Fera é um quarteto musical rock composto por Pedro Januário, Ivo Relveiro, Nuno Carvalho e Ana Gandum. Fera formou-se em 2013 depois de várias colaborações musicais entre os seus membros no espaço associativo e de criação artística Goela, em Lisboa.
Disponível online aqui. Download disponível para efeitos de divulgação. Teledisco “Escada Fria”
Lançamento em cassete: final de Novembro de 2014 Gravado ao vivo num celeiro em Foros de Vale Figueira, Alentejo, Julho de 2014. Todas as músicas compostas pela fera, excepto moor por Fernando Fadigas. Canção da Vontade inspirada em Your Pillow de Gisèle Pape.
Mistura e gravação em cassete: Daniel Pinheiro. Master e electrónica: Fernando Fadigas. Design: Silvia Matias. Fotografia: Daniel Pinheiro e Nuno Carvalho Produção fera & Fernando Fadigas. Edição independente Goela, Lisboa 2014 Contactos:mailto.fera@gmail.com / 91 605 97 29 (Ana Gandum)
O exercício pleno da Democracia exige o acesso à informação e ao debate. Contamos, por isso, com quatro conferências que pretendem reflectir sobre o estado actual da Europa e da Democracia, o poder da Internet e o papel de mediação dos órgãos de comunicação social.
Do leque de oradores convidados fazem parte Conceição Queiroz, Joana Amaral Dias, José Pacheco Pereira, Ricardo Araújo Pereira, José Luís Garcia, José Manuel Fernandes, entre outras personalidades de relevo em áreas tão distintas como a política, sociologia, história, economia ou os novos media.
A primeira das três noites de música acontece a 20 de Novembro com o Projecto com Voz, um coro de mais de trinta elementos, com idades entre os 55 e os 83 anos, que nasceu para quebrar estereótipos associados à idade. O grupo, dirigido pelo Maestro Pedro d’Orey, celebra a Liberdade com temas de Zeca Afonso e do pop/rock, sempre em português.
Na sexta-feira, dia 21, o palco é de uma das figuras cimeiras da canção lusófona contemporânea, B Fachada, que conta já com 14 edições e algumas colaborações, dentre as quais, com Sérgio Godinho. Em Regressa em 2014, ao fim de um ano sabático, com um novo disco homónimo. Na primeira parte da noite recebemos a voz e guitarra de Lula Pena, compositora portuguesa com influências que começam no Fado e se misturam com a chanson francesa ou a bossa nova brasileira. Já tocou com Rodrigo Leão, Mû, Norberto Lobo e o próprio B Fachada.
A última noite de música, dia 21, pertencerá ao rock irreverente dos Mão Morta, de Adolfo Luxúria Canibal, banda com três décadas de existência que lançou este ano o álbum Pelo Meu Relógio São Horas de Matar.
No cinema, o Rotas & Rituais apresenta uma programação extensa de documentários recentes, de realizadores de todo o mundo. Muitas são as histórias de luta pela Liberdade e dignidade, algumas delas contadas na primeira pessoa. A fechar este ciclo de 18 documentários, destacamos a exibição, no dia 23, de Dirty Wars, de Richard Rowley, filme que conta já com oito prémios e cinco nomeações, a última delas para melhor documentário dos Academy Awards 2014.
A entrada é livre em todos os eventos, à excepção dos concertos de B Fachada e de Mão Morta (8€)
19 NOVEMBRO
19H CINEMA | DANGEROUS ACTS (Madeleine Sackler)
21H30 CINEMA | SOUND OF TORTURE (Keren Shayo)
20 NOVEMBRO
19HCINEMA | THEY ASKED NOBODY (Martin Bureau)
CINEMA | A PEOPLE WITHOUT A LAND (Eliyahu Ungar-Sargon)
21H30MÚSICA | PROJECTO COM VOZ
The Lost Signal
21 NOVEMBRO
19H CINEMA |THE LOST SIGNAL OF DEMOCRACY (Yorgos Avgeropoulos)
21H30 MÚSICA | LULA PENA (1ª parte) + B FACHADA
B Fachada, foto de Manuela Pacheco
22 NOVEMBRO
17HCINEMA |THE INTERNET’S OWN BOY (Brian Knappenberger)
19HCONFERÊNCIA | “Internet, plataforma de comunicação ou controlo social?”
Com: Nuno Ramos de Almeida, Gustavo Cardoso, José Luís Garcia, Sofia José Santos
21H30MÚSICA | MÃO MORTA
23 NOVEMBRO
17H CINEMA | REPORTERO (Bernardo Ruiz)
19HCONFERÊNCIA | Livres ou parcialmente livres, a situação dos órgãos de comunicação social.
