Maputo acolhe 10ª edição do Festival Internacional UMOJA

A Cidade de Maputo, em Moçambique, acolhe de 1 a 3 de Novembro, a décima edição do Festival Internacional UMOJA que será marcada por várias manifestações artísticas nas áreas da música, artes visuais, dança e circo, provenientes de África e Europa.

Este evento multicultural será marcado por várias manifestações, com destaque para uma exposição de artes designada  “Umoja-CFC: 10 anos criando juntos”. O festival traz, nesta edição, várias manifestações artísticas e grandes figuras das artes nacionais e internacionais nas áreas da música, dança, artes visuais e circo, representativas de países africanos e europeus como Moçambique, África do Sul, Quénia, Tanzânia, Etiópia, Zimbabué, Noruega, entre outros.

Segundo os organizadores do evento, no portal TVM , a iniciativa conseguiu ao longo de uma década divulgar o que há de melhor na cultura do país, para além de criar espaço de intercâmbio entre os artistas envolvidos.
O Festival UMOJA acontece anualmente na Praça da Independência em Maputo, e tem como principais objectivos estimular a criatividade e troca de experiências entre artistas plásticos, bailarinos, músicos e escritores, e promover a paz e o desenvolvimento nas nações através da arte.

 

27.09.2013 | by martalanca | Maputo, música

Concerto Bonga / LISBOA

O Teatro Ibérico tem o prazer de apresentar, nos dias 3, 4 e 5 de Outubro, às 21h30, o concerto Bonga Acústico.

Sendo para muitos, a referência musical de uma geração sedenta da defesa do tradicionalismo, o artista afirma que viver no exterior não invalidou nunca que mantivesse presente a realidade do seu país em cada momento, e que a sua visão lá pudesse chegar, enquanto alento para uns, ou grito de alerta para outros, através da sua música, mesmo nos momentos maisconturbados.

Ainda que distanciado da fonte inspiradora, Bonga seguiu e segue fiel ao seu propósito de preservação e divulgação da mais intrínseca tradição musical e oral, a qual lhe corre nas veias… a essência do semba, que verbaliza com a singularidade, já mundialmente reconhecida!

Este concerto conta com Betinho Feijó na Guitarra, Juvenal Cabral no Baixo, Ciro Bertini no Acordeão e Gipson Fantomas na Bateria.

 link do vídeo promocional

 

Preços:

Individual – 12.50€

Casal – 20€

Estudantes – 10€

Crianças – 10€

Maiores de 65 anos – 10€

Reservas:

Teatro Ibérico bilheteira@teatroiberico.org

25.09.2013 | by martalanca | Bonga

17th Poetry AfricaInternational Poetry Festival

14 - 18 October 2013 - Elizabeth Sneddon Theatre: 7pm19 October 2013 - Bat Centre: 7pm
The 17th Poetry Africa – International Poetry Festival presented in partnership with the City of Durban and the KZN Department of Arts and Culture is proud to announce the festival line-up, which promises to be an exhilarating showcase of diverse voices and sounds. Organised by the Centre for Creative Arts (University of KwaZulu-Natal) to take place from 14-19 October, this festival is a critical platform for self-expression that offers a space for cultural exchange in the city of Durban.
The festival’s line-up features a ground-breaking poetry project – a 12 track recorded album entitled Insurrections – featuring poets and ethnomusicologists from India and South Africa. The project sees the rich sounds of the Indian music tradition blend with African instruments accompanying radical poetry from both continents. The Insurrections ensemble will be performed by musicians Sumangala Damodaran (India), Jürgen Brauninger (South Africa), Neo Muyanga (South Africa), Pritam Ghoshal (India), Brydon Bolton (South Africa), Bettina Schouw (South Africa), Sazi Dlamini (South Africa) and Paki Peloeole (South Africa). The poetry contingent for Insurrections will comprise of Ari Sitas (South Africa), Malika Ndlovu (South Africa), Sabita TP (India) and Vivek Narayanan (India). The ensemble will perform on Thursday, 17 October.
Keeping with the musical theme of this year’s edition, the festival will feature five poets who also work as recording musicians. Kabomo Vilakazi is a singer, songwriter and actor who also features in South African poetry circles. Nominated four times for the SAMAs and a former editor of youth culture magazine Y-Mag, his credentials in the entertainment industry are indeed formidable. Kalawi Jazmee artist Busiswa Gqulu returns to Poetry Africa in the middle of her impressive reign on the music charts throughout Africa. She first graced the Poetry Africa stage as part of the all-women poetry collective Basadzi Voices in 2008 and has also performed solo in 2010. South African poet Natalia Molebatsi is also a writer, facilitator and programme director who recently founded a South African-Italian music project with the band Soul Making. Her poetry is published in the books We Are (2008) and Sardo Dance (2009). Durban-born poet, performer and MC (Ashleigh La Foy) is well-known on Durban stages for both her poetry and her musical prowess. Having earned her stripes as a female rapper, she will indulge Durban audiences with her poetic oeuvre ahead of her much-anticipated debut album. Hailing from the Eastern Cape, Pura Lavisa is a writer, performer and poet whose musical arrangements incorporate percussion and African sounds. Lavisa will be presenting a collection of poems mostly in isiXhosa.

