenvolvido por cientistas sociais. Mais informações sobre o ciclo aqui. Organização: Inês Ponte, Mariana Liz, Pedro Figueiredo Neto, Paulo Granjo; ICS-ULisboa: Rua Prof. Anibal Bettencourt 9, Lisboa. Metro: ENTRECAMPOS.

16.01.2019 | by martalanca | angola, cinema, Pocas Pascoal

IV Simposium Internacional EDiSo 2019 – “Vozes, silêncios e silenciamentos nos estudos do discurso”

Convidamos investigadores, doutorados, doutorandos, mestres, e outros profissionais e activistas,  a propor uma comunicação (máx 20 mins de apresentação) para dois painéis que estamos a organizar entre junho e julho de 2019.

A) Um primeiro painel sob o título”(Des)Encontros linguísticos: que invisibilidades e silenciamentos entre as populações negras na Europa?”

Este painel pretende estimular a discussão e reflexão sobre o papel dos investigadores em termos de trabalho conceptual e metodológico sobre diversidade linguística na Europa, com foco particular nas populações negras.

Aceitam-se propostas de comunicação  em português, inglês, cabo-verdiano, espanhol e galego, até ao final de janeiro de 2019, a submeter aqui e para Raquel_Matias@iscte-iul.pt

Este painel surge integrado no IV Simposium Internacional EDiSo 2019 – “Vozes, silêncios e silenciamentos nos estudos do discurso” que terá lugar em Vigo entre 5 e 7 junho 2019.

+ info sobre o Simpósio, e todos os 18 painéis previstos (o nosso é o painel n.º9, página 8):

https://www.edisoportal.org/attachments/article/1362/EDiSo_2019_Resumen_Sesiones.pdf

E aqui

B) Um segundo painel  sob o título “Decolonising knowledge: African and European linguistic (dis)encounters”

Este painel pretende estimular a discussão e reflexão sobre o trabalho histórico e atual de diversas disciplinas sobre diversidade linguística na Europa, com foco particular nas populações negras.

Aceitam-se propostas de comunicação em inglês ou português até 28 de fevereiro 2019, a submeter aqui.

Este é um painel integrado na 7ª Conferência Bianual da Rede Afroeuropeans: “In/Visibilidades Negras Contestadas”, que irá decorrer em Lisboa (ISCTE - IUL) entre 4 e 6 julho de 2019.

+info: onde poderão ainda consultar a informação sobre todos os 34 painéis que vão ter lugar neste conferência.

O nosso painel surge integrado na linha temática da conferência: “Decolonising Knowledge on Black Europe, African Diaspora and Africa.” 

 

 

Ana Raquel Matias Professora Auxiliar Convidada/Invited Assistant Professor, Investigadora de pós-doutoramento/Postdoctoral research fellow at CIES-ISCTE-IUL (em português) 

16.01.2019 | by martalanca | simpósio

Colonial and postcolonial landscapes

The infrastructure of the colonial territories obeyed the logic of economic exploitation, territorial domain and commercial dynamics among others that left deep marks in the constructed landscape. The rationales applied to the decisions behind the construction of infrastructures varied according to the historical period, the political model of colonial administration and the international conjuncture.​

This congress seeks to bring to the knowledge of the scientific community the dynamics of occupation of colonial territory, especially those involving agents related to architecture and urbanism and its repercussions in the same territories as independent countries.

It is hoped to address issues such as how colonial infrastructure has conditioned the current development models of the new countries or what options taken by colonial administrations have been abandoned or otherwise strengthened after independence.​

The congress is part of the ongoing research project entitled “Coast to Coast - Late Portuguese Infrastructural Development in Continental Africa (Angola and Mozambique): Critical and Historical Analysis and Postcolonial Assessment” funded by ‘Fundação para a Ciência e Tecnologia’ (FCT - Foundation for Science and Technology), which has as partner the Calouste Gulbenkian Foundation (FCG).​

The aim of this congress is to extend the debate on the repercussions of the decisions taken by the colonial states in the area of ​​territorial infrastructures - in particular through the disciplines of architecture and urbanism - in post-independence development models and the formation of new countries with colonial past.

see programme 

11.01.2019 | by martalanca | Africa, arquitectura, colononial, pós colonial, seminário

SEMINÁRIO: descolonizar os museus: isto na prática…?