Com: José Luís Garcia, Conceição Queiroz, José Manuel Fernandes, José Nuno Matos, Ricardo Araújo Pereira
BAI Arte 2014, na Academia BAI, “Loy”, em Luanda, reúne 6 artistas com o título Luanda 02_14 Respostas ao (Des)envolvimento. A exposição estará aberta ao público até dia 5 de Dezembro, tem a curadoria de André Cunha, e conta com Erika Jamece, Francisco Vidal, Ihosvanny, Leda Baltazar, Nelo Teixeira e Patrícia Cardoso, numa matriz de arte contemporânea cuja linha criativa passa pela pintura e instalação.
Participação de DJ LUCKY INAUGURAÇÃO OPENING 26/11/14 20h - 22h
Seminário
In(ter)sularidades - pensamento e criação artística 23/01/2015 - 17h - 20pm Centro de Estudos Comparatistas / Faculdade de Letras de Lisboa
“Arquipélago”, é um projecto de criação e de investigação artística que reflecte a representação da paisagem como um teatro, ou seja, como um palco imaginado, recriada a partir do sentido ficcional que está por detrás da imagem de uma ilha e da ideia de jardim botânico.
As ilhas têm sido uma fonte de fascínio na nossa imaginação porque, por serem um território separado de outras terras por água, prestam-se facilmente à fantasia e à mitificação. O trabalho de Mónica de Miranda re-imagina conexões geográficas, como um arquipélago de lugares reinventados a partir de paisagens ficcionadas entre vários espaços geográficos. Os espaços insulares são imaginados para explorar e criar pontes entre o real e a ficção, como uma resposta às realidades culturais e sociais, muitas vezes tomando a forma de utopias / distopias, édens, nações, meta-textos, encruzilhadas culturais e espaços fora dos seus lugares comuns. O sentido do imaginário que está por detrás da ilha é susceptível a interpretações que se formam pela articulação de perspectivas sobre a relação de deslocamento entre o eu e o outro, o centro e a periferia, servindo como locais de mediação entre culturas que se distanciam do seu lugar de origem e se constroem noutros lugares. Mais
Aberto a todos os suportes e linguagens artísticas, o 19º Festival concederá aporte financeiro de até R$ 120 mil para desenvolvimento de projetos. As obras selecionadas concorrem a R$ 75 mil em dinheiro e a nove residências artísticas em instituições ao redor do mundo
Até 16 de novembro de 2014, a Associação Cultural Videobrasil recebe inscrições para dois editais do 19ª Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil || Panoramas do Sul: de obras e de projetos para produção de obra de arte. Esta é a primeira vez que o Festival vai selecionar quatro projetos, que receberão aporte financeiro de até R$ 30 mil cada e acompanhamento de membros da Comissão Curadora até sua apresentação no Festival. Os artistas do Sul global, região que é foco do Festival, podem inscrever até três (03) obras e um (01) projeto, em todos os suportes e linguagens artísticas contemporâneas (a exemplo de fotografia, pintura, escultura, gravura, desenho, arte sonora, vídeo, performance, instalação, entre outros). As obras selecionadas concorrem a um Grande Prêmio no valor de R$ 75 mil e a nove Prêmios de Residência Artística em instituições parceiras da Associação. A 19ª edição do Festival acontece de 06 de outubro a 06 de dezembro de 2015, no Sesc Pompeia (São Paulo).
O Festival de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil || Panoramas do Sul se consolidou como plataforma voltada à difusão, ao fomento e à reflexão em torno da produção artística do Sul global, composto por países que precisam buscar novas formas de circulação e visibilidade no circuito artístico mundial (confira a lista de países contemplados). Com periodicidade bianual, o Festival promove exposições, mostra de filmes, performances, residências artísticas, encontros e atividades de programas públicos, ações educativas e lançamento de publicações, reunindo artistas, curadores, pesquisadores, críticos, jornalistas e representantes de instituições de arte e cultura contemporânea em torno da reflexão da produção artística do Sul. O Festival promove ainda a difusão dos trabalhos selecionados em plataformas digitais de pesquisa, livros, sites, redes sociais do Videobrasil, além de documentários e programas de TV produzidos pela organização.