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25.09.2013 | by martalanca | poetry

Colóquio "O Império da Visão: fotografia no contexto colonial português (1860-1960)", 26-28 de Setembro de 2013, ICS

26.9.2013

10H: Sessão de abertura. Filipa Lowndes Vicente

MISSÕES/ANTROPOLOGIA – moderadora: Nélia Dias

10H30: O arquivo colonial e as fotografias do capitão Fonseca Cardoso. Ricardo Roque

10H50: O registo da diferença: fotografia e classificação jurídica das populações coloniais. Cristina Nogueira da Silva

11H10: Missão Antropológica de Moçambique (1936-1956). Fotografia como instrumento de trabalho e propaganda. Ana Cristina Roque

Pausa para Café

12H: As fotografias da Missão Antropológica e Etnológica da Guiné (1946-47): entre a forma e o conteúdo. Ana Cristina Martins 

12H20: A fotografia como instrumento auxiliar da antropologia na primeira metade do século XX: o caso da obra de Mendes Correia. Patrícia Ferraz de Matos

Debate

CONHECIMENTO/CIRCULAÇÃO – moderadora: Cristiana Bastos

15H: Do nome à imagem: a fotografia e a descrição das plantas tropicais nos finais do século XIX. António Carmo Gouveia

15H20: A Missão de Mariano de Carvalho à província de Moçambique em 1890. Paulo Jorge Fernandes 

15H40: A preto e branco: folheando a documentação fotográfica dos relatórios médicos da Diamang. Teresa Mendes Flores

Pausa para café

16H30: Olhar a nudez na fotografia colonial: representação, género e colonialismo no Arquivo Etnográfico da Guiné-Bissau. Clara Carvalho 

16H50: Imagens de muçulmanos em tempo de sedução colonial. Mário Machaqueiro

Debate

27.9.2013

EXPOSIÇÕES/REPRODUÇÕES – moderadora: Isabel Castro Henriques

10H: Da fotografia à gravura: a recriação de imagens fotográficas e a construção do imaginário colonial oitocentista. Leonor Pires Martins

10H20: O esplendor dos atlas: fotografia e cartografia visual do Império no limiar do século XX. Teresa de Castro

10H40: O indivíduo e o grupo: fotografia vs ilustração colonial no período do Estado Novo. Rita Carvalho 

Pausa para café

11H30: Imagens de Angola e Moçambique na Metrópole. Exposições de Fotografia no Palácio Foz (1938-1951). Inês Vieira Gomes

11H50: Cinema Império: contributos para uma genealogia da imagem colonial. Maria do Carmo Piçarra

Debate

RESISTÊNCIA/REVOLTA – moderadora: Ruth Rosengarten

14H30: Angola, 1961: O horror das imagens. Para uma história da fotografia na Guerra Colonial. Afonso Ramos

14H50: Etnografia Visual da Guerra Colonial/ Luta de Libertação na Guiné. Catarina Laranjeiro

15H10: Descolonizando enunciados: a quem serve objectivamente a fotografia? Carlos Barradas 

15H30: A fotografia contemporânea e as identidades pós-coloniais. Susana Martins

Debate

Pausa para café

ARQUIVAR/REVELAR – moderador: Joaquim Pais de Brito

16H30: Foto-Síntese: uma proposta de um sítio online de fotografia vernacular portuguesa. Ana Gandum e Inês Abreu e Silva

16H50: As coleções de fotografia do IICT - da conservação e restauro à acessibilidade. Catarina Mateus 

17H10: Dar a conhecer: as possibilidades e os limites da divulgação. Filipa Lowndes Vicente e Inês Vieira Gomes

28.9.2013

11-13H

Visita guiada à exposição Entre Memória e Arquivo com a curadora Ruth Rosengarten. Museu Coleção Berardo, CCB.

20.09.2013 | by raul f. curvelo | CENTRO CULTURAL DE BELÉM, colecção berardo, colonialismo, CRISTIANA BASTOS, FILIPA LOWNDES VICENTE, fotografia, ics, ISABEL CASTRO HENRIQUES, JOAQUIM PAIS DE BRITO, NÉLIA DIAS, Ruth Rosengarten

National Wake: Walk In Africa 1979-81

19.09.2013 | by franciscabagulho | África do Sul, apartheid, punk

Verão Eterno, de André Trindade e Filipa Cordeiro, Maumaus / Lumiar Cite, Lisboa

19.09|19h00, estreia mundial do filme Verão Eterno de André Trindade e Filipa Cordeiro  (20h15, conversa com os artistas)

23.09|18h00, conferência Migração, a Cidade como Constelação e a Eminência das Pequenas Escalas por Tobi Maier

10.10|18h00, visita guiada por Bruno Leitão

André Trindade e Filipa Cordeiro, Verão Eterno, 2013, still de vídeoAndré Trindade e Filipa Cordeiro, Verão Eterno, 2013, still de vídeo

Verão Eterno é um projeto de Trindade e Cordeiro realizado ao longo de uma estadia de seis meses em Santa Cruz da Cabrália, uma pequena cidade brasileira localizada perto de Porto Seguro, no estado da Bahia. A exposição no espaço Lumiar Cité consiste numa instalação vídeo, numa escultura e numa cassete com a banda sonora desse mesmo vídeo.

O vídeo narra uma história inspirada pela recente migração europeia para o Brasil, ao mesmo tempo que referencia a ideia de viagem para o paraíso. É acerca do escapismo e da vida no limite do capitalismo. É um conto de ficção científica lo-fi sobre a vida e a procura da felicidade, entre o exílio e a utopia.