Descolonizar os museus: isto na prática…?

As políticas do Tropenmuseum (Amsterdão) e uma reflexão sobre o caso português
com Wayne Modest e especialistas portugueses
22 Mar, Sexta, 10h-13h e 14h30-16h30

organização: Acesso Cultura 
Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (Auditório A. Sedas Nunes) 

TropenmuseumTropenmuseumA proposta da criação do Museu das Descobertas pela Câmara Municipal de Lisboa trouxe também a Portugal o debate sobre a descolonização dos museus, que tem estado na ordem do dia em vários países do mundo, muito especialmente em países que no passado tiveram colónias e/ou com uma forte ligação à escravatura. O debate em Portugal foi aceso, o que pode ser considerado um bom sinal. Raramente os museus e o seu papel na sociedade são discutidos publicamente e de forma tão intensa. Entretanto, em Novembro 2018, com o relatório Sarr-Savoy encomendado o Presidente francês Emmanuel Macron, a questão da restituição de objectos, ilegalmente retirados dos seus territórios de origem durante o período colonial, trouxe mais pressão sobre os museus em relação às suas práticas.

A Acesso Cultura gostaria de dar seguimento à reflexão que se iniciou no ano passado. Para isso, convidámos Wayne Modest, sub-director do Tropenmuseum, uma referência, neste momento, no que diz respeito às práticas de descolonização. Entre outras coisas, queremos saber:

  • O que significa descolonizar um museu?
  • Qual o contexto e as razões porque o Tropenmuseum decidiu adoptar uma estratégia de descolonização?
  • Como foi construída esta estratégia? Quem esteve envolvido?
  • Como é que começou a ser posta em prática?
  • Quais os resultados até agora?
  • Quais as reacções da equipa do museu, dos profissionais em geral, dos visitantes do museu e da sociedade em geral?
  • Quais os pontos fortes e fracos desta prática até agora? O que é que o museu tem aprendido?

À apresentação de Wayne Modest seguir-se-á um debate com especialistas portugueses de várias áreas relacionadas com esta temática:

  • António Pinto Ribeiro (a confirmar)
  • Catarina Simão
  • Isabel Raposo Magalhães
  • Joacine Katar Moreira
  • Judite Primo
  • Luís Raposo
  • Mamadou Ba
  • Paulo Costa

Haverá tradução simultânea português – inglês.

Ficha de inscrição
PREÇÁRIO
Normal: €15
Associados da Acesso Cultura: €10
Estudantes do Instituto de Ciências Sociais: €10

 

10.01.2019 | by martalanca | Descolonizar os museus, Tropenmuseum

"Sexual and Reproductive Rights: conflicting narratives and the future of Gender in Africa"

ECAS 2019, Panel Anth23 The panel is convened by Ricardo Falcão and Clara Carvalho.
“In Africa public discourses, by authority figures like politicians and religious leaders, concerning gender often refer to moral identities rooted in sociocultural beliefs and religion. At the same time, human rights concerning sexuality and reproduction, are sometimes frowned upon as tokens of westernisation. These regimes of representation and public performances invoking social norms and african identities, are political tools. And even if gender cannot be adopted uncritically in african contexts, without the risk of misrepresenting important social dynamics, such as seniority (Oyewumi), efforts to downplay its importance as a descriptive tool do more for conservative, nativist agendas, and power dynamics associated with violence and inequality, than for human rights, a language that is not the language most people use to describe their problems.However, activisms for sexual citizenship and gender often work precisely on discursive levels (but not only) to convey new languages to people in order for rights to be claimed. By creating new spaces for debate activisms help deconstruct normativity as the only narrative and generate new forms of social commentary oriented towards better informed decisions for individuals, even if in their lives structural constraints remain a reality. Technology also helps boost this approach by expanding outreach, registering, giving more visibility.In this panel we welcome scholars to rethink gender as an analytical tool from a decolonial, decentered, pluralist, critical perspective by taking into account current activisms in gender in areas such as GBV, sexual violence, FGM/C, education, alongside discourses opposing social change and invoking social norms.