A 19º edição transforma o Sul e suas múltiplas questões no grande direcionador de seus eixos curatoriais e da sua programação, e não mais apenas de sua mostra competitiva. Essas questões – que, de alguma forma, são as inspirações e parâmetros para a seleção de obras e projetos que participam do Festival – dizem respeito a diásporas, identidades híbridas, trânsito migratório e viagens, narrativas pessoais, memórias, isolamento, tecido social e insularidade. Reforçando esta proposta, ao lado das obras e projetos selecionados via convocatória, também farão parte do 19º Festival trabalhos de artistas convidados, com trajetórias que, apesar de referenciais no contexto do Sul, são ainda pouco conhecidas no cenário global. A triangulação entre África, Caribe e América do Sul está no cerne de suas reflexões.
A Semana do Design Gráfico 2014, uma colaboração com a Universidade Lusíada, pretende ser uma plataforma dinamizadora do design gráfico e de comunicação em Angola. O evento pretende reflectir sobre diferentes perspectivas, pensar novos horizontes, definir um posicionamento para os profissionais do design, com linguagens distintas, criar horizontes futuros.
Uma semana de trabalhos, na Universidade Lusíada, com três workshops nas áreas de tipografia e ilustração, marcará o fim deste evento que, no último sábado, irá apresentar os resultados da acção de formação e dos workshops semanais no Espaço Sublime. Programa e informações detalhadas no site: Semana do Design Gráfico 2014.
Enquanto os jovens capitães fazem a revolução nas ruas, o povo das Fontainhas procura o seu Ventura que se perdeu no bosque.
“Um bairro prospera. Um bairro morre. Um bairro não é mais, é apenas uma memória. Este é o percurso das Fontainhas ao longo de quatro longas e três curtas-metragens de Pedro Costa. (…) No último filme, Cavalo Dinheiro, Ventura o fantasma regressa, mas as Fontainhas, como espaço real, já não existem. Estão cheias de habitação social. Quando não há para onde ir, as memórias tomam o lugar. O filme decorre numa paisagem imaginária, parte passado, parte presente, toda espaço mental”, escreve a Indiewire.
Cavalo Dinheirode Pedro Costa estreia a 4 de Dezembro em Portugal. Apresentado em estreia mundial no Festival de Locarno, onde Pedro Costa foi distinguido com o Leopardo de Melhor Realizador e recebeu o prémio da Federação Internacional de Cineclubes, o filme tem já estreia confirmada nos cinemas Ideal (Lisboa), Corte Inglés (Lisboa), Arrábida (Porto) e Dolce Vita Tejo (Amadora).
Em 2014, Cavalo Dinheiro teve ou terá presença confirmada em mais de três dezenas de festivais internacionais entre os quais: Locarno, Rio de Janeiro, Toronto, Nova Iorque, Valdivia, Londres, Viena, Mar del Plata, e Copenhaga.
Em 2015, o filme continuará a sua digressão pelos festivais internacionais, e será apresentado, entre outros, nos festivais de Roterdão, Sarajevo, Munique, Melbourne, Buenos Aires e Miami.
Em Abril, Costa será alvo de uma retrospectiva no Lincoln Center em Nova Iorque, acompanhado a estreia americana de Cavalo Dinheiro.
As estreias nos festivais de Ghent, na Bélgica e em Taipé, em Taiwan, serão também acompanhadas de retrospectivas da obra completa de Pedro Costa.
O filme tem estreias comerciais confirmadas nos cinemas nos Estados Unidos, Inglaterra, França, Bélgica e Japão.
O NAVA, Núcleo de Antropologia Visual e da Arte do CRIA (Centro em Rede de Investigação em Antropologia), está a organizar a segunda edição da FACA – Festa de Antropologia, Cinema e Arte, a decorrer em Lisboa, em Março de 2015. O evento pretende continuar a apostar na convergência de duas esferas: a do cinema, com uma mostra de filmes que exploram os mundos da antropologia visual, e a da arte, com o desenvolvimento de uma temática específica sobre performance artística.
No contexto da mostra de cinema, agradecíamos a divulgação deste projeto junto dos vossos colegas e alunos para a submissão de filmes.
A data limite para o envio do link online dos filmes é 1 de Dezembro de 2014.
Esta peça sonora é um relato de Catarina Laranjeiro sobre o colonialismo, a guerra colonial e o neocolonialismo na Guiné-Bissau, sobre as memórias de uma guerra esquecida nos livros de história, sobre uma possibilidade de se repensar no que aconteceu e no que acontece actualmente nesta e noutras ex-colónias portuguesas. Um relato baseado e ambientado por passagens sonoras do seu documentário Pabia di Aos onde são ouvidos os discursos das pessoas que ficaram lá, longe. E uma leitura de trechos do livro Naus de António Lobo Antunes.