MAUMAUS Lumiar Cité, Rua Tomás del Negro, 8A, 1750-105 Lisbon, Portugal

18.09.2013 | by franciscabagulho | arte contemporânea, Brasil, cidade, migração

"Além Margem(s)" - Exposição na Plataforma Revólver

Délio Jasse | Eustáquio Neves | Francisco Vidal | Kiluanji Kia Henda | Mauro Pinto | Mónica de Miranda

ALÉM MARGEM(S)

Délio Jasse ©Délio Jasse ©

Curador: André Cunha e Carlos Alcobia

Plataforma Revólver
26 Setembro - 2 Novembro 2013 (Terças a Sábados | 14:00 to 19:00)

“O malabarista é uma síntese do conceito de território. É alguém queadministra três objetos num território para apenas dois.” – Cildo Meireles

O que significa hoje: território, transgressão, síntese?

Caminhando sucessivamente entre margem e centro, o malabarista é um indivíduo em permanente transgressão. Opta por habitar territórios em disputa, criando movimentos nascidos no dissenso, e ensaiando essa transgressão. Nas suas mãos os elementos não repousam, mantendo-se em constante movimento e permanentemente reequacionando as relações que estabelecem entre si.

“Além margem(s)” pretende evidenciar a importância da transgressão na síntese do conceito de território. Sintetizar esse conceito é, antes de mais, questionar uma só perspetiva, quando efetuada a partir de um centro, e forçando a outros deslocamentos que emanem também das margens. Os trabalhos aqui reunidos trazem-nos outros olhares, outras perspetivas, outros caminhos. Um trânsito construído por objetos, e que enquanto circulam por entre as mãos do malabarista, nos permitem também alcançar outro entendimento sobre o conceitode território.

Délio Jasse, Eustáquio Neves, Francisco Vidal, Kiluanje Kia Henda, Mauro Pinto e Mónica de Miranda, são os artistas que participam neste projeto expositivo com curadoria de André Cunha e Carlos Alcobia.

“Além Margem(s)” é produzido pela XEREM, conta com o apoio financeiro da Fundação Calouste Gulbenkian e apoio à produção das obras da Fineprint.

Informações e contactos:
www.xerem.org | www.alem-margem.xerem.org | geral@xerem.org
www.transboavista-vpf.net/ | plataformarevolver@gmail.com | 21 343 32 59

18.09.2013 | by herminiobovino | colagem, exposição, fotografia, pintura

IV Congresso Internacional em Estudos Coloniais - Colonialismo, Pós-Colonialismo e Lusofonia

Re-imaginar a Lusofonia ou da necessidade de descolonizar o conhecimento


Colonialismos e pós-colonialismos são todos diferentes, mesmo quando referidos exclusivamente à situação lusófona. Neste contexto, mais do que procurar boas respostas, importa determinar quais as questões pertinentes aos nossos colonialismos e pós-colonialismos lusófonos.

Com efeito, problematizar a própria questão é começar por descolonizar o pensamento. Em nosso entender, esta é uma das tarefas candentes no processo de re-imaginação da Lusofonia, que passa, atualmente, pela procura de um pensamento estratégico que inclua uma reflexão colonialista/pós-colonialista/descolonialista.

Esta tarefa primeira, e mesmo propedêutica a qualquer construção gnoseológica, de descolonizar o pensamento hegemónico onde quer que ele se revele, não pode deixar de implicar as academias, centros de produção do saber e do conhecimento da realidade cultural, política e social. Neste sentido, descolonizar o pensamento sobre a Lusofonia passará por colocar em causa e instabilizar o que julgamos já saber e ser como ‘sujeitos lusófonos’, ‘países lusófonos’, ‘comunidades lusófonas’.

Trata-se, assim, de instabilizar a uniformidade, mas também as diferenças instituídas, que frequentemente não são mais do que um novo género de cânone integrador e dissolvente da diferença. Por outro lado, não podemos deixar de praticar uma atitude vigilante, de cuidado e suspeição, em face do discurso sobre a diferença irredutível, que pode tornar-se (como no passado) na estéril celebração do exótico. Fazer com que a diferença instabilize o que oficialmente se encontra canonizado como ‘diferença dentro do cânone’, implica negociar e re-inscrever identidades sem inverter dualismos. Uma reflexão pós-colonial no contexto lusófono não pode evitar o exercício da crítica às antigas dicotomias periferia/centro; cosmopolitismo/ruralismo, civilizado/selvagem, negro/branco, norte/sul, num contexto cultural de mundialização, transformado por novos e revolucionários fenómenos de comunicação, que têm também globalizado a marginalidade.

A tarefa de re-imaginar a Lusofonia implicará necessariamente a deslocação, inversão ou até implosão, do pensamento dual eurocêntrico, obrigando-nos a repensá-la dentro de uma mais vasta articulação entre local e global

Re-imaginar a Lusofonia em contexto pós-colonial implica, por isso, repensar a pós-modernidade em que se inscreve, e que convive paradoxalmente com o crescente isolamento dos países árabes e o rápido desenvolvimento económico da Ásia

Re-imaginar a Lusofonia obriga ainda, em nosso entender, a estudar as práticas de resistência e de contra-hegemonia, procurando compreender o que criam em troca, que lastro deixam nas sociedades e nas culturas contemporâneas, no que respeita à diminuição das desigualdades. A Lusofonia que procure um pensamento e um conhecimento descolonizado, não pode deixar de prestar uma atenção particular às comunidades minoritárias e de emigrantes, cujo estudo faz parte do próprio pós-colonialismo.

Note-se porém que o pós-colonialismo não está aqui no sentido nem geográfico (como sociedades subalternas) nem no sentido temporal (como sociedades libertas do colonialismo), mas pensamos, por outro lado, que uma re-imaginação da Lusofonia não pode dispensar uma análise comparativa e um diálogo profundo com os diversos colonialismos e pós-colonialismos contemporâneos, procurando encontrar as especificidades do caso lusófono.