more info

image taken from here 

07.01.2019 | by martalanca | Africa, gender

Posso saltar do meio da escuridão e morder

foto de Sofia Berberanfoto de Sofia BerberanO Teatro GRIOT, que este ano completa 10 anos, a convite do Teatro dos Aloés apresenta o espectáculo Posso saltar do meio da escuridão e morder, com encenação de Rogério de Carvalho, nos Recreios da Amadora, entre 25 e 27 de Janeiro. O espectáculo estreou em Cabo-Verde a 4 de Novembro de 2018, integrando a programação do Festival Mindelact, e em Dezembro esteve em cena no Teatro do Bairro, em Lisboa. 

Posso saltar do meio da escuridão e morder

O que vive abaixo da superfície da sujeição? A ausência de liberdade pode fazer morrer uma alma? A insubmissão surge como a única possibilidade de sobrevivência para uma mulher, que se descobre mulher e negra no contexto dos lugares estanques da escravatura. O percurso do espectáculo é afinal uma provação como via para a consciência. Entre o imaginário, o simbólico e o real, Daniel, Gio e Zia avançam em direcção à lucidez - na 1ª pessoa, na 3ª pessoa, por vezes em ambas - à própria palavra que gera uma voz e um corpo mineral, vegetal, animal. Rogério de Carvalho, encenadorA Coisa impossível - traumática provém do Espaço Interior. Inicialmente tudo o que vemos é o Vazio - o Céu escuro, infinito, o abismo sinistramente silencioso do Universo, com estrelas cintilantes dispersas, que são menos objectos materiais do que pontos abstractos; depois, de súbito, ouvimos um som por detrás de nós, do nosso fundo mais íntimo, a que vem juntar-se o objecto visual, a origem desse som - a gigantesca versão dos barcos que transportam escravizados. O objecto - Coisa é assim transmitido como parte de nós mesmos que expelimos para a realidade… Também buscamos. Esta intrusão da Coisa parece trazer o alívio, suprimindo o horror de contemplar o vazio infinito do Universo.É a materialização das fantasias traumáticas mais íntimas; isso explica o enigma das estranhas lacunas da sua memória. O que ela escreve é a imagem fantasmática que tem dele. Faz parte do Espaço Interior (de si para si). Não são  invenção sua os factos e os sentimentos que narra? Existiram? É a Coisa? Não se trata de um Vazio? Não vemos as acções, apenas ouvimos. O processo da Escravatura/Coisa, o desenvolvimento da sua História é a sua concretização? No final regressa ao lugar de partida assumindo a consciência do que é ser negra. A posição trágica é que ela adquire consciência de toda a identidade substancial, de que não é nada em si mesma, dado que só se julga existir sonhando com o Outro. A imensidão está nela quer na voz quer na fala. 

Encenação Rogério de Carvalho Texto selecção e montagem colectiva Actores Daniel Martinho, Gio Lourenço, Zia Soares

Design de som Chullage

Design de luz Jorge Ribeiro

Voz e elocução Luís Madureira

Apoio ao movimento Cláudia Bonina

Espaço cénico e figurinos Teatro GRIOT Fotografia Sofia Berberan Produção Teatro GRIOT Duração aprox. 1h30  M/14

Recreios da Amadora - Avenida Santos Mattos, 2, 2700-748 Amadora25 a 27 de Janeirosex e sáb, 21h30; dom, 16hRESERVAS: 916648204 | teatrodosaloes@sapo.pt Bilhetes:10€, normal3€ a 5€, c/desconto

07.01.2019 | by martalanca | Posso saltar do meio da escuridão e morder, teatro griot