“No documentário PABIA DI AOS é-nos mostrado o que ainda resta da guerra colonial quarenta anos depois, num país onde essa memória não é pacífica. De facto, aqueles que aderiram ao movimento de libertação e aqueles que lutaram no exército colonial põem em cena uma multiplicidade de discursos e memórias irreconciliáveis. Somos assim conduzidos a uma viagem que problematiza a herança colonial na Guiné-Bissau, problematizando o que ainda hoje permanece por se contar sobre os contornos desta guerra.”
“Bailey retrata o mundo africano de orgulho, pobreza e conflito. O compositor belga Fabrizio Cassol transformou a ópera de Verdi numa incomparável peça intimista para ensemble.” in NRC Handelsblad, maio 2014 Um grupo de artistas africanos, em fuga das atrocidades da guerra interminável no Congo oriental, encontra um baú com figurinos desgastados, um libreto amarelado e uma gravação antiga do Macbeth de Giuseppe Verdi. Decidem, então, repor esta história intemporal de paixão e ambição, no contexto das guerras civis e da exploração insaciável do continente africano. Nesta adaptação radical da história de Shakespeare sobre a fatal atração do poder, um senhor de guerra congolês e a sua ambiciosa mulher assassinam o seu líder e desencadeiam uma sucessão de atrocidades. Situando a ação na zona de conflito dos Grandes Lagos, Brett Bailey torna o Macbeth numa denúncia implacável dos fatores e intervenientes que alimentam as guerras intermináveis que fustigam a região há décadas: a sede do mundo industrializado pelas matérias-primas do subsolo africano, os negócios obscuros dos multinacionais, a ambição e a ganância dos senhores da guerra, a brutalidade das milícias armadas… “Ficha Artística
Concerning Violence é um documentário “em nove cenas sobre a autodefesa contra o imperialismo”. Usa filmagens feitas em África por equipas suecas, entre 1966 e 1984, inscrevendo frases da obra mais conhecida do Frantz Fanon, Os Condenados da Terra, o livro que o psiquiatra martiniquês escreveu em 10 dias, já perto da morte,depois do golpe dos generais e da repressão sangrente de 17 de Outubro de 1961, em Paris, opondo a polícia francesa aos manifestantes argelinos.
O filme traz à tona a crueldade do colonialismo em África, repensando as complexidades e efeitos devastadores deixados aos povos colonizados.
Frantz Fanon nasceu na ilha caribenha da Martinica em 1925, e cresceu no império francês. Quando veio da ilha da Martinica para a metrópole França na Europa, compreendeu, através do envolvimento no exército frances por todo o lado, que esta classe privilegiada sobre o seu povo negro não queria dizer nada no país dos principais colonizadores – ele não era nada senão um homem negro. Num famoso capítulo no seu livro Peles Negras, Máscaras Brancas (rejeitado como dissertação por uma universidade francesa), menciona o seu choque quando uma criança francesa grita à sua mãe – “Mamã, olha um preto”. Mas Fanon passa deste choque para uma tentativa de compreender a colonização por todo o mundo.
We can do anything today provided we do not ape Europe, provided we are not obsessed with catching up with Europe. Europe has gained such a mad and reckless momentum that it has lost control and reason and is heading at dizzying speed towards the brink from which we would be advised to remove ourselves as quickly as possible.
(…) If we want to turn Africa into a new Europe, let us leave the destiny of our countries to Europeans. They will know how to do it better than the most gifted among us. But if we want humanity to advance a step further, if we want to bring it up to a different level than that which Europe has shown, then we must invent and we must make discoveries. For Europe, for ourselves, and for humanity, comrades, we must turn over a new leaf, we must work out new concepts, and try to set afoot a new human being.
Lauryn Hill é a narradora do filme. O autor do filme lembrou-se de convidar a cantora americana que, na altura, estava presa por problemas fiscais. Sabia que era leitora de Fanon.
Göran Olsson tinha já realizado The Black Power Mixtape, em 2011, sobre a evolução do movimento Black Power nos EUA entre 1967 e 1975 que já era um filme de arquivos. Concerning Violence, apresentado no último festival Sundance e na Berlinale em Fevereiro.
Revemos os movimentos de libertação de Angola e Moçambique, a luta da independência da Tanzânia, imagens de missionários suecos misturados com cenas da vida quotidiana filmadas em África entre 1966 e 1984.