Longe de se tratar de uma análise meramente discursiva (embora a inclua) importa estudar igualmente as modalidades vividas e concretas da situação pós-colonial (que implicam necessariamente também a investigação empírica) das comunidades que, quer disso tenham consciência quer não, vivem na linha de continuidade, cruzada e traficada, entre colonialismo e pós-colonialismo.

Desmistificar, desierarquizar, estabelecer uma política da diferença, permitir a multiplicidade das vozes, constituir outros tantos projetos de modernidades/racionalidades possíveis dentro da pós-modernidade, mobilizar, re-politizar, imaginar outros modelos políticos, sociais e económicos, eis a tarefa (utópica, naturalmente) que nos parece ser essencial no re-imaginar a Lusofonia.

Assim, nesta proposta, propedêutica e maiêutica da própria Lusofonia, pretendemos implicar colonialismo, pós-colonialismo e descolonização numa política de identidade lusófona (que se constitui em primeiro lugar como um conjunto de narrativas) a delinear e implementar, numa situação de permanente negociação do sentido, e da história, reconhecendo a sua natureza estruturalmente ambígua. Na verdade, não podemos ignorar que pensar o pós-colonialismo hoje terá de passar pela crítica já realizada aos lugares da modernidade, não podendo deixar de se fazer a partir da pós-modernidade e do pós-estruturalismo.

Ao radicarmos esta proposta no contexto epistemológico dos Estudos Culturais não podemos ignorar os contributos das teorias da subalternidade e da representação na construção de um projeto que re-imagine a Lusofonia. Com efeito, o pós-colonialismo é uma temática de investigação e trabalho central dos Estudos Culturais desde a sua génese, na sequência da teoria crítica e do pós-estruturalismo, que se tem cruzado com as temáticas do multiculturalismo, hoje objeto de múltiplas críticas.

Um tal projeto implica, em nossa opinião, trabalhar a ideia de que colonialismos e pós-colonialismos marcam as culturas e as histórias de colonizadores e colonizados, misturando, de diferentes formas, os seus ‘destinos’. Não há colonialismos nem pós-colonialismos iguais. Cada qual tem de reconstruir, conhecer, simbolizar e integrar a sua própria história e definir sentidos possíveis de futuro. Também não há como não o fazer, pois o ‘destino’ que em comum nos coube, para o melhor e o pior, é um dado com o qual podemos e devemos pensar o futuro.

Mas o que será decisivo neste projeto é descolonizar a cultura, o pensamento, as práticas sociais, a política e a ciência: uma tarefa que cabe a colonizados e colonizadores, nas suas próprias culturas e sociedades, mas também nas relações que estabelecem hoje entre si (onde encontramos ainda todas as figuras de poder que a relação colonial institui, apenas agora multiplicadas e aplicadas em todos os sentido possíveis).

O Colonialismo traz a marca dos interesses de quem exerce e pode exercer o poder. Re-imaginar a Lusofonia impele-nos a trabalhar no sentido de descolonizar as relações ente países, entre comunidades recetoras e emigrantes, entre o norte e o sul, entre o mundo anglófono e o outro, entre o saber erudito e o saber comum, o saber sobre o homem e o conhecimento técnico.

É que, como nos diz Stuart Hall, «[…] a cultura não é apenas uma viagem de redescoberta, uma viagem de retorno. Não é uma ‘arqueologia’. A cultura é uma produção. Tem a sua matéria-prima, os seus recursos, o seu ‘trabalho produtivo’. Depende de um conhecimento da tradição enquanto ‘o mesmo em mutação’ e de um conjunto efetivo de genealogias. Mas o que esse desvio através dos passados faz é capacitar-nos, através da cultura, a produzir-nos a nós mesmos de novo, como novos tipos de sujeitos. Portanto, não é uma questão do que as tradições fazem de nós, mas do que nós fazemos das tradições» (Hall, 1999/2003:p. 44).

E que melhor inspiração do que esta para nos lançarmos no apaixonante projeto de re-imaginar a Lusofonia?

Maria Manuel Baptista
HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Organização Liv Sovik; Tradução Adelaine La Guardia Resende. Belo Horizonte: UFMG, 2003.

Congresso: 
28, 29 e 30 de abril de 2014
Submissão dos trabalhos: até15 de outubro de 2013
Importante:
Para submeter os artigos, é necessário fazer um registo prévio. Para isso os autores devem seguir este link.

18.09.2013 | by herminiobovino | colonialismo, lusofonia, pós-colonialismo

700.000 fotografias do Portugal colonial

Mais de 700 mil fotografias do Portugal colonial vão estar disponíveis para consulta online. As imagens estão a ser digitalizadas dos acervos do Arquivo Histórico Ultramarino e do Instituto de Investigação Científica tropical.Neste momento já é possível consultar perto de 20 mil destas fotografias no site do Arquivo Científico Tropial Digital (http://actd.iict.pt/), algumas da autoria de Elmano da Cunha e Costa (ver foto), advogado em Lisboa e fotógrafo na África nos anos 30 cuja obra pictória está neste momento a ser estudada por uma investigadora holandesa.Segundo disse Catarina Marques, responsável pelo espólio do Instituto de investigação Científica Tropical e pela digitalização das imagens, as fotografias têm diversas proveniências e temáticas sendo a mais antiga de 1860 e as mais recentes de 1974.

As fotografias do espólio são valiosas também pelos vários tipos de processos fotográficos que ali existem, desde os métodos comuns de fotografia (com nitratos e acetatos de celulose) até métodos mais raros de papéis de ouro e platina.