Olsson explicava ao Libération: «O texto [de Fanon] é muito revelador sobre aquilo que se passa hoje em dia. não se trata dos mesmos países nem dos seus exércitos, mas de multinacionais que exploram as matérias-primas. No Ocidente, vivemos numa mentira total: nunca tentamos compreender onde são fabricados os nossos telefones ou as nossas tshirts. Fiz um filme enquanto europeu do Norte dirigido, principalmente, a outros europeus do norte e para tentar compreender este mecanismo.» Olsson constata que, mais de cinquenta anos depois da descolonização, África deve sempre fazer face aos mesmos efeitos nefastos e à violência que Ganon denunciava nessa altura: «Temos regras sobre o comércio: por exemplo, penso que o importante que um sociedade mineira sueco possa estabelece no Congo se quiser […]. A livre-troca de bens e serviços é primordial. Mais, nos factos, ninguém podo passar as margens do Mediterrâneo para ir do Sul em direcção ao Norte, lá viver e lá trabalhar. Se estamos no livre-mercado, deve-se poder implantar minas no Congo e os congoleses devem poder, também eles, ficar em Estocolmo e abrir uma mercearia.»
Enraivecido pelo racismo que ele testemunhou na Martinica durante a Segunda Guerra Mundial, Fanon examina o papel de classe, cultura e violência e expressa a sua profunda alienação desde a ideia de colonialismo e a sua sangria.
PAN!C - a Pan African Network for Independent Contemporaneity – is a platform for cross-continental connection, collaboration and information. This website is a listing of independent contemporary art spaces throughout Africa, but is also a repository of content and ideas relevant to independent contemporary art practice on the continent.
PAN!C is an experimental platform that seeks to stimulate novel and low/no cost modes for networking, project development and presentation of work among contemporary art practitioners. This is a pivotal venture, functioning in a context that is largely inimical to the movement of ideas, people and work within the continent. PAN!C Spaces The PAN!C website serves, first and foremost, as a directory of independent art spaces throughout the African Continent. To enable broader knowledge, networks and connections, this online platform serves to provide access and will be updated on an ongoing basis.
Encontra-se aberto concurso para a atribuição de uma Bolsa de Investigação para licenciado no âmbito do projeto intitulado “O trabalho da arte e a arte do trabalho: circuitos criativos de formação e integração laboral de imigrantes em Portugal”, financiado pelo Alto-Comissariado para as Migrações (ACM), através do Programa Anual 2013 do Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros (FEINPT), e em curso no CIES-IUL do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL).
Área Científica: Estudos Urbanos
Requisitos de admissão: Os candidatos deverão possuir formação académica em ciências sociais (licenciados ou mestrandos) com experiência comprovada no uso da metodologia etnográfica.
Condições preferenciais: Os candidatos devem ter experiência na realização de entrevistas e de vídeo etnográfico. O domínio do inglês e do crioulo será valorizado.
Plano de trabalhos: Participação nas várias atividades do projeto de investigação, designadamente na recolha, análise e sistematização de informação, na elaboração dos relatórios finais e colaboração na realização de um vídeo-documentário.
Legislação e regulamentação aplicável: Estatuto do Bolseiro de Investigação Científica; Regulamento da Formação Avançada e Qualificação de Recursos Humanos 2010 e Regulamento de Bolsas e Investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia em vigor (www.fct.pt/apoios/bolsas/regulamento.phtml.pt) e Regulamento de bolsas do ISCTE-IUL.
Local de trabalho: O trabalho será desenvolvido no CIES-IUL, sob a orientação científica dos coordenadores do projeto, Doutora Lígia Ferro e Doutor Otávio Raposo.
Duração da bolsa: A bolsa terá a duração de 6 meses, eventualmente renováveis até ao final do projeto, com início previsto para 27/10/2014.
Valor do subsídio de manutenção mensal: O montante da bolsa corresponde a 745€ conforme tabela de valores das bolsas atribuídas diretamente pela FCT, I.P. no País (http://alfa.fct.mctes.pt/apoios/bolsas/valores).
Métodos de seleção: O processo de seleção será desenvolvido com base na avaliação curricular e eventualmente uma entrevista. A avaliação curricular orienta-se pela valorização dos seguintes elementos:
a) Classificação da licenciatura (ponderação de 20%);
b) Experiência de trabalho no domínio das temáticas dos Estudos Urbanos e das Migrações (ponderação de 30%);
c) Formação em métodos qualitativos e experiência de trabalho de campo com metodologia etnográfica (ponderação de 30%);
d) Experiência de trabalho com vídeo-documentário (ponderação de 10%);
e) Domínio do inglês e do crioulo (ponderação de 10%);
Caso o júri considere necessário a entrevista individual, a mesma terá uma ponderação de 40%.
Composição do Júri de seleção: A seleção dos candidatos será efetuada por um júri constituído pelos coordenadores do projeto, acima identificados, e pelo Doutor Pedro Abrantes, investigador doutorado do CIES-IUL.
Forma de publicitação/notificação dos resultados: Os resultados finais da avaliação serão publicitados, através de lista ordenada por nota final obtida, sendo o candidato aprovado notificado através de e-mail.
Prazo de candidatura e forma de apresentação das candidaturas: O concurso encontra-se aberto no período de 22 de Setembro a 3 de Outubro de 2014.
As candidaturas devem ser formalizadas, obrigatoriamente através de correio eletrónico (cies@iscte.pt) com envio de carta de candidatura acompanhada dos seguintes documentos: Curriculum Vitae, certificado de habilitações e outros documentos comprovativos considerados relevantes, com indicação da referência da bolsa a que se candidata.
2SET – 22H00 ZDB [Performance]Ato Malinda (USA, KEN, 2014), inserida no evento/part of RABBIT HOLE: ORORO RISES
Rabbit Hole traz uma nova super heroína ao Queer Lisboa para lutar contra o mal! Ororo, a Tempestiva, invoca fortes ventos do Este e faz ribombar os céus, chegando mesmo a tempo de enfrentar o vilão que ataca a sua vila. Saindo vencedora, faz chover sapos e trovões celebrando nesta festa com delirantes performances, instalações e música que irão ocupar a ZDB. Conta com a especial presença da artista Ato Malinda, vinda diretamente do Quénia, que irá apresentar a sua performance “Derivativo sem título de Mshoga Mpya, ou o Novo Homossexual” (2014), uma performance one-on-one com canções auto-etnográficas cantadas por Ato Malinda. Malinda interpreta melodias cantadas por cantoras pop, Cher, Emili Sandé e Tracy Chapman, com as suas próprias letras. Cada membro da audiência ouve as canções com headphones, uma de cada vez, enquanto Malinda atua sobre um mapa de plástico. O mapa em que Malinda se senta é uma representação textual de espaços queer em Nairobi, no Quénia. Malinda pinta a cara repetidamente com o atualmente universal símbolo para o movimento LGBTI; a bandeira arco-íris. Esta repetição perante a representação do espaço queer em Nairobi formula inevitavelmente as questões, é uma mulher africana que tem desejos pelo mesmo sexo no Quénia automaticamente identificável com a palavra lésbica ou com a comunidade LGBTIQ? O que é ser queer e/ou LGBTI no Quénia? A identificação mantém-se uma problemática central. Depois de algum tempo, a experiência expande-se para uma performance em grupo envolvendo todos os membros da audiência presentes, tornando-se uma performance de leitura, escrita e partilha de histórias.
The thirteenth edition of Open Doors will be dedicated to four countries from the Maghreb: Algeria, Libya, Morocco and Tunisia.
With the support of the Swiss Agency for Development and Cooperation (SDC) of the Federal Department of Foreign Affairs, Open Doors aims to highlight and offer support to films and filmmakers from the South and the East, where independent filmmaking is vulnerable, involving a different region every year.
The next edition will concentrate on production in four countries in the Maghreb (Algeria, Libya, Morocco, Tunisia), region that the section focused on for the first time in 2005. The Festival will select a dozen projects and these will participate in the 2015 edition of Open Doors. The Co-production Lab (8 – 11 August) will bring the finalist directors and producers together with potential partners in order to encourage support for these projects to come to fruition.
Open Doors, in addition to enabling the selected directors and producers to meet possible co-producers, also offers participants workshops led by experts on relevant current issues in the film industry, which are held either in group session or in individual meetings. At the end of the four days the Open Doors Jury will give out several prizes. The Open Doors Grant, worth 50,000 CHF (ca. 40,000 Euro), is financed by the Swiss production support fund Visions Sud Est in collaboration with the SDC and the City of Bellinzona. Two further prizes will be awarded, one by the CNC (Centre national du cinéma et de l’image animée) and the other by ARTE.
In addition to these initiatives for professionals, the section also offers the general Festival audience the Open Doors Screenings, which present a selection of films that are representative of production in the countries involved.
The initiative is organized in close collaboration with the Locarno Festival’s Industry Office and support from its partners ACE (Ateliers du Cinéma Européen), EAVE (European Audiovisual Entrepreneurs) and the Producers Network Marché du Film (Cannes Festival) and the TorinoFilmLab.
As with the two previous editions dedicated to production in Africa, the section also benefits from the input of Alex Moussa Sawadogo, an expert in African film and director of the festival Afrikamera in Berlin.