Michele Marques Baptista

ver aqui

16.09.2013 | by martalanca | colonialismo português, fotografia

construção de 'makuti', folha de coqueiro tecida - um espaço comunitário de apoio à actividade cultural que povoa o território

um projecto de Pedro Blanc

a presença e detalhe da matéria são extenção da paisagem, humana, fisica e social à excepção de rede mosquiteira e lonas reutilizadas, é construído de coqueiro,  madeira e folha e outras ‘palhas’ sob um embasamento de terra batida. 

Makuti é nome para folha nas várias linguas do sul de Moçambique,  em terra de coqueiro dá o nome à peça feita ao trançar folha daquela palmeira para criar pequenos ‘painéis’ leves.  Faz cobertura, revestimento, sombra exterior ou vedação, na abundante construção de matéria local.

O projecto é o de um dos pontos de uma rede de espaços de encontro e de cultura na peninsula de inhambane.

Num tecido de caminhos, árvores, e estradas. Hábitos, oficios, bancas, comércio, casas e gente…É sombra. 

Já tradicionalmente o espaço de reunião é à sombra de uma árvore grande, e penso que é isso…

Conseguiu-se aqui pensar numa rede intermédia de espaços no tecido intra-cultural de uma capital  de província em Africa, que históricamente é polo inter cultural no Índico. Este espaço que se concretiza no projecto de arquitectura reflecte uma postura do estudo sobre a ‘cidade de cultura’ 

A ideia e seu projecto vêm do estudo de uma cidade, Inhambane, que compreende uma área rural e natural maior e mais povoada que a parte urbana do municipio. Baseado numa iniciativa vinda da capital, Maputo, o estudo pressupunha a descentralização cultural numa estratégia de potenciar Inhambane como capital de cultura.

Usando da sazonalidade do turismo e proximidade de outros polos maiores na região, estudar quais elementos poderiam, junto com uma produtora, e outros agentes culturais, ajudar a equipar este ‘programa’ de cidade de cultura. 

Uma das ferramentas que pretende operar no próprio uso da cidade é o caderno de campo, uma publicação A5  ao baixo reflete também as ideias do projecto, mas principalmente reflexões de cidade e cultura. Isso no inicio, bem como história e cartas geograficas, para mais tarde estender a reflexão ao próprio caderno, o uso, registo, interacção e troca de informação através do mesmo, numa ferramenta urbana de mapas e legenda.

Do processo inicial ao estudo da mobilidade da cidade e dos seus agentes intra culturais, fluxos e lugares de encontro, produziram-se as ferramentas para operar no território. o desenho, mais tarde, é o do ensaio perante um universo  culturalmente rico e de recursos simples. a inovação no pormenor é deixar de cortar e vincar na tecelagem, aumenta a resistência e rentabilidade em secções portantes que funcionam excepcionalmente bem à tracção.

O desenho desta estrutura que se apoia ao centro num degrau sobre uma cisterna e na periferia em pilares de madeira, foi revelado e experimentado em vários suportes e a mostra é sobre isso, os protótipos (.2) à escala real, maquetes (.3) em palha, ou cartão, ou pvc entrançado, registos gráficos (.4) e video, paginação e desenho de um caderno (6) de campo da cidade, e o complicado mas gratificante levantamento de imagem aerea (5). 

A ideia de exposição começa na realização de uma viga (.1) que no alto permanece direita apoiada em dois pontos na diagonal do espaço. O objecto é um prisma triangular, tecido e atado com matéria orgânica e aparelhado em pré esforço pelo seu interior (de modo a não ter flecha). Esta presença paira sobre a exposição que deve estar presente nos diferentes momentos do projecto, a apreciação da cidade, da rede de espaços, e edifício arquitectónico.

 

15.09.2013 | by martalanca | arquitectura, coqueiro, Moçambique

Revistas e livros como espaço de resistência: feira de edições

Feira de edições como espaços de resistência, na feira da ladra! 28 de setembro. Porque uma feira não é um franchising, os livros não são salsichas de lata entre outras coisas. claro. Como por exemplo: do pouco que gostamos do que está a acontecer às livrarias aos prédios e às ruas desta cidade. todos a serem vendidos ao desbarato e mais outras torpezas que tais.

Com bancas, música, livros, discussões

 

Participam: JOGOS SEM FRONTElRAS • GHOST • DOIS DIAS • AND_LAB * PUNKTO • UNIPOP/IMPROPRIA • HOMEM DO SACO • FOGO POSTO • STET • A ESTANTE • BUALA/CORPO E PRECARIEDADE * EDIÇÖES ANTIPATICAS * MIA SOAVE • LETRA LIVRE • BOCA • STRESS.FM/ TRANSIÇÖES URBANAS • CASA DO VAPOR • BURACO * & ETC • LETRA LIVRE • galeria de arte ambulante e mais bancas • zines • editoras • performances e conversas e DJ JP Pacheco Patricio

 

Dia 28 de setembro - 11h30 - 18h 

Palácio Sinel de Cordes
Campo de Santa Clara, 142-145
1100-474 Lisbon, Portugal
+351 213 469 366

15.09.2013 | by martalanca | buala, edições, jogos sem fronteiras

Narcotrafic : la « guerre aux drogues » en question

Si dans les pays industrialisés leurs effets en matière d’ordre et de santé publics sont relativement circonscrits, les drogues d’origine naturelle (héroïne, cocaïne, cannabis…) ont des impacts d’une autre ampleur dans les régions où elles sont produites et qu’elles traversent, essentiellement situées au Sud : alternative économique de survie pour des millions de petits paysans et de passeurs, mais aussi source d’affrontements sanglants entre cartels, de diffusion d’une culture de la violence, d’apparition de nouvelles inégalités, de corruption des institutions, de financement de coups d’État et de rébellions en tout genre. Tout à la fois produit et moteur de l’informalisation des économies et de l’affaiblissement des États, dont les causes premières sont à chercher dans la crise des secteurs productifs traditionnels et l’ajustement néolibéral, le narcotrafic a également su jouer de l’opacité des circuits financiers internationaux pour étendre ses ramifications.

Loin d’endiguer le phénomène, le modèle répressif imposé depuis quarante ans par les États-Unis l’a objectivement alimenté, l’interdiction décuplant le prix des drogues, l’attractivité de leur commerce et le pouvoir des trafiquants. Cette approche contre-productive, régulièrement subordonnée à d’autres objectifs de politique extérieure qui plus est, fait aujourd’hui l’objet de remises en question par plusieurs gouvernements latino-américains, qui estiment que leurs sociétés paient un tribut disproportionné à la “guerre internationale aux drogues”.

voir ici

 

13.09.2013 | by martalanca | narcotrafic

PHOTOGRAPHY AND DEMOCRACY

PhotographyandDemocracy.com publishes video interviews with South African photographers about photography and democracy. You can watch all the videos published so far, and read more about the project here and in the blog. 

13.09.2013 | by martalanca | PHOTOGRAPHY AND DEMOCRACY

A branquitude está nua

Por Ana Maria Gonçalves para as Blogueiras Negras

Dada a velocidade com que consumimos novas informações, os assuntos abaixo parecem ultrapassados; mas não são. Sempre atuais, tendem a ocupar mais espaço nas nossas vidas e nos noticiários na proporção em que mais negros ocupem espaços nos quais não eram vistos anteriormente. E isso não significa necessariamente que o racismo esteja aumentando, mas que lhe são dadas mais oportunidades de se manifestar, quando negros estão em situação de igualdade ou superioridade social ou econômica em relação a brancos. Acontece no Brasil e em qualquer lugar do mundo cuja economia já foi baseada em regimes escravocratas e/ou que agora tenta lidar com o impacto das novas correntes migratórias, principalmente as originárias de ex-colônias africanas. O que vemos manifestado nessas situações de racismo e xenofobia, além do ato em si e sua negação, é o desconforto do sujeito diante do espanto causado pela falha de sua invisibilidade. Quando pegas em um ato ou uma fala racista, as pessoas dizem que foram mal interpretadas e que não esperavam tal repercussão, pois até então se sentiam seguras, escondidas atrás de sua branquitude. E aqui uso o conceito de branquitude de Ruth Frankenburg, como sendo “um lugar estrutural de onde o sujeito branco vê aos outros e a si mesmo, uma posição de poder não nomeada, vivenciada em uma geografia social de raça como um lugar confortável e do qual se pode atribuir ao outro aquilo que não atribui a si mesmo”. Algumas análises sobre a atuação do ministro Joaquim Barbosa no STF e sobre as reações à vinda ao Brasil de médicas cubanas negras são bons exemplos dessa quebra de paradigma.

Não me espantou a indignação do jornalista Ricardo Noblat na nota “Que geração de jovens é esta?“. Para ilustrá-la, ele colocou a foto de um médico cubano negro sendo vaiado por jovens médicos brasileiros e escreveu: “A foto abaixo é emblemática de uma situação que deveria nos fazer corar e refletir.” E terminou com as exclamações: “Vergonhoso! E imperdoável!” Sim, a foto é emblemática, porque não podemos deixar de notar a negritude do médico. E é mais emblemático ainda que Ricardo, ao ilustrar a nota com a foto de um médico negro, não vê incoerência entre sua condenação dos médicos brasileiros e sua atitude em um artigo escrito havia menos de 10 dias, no qual ataca o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa:“Para entender melhor Joaquim acrescente-se a cor – sua cor.” Na nota sobre os médicos, Ricardo ainda pergunta “Que geração de jovens é esta?”, como se não soubesse a resposta, como se não estivesse tratando de uma geração que, assim como ele, reagia aos médicos cubanos acrescentando a cor – a sua cor. A geração hipocritamente criticada por Ricardo é filha, neta, bisneta e tataraneta daquelas outras gerações que, protegidas pela branquitude, acham que podem julgar negros tendo como base a cor. Essa geração não nasceu por combustão espontânea, mas cresceu vendo parentes, amigos, cônjuges e formadores de opinião questionarem o que consideravam ousadias de negros com frases do tipo “quem esse negro/essa negra pensa que é?”, do mesmo modo que o jornalista Ricardo começa seu artigo perguntando “Quem o ministro Joaquim Barbosa pensa que é?”. Para mais tarde nos lembrar que, para respondermos essa pergunta, não devemos esquecer a cor. Sempre a cor, e sempre a do outro. A do negro.

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13.09.2013 | by martalanca | Brasil, racismo

Gregory Porter | 9 OUT | CCB

A estreia nos palcos portugueses está agendada para dia 9 de Outubro, no Centro Cultural de Belém, e dia 11 na Casa da Música. Uma oportunidade única para conhecer ao vivo a mais recente aposta da Blue Note, “Liquid Spirit”, e o artista que é considerado por alguns críticos como o “rei” do Jazz, dono de uma extraordinária presença já comparada com a de Joe Williams, Nat King Cole, Donny Hathaway e Marvin Gaye.