Applications for the 2015 edition can be made as of today on the website www.opendoors.pardo.chand are reserved for projects from the four Maghreb countries involved (Algeria, Libya, Morocco, Tunisia).
The 68th edition of the Festival del film Locarno will take place 5 – 15 August, 2015.
Projeto de arte multimídia e performance pensa arelação entre Brasil e Portugal a partir da noção de encantamento
A partir de 27 de setembro, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro recebe a instalação-performance Museu Encantador. Organizada pela performer e dramaturga portuguesa Rita Natálio e a diretora carioca Joana Levi, a exposição reúne vídeos, objetos, sons e obras de arte coletadas no Brasil e em Portugal e uma performance que será apresentada nos primeiros 10 dias da temporada. Durante oito meses de pesquisa, as artistas formaram uma expressiva rede de imagens e conteúdos em torno de algumas perguntas como: o que é encantamento? Existiria alguma relação entre encantamento e cultura? O que seria um museu do ‘encantamento cultural’ entre Portugal e Brasil?
O caráter colaborativo da instalação apresentada no MAM é montado a partir de doações artísticas vindas de 17 artistas brasileiros e portugueses. Chamados de doadores de encantos, artistas visuais, performers, pesquisadores e filósofos de ambos países foram convidados a realizar diálogos sobre noções pessoais de encantamento e história cultural, formando uma teia de encantos que ligam Brasil e Portugal. Entre os colaboradores, estão a artista carioca Laura Erber, o artista pernambucano Paulo Bruscky, a psicanalista Suely Rolnik, o ator e diretor lisboeta André Teodósio e os performers portugueses Ana Borralho & João Galante
Além das doações de artistas, o Museu Encantador recolheu vídeos, fotografias, e entrevistas em passagens por Alter Do Chão, Recife, Natal, Curitiba e São Paulo. Nesses lugares, o projeto realizou também oficinas, conversas públicas e mostras de processo.
A performance que acompanha a instalação conta com a presença das criadoras Rita Natálio e Joana Levi, além da dançarina portuguesa Teresa Silva. Esta performance procura pensar a relação entre Brasil e Portugal no século XXI. “Trata-se de elaborar um pensamento sobre a colonização, descolonizando o pensamento. É preciso não temer os clichês.Tocar os vestígios, analisar o pó debaixo dos tapetes e abraçar essa estranha mistura de vivo e morto que os museus nos apresentam. Apesar de ser pensada para hoje, é uma performance com muitos fantasmas”, comentam Rita e Joana.
O Museu Encantador estará no MAM-Rio entre 27 de setembro e 26 de outubro e foi contemplado pelo Prêmio Funarte Redes Artes Visuais – 10ª edição. Atenção: as performances serão dias 27 de setembro, às 17h, 28 e 29 de setembro, às 16h e dias 1, 2, 3, e 4 de outubro, às 16h. No dia 4 terá lugar uma palestra com um dos doadores de encantos, André Lepecki, pesquisador e professor no Departamento de Performance Studies da Universidade de Nova Iorque.
Começou a 20 e vai até 27 de Setembro na Cinemateca Portuguesa e no Cinema S. Jorge e ZDB, em Lisboa: o Queer Focus: África. No extenso processo de globalização, parece chegado o tempo de África. Assim se vem repetindo nos meios de comunicação globais, como nos fóruns económicos, políticos e académicos. Entre as múltiplas transformações que ocorrem nesse processo, vamos fixar-nos no campo das sexualidades, particularmente das relações entre pessoas do mesmo sexo. Este tema ocupará a programação do AFRICA.CONT do próximo ano, com abordagens vindas de perspectivas diferentes: das ciências sociais e humanas, da literatura, das artes visuais, do teatro. Antecipando esse ciclo, alojamo-nos confortavelmente na edição de 2014 do Festival Queer Lisboa, a 18ª, ocupando o habitual Queer Focus deste ano com cinema africano. E o cinema é um excelente ponto de partida; porque nos permite uma entrada africana mais directa na discussão, contrabalançando a presença ainda hoje dominante de vozes não-africanas na investigação destas formas não hétero-normativas de sexualidade; porque nos permite aceder a formas de vida, de resistência, de afirmação na vida quotidiana, invisíveis e inaudíveis nos discursos institucionais dos estados e das igrejas, nos debates do espaço público, bem como na maioria dos discursos académicos, e das abordagens técnicas que proliferam desde a epidemia da sida. Não ignorando as armadilhas da taxonomia sexual ocidental, que certamente serão discutidas no próximo ano, utiliza-se aqui a palavra homossexualidade para abranger toda a variedade de comportamentos