Composto por 14 músicas, “Liquid Spirit” ajuda a justificar a rápida ascensão de Gregory Porter no mundo do Jazz e do R&B contemporâneos. Além dos 10 temas originais, onde o músico demonstra um dom inato para compor com base em experiências pessoais, deste álbum fazem também parte uma versão do standard “I Fall In Love Too Easily”, bem como covers de “Lonesome Lover”, de Abbey Lincoln, e o hit de Ransey Lewis “The ‘In’ Crowd”. “Considero-me firmemente um cantor de jazz, mas também gosto de blues, soul e gospel”, diz Porter. “Estes elementos fazem o seu caminho dentro da minha música e eu sempre ouvi-os em Jazz”. Dono de uma das vozes mais cativantes na música de hoje, Porter canta com a alma transmitindo emoção e intelecto com a sua voz. Os altos e baixos do romance, a infância e o mundo que o rodeia são algumas das temáticas abordadas em “Liquid Spirit”.

Tal como escreveu a cantora Dee Dee Bridgewater no JazzTimes: “Há muito tempo que não temos um cantor como ele. É um compositor maravilhoso que conta grandes histórias.

Três anos depois, e apesar de já ter gravada ou partilhado o palco com Van Morrison, Wynton Marsalis, Dianne Reeves, Nicola Conte, Christian McBride, Kenny Barron, Buster Williams ou David Murray, Gregory Porter mantem a sua personalidade e recebe os elogios e distinções com humildade.

Considerado o novo “rei” do Jazz por alguns críticos, este artista de extraordinária presença que tem sido comparado a Joe Williams, Nat King Cole, Donny Hathaway e Marvin Gaye.

 

13.09.2013 | by martalanca | Gregory Porter, jazz

primeira Noite Príncipe da rentrée

Entra em dia a primeira Noite Príncipe com um nome internacional, e a primeira depois do lançamento nacional e internacional dos discos de Niagara e DJ Nigga Fox.
O início da festa será conduzido pelo jovem prodígio DJ Maboku, membro dos Piquenos DJs Do Guetto / CDM Produções, crew que em breve verá música sua firmada em vinil pela Príncipe.
Seguir-se-ão os convidados DJ Rashad & DJ Spinn, nomes fundamentais no desenvolvimento e evolução da música Juke e cultura Footwork de Chicago, numa genealogia estóica que inclui nomes como Paul Johnson, DJ Gant-Man, DJ Manny, DJ Godfather, Traxman ou Jammin Gerald. A sua visão prismática de ghetto house, disco, juke e ghetto-tech tem sido editada na Dancemania, Juke Trax, Planet Mu ou Hyperdub, para além do trabalho iniciado com a Lit City, selo editorial e club night dinamizada por J-Cush com o apoio de Rashad e a crew Teklife, colectivo convicto a representar fidedignamente a cultura de onde emana esta música, e suas mais recentes manifestações que estejam a fazer mexerem-se os footworkers. Esta atitude e conduta de progressão tecnológica, artística e cívica facilmente gerou empatia na família Príncipe, reconhecendo os pontos em comum com o que se propôs a construir. Rashad & Spinn têm assim vindo a angariar um gradual e consistente apoio online de entusiastas pela sua música, o que lhes possibilitou atacar de forma intenta a cena internacional de clubes e festivais de música de dança e electrónica com os seus lives cada vez mais impiedosamente aprimorados.Após os filhos de Chi-town, DJ Marfox chega livre de enredos e focado no compromisso de nos levar a Noite para aquele último patamar de festa até ao raiar do dia nas ruas.Casa da Mãe Produções https://soundcloud.com/cdm-beatsDJ Rashad https://soundcloud.com/dj-rashadDJ Spinn https://soundcloud.com/dj-spinn-1DJ Rashad & DJ Spinn ‘We Trippy Mane’ http://youtu.be/Qhqa2KrYngUDJ Rashad & DJ Spinn ‘Just Jam 51’ http://youtu.be/dCvww5BbAuIDJ Rashad ‘I Don’t Give a Fuck’ http://youtu.be/DtJKBrnAi3MLit City https://soundcloud.com/litcityDJ Marfox https://soundcloud.com/dj-marfoxPríncipe http://principediscos.wordpress.com/
Noite Príncipe c/ DJ Maboku + DJ Rashad & DJ Spinn + DJ MarfoxLocal: MusicboxData: 14 de SetembroHorário: 01:30Entrada: entre a 01h e as 03h - 5€ c/ 2 senhas de consumo // entre as 03h e as 06h - 8€ c/ 2 senhas de consumo
 
 
 
 

10.09.2013 | by martalanca | editora príncipe, noite lisboa

Afreaka traz novo olhar sobre o continente africano

Afreaka é um site de jornalismo literário, fotografia e design que traz um lado pouco conhecido do continente africano no Brasil, fugindo dos estereótipos como fome, pobreza e passividade, e cobrindo as expressões coletivas e individuais das culturas locais - tendências, música, literatura, arte, culinária, arquitetura etc.
Para concretizar o site, que hoje traz mais de 90 reportagens, 100 ilustrações inéditas, inúmeros vídeos e fotografias e ainda uma seção de dicas para o turismo local, a jornalista Flora Pereira e o designer Natan de Aquino realizaram uma viagem de transporte público durante sete meses por oito países do sul e leste da África que revelou um continente descolado e protagonista.
O projeto, que já alcançou mais de 22 mil fãs nas redes sociais, utilizou uma maneira de financiamento que está ganhando força na rede: o crowdfunding, também conhecido como financiamento coletivo. E contou também com a gestão comercial da empresa Rocta. O Afreaka está organizando agora um segundo financiamento coletivo (www.catarse.me/afreaka2), para dar continuidade ao trabalho, desta vez para descobrir o que o lado oeste africano tem de bom para contar ao mundo. Serão mais seis meses de apuração, trazendo a África para ainda mais próxima do Brasil. Dessa vez, além das reportagens, o site contará com:
+ uma seção de notas e artigos,+ dicas de artistas e eventos ligados ao tema,+ um página colaborativa onde quem quiser mandar artigos sobre cultura africana, vai poder participar.
Para que o site não pare, é possível contribuir com qualquer quantidade e, em troca, ainda ganhar recompensas do projeto: fotografias, livro digital, posters, palestras, vaga em workshop e muito mais.
Para doar qualquer quantia, acesse aqui.
Exposição no Metrô de São Paulo
Durante todo o mês de agosto, o Projeto Encontros promove nas Estações Paraíso, Corinthians-Itaquera e Arthur Alvim do Metrô, a exposição Afreaka. A mostra traz um pouco da energia da África pelo olhar da jornalista Flora Pereira e do designer Natan de Aquino, idealizadores do site www.afreaka.com.br. Abordando um novo mundo de tendências, música, literatura, arte, culinária, arquitetura, projetos sociais, moda, cultura jovem, tradições e muito mais, a exposição Afreaka mostra informações, sensações e impressões captadas pela dupla, que desmitificam a imagem negativa do continente africano, visto internacionalmente como um lugar de fome e pobreza, e contam outro lado da história: a África cool e descolada.
Serviço:Exposição Afreaka Data: 5 a 31 de agostoLocais: Estações Paraíso, Corinthians-Itaquera e Arthur Alvim Horário: Funcionamento do MetrôEntrada: Gratuita
Clipagem:
Projeto que mostra “lado alternativo” da África faz sucesso e quer chegar a segunda fasehttp://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/agosto/afreaka-o-lado-alter...
Exposição no metrô de São Paulo propõe novo olhar sobre a ÁfricaModa, cultura jovem, música e literatura estão entre os conteúdos da mostra “Afreaka”, em três estações da capital paulistahttp://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/30341/exposicao+no+metro+...
Exposição no Metrô revela uma África colorida e descoladahttp://catracalivre.com.br/sp/agenda/gratis/exposicao-no-metro-revela-um...
Casal paulistano dá palestra na USP sobre viagem de oito meses pela Áfricahttp://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2013/06/1301673-casal-paulistano-d...

10.09.2013 | by martalanca | representações de africa

Mestrado em Estudos Africanos no Porto

O Mestrado em Estudos Africanos na Faculdade de Letras da Universidade do Porto foi concebido de modo a responder à demanda formativa em quatro áreas: a) Ramo de Estudos Africanos Educação e Desenvolvimento; b) Ramo de Estudos Africanos História; c) Ramo de Estudos Africanos Geografia d) Ramo de Estudos Africanos Artísticos, Linguísticos e Culturais.

Estes três ramos, juntamente com a componente letiva comum que os alicerça, envolvem os objetivos gerais: 1) Proporcionar uma formação posgraduada relativa à prismática e complexa diversidade africana, segundo um ponto de vista multidisciplinar; 2) Propiciar ferramentas conceptuais para que os alunos enfrentem desafios numa esfera de atividades amplas englobadoras de instituições transcontinentais de cooperação; em ONG’S; em em actividades culturais, sociais, mediáticas e económicas; 3) Incentivar um regime proativo na investigação concernente à amplitude das temáticas africanas. No CEAUP pode ver as atividades realizadas, bem como os objetivos.

09.09.2013 | by martalanca | Estudos Africanos

Sala da Nação – Embaixada de Terra Nenhuma, LISBOA

Sala da Nação – Embaixada de Terra Nenhuma é um projecto de Paulo Moreira e Kiluanji Kia Henda integrado na exposição A Realidade e Outras Ficções, com curadoria de Mariana Pestana, para a terceira edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa.

No atual cenário de descrédito relativamente aos modelos políticos existentes, esta é a embaixada de uma nação imaginária que não representa qualquer tempo ou espaço em particular. Semanalmente, associações e grupos que desenvolvem trabalho nas áreas do ativismo político, cidadania e inclusão social, são embaixadores em sequência, realizando receções, perfomances, mesas redondas e outros eventos abertos ao público. 

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The Nation Room – Embassy of No Land is a project by Paulo Moreira and Kiluanji Kia Henda, part of the exhibition The Real and Other Fictions, curated by Mariana Pestana, for Closer, Closer, 2013 Lisbon Architecture Triennale. Against the current backdrop of general misgivings about about the existing political models, this is the embassy of an imaginary nation that does not represent any particular time or place. Every week, associations, organizations and groups working in the areas of activism, citizenship and social inclusion are ambassadors on a rota. As ambassadors, they host receptions, performances, roundtables and other events, all open to the public. 

Inaugura Sábado dia 14 Setembro. 

Carpe Diem Arte e Pesquisa (R. de O Século, 79, Bairro Alto, Lisboa)

09.09.2013 | by franciscabagulho | arquitectura, arte contemporânea, kiluanji kia henda, Paulo Moreira

Sem Flash- homenagem a Ricardo Rangel

Projecção comentada no Centro Intercultura Cidade às 18h30 (19h). Um filme com Sérgio Santimano, Kok Nam, Luís Carlos Patraquim e Alexandre Pomar. e RICARDO RANGEL.Dia 5  - QUINTA ÀS 18h30  
Dia 12 no programa “Todos” às 21h.

04.09.2013 | by martalanca | RICARDO RANGEL