sexuais com pessoas do mesmo sexo, presentes em África, como em todos os continentes e culturas. Não no sentido que tem habitualmente para nós desde que foi inventada na segunda metade do século XIX – referindo-se especificamente ao comportamento sexual entre homens ou entre mulheres, que são identificadas por outros e se identificam assim elas próprias, de acordo com o sexo das suas parceiras; mas antes no seu sentido etimológico de sexualidade dentro do mesmo (homo) sexo. E vale a pena recordar que, por exemplo nos nossos países do sul da Europa há mulheres e homens que têm relações sexuais dentro do seu sexo, sem que se identifiquem a si próprios como homossexuais… Entre os muitos mitos que os europeus criaram sobre África, um dos mais antigos e mais persistentes é o de que a homossexualidade está ausente, ou é episódica, nas sociedades africanas. Em 1781, numa obra que inaugura a sexualização dos africanos (História do Declínio e Queda do Império Romano), Edward Gibbon escreveu: “ Acredito, e espero, que os negros nas suas próprias terras estão isentos desta pestilência moral.” Um excecionalismo da sexualidade africana, face à “sodomia” com que os cruzados medievais caracterizavam os muçulmanos e de que as inquisições ibéricas acusavam os marranos ou cristãos-novos; mas também das práticas “pagãs” semelhantes que se considerou identificarem os novos mundos encontrados a partir do século XVI – as Índias Ocidentais e a virilidade das suas mulheres por contraste com a masculinidade reduzida dos homens; como nas Índias Orientais, no Extremo Oriente, e mais tarde, nos povos do Pacífico. Na frente interna, na Europa, “pecado abominável” ou “nefando” primeiro, “crime”, “doença fisiológica” ou “desordem psicológica”, algumas das designações sucessivamente utilizadas, indicam que os comportamentos homossexuais foram sempre vistos como o “outro” que permite definir o “nós”, europeus, brancos, homens, heterossexuais. Já era assim com Heródoto no século V ac, ao distinguir os Helénicos dos Bárbaros que supostamente se entregavam a práticas sodomitas. Nas últimas duas ou três décadas já bastantes estudos têm vindo a pôr em causa essa excecionalidade africana e a refutar o argumento da não-africanidade do sexo homo-sexual, introduzido pelos árabes primeiro, pelos colonizadores depois, mas sempre não-africano. E na vida social surge efectivamente uma identificação política da homossexualidade, com os seus agentes a fazerem da sua orientação sexual uma questão política de direitos de cidadania e direitos humanos. O que é também acompanhado de uma criminalização crescente dessas sexualidades em muitos países do continente africano. É esta complexidade actual que esperamos que os filmes que são apresentados nos dêem a ver e a ouvir, dos quais pode ainda assistir, entre outros, a estes:
INSCRIÇÕES ABERTAS A FOTÓGRAFOS, ARTISTAS, COLECTIVOS E INSTITUIÇÕES
O Festival Internacional de Fotografia de Cabo Verde pretende incentivar a criação artística contemporânea, abrindo este espaço para a divulgação de trabalhos de fotógrafos nacionais e internacionais.A convocatória FIFCV está aberta a candidaturas para a integração de projectos na programação de exposições da sua edição 2014. Uma oportunidade de divulgação de trabalhos, ao lado de nomes consagrados da fotografia internacional, e visibilidade junto de um público alargado de profissionais, curadores ou galeristas. Procuramos trabalhos interessantes, com uma abordagem genuína sobre determinado tema ou questão. Serão valorizados a coerência do projecto, a profundidade e intensidade na aproximação ao tema, a originalidade na perspectiva adoptada ou a clareza da linguagem visual. A curadoria do FIFCV irá seleccionar os projectos submetidos em duas fases: 1. Selecção alargada para divulgação na página facebook do FIFCV; 2. Selecção dos melhores projectos para produção e montagem de uma exposição enquadrada na programação do FIFCV.
Será seleccionada uma proposta caboverdiana e uma proposta internacional para uma exposição na galeria Zero Point Art, no âmbito da programação do FIFCV 2014, com curadoria de Diogo Bento e Alex da Silva. PARTICIPAÇÃO: Envie entre 6 a 15 fotografias para o e-mail opencall2014@fifcv.com, com os seguintes dados: - Nome do autor - Nacionalidade - Endereço de e-mail - Website (opcional) - Biografia - Título do projecto - Ano de produção - Sinopse do projecto
PRAZOS: As candidaturas poderão ser enviadas até 22 de Setembro.
Para mais informações, por favor descarregue o Regulamento. Se tiver alguma dúvida, por favor contacte-nos através do e-mail